terça-feira, 25 de junho de 2019

O ESPÍRITO SANTO E A ORAÇÃO SACERDOTAL


Jo. 17.13-17
Introdução: O discurso do cenáculo é concluído nesta “oração sacerdotal”, pois é neste momento que Jesus se consagra para o sacrifício em que Ele é, simultaneamente, sacerdote e vítima. O sacerdote fazia sacrifícios pelo povo e intercedia por eles, e aqui vemos Jesus intercedendo e se preparando para sua morte.

 I A VIDEIRA VERDADEIRA
1-Pruduz Frutos (Jo. 15.1-11).
·        Cristo é a videira verdadeira, e Deus é o Lavrador que cuida dos ramos para torná-los frutíferos.
·        Os ramos são todos aqueles que se declaram seguidores de Cristo.
·        Os ramos frutíferos são os verdadeiros crentes (servos) que, por meio da união de sua vida com a de Cristo, produzem muitos frutos para o Reino.
·        Mas aqueles que se tornam improdutivos, que se negam a seguir a Cristo depois de estabeleceram um compromisso superficial com Ele, serão separados da videira.
·        Os seguidores improdutivos são como mortos serão cortados e lançados fora.
·        Jesus faz distinção entre os dois tipos de poda: Arrancar e lançar fora e limpar os ramos.
·        Os ramos frutíferos são limpos, para que o seu crescimento seja favorecido.
·        Isso indica que algumas vezes Deus nos disciplina, visando fortalecer o nosso caráter e a nossa fé.
·        Mas os ramos que não dão frutos são arrancados do tronco, não somente porque não tem valor, mas também porque muitas vezes influenciam o restante da árvore.
·        As pessoas que não dão frutos para Deus ou que tentam obstruir os esforços daqueles que  o estão seguindo, serão tirados da Videira e não desfrutarão do poder vivificante do Senhor.


2- Frutos que permanecem (Jo. 15.6.20).
·        Estar em Cristo significa (1)- Crer que Ele é o Filho de Deus (1 Jo. 4.15). (2)- Recebe-lo como Salvador e Senhor (Jo. 1.12). (3) – Fazer o que Deus diz (1. Jo. 3.24). (4)- Continuar a crer nas Boas Novas (1 Jo. 2.24). E (5) – Relacionar-se em amor com os demais crentes que formam o corpo de Cristo (Jo. 15.12).
·        Quando a videira produz muitos frutos, Deus é glorificado porque Ele diariamente envia a luz solar e a chuva para fazer a plantação crescer, e constantemente alimenta cada planta pequena, preparando-a para florescer.
·        Que momento de glória é para o Senhor da colheita quando ela é levada para os celeiros, pois está madura e pronta para uso.
·        Ele faz tudo isso acontecer!
·        Esta analogia demonstra como Deus é glorificado quando as pessoas têm um bom relacionamento com Ele e começa a dar muitos frutos em sua vida.
·        Quando as coisas estão indo bem, sentimos júbilo.
·        Quando as dificuldades chegam, muitas vezes, afundamo-nos na depressão.
·        Mas a verdadeira alegria transcende (vai além dos limites) da onda gigante das circunstancia; vem de um relacionamento consistente com Jesus Cristo.
·        Quando a nossa vida está entrelaçada com a dEle.
·        Jesus nos ajuda a andar sobre as adversidades sem cair em profunda debilidade, e conduz-nos à prosperidade, sem que nos movamos em uma soberba ilusória.
·        A alegria de viver com Jesus Cristo diariamente nos manterá sensatos, a despeito da dimensão de nossos problemas.

3- O mundo nos Odeia (Jo. 15.21-26).
·        Mais uma vez Jesus ofereceu esperança.
·        O Espírito Santo nos dá força para resistir ao ódio que não tem razão de ser, ao mal em nosso mundo e à hostilidade que muitos demonstram contra Cristo.
·        Isso é especialmente confortante para aqueles que enfrentam perseguições.
·        Jesus usou dois nomes para o Espírito Santo “Consolador e Espírito da Verdade”.
·        A palavra “Consolador” transmite o sentido da ajuda, encorajamento e força, estão contidos na obra do Espírito Santo.
·        A expressão “Espírito da Verdade” indica o ensino, o esclarecimento e a lembrança do Espírito.
·        Ele ministra à mente e ao coração dos cristãos.
·        As duas atribuições são importantes.
·        Por que os eleitos não são mais do mundo e o mundo os odeia (17.14-16).
·        Nós (eleitos) não somos mais do mundo, fomos tirados do mundo.
·        Eleitos por Deus o pai, fazemos parte de uma família divina agora, Deus o pai nos ressuscitou juntamente com Cristo e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus. (Ef 2.6).
·         E justamente por não sermos do mundo, ele nos odeia.
·        Assim como Cristo não é do mundo, quando nos unimos a ele, também não somos mais.


