quarta-feira, 17 de abril de 2024

PEQUENO ESTUDO SOBRE O AVIVAMENTO

 

5 COISAS QUE ACONTECEM EM UM AVIVAMENTO (A 3 É A EVIDÊNCIA)

Published 9 de fevereiro de 2019 por Gabriel Filgueiras

ABíblia Sagrada é repleta de ocasiões que revelam coisas que acontecem em um avivamento, seja pessoal ou coletivo. Veremos neste estudo bíblico o que traz o avivamento na vida dos Filhos de Deus.

1) O avivamento verdadeiro traz consigo o temor de Deus!

De onde vem o avivamento afinal de contas, senão do próprio Deus?

O avivamento é a manifestação da presença de Deus no coração de seu povo, trazendo consigo o temor de Deus, que nos faz reconhecer Sua santidade e o quanto precisamos nos consertar com Ele, desfazendo-se de nossos pecados.

Deus retirou os Israelitas do Egito, por exemplo, e os trouxe até o monte Sinai, onde desceu para falar com o povo.

Deus estava trazendo aos israelitas um avivamento depois de muitos anos de escravidão no Egito (Dt 30:16), e estava tornando de Israel uma nação com sua própria Lei, regida por Deus.

Uma das principais coisas que acontecem em um avivamento é o temor de Deus, que desce ao nosso coração para nos livrar de pecar, comprove isso nos versículos abaixo:

E todo o povo viu os trovões, e os relâmpagos, e o barulho da trombeta, e o monte fumegando. E quando o povo viu isso, apartou-se e ficou de longe.

E disseram a Moisés: Fala tu conosco, e ouviremos, mas não permitas que Deus fale conosco para que não morramos.

E disse Moisés ao povo: Não temais, pois Deus veio para vos provar, e para que o seu temor esteja diante de vós, para que não pequeis. (Êxodo 20:18-20 KJF)

Se estamos clamando por um avivamento, clamemos pelo temor de Deus, para que nos consertemos com Ele!

 

2) Em um avivamento, o arrependimento é o “personagem principal”.

O pecado é o que nos separa de Deus, de acordo com Isaías 59:2.

Portanto, das coisas que acontecem em um avivamento, o arrependimento de pecados é praticamente a principal, pois o arrependimento é o início da mudança para uma vida com Deus!

Quem quer se aproximar de Deus através de um avivamento, deve afastar-se de seus pecados, arrependo-se!

Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês! Pecadores, limpem as mãos, e vocês, que têm a mente dividida, purifiquem o coração.

Entristeçam-se, lamentem e chorem. Troquem o riso por lamento e a alegria por tristeza.
Humilhem-se diante do Senhor, e ele os exaltará. (Tiago 4:8-10 NVI)

 

3) Num avivamento o pecado é odiado e abandonado, e a Palavra de Deus é desejada e exaltada, esta é a evidência de um verdadeiro avivamento!

Refreei os meus pés de todo caminho mau, para que eu pudesse guardar a tua palavra. (Salmo 119:101 KJF)

 

O versículo do salmo acima vem em concordância direta com os dois tópicos anteriores deste estudo bíblico sobre as coisas que acontecem em um avivamento.

Primeiro o temor de Deus desce ao nosso coração, nos fazendo reconhecer os nossos pecados e a necessidade de nos consertarmos com Deus.

Depois disso vem o arrependimento de nossos pecados, que é a evidência de que um verdadeiro avivamento está acontecendo em nossa vida.

E então vem a leitura, conhecimento bíblico e prática constante das coisas que provam evidências de um avivamento vindo verdadeiramente de Deus.

O salmista desvia seus pés de todo caminho mau a fim de guardar e obedecer com sinceridade a Palavra de Deus.

Para que serve um avivamento, se não para aproximar o ser humano de Deus, reconciliando-o com seu Criador, lhe dando uma vida nova? (2 Co 5:17-20)

Depois de passar pelas duas primeiras coisas que acontecem em um avivamento, e depois de colocar em prática na própria vida a terceira, as outras duas começam a acontecer de forma natural, veja quais são.

 

4) Em um avivamento genuíno, torna-se o prazer do crente buscar a Deus constantemente!

