sábado, 24 de novembro de 2018

ENCONTRANDO O NOSSO PRÓXIMO


Lc 10.25-37
Introdução: Amar o próximo inclui amar até mesmo aqueles que nos aborrecem, pois encontramos em Deus o maior exemplo de que tal amor é possível.

Amar ao Próximo um mandamento antigo (Lv. 19.18).

·        Algumas pessoas pensam que a Bíblia nada mais é do que um livro de “não.”.
·        Mas Jesus resumiu claramente todas estas regras quando ordenou que amassemos a Deus de todo o nosso coração e o próximo como a nós mesmos.
·        Ele declarou ser este o maior mandamento de todos (Mt. 22.34-40).
·        Guardando os simples mandamento de Jesus, achamo-nos cumprindo todas as outras Leis de Deus.
Orar pelos inimigos e também por aqueles que nos perseguem, (Mt 5.43-44).

·        Para muitos judeus da época, essa declaração de Jesus era um insulto.
·        Qualquer pessoa que reivindicasse ser o Messias e desse a outra face ao agressor não seria o líder militar que Israel desejava para comandar uma revolta contra Roma.
·        Uma vez que estavam sob a opressão romana, os judeus queriam vingança contra seus inimigos, a quem odiavam.
·        Mas Jesus sugeriu uma resposta nova e radical para a injustiça: ao invés de exigir seus direitos, os judeus deveriam desistir deles livremente!
·        De acordo com Jesus, é mais importante praticar a justiça e a misericórdia do que recebe-las.
·        Ao ensinar não retaliar os inimigos, Jesus nos impede de procurar fazer justiça com as próprias mãos.
·        Amando e orando por nossos adversários, podemos vencer o mal como bem.
·        Os fariseus interpretavam de forma diferente os textos em Levítico 19.18 e Salmos 139.19-22; 140. 9-11, eles criam que deveriam amar somente aqueles que os amavam e odiar seus inimigos.
·        Mas Jesus disse que devemos amar nossos inimigos.
·        Se você os amar e tratá-los bem, demonstrará que Jesus verdadeiramente é o Senhor de sua vida.
·        Isso só é possível àqueles que se entregam completamente a Deus, porque só Ele pode livrar-nos de nosso egoísmo natural.
·        Devemos confiar no Espírito Santo que nos ajuda a demonstrar amor para com quem não amamos.

Quem ama ao próximo cumpre a Lei (Rm 13.8)

·        Por que o amor aos semelhantes é considerado um dever?
·        Estamos permanentemente em débito com Cristo por causa do prodigo amor que Ele derramou sobre nós.
·        A única forma que temos de expressar esse amor é amando o nosso próximo.
·        Como o amor de Cristo sempre será infinitamente maior que o nosso, teremos sempre a obrigação de amar os nossos semelhantes.

Grande desafio de evidenciar que realmente amamos (1 Jo. 3.16).

·        O amor verdadeiro consiste em ação, não apenas em sentimentos.
·        Produz abnegação e doação sacrificial.
·        O maior ato de amor está em doar-se a si mesmo aos outros.
·        Como podemos “dar nossa vida”
·        Servindo aos outros sem pensar em receber qualquer coisa como recompensa.
·        Às vezes é mais fácil dizer que morreremos pelo outro do que verdadeiramente vivemos para eles.
·        Viver para os outros envolve colocar os desejos desses outros em primeiro lugar.
·        Jesus ensinou este mesmo principio de amor em Jo. 15.13.

Grande mensagem de Jesus desde o começo. (1 Jo3.11).

·        Isso não vem como um mandamento, como no sistema antigo da lei, mas como um anúncio de alguma coisa boa.
·        A Mensagem anunciada por Deus requer que os crentes amem aos seus irmãos e irmãs da família de Deus.
·        O “principio” refere-se à ocasião em que Jesus disse pela primeira vez aos seus discípulos que amassem uns aos outros (Veja Jo. 13.34,35; 15.17) e à ocasião em que o público de João se converteu.

A evidência de que se está agindo corretamente (Tg. 2.8).