II O ESPÍRITO SANTO
1- O Espírito Santo no mundo (Jo. 16.5-11). 
·        Uma busca cuidadosa nas Escrituras irá mostrar que toda obra de Deus tem sido, e sempre será em Trindade.
·        É sempre Deus o Pai, em Seu propósito; Cristo, o Filho, como Aquele que executa esses propósitos, e o Espírito, por meio de cujo poder os propósitos são executados.
·        O Espírito Santo é eterno. (Hebreus 9.14.)
·         Ele é uma Pessoa e não apenas uma influência, pois o Senhor Jesus diz em João 14.16, “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre“. 
·        Ele convence o mundo do pecado e avisa do juízo prestes a vir. (João 16.8-11.)
·        Ele guia a toda à verdade; Ele glorifica a Cristo, e cuida das coisas de Cristo, e as mostra para nós. (João 16.13,14.)
·        Ele, o Espírito Santo, fala em João 16.13, Atos 13.2, 1 Timóteo 4.1 e Apocalipse 14.13.
·        Ele reparte a cada um conforme Ele quer. (1 Coríntios 12.11.)
·        Ele nos auxilia em nossas fraquezas e intercede pelos santos. (Romanos 8.26.)
·        Ele possui os pensamentos de Deus, por isso temos a mente do Espírito, conforme a vontade de Deus. (Romanos 8.27.)
·        Ele é o Espírito de verdade – sendo as próprias palavras das Escrituras a expressão do Espírito. (João 16.13; 1 Coríntios 2.13).
2- O Espírito Santo no crente (Jo. 16.12-15).
·        A verdade a qual o Espírito Santo nos conduz é a respeito de Cristo.
·        O Espírito Santo também nos ajuda, pela prática da paciência, a discernir o certo do errado.
·        Jesus disse que o Espírito Santo lhes anunciaria “o que há de vir”; a natureza da missão dele, a oposição que enfrentaria e o resultado final de seus esforços.
·        Eles não entenderam completamente estas promessas até a vinda do Espírito Santo, após a morte e a ressurreição de Jesus.
·        Então o Espírito Santo revelou aos discípulos as verdades que foram escritas nos livros que agora formam NT.
·        Todo crente é habitado pelo Espírito, e sabe disso pelo amor de Deus que é derramado em seu coração. (Efésios 1.13; 1 Coríntios 6.19; Romanos 5.5.).
·        Toda bênção cristã é um dom. Não recebemos essas bênçãos por nossos próprios esforços ou orações.
·        Nós as recebemos quando a fé recebe a Cristo, e crê no evangelho da Sua graça. (Efésios 1.3.)
·        Aqueles que creram no evangelho no dia de Pentecostes receberam também o dom do Espírito. (Atos 2.38.)

3- Paz e bom animo (Jo. 16.23).
·        Jesus falava sobre um novo relacionamento entre o crente e Deus.
·        No antigo pacto, as pessoas se aproximavam de Deus por intermédio dos sacerdotes.
·        Depois da ressurreição de Jesus, qualquer crente poderia aproximar-se de Deus, diretamente.
·        Um novo dia amanheceu, e todos os crentes são sacerdotes, podem falar com Deus pessoalmente e diretamente (Hb. 10.19-23).
·        Aproximamo-nos de Deus não por causa de nossos méritos, mas porque Jesus, nosso grande Sumo Sacerdote, tornou-nos aceitáveis a Deus.
·        O nosso desfrutar daquilo que temos recebido depende do nosso andar. (Romanos 15.13; Efésios 4.30; 1 Coríntios 2.15.).
·        Andemos cuidadosamente, em oração, submissos à Palavra, e julgando tudo aquilo que possa impedir a ação do bendito Espírito de Deus em nos mostrar as coisas que pertencem a Cristo.


III JESUS ORA POR NÓS
1- Jesus ora por salvação (Jo. 17.1-5).
·        Jesus fez essa oração especificamente pelos discípulos, não pelo mundo em geral: “Eu peço em favor deles. Não peço em favor do mundo, mas por aqueles que Me deste, pois são Teus.” (v.9).
·        A oração inteira aqui neste capítulo foi feita não somente pelos onze discípulos, mas por TODOS os discípulos de Jesus, inclusive os de hoje.
·         Veja o que Ele disse: “Não peço somente por eles [os onze], mas também em favor dos que vão crer em Mim por meio da mensagem deles.” (v.20).
·         Isso inclui você e eu também! Como disse uma jovem, não é “fera” saber que Jesus orou por nós, especificamente por mim e por você?
·        Saber que não há como o Pai não responder essa oração que o Filho fez em nosso favor? Enquanto você for um discípulo, considere-se coberto e garantido por ela!

2- Jesus ora por proteção (Jo. 17.6-20).
·        Jesus orou por todos aqueles que ainda o seguiriam, incluindo eu, você e os outros que conhecemos.  
·        Ele orou por nossa unidade (Jo. 17.11), para sermos protegidos contra o Diabo (Jo. 17.15) e para que Deus nos santificasse (Jo. 17.17).
·     Saber que Jesus orou por nós deve dar-nos confiança para trabalharmos para o seu Reino.
·     O grande desejo de Jesus para os seus discípulos era que fossem como um só ser. 
·     Queria que se unissem como uma testemunha poderosa da realidade do amor de Deus.
·     Nós estamos ajudando na união do corpo de Cristo, a Igreja?
·        Nós podemos orar por outros cristãos, evitar fofocas, ensinar outros, trabalhar junto a alguém com humildade, dar seu tempo e seu dinheiro, exaltar a Cristo, recusar-se a tomar partido em discursões que tragam divisão no meio do povo de Deus.

3- Jesus ora por unidade (Jo. 17.21-26).
·        Jesus orou pela unidade entre os cristãos, baseando-se na unidade entre Ele e o Pai.
·        Os cristãos poderão conhecer a unidade entre si se viverem em união com Deus.
·        Por exemplo, cada ramo vive ligado à videira, que por sua vez está unida a todos os outros ramos, agindo do mesmo modo.
·        Jesus não pediu ao Pai para nos tirar do mundo, mas para sermos guardados do mal. Passaremos por aflições, mas ele nos livrará do mal... A oração do Pai Nosso também nos fala de livrarmos do mal. R. C. Sproul, em seu livro “A oração muda às coisas?”, nos explica que “mal” está se referindo ao o diabo mesmo, a Satanás, e não ao oposto de bem.

Pr. Carlos Borges (CABB).

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