domingo, 27 de agosto de 2017

A VERDADEIRA DOUTRINA BÍBLICA



Rm 11.33-36
Introdução: Ninguém jamais entendeu plenamente a mente do Senhor. Ninguém foi seu conselheiro. Deus não deve coisa alguma a nenhum de nós. Isaías e Jeremias fizeram as mesmas perguntas para mostrar que somos incapazes de aconselhar a Deus e de criticar suas decisões (Is 40.13; Jr 23.18). Somente Deus possui o poder e a sua sabedoria absoluta.

I IMPORTÂNCIA DA DOUTRINA
1- A doutrina e seu valor
·        Conhecemos a sã doutrina através da obediência (João 7:17). Se um homem está aberto à verdade e deseja obedecer a Deus, o Senhor lhe dará a sabedoria, de modo que ele possa discernir a sã doutrina da falsa. Em Provérbios 1:23, Deus diz: “Atentai para a minha repreensão; pois eis que vos derramarei abundantemente do meu espírito e vos farei saber as minhas palavras”.
·         Deus promete tornar conhecida a Sua verdade àqueles que se arrependem e a Ele se submetem.
·        Conhecemos a sã doutrina quando conhecemos a Palavra de Deus (João 8:31-32). Na 2 Timóteo 2:15, o crente é ensinado a “dividir corretamente a Palavra da verdade”.
·        Será que Deus exigiria que o crente dividisse corretamente a palavra da verdade, se não lhe desse a capacidade de fazê-lo?  Este verso indica que Deus vai considerar o cristão responsável por esta tarefa, porque aquele que divide corretamente a palavra da verdade é aprovado.
·         E fica implícito que quem não o faz é reprovado. Isto significa que Pat Boone  e os cristãos ecumenistas estão errados ao dizer que Deus não torna o crente responsável por conhecer a sã doutrina.
·        Conhecemos a sã doutrina através do Espírito Santo. A 1 João 2:20-21 diz: “E vós tendes a unção do Santo, e sabeis tudo. Não vos escrevi porque não soubésseis a verdade, mas porque a sabeis, e porque nenhuma mentira vem da verdade”. 
·         O verso 27 diz: “E a unção que vós recebestes dele, fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele permanecereis”. (A unção” aqui na é usada no sentido errôneo usado pelos carismáticos, mas da permanência do Espírito em nós, quando aceitamos Jesus Cristo como Salvador e Senhor de nossa vida).


2- A pratica da doutrina
·        Podemos dizer que a igreja do Novo Testamento cresceu porque deu amplo destaque ao ensino doutrinário; foi assim que ela conseguiu ter um crescimento constante.
·         Isto não quer dizer que a igreja não sofresse oposição, nem que não enfrentasse falsos ensinos e heresias, ao contrário, os cristãos foram martirizados por causa de suas profundas convicções doutrinárias; não abriram mão delas.
·         Ninguém arrisca sua vida por algo em que não acredita fortemente. Os cristãos não negaram Cristo nem sua doutrina; para eles, os fundamentos de sua fé eram nítidos.
·        O fato é que a igreja desde a sua origem era estruturada na Palavra, era capaz de divulgar e defender suas doutrinas básicas.
·        Ela estava edificada “sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular”. (Ef. 2.20), como diz Paulo.
·        Há cristãos que, menosprezando a doutrina bíblica, alegam: “O importante não é a teoria; e, sim: a prática”.
·         Entretanto, quem disse que a doutrina bíblica é meramente teórica? Ela é a vontade de Deus. E, como tal, deve ser posta em prática.
·         Aos filhos de Israel, ordena o Senhor: “E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as intimarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te”.
·        Também as atarás por sinal na tua mão e te serão por testeiras entre os teus olhos. “E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas” (Dt 6.6-9).

3-A Vontade de Deus
·        A vontade de Deus é trazer salvação. Deus nos ama e quer o melhor para nós. Sua vontade é boa e perfeita. Pela vontade de Deus, Jesus morreu e ressuscitou para dar vida eterna a todo aquele que crer.
·        Aquele que ama a Deus procura fazer a sua vontade. Devemos orar a Deus, pedindo que ele nos ensine sua vontade.
·        A vontade de Deus é que vivamos de maneira santa, fazendo o bem e sendo gratos. Quem faz a vontade de Deus é abençoado.
·        O mundo e a sua cobiça passam, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre. 1 João 2:17.
·        Todo aquele que o Pai me der virá a mim, e quem vier a mim eu jamais rejeitarei.
·        Pois desci dos céus, não para fazer a minha vontade, mas para fazer a vontade daquele que me enviou.
·        E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum dos que ele me deu, mas os ressuscite no último dia.
·        “Porque a vontade de meu Pai é que todo aquele que olhar para o Filho e nele crer tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia”. João 6:37-40.