·        A “lei real” é a lei de nosso grande Rei Jesus Cristo, que disse: O meu mandamento é este; Que vos amei uns aos outros, assim como eu vos amei “(Jo 15.12)”.
·        Esta lei, originalmente resumida em Levítico 19.18, é a base para todas as leis em relação a como as pessoas devem se relacionar uma com as outras.
·        Cristo reforçou esta verdade em Mt. 22.37-40, e Paulo a ensinou em Romanos 13.8 e em Gálatas 5.14.
·        Devemos tratar todas as pessoas como gostaríamos de ser tratado.
·        Não devemos ignorar os ricos, porque assim estaríamos retendo nosso amor.
·        Mas não devemos favorecê-los pelo que eles podem fazer por nós enquanto ignoramos os pobres que aparentemente podem nos oferecer tão pouco.

Pr. Carlos Borges (CABB)    


segunda-feira, 19 de novembro de 2018

A IGREJA E O SISTEMA DO MUNDO



1 Jo. 2.14-17
Introdução: Nós vivemos no mundo, mas não pertencemos a ele; nós convivemos com o mundo, mas não concordamos com ele; por mais que estejamos neste mundo, não podemos jamais esquecer que nosso lar é outro, que somos apenas peregrinos e que estamos aqui designados para uma missão em favor do Reino celestial. Quando o apóstolo nos exorta a não amar o mundo, nos ensina que não devemos ser condizentes com as coisas deste mundo, não podemos ser influenciados pelas pessoas deste mundo; ao contrário, nós é que devemos influenciar as pessoas que ainda não aceitaram a Jesus como seu Salvador.

I O SISTEMA PECAMINOSO DO MUNDO
1- O Sistema Pecaminoso do Mundo
·        O mundo retratado aqui é não é o globo terrestre, conhecido como planeta terra.
·        Estamos falando do mundo como um sistema com seus costumes pagãos e libertinos, suas atrocidades, a propensão para o mal e a negação da cruz de Cristo.
·        Não devemos “andar de braços dados” com este mundo (sistema), mas isso não significa que devemos ignorar as pessoas do mundo.
·        Até porque, se estamos em um mundo estrangeiro com a missão de resgatar as pessoas perdidas, precisamos nos aproximar delas para apresentar-lhes o nosso mundo, o Reino Eterno, o nosso modo de viver com Cristo e para Cristo.
·        Cada um de nós dará contas do que fez a Cristo, não aos demais irmãos.
·        Embora a igreja procure ser inflexível em sua posição contra certas atividades ou comportamentos expressamente proibido pela Escrituras( adultério, homossexualidade, assassinato, e roubo).
·        Ninguém deve criar regras e regulamentos adicionais, concedendo-lhes uma condição semelhante a Lei de Deus. 
·        Muitas vezes os cristãos baseiam seus critérios morais  em opiniões, particularidade pessoas  ou preconceitos culturais, em vez de na Palavra de Deus.

2- O sistema e a comunidade
·        Algumas pessoas pensam que o sistema está limitado ao comportamento exterior – As pessoas  com quem nos associamos, os lugares que frequentamos, as atividades que apreciamos.
·        O mundanismo é também interior – Porque começa no coração e é caracterizado por 3  atitudes : 1- A cobiça  pelo prazer físico. 2- A cobiça por tudo que vemos – Almejar e acumular coisas, curvando-se ao deus do materialismo.
·        O orgulho por essas posses – obsessões pela condição, posição ou por ser importante.
·        O mundo é só treva, por isso precisamos ser luz: luz para iluminar o caminho dos perdidos, luz na vida das pessoas necessitadas de amor e paz, luz para guiar os cansados e oprimidos, luz para as nações que vivem em guerra, luz na escuridão que o pecado causa na alma das pessoas.
·         O mundo também está podre por causa da maldade e do pecado, por isso somos o sal, para dar sabor e conservar.
·        Antigamente, em tempos remotos em que não existia o conforto da geladeira e do freezer, o sal era usado para conservar os alimentos para que não apodrecessem.
·        Sabe por que esse mundo ainda resiste, mesmo diante de tanta podridão?
·        Porque ainda existem os remanescentes, aqueles que fazem a diferença e dão sabor e tempero a este mundo: nós, a Igreja de Cristo, lavada e remida no sangue do Cordeiro.
·         Estamos nesta Terra unicamente para fazer a diferença nela, para influenciar as pessoas com nosso comportamento e pregação, levando-as para o Reino eterno, por meio do Espírito Santo que é capaz de convencê-las de seus pecados, e por meio de Cristo e seu sacrifício na cruz, salvando a todos quantos crerem em Seu nome santo.

