quarta-feira, 28 de junho de 2017

O PLANO DA SALVAÇÃO- PARTE I

Quando o homem atinge a idade do entendimento e se torna capaz de se reconhecer como pessoa, normalmente faz os seguintes questionamento:"Quem sou eu?" "De onde venho?" "Para onde vou?"
Usando os sentidos naturais que recebeu para lidar com todo o mundo a sua volta, só o que o homem consegue é constatar que  houve um começo para ele e que certamente haverá um fim, o que aprofunda ainda mais as suas dúvidas.
Porém diferente de todos os animais, o homem foi dotado de algo mais do que os sentidos:O Arbítrio. Isto o capacitou não só para lidar  com o mundo à sua volta, assimilando o seu próprio lugar  na criação, como também como também  reconhecer  a existência do Criador(Rm 1.20). 
Ao admitir  a existência  do Criador o homem se depara com a primeira afirmação: tudo tem um propósito, é reconhecer o propósito de Deus,assim como o seu plano para a humanidade, é a jornada inicial para se obter as respostas a todas as suas dúvidas(Jo. 8.32).
como o homem não pode perceber a Deus de uma forma direta, através dos seus sentidos, ele precisa de um outro elemento: A Fé, Ela  era parte da natureza do homem, quando este foi criado(Gn 3.10).
Portanto, o homem deve se apropriar da fé se achegar a Deus(Hb. 11.6).
A Palavra de Deus, que estava com o homem desde o princípio, é a chave para o conhecimento do Seu propósito e o livre acesso do homem ao Plano de Salvação que Deus estabeleceu(Hb.1. 1,2).
Para entendermos  este plano precisamos  enveredar pela Palavra partindo do princípio, onde o elo  foi quebrado.
Deus criou o primeiro ser humano perfeito e completo, com todas as suas necessidades supridas. Não lhe faltava absolutamente nada.
Além de tê-lo feito a Sua imagem e semelhança, Deus lhe deu o "livre Arbítrio", mas lhe advertiu sobre algumas coisas: " De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás;porque  no dia em que dela  comeres, certamente morrerás" (Gn 2.16, 17).
Este era o limite, o qual o homem não deveria transpor para que permanecesse eternamente na presença de Deus.
Mas a serpente disse: "Certamente  não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal" (Gn. 3.4,5).
Esta cobiça foi semeada no coração do homem, dando origem ao pecado. Como resultado o homem  foi expulso do paraíso.E o pecado  entrou no mundo, na forma de fomes, doenças, guerras, morte.... O pecado separou o homem de Deus(Is. 59.2) e o entregou `a mercê da  morte.Este fato não alterou o amor de Deus pela humanidade, que, na sua misericórdia, estabeleceu um Plano de Salvação para resgatar o homem da escravidão da morte  e do pecado.Na mais elevada demonstração de amor, Deus decidiu enviar seu próprio Filho, para que morresse em nosso lugar.Por ter sido morte sem culpa, o Filho de Deus pode, assim, levar toda a nossa culpa, e anular os efeitos da morte e do pecado sobre a humanidade, devolvendo a todo aquele que crê, a vida eterna pela fé(Jo.3.16).

Pr. Carlos Borges(CABB)



quinta-feira, 22 de junho de 2017

A REVELAÇÃO SOBRE O FUTURO



2 Pe 3.11-14
Introdução: Deus criou o homem como um ser inteligente para ter comunhão com ele. De todas as criaturas, o homem é o único feito à imagem de Deus (Gênesis 1:27). Desde a criação, Deus tem desejado que escolhessem imitá-lo e estar com ele. Para fazer isso, precisamos saber quem Ele é e o que Ele deseja de nós. É por isso que Deus nos deu a Bíblia. Ela é a revelação de Deus para nos equipar para toda a boa obra (2 Timóteo 3:16-17). Ela começa com a história da criação, para nos mostrar o quanto Deus nos ama e o quanto Ele quer que estejamos com Ele. Ela também nos mostra o quanto Ele odeia o pecado e a desobediência, as barreiras que nos separam de nosso Criador.