II VERDADEIRA DOUTRINA
1-Profundidade da riqueza
·        Neste estudo falaremos, sobre a verdadeira doutrina, visto que muitas novas doutrinas têm surgido no mundo evangélico.
·        Vamos buscar na Bíblia o que é a verdadeira doutrina.
·        Vemos hoje que muitas igrejas têm criado sua própria doutrina, sem consultar a Bíblia.
·        Vejamos o que diz a Palavra de Deus. Isaias 34: 16; II Tm. 3: 16 e 17; Jô. 17: 17.
·        A Bíblia nos mostra claramente que a verdadeira doutrina, nós só encontramos na Palavra de Deus. Jô. 7: 16 e 17; Is. 54: 13; Jô. 14: 26.
·        Como podemos saber que as Palavras de Jesus, é a verdadeira doutrina (Mt. 7: 28; Mc. 1: 21; 22 e 27; Jô. 18: 19; II Jô. 9).
Para melhor compreender a doutrina do Senhor Jesus, temos que aprender com ELE. Mt. 11: 29; Mq. 7: 8; Isaías 1: 17 e 18.

2-Ensino Régio de Cristo
·        Os ensinamentos de Jesus já percorreram 2000 anos e continuam sendo extremamente valiosos. Eles podem mudar sua vida.
·        Ao tornar-se homem Jesus não perdeu sua essência divina. “Ninguém jamais viu a Deus, mas o Deus Unigênito, que está junto do Pai, o tornou conhecido.” (João 1:18).
·        Os ensinamentos de Jesus são fruto desse relacionamento. Jesus e o Pai são um só. Eles vivem em uma formidável comunhão.
·        Alguns reis selêucidas reivindicaram para si o título de “Deus”. Jesus, no entanto, não apenas reivindicou, mas como ele mesmo declarou: “Eu tenho um testemunho maior que o de João; a própria obra que o Pai me deu para concluir, e que estou realizando, testemunha que o Pai me enviou.” (João 5:36).
·        O ministério, os milagres e os ensinamentos de Jesus, a sua morte na cruz e sua ressurreição testemunham que Ele é Deus!
·        Para ir até Jesus precisamos primeiro crer. A fé produz o arrependimento e o Espírito Santo produz a regeneração, o novo nascimento.
·        Enquanto esteve no deserto o povo de Israel recebia o maná (Êxodo 16.35) para satisfazer suas necessidades temporárias.
·        Mantê-los alimentados. Os ensinamentos de Jesus, no entanto, satisfazem todas as necessidades do ser humano. Sejam elas espirituais ou terrenas.

3-Proclamando a verdade
·        O interesse primordial de todos os que se tornam discípulos de Jesus Cristo deveria ser conhecer e obedecer à sua vontade, como cidadão do Seu Reino.
·         É importante que quem proclame a mensagem de Deus, tome o máximo cuidado com o que ensina e prega, para que isso seja a mensagem de Deus, proveniente das escrituras inspiradas, isto é, a revelação de Jesus Cristo, dos profetas do Antigo Testamento e dos apóstolos do Novo Testamento.
·        Todo mundo, tanto os perdidos como os salvos, precisam ouvir a verdade proclamada por lábios ungidos pelo Espírito Santo, dedicado aos retos caminhos de Deus. Jesus fez severa advertência aos seus discípulos a respeito dos falsos profetas, dizendo-lhes: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Pelos seus frutos os conhecereis”.

III RELAÇÃO COM O TODO
1-Revelação apenas nas Escrituras
·        Deus Se revela em Sua Palavra, a Bíblia. (Para provar a autenticidade da Bíblia).
·        A Bíblia é um livro sobre Deus e Sua relação com os seres humanos.
·         As Escrituras contêm uma longa história da revelação do próprio Deus ao homem—desde o primeiro homem, Adão, ao profeta e legislador Moisés, e até aos apóstolos de Jesus Cristo e à Igreja primitiva.
·        Em contraste com muitas suposições humanas, a Bíblia transmite a verdadeira imagem de Deus.
·        Este livro notável revela como Ele é o que Ele tem feito e o que Ele espera de nós. E também nos diz por que estamos aqui e revela seu plano, pouco compreendido, para a Sua criação.
·        Este manual de conhecimentos básicos é fundamentalmente diferente de qualquer outra fonte de informação. Ele é realmente único, pois contém, em muitos aspectos, a assinatura genuína do Todo-Poderoso.