3- O sistema e a nação
·        Uma nação é constituída por uma população que partilha a mesma origem, língua, religião e/ou cultura, ou seja, são pessoas que possuem uma história e identidade comuns.
·        O conceito de nação, portanto, é mais amplo e complexo do que o conceito de povo.
·        A razão pela qual Babilônia caiu é descrita aqui - todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição (veja também 17.2).
·        Babilônia personifica tudo o que é mau - a imoralidade sexual, a idolatria, a avareza, e a opressão.
·        As pessoas do mundo afastaram-se completamente de Deus e desfrutaram da capacidade de sedução daquilo que ela estava oferecendo através da sua imoralidade e idolatria.
·         O Antigo Testamento usa o adultério para descrever a apostasia espiritual (veja, por exemplo, Jr 3.2; Os 4.10).
·        Nos últimos dias, a apostasia irá alcançar um pináculo na adoração à besta (13.15).
·        Os reis da terra se prostituíram com ela, o que significa que eles cometeram pecados vergonhosos - desistindo do que é mais importante em troca do que é mais gratificante.
·         Este “adultério” provavelmente se refere às alianças pecaminosas e ao abandono total da moralidade de Deus.
·        Além disto, os mercadores da terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias. Eles foram seduzidos pelas grandes riquezas que podiam ser obtidas no seu relacionamento com ela.
·        O texto em Isaías 47.8 descreve a grande luxúria da Babilônia e o julgamento de Deus sobre ela. A sua luxúria levou ao orgulho e à autossuficiências.
·        Parte deste adultério estava em receber a marca da besta, porque estes mercadores não podiam comprar ou vender nada sem ela (13.17).

II OS EFEITOS DO SISTEMA PECAMINOSO
1-Os Efeitos na Política
·        Satanás tem um propósito, um projeto e um programa.
·        Seu propósito é “ser igual ao Altíssimo”, seu projeto é estabelecer um reino em oposição ao Reino de Deus, seu programa é melhorar as condições do mundo e as circunstâncias da humanidade de modo que os homens estejam satisfeitos em permanecer como seus súditos e não tenham desejo pelo Reino de Deus.
·        Seu projeto está alinhado com seu propósito.
·        Ele deixaria sua posição de subordinado no Reino de Deus e estabeleceria seu próprio reino.
·        Seu fundamento seria o eu (ego). Vontade própria, amor-próprio, interesse próprio e suficiência própria constituiriam sua pedra de esquina.
·        A ilegalidade, a revolta contra o senhorio de Deus, a irreverência, a recusa em adorar a Deus seriam a sua superestrutura.
·        Há um claro vácuo no espaço político atual e, na falta de liderança idônea e capaz, junto com certa confusão quanto aos rumos que estão adiante, oportunistas de toda espécie se movimentam para ocupar o poder. Enquanto a sociedade brasileira parece saber o que não quer, ainda aparenta falta de clareza quanto a que rumos seguir.

2-Os efeitos na educação
·        Enquanto ditadores sanguinários como Stalin e Mao-Tsetung utilizaram-se da educação para infelicitar seus povos, paladinos da justiça, como o jurista baiano Rui Barbosa, defendiam a educação como a grande promotora da felicidade dos povos.
·        Embora partidário do ensino laico, Rui defendia não somente a educação moral e cívica, como também o ensino religioso nas escolas brasileiras, a fim de que nossas crianças recebessem uma formação completa e viessem a conscientizar-se de seus deveres tanto diante da sociedade como perante Deus.
·        Aconselha o grande tribuno:
·        Existe um sistema ordenado, “o mundo”, que é governado por detrás das cenas por um governador, Satanás.
·        Quando Jesus (Jo 12:31) declara que a sentença do julgamento deste mundo foi proferida, não está dizendo que o mundo material ou os seus habitantes estão julgados.
·         Para estes, o julgamento ainda está por vir.
·        Em julgamento está aquela instituição, aquela harmoniosa ordem mundial, da qual o próprio Satanás é a origem e líder.
·        Política, educação, literatura, ciência, arte, leis, comércio, música – estas são as coisas que constituem o kosmos, e com elas nos defrontamos diariamente.
·        Estudando a história da humanidade, temos que reconhecer um claro progresso em cada uma dessas áreas.
·         A questão, no entanto, é: Para que direção este “progresso” está caminhando?
·        Qual o objetivo final de todo este desenvolvimento?
·        Ao final, João diz-nos, o Anticristo se erguerá e estabelecerá seu próprio reino neste mundo (I Jo 2:18, 22; 4:3; II Jo 7; Apoc 13).
·        É para esta direção que o mundo avança. Satanás está usando os homens e todas as coisas para formar um reinado.