I O MILÊNIO
1- Reino Milenial
·        O estabelecimento do reino milenar de Cristo se torna indispensável, porque somente assim, haverá o cumprimento de todas as alianças feitas por Deus com Israel.
·         Uma aliança é um pacto, é um acordo.
·        E Deus fez vários pactos, acordos com a nação de Israel, nas quais, Ele próprio Se obrigou a cumpri-los, independente de o homem obedecer a Deus ou não.
·        Quatro são as alianças incondicionais de Deus para com a nação de Israel:
 1-Aliança Abraâmica (Gênesis 12.1-3) – Nesta aliança Deus promete fazer de Abraão uma grande nação; esta nação teria a posse da terra; receberiam as bênçãos universais de Deus e através deles, se estenderiam a toda à nação esta mesma bênção por intermédio de Jesus Cristo.
 2-Aliança Palestiniana (Deuteronômio 30.3-10) – Uma extensão da Aliança Abraâmica, onde Deus cita mais detalhes sobre a ocupação da Terra Prometida e as bênçãos concernentes a esta ocupação. Através desta aliança a restauração final e a conversão de Israel são garantidas.
 3-Aliança Davídica (2 erreySamuel 7.4-17; 1Crônicas 173-15) – Nesta Aliança, Deus prometeu que Israel sempre teria um rei da linhagem de Davi, portanto, o trono seria de possessão perpétua da família Davídica, descendentes da tribo de Judá, sendo que este rei reinaria sobre a nação como um todo.
 4-Nova Aliança (Jeremias 31.27-40; Hebreus 8.7-13) – Estabelece um novo coração para Israel, uma conversão genuína e autêntica. É estabelecida sobre o sacrifício vicário de Cristo e, por causa disso, garante bênção eterna para todo aquele que crê.

­2- Propósitos
·        Na era milenar haverá um novo templo, onde os judeus estabelecerão como centro da adoração no milênio. Este Novo Templo será diferente dos demais, já destruídos, com dimensões diferentes, móveis diferentes dos templos anteriores (Ezequiel 40 a 47).
        1) Servirá para demonstrar a santidade de Deus.
       2) Servirá para prover uma habitação para a glória de Deus.
      3) Servirá para perpetuar o memorial do sacrifício.
      4) Servirá para prover o centro do governo divino.
      5) Servirá para prover a vitória sobre a maldição.
·        Sacrifícios serão novamente estabelecidos, no entanto, não serão meritórios, ou seja, para perdoar os pecados.
·         Estes sacrifícios serão estabelecidos em caráter memorial. Assim como a ceia é para nós hoje uma lembrança de que Cristo morreu e ressuscitou, os sacrifícios no milênio mostrarão ou apontarão para tal fato.

3-Caracteristicas
·        No reinado milenar de Cristo estarão juntos com Ele os santos e os mártires, que prêmio por sua lealdade e fidelidade a Deus.
·        E ao que vencer, e guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações. E com vara de ferro as regerá; e serão quebradas como vasos de oleiro; como também recebi de meu Pai. Apocalipse 2:26-27.
·        Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono. Apocalipse 3:21
·        O reino de Deus dentro do período milenar será composto por todos aqueles que guardarem os mandamentos de Deus e permanecerem fieis a Ele sempre, mesmo em período de tribulação.
·        Neste reino estarão os mártires e os santos remidos que foram comprados como primícias a Deus e ao Cordeiro, esses são imaculados sem culpa, não se encontrou mentira nenhuma e se conservaram virgens.
·        Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que Ele vá.