2-O Novo Testamento revela o antigo Testamento
·        O Antigo Testamento estabelece a fundação para os ensinamentos e eventos encontrados no Novo Testamento.
·        A Bíblia é uma revelação progressiva. Se você pular a primeira metade de qualquer livro bom e tentar terminá-lo, você vai ter dificuldade de entender seus personagens, o enredo e o final.
·         Da mesma forma, o Novo Testamento só pode ser completamente entendido quando é visto como o cumprimento dos eventos, personagens, leis, sistema de sacrifício, alianças e promessas do Antigo Testamento.
·        Sem o Antigo Testamento, não entenderíamos os costumes judaicos que são mencionados no Novo Testamento.
·        Não entenderíamos as distorções que os fariseus tinham feito à lei de Deus por acrescentarem suas tradições.
·         Não entenderíamos por que Jesus estava tão transtornado ao purificar o Templo. Não entenderíamos que podemos usar a mesma sabedoria que Cristo usou em Suas muitas respostas aos Seus adversários (humanos e demoníacos).

3-As Falsas doutrinas
·        Se há doutrinas falsas, então obrigatoriamente precisa haver uma doutrina conhecida e reconhecidamente correta.
·        Na verdade, há uma doutrina sem par e há outras doutrinas.
·         Quando existe uma sã doutrina, é notório que existam doutrinas insanas ou que causam insanidade.
·        A sã doutrina fortalece, enquanto as outras enfraquecem e causam enfermidade. As falsas doutrinas causam confusão, a sã doutrina, por outro lado, proporciona a certeza.
·         De um modo geral, as falsas doutrinas se ocupam principalmente de coisas secundárias.
·        Os falsos mestres procuram vinculares as pessoas a um personagem ou à sua organização.

Pr. Carlos Borges (CABB)

terça-feira, 22 de agosto de 2017

A IGREJA DE CRISTO



1Co.12.12-20,25-27
Introdução: Igreja. Vemos esta palavra por toda a parte. Algumas pessoas usam “igreja” para descrever um belo edifício no centro de uma praça proeminente. Outros a usam para descrever uma organização religiosa mundial, completa com regiões, distritos e dioceses. As definições confusas de igreja, em nosso tempo, muitas vezes vedam o significado original desta palavra quando aplicada, no Novo Testamento, ao povo de Deus. Neste artigo, examinaremos brevemente o significado de “igreja” na Bíblia.