3- Os efeitos na economia
·        Certamente, o equilíbrio e a bênção na vida financeira começam pelo reconhecimento de quem Deus é.
·         Honramos alguém quando tratamos essa pessoa conforme as expectativas dela, fazendo o que ela deseja, como ela quer.
·        A forma como empregamos nosso dinheiro também demonstra a realidade de nosso amor por Deus.
·        Devemos honrar a Deus com aquilo que produzimos, com integridade – “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Mc 12.17) e com alegria e gratidão.
·        O sistema mundano é antagônico ao sistema cristão, pois o sistema mundano é egoísta e devasso.
·        O mundo está cheio de pessoas passando fome, enquanto uma boa parte, que tem recursos financeiros sobejando, esquecem-se dos necessitados, a Bíblia cita um caso semelhante, a Parábola do Rico e o Lázaro.
·        Os cristãos devem ser solicito no que diz respeito a ajudar os necessitado, primeiramente aos domésticos da fé.  

III  A IGREJA E O SISTEMA PECAMINOSO
1-A igreja não se omite
·        A omissão nos afasta de Deus e da vontade Dele para as nossas vidas.
·        Quantas vezes nos encontramos em situações complicadas que poderiam ter sido evitadas por nós mesmos?
·         Não orar, não socorrer aquele irmão ou irmã em dificuldade, não compartilhar a palavra de Deus quando se tem oportunidade, não disciplinar os filhos, não exortar, não ler a Bíblia, não contribuir com a obra...
·        São apenas alguns exemplos de omissões que se sucedem na vida de muitos cristãos por conta dos afazeres diários e que geram sérias consequências futuras.
·        No plano social a igreja não deve se omitir, se assim o fizer está fora do ensinamentos de Jesus, com relação ao amor ao próximo.

2- A igreja não se alia
·        A igreja não se alia ao sistema mundano.
·        Não pratica as coisas que são abominação ao Deus
·        Não se mescla com a política.
·        Ela é Santa e fiel a Deus.

3- A igreja profetiza
·        A igreja deve ser uma voz profeta para o mundo.
·        A igreja deve andar nos ensinamentos da Palavra de Deus.
·        A igreja não é uma propriedade humana, ele a é propriedade de Jesus
·        A Igreja deve praticar o amor entre seus membros, uma igreja que não tem amor está morrendo espiritualmente.
·        A igreja deve brilhar como o sol da justiça, deve ser justa e praticar a justiça, entre seus membros e  povo derredor.
Pr. Carlos Borges(CABB)

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

A IGREJA E A OBRA SOCIAL



Tg. 2.14-18
Introdução: Se obras sociais, como albergues, asilos, centros de recuperação, hospitais, não fossem compromisso da Igreja e do cristão, que seria das pessoas que viveram em lugares como estes, construídos por igrejas e cristãos piedosos, e que graças a essas obras, puderam conhecer o amor de Deus? Quem não faz ações sociais, não ama o seu próximo. E quem não ama o seu próximo, constitui-se transgressor da Lei de Deus, pois se não consegue amar a quem vê, como poderá amar a Deus a quem não vê?.


A CORRETA RELAÇÃO  ENTRE FÉ E OBRAS
1- A fé para a salvação
·        Tornamo-nos cristão pelo favor não merecido que recebemos de Deus, e não pelo resultado de qualquer esforço.
·        A vida cristã envolve trabalho árduo.
·        Exige que desistamos de qualquer coisa que coloque em risco o nosso relacionamento  com Deus, que corramos  pacientemente, que lutemos contra o pecado( inclusive da omissão) como o poder do Espírito Santo.
·        Para vivermos eficazmente, devemos  manter nossos olhos em Jesus
·        Tropeçaremos  e desviarmos o nosso olhar dEle, para observarmos  a nós  mesmos  ou as circunstâncias que nos cercam.
·        Devemos estar correndo constantemente para Cristo, não por nós mesmos (egoistamente), e devemos mantê-lo em vista(agir como ele agiu).