Quando tu disseste: Buscai a minha face; meu coração disse a ti: Tua face, Senhor, eu buscarei. (Salmo 27:8 KJF)

Buscar a Deus significa, basicamente, caminhar com Ele diariamente, estando em comunhão com Ele, lendo, estudando e obedecendo Sua Palavra, além de alimentar uma vida de adoração, louvor e oração constantemente (Lc 18:1).

Mas é indispensável que os três passos anteriores aconteçam antes deste aqui, pois para estar em comunhão com Deus é necessário antes, obviamente, reconciliar-se com Ele! Dessa forma Ele abençoará sua leitura, e direcionará seu conhecimento bíblico corretamente.

 

5) Os crentes tornam-se cheios do Espírito Santo, porque de todas as coisas que acontecem em um avivamento, esta é inevitável!

Ao serem cheios do Espírito Santo, os filhos de Deus também revestem-se de poder, capacidade e coragem para pregar a Palavra de Deus, cada um de acordo com seu chamado recebido do mesmo Espírito! (At 1:81 Co 12: 7-11Ef 4:11-13).

O apóstolo Paulo é um bom exemplo destas 5 coisas que acontecem em um avivamento, pois ele passou pelas 4 primeiras etapas e depois foi cheio do Espírito Santo para pregar a Palavra de Deus.

Nele foi gerado o temor do Senhor, e assim reconheceu seus pecados contra Deus (At 26:91 Tm 1:15);

Ele arrependeu-se de seus pecados após tê-los reconhecido (Fp 3:7-8);

Ele desviou seus pés do caminho de maldade que trilhava, e assim começou a aprender do Senhor Jesus com os discípulos (Gl 1:15-18);

Ele buscava a Deus constantemente junto com outros irmãos (At 13:1-2);

Depois disso esteve cheio do Espírito Santo para cumprir seu chamado.

O apóstolo Paulo foi avivado por Deus ao abrir seu coração para Ele, não sendo negligente!

Através da história do apóstolo Paulo podemos ter um exemplo das coisas que acontecem em um avivamento, leia um resumo abaixo:

E Ananias foi pelo caminho e entrou na casa, e impondo as suas mãos sobre ele, disse: Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, me enviou, para que recebas tua visão e sejas cheio do Espírito Santo.

E imediatamente lhe caíram dos olhos como se fossem escamas, e ele imediatamente recebeu a visão; e levantando-se, foi batizado.

E, tendo recebido alimento, ele foi fortalecido. E esteve Saulo alguns dias com os discípulos que estavam em Damasco.

E imediatamente ele pregava nas sinagogas que Cristo é o Filho de Deus.

Mas todos os que o ouviam estavam atônitos, e diziam: Não é este o que em Jerusalém destruía os que invocavam este nome e com este intento veio aqui, para os levar presos aos principais dos sacerdotes?

Saulo, porém, se fortalecia muito mais e confundia os judeus que habitavam em Damasco, provando que aquele era mesmo o Cristo. (Atos 9:17-22 KJF)

Algumas pessoas podem não te compreender quando verem um avivamento começando na sua vida, mas não desista, fortaleça-se no Senhor e em Sua Palavra!

Assim como aconteceu com o apóstolo Paulo, eu e você podemos buscar a Deus, arrependendo-nos de nossos pecados, e sermos cheios do Espírito Santo para realizar Sua obra e viver um verdadeiro avivamento em nossas vidas!

Continue orando a Deus sobre um avivamento em você e para a igreja, leia ainda obras de outros autores sobre este assunto:

Por que tarda o pleno avivamento? Por Leonard Ravenhill.

Avivamento. A Ação Extraordinária do Espírito Santo, por Richard Owen Roberts.

Você sabe de mais coisas que acontecem em um avivamento?

Compartilhe seus conhecimentos bíblicos ou testemunho de vida com outros leitores nos comentários aqui no final desta página!

Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)

 

O VERBO DE DEUS PREEXISTENTE HUMANIZADO

 


Jo. 1.1-18

Introdução: Em João 1 temos o começo desse entendimento. O Evangelho de João é diferente dos outros Evangelhos. Podemos perguntar: por que foi necessários termos 4 biografias de Jesus diferentes nos 4 evangelhos? A resposta é simples: Jesus não era uma pessoa comum, Ele era o filho de Deus! Sendo filho de Deus, tem muito mais aspectos a serem observados do que um mero ser humano teria. Jesus era homem e também era Deus que se fez homem!

 I JESUS O VERBO DIVINO

1-O Verbo é Eterno e Divino (Jo. 1.1).

1.      João 1: 1 “No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus.”.

2.       Implicação prática: Conhecer a Deus é conhecer a Palavra, Amar a Deus é amar a Palavra, Crer em Deus é crer na Palavra, se encher de Deus é se encher da Palavra. Deus e a Palavra são um.

3.      Se eu envio uma carta, envio minha palavra, se falo com alguém envio a minha voz, mas não sou eu, é a minha escrita e a minha voz, assim funciona com o homem.

4.      Com Deus, é diferente, quando Ele fala, ele se torna uma extensão Dele mesmo, recebemos do próprio Deus.

5.      Ele se propaga no que Ele fala.

6.      A Bíblia não é Deus, é papel, letra preta em papel branco.

7.      Mas quando a Palavra queima no coração… ai sim é Deus.

8.       Deus falando conosco, quando oramos falamos com Deus, porém quando lemos a Bíblia é Deus falando conosco, o Espírito Santo se projetando em nós, por isso a importância de se ruminar (pensar muito e refletir) a Palavra.

 2-O Verbo é Criador (Jo. 1.3).

1.      Todas as coisas foram feitas por Ele- Afirma-se que a “criação” foi efetuada pelo “Verbo”, ou o Filho de Deus.

2.      Em Gênesis 1: 1, diz-se que o Ser que criou os céus e a terra era Deus.

3.      No Salmo 102: 25-28, este trabalho é atribuído ao Senhor.

4.      A “Palavra”, ou o Filho de Deus, é, portanto, apropriadamente chamada de “Deus”.

5.      O trabalho de “criação” é uniformemente atribuído nas Escrituras a Segunda Pessoa da Trindade.

6.      Veja Colossenses 1:16Hebreus 1: 2Hebreus 1:10.

7.      Por isso, evidentemente, entende-se que ele era o agente, ou a causa eficiente, pela qual o universo foi feito.

8.      Não há prova superior de onipotência que a obra da criação; e, portanto, Deus frequentemente apela a esse trabalho para provar que Ele é o Deus verdadeiro, em oposição aos ídolos.

 

3-O Verbo é Vida e Luz (Jo. 1.4,5).

1.      No princípio desse evangelho, está escrito: “Nele estava à vida, e esta era a luz dos homens.

2.      A luz brilha nas trevas, e as trevas não a derrotaram” (Jo 1.4,5). 

3.      Em Jesus está a vida, a qual como uma luz, pode tirar os homens das trevas em que vivem.

4.      O evangelho de João sempre foi o favorito de muitas pessoas.

5.      Em certo nível, é o evangelho mais simples de todos; em outro nível, o mais profundo.

6.      Dá a impressão de ter sido escrito por alguém que era um amigo muito íntimo de Jesus e que passou o resto de sua vida meditando cada vez mais a respeito do que Jesus fez, falou e realizou, bem como orando sobre essas coisas de todos os ângulos possíveis e ajudando os outros a entendê-lo.

7.      Ao longo dos séculos, diversas pessoas acharam que a leitura desse evangelho tornava a figura de Jesus real para elas — uma figura cheia de calor, luz e promessa.

8.      Na verdade, esse é um dos grandes livros da literatura mundial; e parte de sua grandeza reside na forma como revela seus segredos não só aos eruditos, mas também aos que vêm a ele com humildade e esperança.

  

II ATITUDES QUANTO AO VERBO

1-O Arauto do Verbo (Jo. 1.6-9).

1.      Houve um homem chamado João, que foi enviado por Deus para falar a respeito da luz. Ele veio para que por meio dele todos pudessem ouvir a mensagem e crer nela.

2.      João não era a luz, mas veio para falar a respeito da luz, a luz verdadeira que veio ao mundo e ilumina todas as pessoas.