IGREJA
O termo grego para “igreja”  é “ekklesia”, literalmente, “chamados para fora”, do verbo grego ekkaleo “chamar, convocar”, que não aparece no Novo Testamento grego e só ocorre duas vezes na Septuaginta.
O substantivo ekklesia aparece 115 vezes no Novo Testamento, dos quais em que apenas cinco(5) não é traduzido por “igreja”: em  At. 19.32,39 , a ideia aqui é de “ajuntamento ou “assembleia”, nas demais ocorrências o termo se refere à Congregação de Israel.
Igreja o que significa- Igreja é um edifício construído com blocos e cimento? Não. É um edifício construído com pedras vivas. “Também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo”(1 Pedro 2:5). Estas pedras vivas são chamadas santos e são membros da família de Deus: “Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito” (Efésios 2:19-22).
A palavra grega traduzida como “igreja” significa, literalmente, “chamado para fora” e assim refere-se a um grupo de pessoas chamadas para saírem do pecado no mundo e servirem ao Senhor. A igreja não é nenhum tipo de instituição ou objeto impessoal. É um corpo constituído de componentes vivos. Como um organismo vivo, a igreja pode sentir medo (Atos 5:11), pode orar (Atos 12:5) e pode falar (Mateus 18:17). Pessoas que são chamadas para saírem do pecado não continuam participando do mal no mundo, porque elas estão santificadas ou separadas do pecado (estude João 17:14-23; Colossenses 1:13; 1 Pedro 2:9; 1 João 4:5-6). Deus chama o povo para deixar o mal deste mundo através da mensagem do evangelho (2 Tessalonicenses 2:13-14). Aqueles que são convertidos verdadeiramente a Cristo são chamados santos (1 Coríntios 1:2; Colossenses 1:1-2), não que eles sejam santo como foi o Senhor Jesus, mas, com relação ao mundo pecaminoso, que ofende a Deus, nas suas praticas abomináveis, desprezam o Senhor Jesus e seu sacrifício vicário na cruz do Calvário, e ainda ofende o Espírito Santo o Consolador, para tais ofensores do Espírito Santo, podem perder a salvação(Mt. 12.31).
Entender o conceito bíblico de igreja como um corpo de pessoas chamadas para fora do pecado, para serem santos, ajuda-nos a apreciar a riqueza da descrição de Paulo da “igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue” (Atos 20:28). Jesus não morreu para comprar terra e edifícios, nem para estabelecer alguma instituição. Ele morreu para comprar as almas dos homens e mulheres que estavam mortos no pecado, mas que agora têm salvação e esperança de vida eterna (Romanos 5:8; 1 Coríntios 6:19-20).
A Igreja Universal  e a Igreja Local - Algumas vezes a Bíblia usa a palavra “igreja” no sentido universal, isto é, para falar de todo o povo que pertence a Cristo, não importa de onde ele possa ser. Jesus falou da igreja deste modo: “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16:18). Ele não está falando apenas de uma congregação local, nem está falando de uma organização ou instituição mundial. Ele está falando de pessoas, pedras vivas, construídas sobre Jesus Cristo, a fundação sólida. Paulo falou da igreja, neste mesmo sentido universal, quando escreveu: “...Cristo é o cabeça da Igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo” (Efésios 5:23). Jesus é o cabeça sobre todos aqueles que o servem, todos aqueles lavados e purificados de seus pecados (Efésios 5:26).
Frequentemente, a palavra “igreja” é usada para descrever uma congregação local ou assembleia de santos. Note uns poucos exemplos: “…à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos…” (1 Coríntios 1:2); “E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano” (Mateus 18:17); “...saudai igualmente a igreja que se reúne na casa deles” (Romanos 16:5). Igrejas locais são o resultado da pregação do evangelho. Quando as pessoas obedecem a palavra e se tornam cristãs, elas começam a reunir-se com outros irmãos na fé.
Aqui não cabe qualquer presunção de dizer “igrejas em células” pois não registro nos anais da igreja primitiva que eles se reuniam em células, eles se reunião em casas, pelo fato que com a chegada do pentecoste, os “cristãos” não podiam se reunirem nas Sinagoga dos Judeus, por causa do credo espiritual agora incorporado a igreja do Senhor Jesus(o derramamento do Espírito Santo), então eles se reuniam nas casas dos cristãos( os que se converteram a Jesus), e praticavam as suas liturgias sob a égide do Espírito Santo, sob a supervisão dos discípulos de Jesus(eles davam a continuidade da missão que lhes foi outorgada por Jesus antes de ser assunto aos Céus.
Assim eles ficaram até poderem ter a própria igreja(templo) para poderem se congregarem sem qualquer constrangimento.