II O JUÍZO FINAL
1-Lago de fogo
·        Existe só um guia seguro para dar a resposta: é a Palavra de Deus. Neste livro divino, nos é revelado que há só dois destinos para a alma.
·         O destino depende da decisão que o homem faz aqui na terra. Para aquele que crê no Senhor Jesus e que aceita a provisão divina para a salvação é um destino de gozo eterno junto com o Senhor (Mt 7:13-14; Lc 16:19-31; Jo 3:15-18; Jo 10:27-29; Ap 21:1-7).
·        Para aqueles, porém, que rejeitam esta provisão, o destino é o lago do fogo, castigo eterno e separação para sempre da face de Deus (Mt 7:13; Lc 16:19-31; Jo 3:18, 36; II Tess 1:9; Ap 20:10-15).
·         A Bíblia nada não fala de “purgatório”, onde se sofre por um tempo determinado antes de entrar no céu, e nem ainda de “limbus infantum” (limbo infantil) para onde vão as crianças não aspergidas segundo os ritos de certos credos religiosos.
·        A escolha do homem é simples: o Céu, o lugar dos salvos, ou o lago do fogo, o lugar dos perdidos.
·         O inferno é um lugar temporário onde as almas dos perdidos estão encarceradas até o juízo do Grande Trono Branco (Ap 20:11-15), quando a alma e o espírito serão ajuntados ao corpo e lançado no LAGO DE FOGO.
·        Deus afirma esta verdade página após página de Sua Palavra. O Senhor Jesus Cristo fala da “fornalha acesa”, onde haverá “choro e ranger de dentes” (Mt 13:42).
·        Deixa bem destacado que este lugar é lugar de “castigo eterno” (Mt 25:46) – tão terrível é que, ali “não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga” (Is 66:24; Mc 9:43).
·         Os apóstolos também afirmam a mesma coisa. Paulo fala de perdição (Fp 3:19) e a “penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do Seu poder” (II Tess 1:9).
·         Pedro e Judas da “negridão das trevas” que espera o fim duma vida sem Cristo (II Pe 2:17; Jd 13) e João termina esta revelação dolorosa falando da “segunda morte”: “E se alguém não foi achado inscrito no livro da vida; esse foi lançado para dentro do lago do fogo” (Ap 20:15).


2-Julgamento de Satanás
·        Em Mateus 25:41 Cristo usa a expressão: “O diabo e seus anjos”. Um destino comum espera Satanás e esses anjos. Nessa passagem Ele nos conta que o inferno foi preparado tanto para o diabo como para seus anjos.
·        Concluímos que esses anjos do qual Satanás é o líder e de cujo castigo eles farão parte, são os anjos decaídos mencionados por Pedro e Judas.
·        Fica claro, então, que Satanás é um anjo decaído e seus adeptos (anjos seguidores) também.
·        A declaração em João 8:44 para o efeito que o diabo (caluniador) “foi homicida desde o princípio” não precisa ser tomado como permanecendo em conflito com o precitado.
·        “Desde o princípio” é uma referencia da existência de diabo: pode-se referir da existência dele desde princípio da história da humanidade.

3-Trono Branco
·        O Julgamento do Grande Trono Branco é encontrado em Apocalipse 20:11-15 e é o julgamento final antes que os perdidos sejam lançados ao lago de fogo (o lugar de eterna punição comumente conhecido como inferno).
·        Sabemos, através de Apocalipse 20:7-15 que este julgamento ocorrerá após o milênio e após Satanás, a besta e o falso profeta serem lançados ao lago de fogo (Apocalipse 20:7-10).
·         Os livros que forem abertos (Apocalipse 20:12) contêm registros dos feitos de todos, bons ou maus, porque Deus sabe tudo o que já foi dito, feito ou mesmo pensado; e Ele recompensará ou punirá cada qual adequadamente (Salmos 28:4; Salmos 62:12; Romanos 2:6; Apocalipse 2:23; Apocalipse 18:6; Apocalipse 22:12).
·        Nessa hora é aberto também outro livro, que é o “livro da vida” (Apocalipse 20:12).
·        Este é o livro que determina se uma pessoa herdará vida eterna com Deus ou receberá punição eterna no lago do fogo.
·        Mesmo sendo os crentes responsáveis por seus atos, eles são perdoados em Cristo e seus nomes são escritos no “livro da vida desde a fundação do mundo” (Apocalipse 17:8).
·         Das Escrituras também aprendemos que é neste julgamento que Jesus assim julgará: “E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras(Apocalipse 20:12) e que o nome de qualquer um que não for achado no livro da vida, este será lançado no lago de fogo (Apocalipse 20:15).