2- A fé Operante
·        Os quatro amigos do paralítico agiram em seu favor por causa de uma visão de fé.
·        Eles se negaram a aceitar a realidade da paralisia no corpo do companheiro, e, em seus corações, começaram a vê-lo são e totalmente livre de qualquer deficiência.
·         A cura aconteceu primeira, no coração dos amigos, para depois ser uma realidade no corpo do paralítico.
·        É assim que as coisas funcionam no reino espiritual.
·        O que desejamos que aconteça primeiro tem de nascer em nossos corações, para que depois se materializem (Hb 11.1-3).


3- A fé resulta em obras
·        Os amigos do paralítico realmente creram que Jesus podia fazer algo por ele.
·         Eles provaram tal fé quando a demonstraram por meio de atitudes concretas, sem as quais nada aconteceria.
·        Sim, eles revelaram o quanto acreditavam num milagre, por meio do que fizeram de real.
·        Cada um pegou numa ponta da maca, juntos ergueram o doente, caminharam, por entre a multidão, subiram em cima da casa, tiraram a telha e o desceram.
·        Essa era a parte que lhes cabia, e a fizeram muito bem.
·        Por esse motivo a Bíblia disse: “vendo-lhes a fé” (Mc 2.5a).
·        Como Jesus pôde ver algo invisível como a fé?
·        Por meio das obras!
·         É como se a fé fosse o espírito, e a obra, o corpo.
·        O espírito não se pode ver, mas o corpo sim.
·        É disso que nos fala Tiago 2.14-26, de cujo texto queremos extrair algumas frases, que consideramos mais relevantes. “Meus irmãos, que adianta alguém dizer que tem fé se não dá provas disso”?
·        ..Portanto a fé é assim: se não vier acompanhada de ação, é coisa morta em si mesmo.

II O SIGNIFICADO DE OBRAS EM TIAGO
1-Obras como serviço
·        A vida cristã não consiste em mera contemplação espiritual das belezas de Cristo, mas também em servir a Deus e ao próximo.
·         É sobretudo no exercício do ministério que recebemos da parte de Deus para cumprir, que crescemos na graça e no conhecimento de Jesus.
·         O bom soldado cristão é feito no campo de batalha, e não meramente nas salas de treinamento das igrejas e seminários.
·        O serviço deve ser segundo a esfera de atuação que nos foi demarcada pelo Senhor, tanto no que se refere ao tipo de serviço que deve ser realizado, quanto à (s) área (s) geográfica (s) demarcada (s) por Ele para a nossa atuação, de modo que não labutemos em campo alheio; cuidado este, que a propósito, sempre esteve bem presente no apóstolo Paulo.
·        Todos os crentes possuem, portanto, pelo menos um ministério, ou seja, um serviço específico para o qual recebeu dons e capacitações de Deus para o seu exercício. 
·        Mas, para o propósito de formar e edificar a Igreja, sobretudo para confirmar os crentes na fé e na sã doutrina, Deus levanta ministérios especiais para tal propósito.

2- Obras como socorro
·        Tiago faz uma repreensão particularmente severa aos ricos que acumulam e aqueles que são autossuficiente.
·        Finalmente, ele termina encorajando os crentes a serem pacientes no sofrimento, orando e cuidando uns dos outros e reforçando a nossa fé através da comunhão.
·        Paulo diz no verso 13 deste décimo segundo capítulo de Romanos: “Comunicai com os santos nas suas necessidades, segui a hospitalidade;”, a palavra no original grego para o verbo comunicai é koinoneo, de onde vem a palavra koinonia, que significa comunhão.
·        Então se trata de um compartilhar as necessidades dos irmãos em comunhão com eles, no Espírito, daí ser seguido este mandamento pelo de se praticar a hospitalidade; não apenas em nossas casas, mas em nossos corações.
·        O verso 14 contém uma repetição do mandamento que nos foi dado por Jesus em Seu ministério terreno de abençoarmos os que nos maldizem e perseguem, a ponto de até mesmo amarmos os nossos inimigos.