A Igreja Organismo, não Organização - A igreja é uma organização? Muitas pessoas têm a noção errada de que a igreja é uma organização ou instituição, independente do povo que compõe a igreja. Este não é o conceito bíblico de igreja. Jesus não morreu para estabelecer uma instituição, mas para salvar o povo do pecado (Atos 20:28; 1 Coríntios 6:20). Jesus e o Pai não habitam numa organização, mas no povo que os obedece (João 14:15, 23).
Em vez de falar de uma organização, a Bíblia descreve a igreja como um corpo composto de membros vivos (Romanos 12:4-5; 1 Coríntios 12:12-27; Colossenses 1:18,24; Efésios 5:23). Estes membros do corpo são “blocos” ou “pedras” usados na construção da igreja (1 Pedro 2:5; 1 Coríntios 3:10-15).
Muitas pessoas sugerem que a “igreja universal” é constituída de todas as congregações locais no mundo. Isto não é um conceito bíblico. Uma igreja local consiste de cristãos que se reúnem num determinado lugar. Eles podem ser identificados e contados (Romanos 16:14, 15; 1 Coríntios 16:19; Colossenses 4:15). A igreja universal consiste de todos os discípulos de Cristo em todo o mundo. Nenhum homem é capaz de identificar e contar todos os membros deste corpo universal. Tentativas de contar todos os verdadeiros cristãos em uma nação ou no mundo ilustram a ignorância e a vaidade dos homens. Somente Deus pode contar e identificar seus “primogênitos arrolados nos céus” (Hebreus 12:23).
Discrições Bíblicas da Igreja que Pertence a Jesus-  A Bíblia não usa um nome exclusivo para a igreja. É errado, portanto, insistirmos num único nome que todas as igrejas fiéis tenham que usar. Muitas passagens falam simplesmente da igreja, algumas vezes identificando o local (cidade ou casa) onde o grupo de cristãos se reunia. Portanto, podemos nos referir à igreja simplesmente como “a igreja” (Atos 8:1; 9:31; Romanos 16:1).
Frequentemente, as descrições da igreja no Novo Testamento mostram a relação que existe entre o Senhor e sua igreja. A igreja pertence a Deus, e é, muitas vezes, chamada “a igreja de Deus” (veja Atos 20:28; 1 Coríntios 1:2; 10:32; Gálatas 1:13; 1 Timóteo 3:5,15). Jesus derramou seu sangue para comprar a igreja. Portanto, Paulo falou de “igrejas de Cristo” (Romanos 16:16) e Jesus falou de sua própria igreja (Mateus 16:18). O povo de Deus pode ser corretamente descrito como a “igreja dos primogênitos arrolados nos céus” (Hebreus 12:23).
Consideremos o significado de descrições bíblicas comuns da igreja. - O Corpo de Cristo (Colossenses 1:24; Efésios 1:22-23; 4:12). Assim como o corpo humano não pode sobreviver separado da cabeça, não podemos viver sem nosso cabeça, Jesus Cristo (Efésios 5:23; Colossenses 1:18). Discípulos de Jesus são membros do corpo (Romanos 12:4-5; 1 Coríntios 12:12-27; Efésios 3:6; 4:16; 5:30).
O Reino de Deus ou Reino dos Céus (Mateus 3:2; 4:17; Lucas 4:43; Atos 8:12; 19:8; 20:25; 28:23,31). A ideia de reino ressalta a posição de autoridade do rei (veja 1 Coríntios 4:20; Hebreus 1:8; 12:28-29; Mateus 28:18-20; Apocalipse 12:10). O reino de Cristo não é deste mundo (João 18:36). Em vez de ser uma entidade política e mundana, a igreja é um reino espiritual assentado no caráter santo de Deus. Podemos entrar no reino somente quando formos transformados espiritualmente (Colossenses 1:13). Como servos do Rei, temos que desenvolver as características espirituais de nosso Senhor (Tiago 2:5), incluindo sua humildade, inocência (Marcos 10:14-15) e santidade (1 Coríntios 6:9-10; Gálatas 5:19-21).
A Casa de Deus (1 Timóteo 3:15) não é um edifício material, mas o santuário e a habitação do Senhor (Efésios 2:21-22). É um edifício espiritual (1 Pedro 2:5).
O Rebanho de Deus (Atos 20:28). Jesus é o bom pastor que deu sua vida pelas ovelhas (João 10:11). As ovelhas ouvem sua voz e o seguem para receber a vida eterna (João 10:27-28).
Nomes Humanos Causam Divisão- A divisão religiosa em nossa sociedade é vergonhosa. Muitas pessoas estão confusas num mundo com muitos nomes diferentes de igrejas. Alguns destes nomes honram certos homens, enquanto outros ressaltam pontos doutrinários específicos.
A unidade dos salvos é baseada no nome e na doutrina de Cristo. Devemos fazer tudo pela autoridade de Jesus ou em seu nome (Colossenses 3:17). “Não há salvação em nenhum outro...nome...” (Atos 4:12). Esta unidade é possível somente quando falamos e pensamos a mesma coisa, que é a doutrina de Cristo (1 Coríntios 1:10). Quando os homens começam a seguir outros homens, perdem a unidade com Cristo e seu povo (1 Coríntios 1:11-13). Divisões e contendas acontecem na igreja, em parte, porque algumas pessoas se identificam somente com nomes humanos. Paulo argumentou que devemos identificar-nos somente com o Senhor que servimos. Jesus foi crucificado por nós e somos batizados em seu nome. Jesus, e não homens, merece nossa dedicação e honra. Os verdadeiros seguidores de Deus fazem parte da igreja que pertence a Jesus.