III A NOVA CRIAÇÃO
1-Purificação pelo fogo
·        Purificação é um processo de limpeza, onde se tira toda sujeira ou mistura de algum objeto deixando só uma substância em sua formação. Ex: um anel de prata pura é só prata e nenhum outro metal. O OBJETIVO DA PURIFICAÇÃO É LIMPAR.
           COMO ERA O PROCESSO DE PURIFICAÇÃO?
·        A água lava e tira as impurezas exteriores e as impurezas mais profundas que a água não consegue limpar, são tiradas no fogo ao derreter.
·        Quando se queria consagrar algum objeto, este era lavado e apresentado no altar do Senhor.
·        Mas quando se trata de um metal, QUE SUPORTA O FOGO, e se houvesse alguma mistura ou sujeira mais profunda, devia passar pelo fogo e então toda sujeira que saísse pelas beiradas do crisol era tirada até o metal brilhar e se tornar como um espelho.
·        Depois de purificado pelo fogo tinha que passar pelas águas, e então era consagrado.

2- A Nova Jerusalém
·        Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus: Os profetas do Antigo Testamento usaram a figura de uma nova e perfeita cidade para representar a bênção da comunhão com Deus depois de um período de sofrimento.
·         Especificamente, falaram da igreja ou do Reino do Messias que viria depois da purificação do cativeiro. Este tema é especialmente forte em livros como Ezequiel (capítulos 40-48) e Isaías (capítulos 60-66; especialmente 65:18-19).
·         Paulo desenvolveu o mesmo tema quando falou de Jerusalém livre, que vem de cima (Gálatas 4:26-31). O autor de Hebreus, também, viu a cidade celestial como a igreja já existente no primeiro século: “Mas tendes chegado ao monte Sião e à cidade do Deus vivo a Jerusalém celestial... igreja dos primogênitos” (Hebreus 12:22-23).
·        A mesma linguagem aqui no Apocalipse descreve a igreja do Senhor. Nada no texto aqui limita essas bênçãos ao futuro (a igreja no céu).
·        Podemos entender a nova Jerusalém como a igreja já abençoada aqui na terra e, desta maneira, a interpretação deste trecho se ajusta ao contexto histórico do livro.
·        O livro do Apocalipse nos mostra que a Nova Jerusalém não é apenas uma cidade, ela é muito mais do que isso.
·         A Nova Jerusalém é a própria Noiva do Cordeiro (Ap 19:7). Essa interpretação fica clara comparando Ap.21.9,10.

2-Reino Eterno
·        Jesus disse que esse renascimento é uma obrigação para entrar no reino.
·         Enquanto o homem só pensar em termos físicos, ele não pode compreender a natureza do Reino Eterno, e, portanto, atrairá muitas conclusões erradas sobre o cumprimento das profecias sobre esse reino. Se o Reino de Cristo é espiritual, então a primeiro pensamento deve ser espiritual. Jesus disse a Pilatos em João 18:36-37:
·        João 18:36-37 – Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; entretanto o meu reino não é daqui. Perguntou-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei? Respondeu Jesus: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.
·        “Nos últimos dias se firmará o monte da casa do Senhor no cume dos montes, e se engrandecerá por cima dos outeiros; concorrerão a ele todas as nações”.
·        Virão muitos povos, e dirão: Vinde e subamos ao monte do Senhor, à casa do Deus de Jacó. Ele nos ensinará o que concerne seus caminhos, para que andemos nas suas veredas.
·        De Sião sairá a Lei, e de Jerusalém, a Palavra do Senhor… Estes converterão suas espadas em arados e as suas lanças em podadeiras. 
       Não levantará espada nação contra nação, nem aprenderão mais a guerra. “Vinde ó casa de Jacó, andemos na luz do Senhor.” (Is. 2:2-5).

Pr. Carlos Borges(CABB)

quarta-feira, 14 de junho de 2017

IGREJA, O POVO DE DEUS



Ef. 3.8-12
Introdução: Igreja. Vemos esta palavra por toda a parte. Algumas pessoas usam “igreja” para descrever um belo edifício no centro de uma praça proeminente. Outros a usam para descrever uma organização religiosa mundial, completa com regiões, distritos e dioceses. As definições confusas de igreja, em nosso tempo, muitas vezes vedam o significado original desta palavra quando aplicada, no Novo Testamento, ao povo de Deus. Neste artigo, examinaremos brevemente o significado de “igreja” na Bíblia.