3-Obras como compaixão
·        Jesus, de maneira alguma nos trouxe um evangelho teórico.
·        Ele não se preocupou em nos deixar um manual de regras e dogmas para assim o seguirmos.
·        Ele se ateve a dois mandamentos que já no Velho Testamento haviam sido dados ao povo de Israel: “Amarás ao Senhor Teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento e amarás ao teu próximo como a ti mesmo” Dt 6:5, Lv 19:18
·        A atitude do samaritano (Lc 10:33) – Esta pessoa reconhecia que não era merecedora da graça de Deus.
·        Alcançado pelo amor, sua vida agora só teria sentido se levar esta compaixão a outros que estão feridos à beira do caminho.
·        Ele não mediu esforços para ver aquele homem restaurado. Derramou sobre suas feridas vinho e azeite.
·        Vinho que nos remete à nova aliança do sangue de Jesus que nos perdoa de todos os nossos pecados e azeite que fala do Espírito Santo que nos cura e nos faz novas criaturas em Cristo.
·        Buscou ajuda na hospedaria (Igreja) e mesmo que seguindo viagem, continuou cuidando do homem.
·        A atitude do samaritano foi de cuidar, pois via aquele homem como irmão.


III A IGREJA E A OBRA SOCIAL
1-A Igreja e o preconceito
·        Equivocadamente, há quem utilize os termos preconceito e discriminação como expressões sinônimas.
·         Mas não são. Enquanto o preconceito diz respeito a uma opinião formada previamente pelo indivíduo, seja positiva ou negativa, a discriminação — como veremos logo mais — é o tratamento desigual e injusto de uma pessoa ou um grupo de pessoas em razão de classe social, cor da pele, nacionalidade, convicções religiosas, etc.
·        O nosso foco é combater o preconceito negativo, aquele em que alguém faz um juízo de condenação acerca de outro ou de um grupo de pessoas, sem conhecimento, reflexão ou com imparcialidade.
·         Esse tipo de preconceito é prejudicial e perigoso, pois leva à intolerância, à discriminação e até mesmo à violência.
·        A Bíblia não nos oferece uma definição de preconceito.
·        Todavia, encontramos nela advertências contra o desprezo (Rm 10.12) e o julgamento condenatório dirigido pelas aparências (Jo 7.24) e sem critérios justos (Jo 8.15, 16).

2- A igreja e a assistência social
·        É verdade que, em geral, os evangélicos são bondosa, quebrantada, ajudadores.
·        Mas até pouco tempo atrás não era fácil encontrar uma instituição evangélica de assistência social.
·        Mesmo hoje, algumas igrejas ainda relutam em envolver-se com projetos dessa natureza.
·        A ênfase recai na evangelização. Via de regra, orfanatos, asilos, hospitais e escolas têm sido deixados para católicos e espíritas.
·        Eles, sim, creem na salvação pelas obras.
·         O encontro pessoal com Jesus, sua aceitação como Salvador, o novo nascimento são experiências pouco pregadas e experimentadas entre eles.
·        A necessidade da prática de boas obras se deve, desse modo, à incerteza da sua salvação.
·        O resultado são os muitos projetos de assistência social.

3- A igreja e o senso de justiça
·        A palavra “justo” é uma tradução do termo grego dikaíos.
·        Este termo indica a Justiça, a retidão ou excelência moral de Deus.
·        Segundo as Escrituras, Deus é um ser absolutamente justo que sempre age de uma maneira perfeitamente consistente com quem Ele é.
·        Não há nada falso ou incorreto na natureza de Deus ou em suas obras da criação. Pois suas obras, decretos e juízos são absolutamente perfeitos.
·        Jesus se depara com a ideia de uma Justiça muito diferente daquela que Ele viera pregar e exemplificar na sua vida.
·         A Justiça do fariseu era uma Justiça legalista, adquirida pelo indivíduo mediante obediência às exigências da letra da lei.
·        Era a Justiça própria da pessoa que a possuía.
·        Jesus substituiu essa relação para com a lei, pela relação pessoal que o homem tem para com Deus e para com a humanidade (Lc 10.26,27).
·        Em vez da lei então, existem duas grandes relações pessoais, uma com Deus e outra com a humanidade.

      Pr. Carlos Borges (CABB).