Compilada por Pr. Carlos Borges(CABB) em 22/08/2017.

terça-feira, 15 de agosto de 2017

CRESCIMENTO ESTRUTURADO




Cl. 1.9-12
Introdução: Quando temos um conhecimento de Cristo, nos ajuda a termos uma vida cristã salutar, nos ajuda a viver, de maneira a glorificar o nome de Cristo, desfrutar dos privilégios de um cristão autentico, maduro, de uma fé consistente, com condições espirituais para ajudá-la as pessoas necessitadas a suportarem as provas desta vida e se habilitarem a continuar na jornada, sem entrarem em estresses, ou levantar murmuração contra Deus, dando espaço aos adversários cirandarem suas vidas.

I MAPA DA MATURIDADE (Cl. 1.9-20; Rm. 10.9,10).
1-Entrega total
·        Paulo estava expondo uma heresia que havia na igreja de Colossos e que era semelhante ao gnosticismo.
·        Os gnósticos estimavam o acúmulo de conhecimento, mas Paulo mostrou que o conhecimento, sozinho, é vazio.
·        Para que o gnosticismo fosse válido, deveria levar as pessoas a uma vida mudada e um viver correto.
·        Sua oração pelos colossenses tinha duas dimensões:
 1-Que eles pudessem ter um completo entendimento do que Deus desejava fazer em suas vidas e que pudessem ser sábios, tendo a sabedoria espiritual. -
 2-Que continuamente fizessem coisas boas e gentis aos outros, e aprendessem a conhecer a Deus cada vez melhor.
·        O conhecimento não deve ser apenas acumulado, ele deve nos dar a correta direção na vida.
·        Algumas vezes já lhe perguntaram “como posso tornar-me um cristão”? A salvação está tão perto quanto seus lábios e seu coração.
·        As pessoas pensam que ela deve ser um processo complicado, mas não é, se crermos em nosso coração e confessarmos com nossa boca que Cristo é o Senhor ressuscitado, seremos salvos.

2-Estudos da Palavra (Hb. 5.11-15).
·        A fim de crescer, passando de cristãos infantis para cristãos maduros, devemos aprender o discernimento.
·        Devemos treinar nossa consciência, nossos sentidos, nossa mente, e nosso corpo para distinguir o bem do mal.
·        Nós podemos reconhecer à tentação antes que ela nos prenda. Nós podemos enxergar a diferença entre um uso correto e um uso errado das Escrituras.
·        A nossa capacidade de nos banquetearmos com o conhecimento mais profundo de Deus (alimento solido) é determinado pelo nosso crescimento espiritual.
·        Frequentemente queremos o banquete de Deus, antes de sermos espiritualmente capaz de digeri-lo.
·        À medida que crescemos no Senhor, e colocar em prática aquilo que aprendemos, nossa capacidade de entender também crescerá.

­3-Vivendo a Palavra (Sl. 119.11).
·        Esconder a Palavra de Deus em nosso coração é um meio de evitar o pecado, isto deveria inspirar-nos a memorizar as Escrituras, mas só isso não nos guardará do pecado; também devemos colocar a Palavra de Deus em prática em nossa vida, fazendo dela um guia vital para tudo que fizermos.
·        A Palavra de Deus não é apenas uma coleção de palavras pronunciada por Deus, ela é viva, e transforma vidas (que querem ser transformadas), ela é dinâmica (ativa) à medida que opera em nós.
·        Com a precisão de um corte de um bisturi de um, cirurgião, a Palavra de Deus revela quem somos e o que não somos.
·        Ela penetra dentro da nossa vida moral e espiritual, discernindo o que está dentro de nós, tanto de bem como de mal, pois a exigência da Palavra de Deus requerem decisões.

4-Oração (1 Ts.5.17) 
·        Não podermos passar todo o tempo de joelhos, mas é preciso ter uma atitude de oração em todos os momentos.
·        Esta atitude é constituída quando reconhecemos a nossa dependência de Deus, percebemos sua presença dentro de nós e determinamos obedecê-lo completamente.
·        Então consideramos natural fazer orações frequentemente, espontaneamente e breves.
·        “Orar sem cessar” (v.17), não significa permanecer constantemente repetindo orações formais, implica em orações de todos os tipos, que vêm ao nosso espírito em todas as ocasiões em todas as ocasiões, durante o dia ou jornada da vida.