A NATUREZA DA IGREJA
1-Definição
·        Você já ouviu alguém falando que igreja é no original ekklesia significa “chamados para fora”, então “a igreja é um povo chamado para fora do pecado e fazer o que agrada a Deus”.
·        Há realmente muito poucas palavras que são frequentemente usadas pelos cristãos como a palavra "igreja”.
·        Infelizmente, poucos também são aqueles que entendem verdadeiramente esta palavra como a Bíblia a entende e aplicam seu significado bíblico na prática.
·        Dada à importância de um entendimento claro do que a Palavra de Deus diz sobre a igreja.
·         Contudo, estes usos da palavra igreja não correspondem ao que a Palavra de Deus define como igreja, assim fazendo-se necessário um melhor exame do significado desta palavra.
·        A palavra “igreja” é uma tradução da palavra grega “ekklesia”, que significa “o que é chamado ou convocado2”.
·        O Corpo de Cristo (Colossenses 1:24; Efésios 1:22-23; 4:12). Assim como o corpo humano não pode sobreviver separado da cabeça, não podemos viver sem nossa cabeça, Jesus Cristo (Efésios 5:23; Colossenses 1:18).
·         Discípulos de Jesus são membros do corpo (Romanos 12:4-5; 1 Coríntios 12:12-27; Efésios 3:6; 4:16; 5:30).
·         Como um organismo vivo, a igreja pode sentir medo (Atos 5:11), pode orar (Atos 12:5) e pode falar (Mateus 18:17).
·        Pessoas que são chamadas para saírem do pecado não continuam participando do mal no mundo, porque elas estão santificadas ou separadas do pecado (estude João 17:14-23; Colossenses 1:13; 1 Pedro 2:9; 1 João 4:5-6).
·         Deus chama o povo para deixar o mal deste mundo através da mensagem do evangelho (2 Tessalonicenses 2:13-14).
·        Aqueles que são convertidos verdadeiramente a Cristo são chamados santos (1 Coríntios 1:2; Colossenses 1:1-2).

2-Origem
·        Algumas vezes a Bíblia usa a palavra “igreja” no sentido universal, isto é, para falar de todo o povo que pertence a Cristo, não importa de onde ele possa ser.
·         Jesus falou da igreja deste modo: “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16:18).
·         Ele não está falando apenas de uma congregação local, nem está falando de uma organização ou instituição mundial.
·         Ele está falando de pessoas, pedras vivas, construídas sobre Jesus Cristo, a fundação sólida. Paulo falou da igreja, neste mesmo sentido universal, quando escreveu: “... Cristo é o cabeça da Igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo” (Efésios 5:23).
·         Jesus é o cabeça sobre todos aqueles que o servem, todos aqueles lavados e purificados de seus pecados (Efésios 5:26).

3-Identificação
·        Templo de Deus - Frequentemente, a palavra “igreja” é usada para descrever uma congregação local ou assembleia de santos. Note uns poucos exemplos: “… à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos…” (1 Coríntios 1:2); “E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano” (Mateus 18:17); “... saudai igualmente a igreja que se reúne na casa deles” (Romanos 16:5).
·        Igrejas locais é o resultado da pregação do evangelho.
·         Quando as pessoas obedecem à palavra e se tornam cristãs, elas começam a reunir-se com outros irmãos na fé.
·        Corpo de Cristo- É assim considerada porque a igreja continua fazendo a obra que Jesus iniciou, quando esteve entre nós.
·        Coluna e baluarte da verdade- Aqueles que estão engajados na casa de Deus devem cuidar para que se comportem bem para não trazerem repreensão sobre à casa de Deus e àquele nome precioso pelo qual são chamados.
·        Deus é um Deus vivo, Ele é a fonte da vida, ele é a própria vida, e Ele dá vida, fôlego, e todas as coisas para as Suas criaturas.
·        Nele vivemos e nos movemos (At 17.25,28).
·        Como igreja de Deus, ela é o pilar e a base da verdade, ela é a própria verdade em Deus.
·        A igreja mantem a Palavra e a Doutrina, assim como o pilar, ao qual a proclamação está fixada e mantem a proclamação.
·        Família de Deus- Os crentes são membros da família de Deus, somos filhos por adoção, após a conversão.
·        Somos uma família espiritual, nosso reino é espiritual, por isso muitas pessoas confundem o Reino de Deus como se fosse um reino material ou humano.

II A EXISTÊNCIA DA IGREJA
1-Membros
·        1 Coríntios 12:15-20Se o pé disser: porque não sou mão, não sou do corpo; não será por isso do corpo”? “E se a orelha disser: porque não sou do corpo; não será por isso do corpo”? Se o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato? Mas agora Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis. E se todos fosse um só membro, onde estaria o corpo? “Assim, pois há muitos membros, mas um corpo.”
·        Nesta passagem, Paulo, pela revelação, faz uma comparação entre um corpo literal e a igreja, o corpo de Cristo.
·        Sua conclusão é que como um corpo literal tem muitos membros, cada um deles faz um trabalho diferente necessário para o corpo, de forma que o corpo de Cristo, a igreja, tem muitos membros, cada um dos quais é inserido no corpo como Deus quis, para fazer um trabalho que é necessário a isso, e que pode também ser diferente do trabalho que os outros membros fazem no corpo.
·        Precisamos ter em mente que somos membros da “igreja de Cristo” e não apenas membro de uma denominação.
·        Nossa responsabilidade é muito grande, diante de Deus como Pai, diante de Jesus como nosso Salvador, diante do Espírito Santo o consolador e da própria Palavra de Deus.


2-Líderes
·        Estudar sobre a vida de Jesus como líder nos conduz a um modelo completo de liderança, em que autoridade e serviço, amor e verdade, firmeza e sensibilidade, disciplina e compaixão, fidelidade e submissão andam juntos.
·        É pastorear com coração amoroso e formar discípulos pelo ensino, exemplo e serviço.
·         É ter posição de autoridade, mas agir humildemente como servo de todos.
·         É trabalhar incansavelmente anunciando o evangelho, mas sempre dependendo de Deus em tudo.
·        É ter paciência com as ovelhas, pastoreando cada uma delas de acordo com suas necessidades.
·         É resistir ao erro, denunciar a hipocrisia, o legalismo e as tradições humanas que se sobrepõem à verdade de Deus.
·        Porém, é também anunciar o arrependimento, indicando o caminho da salvação aos pecadores e a vida que devem viver para agradar a Deus.
·        Enfim, estudar sobre o ministério de Jesus é descobrir que nunca houve ou haverá um líder como ele, mas todos os líderes cristãos são desafiados a ser como Cristo.

3-Ordenanças
·        Todo o crente precisa ser batizado e assim tornar-se membro da Igreja local.
·         Para isto, é previamente necessário que tenha sido feito antes uma confissão de fé e aceitação de Cristo Jesus como Salvador.
·        Também é necessário à Igreja conhecer o testemunho do candidato antes de recomendá-lo ao batismo e à membresia eclesiástica.
·        O Batismo e a Ceia do Senhor são as duas Ordenanças estabelecidas por Jesus Cristo quando esteve aqui na terra com seus discípulos.
·        Estas duas ordenanças tem a forma de ritual religioso e são administradas pelo pastor de cada Igreja com a aprovação da própria Igreja.
·        Uma vez definidas estas Ordenanças, segue-se que este é o propósito do estudo aqui em questão: apresentar e analisar o ensino bíblico acerca de tais Ordenanças e suas implicações práticas para a vida do novo membro da Igreja local.
·        Com este conhecimento, cada aluno ou candidato poderá se sentir mais seguro e fundamentado para aquiescer ao batismo e às responsabilidades com a Igreja Local aonde vai se filiar.