II CONDIÇÃO DE SERVO (Rm 6.11)
1-Vida Santificada
·        A expressão “Considerai-vos mortos para o pecado” significa que devemos considerar nossa natureza antiga e pecaminosa como morta e indiferente ao pecado.
·        Por causa da nossa união e identificação com Cristo, não queremos mais continuar com nossas antigas práticas, nossos antigos desejos e objetivos.
·        Ao começarmos a nova vida em Cristo, o Espírito Santo nos ajudará a sermos exatamente aquilo que Deus quer que sejamos.
·        Queremos viver para Cristo, e para sua glória, pois importa que Ele cresça e nós diminuamos.

2-Vida controlada (Dn 1.8)
·        Daniel resolveu não comer das iguarias do rei, pois ele sabia que aqueles alimentos eram contrários à lei judaica, já que eram oferecidos a ídolos, e sua composição continha alimentos proibidos pela lei judaica.
·        Daniel permaneceu obediente a Deus, não se deixou contaminar com os manjares do rei, nem deixou de servir a Deus ainda que escravo (cativo) de outra nação.
·        Nem a cultura local, interferiu na sua cultura nacional, muitas vezes copiamos praticas de outras denominações, sem levar em conta o ensino recebido por motivo da nossa conversão e ensino da Palavra de Deus.

III ESPÍRITO SANTO (Jo. 4.24).
1-Compreendendo
·        A expressão “Deus é Espirito”, mostra que Ele não é um ser físico, limitado a tempo e espaço.
·        Ele está presente em todos os lugares e pode ser adorado em qualquer local e a qualquer hora.
·        O mais importante não é onde adoramos, mas como adoramos o Senhor.
·        A sua presença deve ser sentida quando nos colocamos diante de dele para adora-lo, devemos deixar para trás as preocupações, ansiedades ou outra coisa qualquer que possa impedir de senti-lo, amá-lo e adora-lo.

2-Cooperando (Ef. 5.18)
·        Precisamos ter consciência que o Espírito Santo, não é uma influência ou algo que possa ser cheio.
·        Ele é uma pessoa de grande sensibilidade, santidade e poder, pois Ele e parte da trindade santa.
·        Paulo faz um contraste entre se embriagar com vinho, que produz uma temporária sensação de “bem estar”, e ser cheio do Espírito, que produz uma permanente alegria.
·        Em Cristo gozamos de uma alegria superior, mais elevada e mais duradoura, que cura nossas depressões, monotonia ou tensão mental.
·        Não devemos nos preocupar com o quanto temos do Espírito Santo em nós, mas com o quanto a nossa vida está entregue a Ele.
·        Submetamo-nos diariamente a sua orientação e obteremos Dele força.

III COMUNHÃO ENTRE IRMÃOS (At.10.23)
1-Ajuda Mútua
·        Negligenciar as reuniões cristãs é desistir do encorajamento e da ajuda de outros cristãos.
·        Reunimo-nos para compartilhar nossa fé e para fortalecermos uns aos outros no Senhor.
·        À medida que nos aproximamos do dia em Cristo voltar, enfrentaremos muitas lutas espirituais, e, até mesmo, tempos de perseguições, as forças anticristãs crescem em poder.
·        As dificuldades jamais devem se tornar desculpas para perdemos os cultos na igreja.
·        Antes, quando as dificuldades surgirem, devemos fazer um esforço ainda maior para sermos fiéis e estarmos presente.

2-Compartilhando a fé (2 Co. 3.3) 
·        Alguns falsos ensinadores começaram a levar cartas de recomendação forjadas para autenticar sua autoridade.
·        Paulo declarou de forma direta que não precisava de tais cartas.
·        Os crentes para quem Paulo e seus companheiros pregavam já eram como uma carta de recomendação.
·        Muitas vezes, porém, Paulo usou cartas de apresentação. Ele escreveu recomendações do Febe (Rm16. 1,2) e Timóteo (1 Co.16.10,11), estas cartas ajudaram os companheiros de Paulo a serem bem recebidos em várias igrejas.
·        A nossa melhor carta de recomendação ou apresentação, não está no papel timbrado ou assinado, mas, está no testemunho de uma vida santa e irrepreensível, que poucos conseguem ter, e pelo espirito de discernimento poder pontuar quem é quem.
·        Infelizmente temos muitas apresentações teóricas e poucas práticas.

Pr. Carlos Borges(CABB)