III MISSÃO DA IGREJA
1-Adorar a Deus
·        A palavra “proskuneo” descrevia o gesto de curvar-se diante de uma pessoa e ir até o ponto de beijar os seus pés.
·         Traduziria o ato de reconhecer a nossa insuficiência e a superiorida­de de Deus, colocando-nos à Sua inteira disposi­ção.
·        A ideia básica é a de SUBMISSÃO - Ado­ramos ao Senhor e nos submetemos a Ele reco­nhecendo Sua grandiosidade, mas também Sua misericórdia e amor por nós.
·        O sentido de SERVIR aqui implica em “cultuar e oferecer atos de adoração, que agradem a Deus”. Hb 12:28 diz que: aqueles que aceitaram a Cristo como Senhor, recebe­ram da Sua Graça para viver e servem a Deus, através desta mesma Graça.
·        A palavra grega “sebein” é traduzida como “reverenciar com temor”. Não é simplesmen­te “ter medo”, mas uma “reverente admiração com desejo de aproximar-se”. Não é um medo que faz fugir, mas sim aquele que anseia por che­gar mais perto.
·        Os cristãos devem adorar a Deus em ordenanças espirituais, que consistem em menos exercícios físicos corporais e mais poder e energia divina. 

2-Manter Comunhão
·        Assim percebemos que há dois tipos de comunhão -- a comunhão com Deus, que depende inteiramente no nosso andar na verdade; e a com homens (até com irmãos) que é sujeita à aprovação ou rejeição dos homens.
·         Dizendo que nós devemos aprovar somente o que Deus aprova (uma afirmação com que eu concordo) não muda os fatos.
·         Irmãos, às vezes, aprovam o que não devem e rejeitam o que devem aceitar. Deus sabe a diferença, e julga apropriadamente; mas o "partido" nem sempre age como Deus quer.
·        Quando obedecemos ao evangelho, individualmente, nós nos entregamos a Deus.
·        Quando chegarmos ao fim da vida, teremos que prestar contas a ele, individualmente (Mateus 16:24; Romanos 14:4, 12).
·        De acordo com esse compromisso de lealdade a Deus, e sujeitos às obrigações do nosso acordo com ele, ajuntamo-nos a outros para trabalhar e adorar juntos numa comunhão local (uma congregação).
·        Deus ordena esta união; os laços dessa associação são grandes e suas obrigações são reais; mas ela continua sendo o meio de servir o Senhor.

3-Evangelizar e fazer discípulos
·        A ordem de fazer discípulos é descrita por dois gerúndios que mostram o que é necessário para fazer discípulos de Cristo: batizando (19) e ensinando (20).
·        Algumas pessoas têm interpretado mal este texto, sugerindo uma lista de três passos sucessivos (Fazer discípulos - batizar - ensinar).
·         Certamente devemos continuar ensinando depois do batismo do novo discípulo, mas não é o ponto fundamental deste texto.
·        Para se tornar discípulo de Cristo, a pessoa precisa ser batizada para remissão dos pecados e precisa ser ensinada "a guardar todas as coisas" que Jesus tem ordenado.
·        Vamos pausar para considerar esses dois requisitos do processo de fazer discípulos.
·        Ensinar a guardar todas as coisas que Jesus ordenou. Depois de ser convertido, o servo de Cristo continuará a vida toda crescendo na compreensão da vontade de Cristo, mas o ponto que Jesus frisa em Mateus 28:20 é um de compromisso.
·        No momento de sua conversão, ninguém entende tudo. De fato, cada cristão deve se esforçar para crescer no conhecimento da palavra durante toda a sua vida (2 Pedro 3:18).
·         Algumas igrejas até exigem cursos de meses ou anos de duração antes de uma pessoa se batizar, certamente tentando diminuir a possibilidade de ela desistir depois.
·        Qualquer pessoa deve estudar o bastante para entender quem é Jesus e como obedecer à vontade dele. Mas encontramos casos nas Escrituras nos quais as pessoas ouviram o evangelho e tomaram suas decisões até no mesmo dia (Atos 2:37-41; 8:35-38; 16:32-33).
·        Devemos ter cuidado para ensinar tudo que é necessário, mas nossa cautela não deve chegar ao extremo de dificultar ou impedir a salvação de ninguém.
             

           Pr. Carlos Borges(CABB)