3.      No exato momento em que a “Palavra” (Logos) juntamente com as palavras “... a luz resplandece nas trevas” entra na história humana, João introduz o testemunho de João Batista.

4.      Este era seu antigo mestre, antes que conhecesse Jesus.

5.      Lembremos: O Evangelista, quando jovem, seguiu ao Batista impressionado com a mensagem escatológica dele (anunciando a iminente separação dos fiéis verdadeiros dos falsos).

6.      Quando João chegou a conhecer Jesus, ele abandonou o Batista.

7.      O “Movimento Batista”, caracterizado pelo “batismo do arrependimento para perdão dos pecados”, continuava existindo paralelamente ao de Jesus, mesmo após a morte de seu fundador.

8.       Nas cidades de Alexandria e mesmo em Éfeso, onde o apóstolo João passou seus últimos anos de vida, ainda havia discípulos da “seita Batista” quando o velho apóstolo se propôs a escrever seu Evangelho.

 2- A Rejeição e a Aceitação (Jo. 1.10,11).

1.      Esta passagem em outras versões da Bíblia10 Estava ele no mundo, e o mundo foi feito por intermédio dele, e o mundo não o conheceu. 11 Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. 10 estava no mundo, e o mundo foi feito por ele e o mundo não o conheceu. 11 Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.

2.      O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu.

3.      A partir daqui, o Evangelista passa a falar do Verbo no tempo passado.

4.      O Verbo estava no mundo.
Para os helenistas, mundo (lit. cosmos) era “ordem universal”.

5.      João usa o termo “cosmos” para o “Tudo” que fora criado desde o Princípio, incluindo a humanidade.

6.      O Verbo, pelo qual tudo veio a existir, estava presente nesse cosmos.

7.      João já está falando claramente de “alguém”, embora ainda não o tenha apresentado.

8.      Fala da inexplicável inimizade entre “Ele” e seu “cosmo”; não questiona nem especula sobre o “porque” dessa incompatibilidade.

9.      Simplesmente a criação não “conheceu” seu criador.

 3- A encarnação do Verbo (Jo. 1.14).

1.      Deus não tem outro meio de mostrar-se ao ser humano a não ser por sua Palavra, escrita ou encarnada.

2.      Logo, a raça humana só pode achegar-se a Deus por meio do Verbo, “que se tornou carne e habitou entre nós” (1.14 – ARA).

3.      Jesus não é apenas o caminho para a casa do Pai.

4.      João quer que nós entendamos que Jesus é Deus em carne humana.

5.      Mateus e Lucas nos dão as características históricas e João nos dá os elementos celestiais e as características sobrenaturais.

6.      A mensagem é sobre a divindade de Cristo

7.      Nestas palavras “o verbo se fez carne”, vemos a declaração resumida da encarnação-Deus tornando-se homem.

8.      O Eterno entrou no tempo.

9.      O Invisível se tornou visível.

10.    “Verbo” em grego significa “Logos” e para a mente do grego, logos era a força mais poderosa do Universo (poder criativo, fonte de sabedoria, conhecimento, inteligência).

11.    João está dizendo que esta é uma pessoa e Ele se tornou um homem, Deus que veio ao mundo através do menino Jesus.

 III O TESTEMUNHO DO VERBO

1- O Verbo tem primazia ((Jo. 1.15).

1.      O evangelista agora retorna ao testemunho de João Batista.

2.       Ele havia declarado que a Palavra se encarnou e agora apela ao testemunho de João para mostrar que, assim encarnado, ele era o Messias.

3.      É superior a mim.

4.      A maioria dos críticos supõe que as palavras traduzidas como “preferidas” estejam relacionadas a “tempo” e não a “dignidade”.

5.      O que significa que, embora ele o tenha procurado publicamente, sendo seis meses mais novos que João, bem como iniciando seu trabalho depois de João, ainda assim ele já existia muito antes dele.

6.      A maioria, no entanto, entendeu isso mais corretamente, como nossos tradutores parecem ter feito, como significado, Ele merecia mais honra do que eu.

 2- O Verbo traz Graça e o Fim da Lei (Jo. 1.16,17).

1.      “Porque todos nós temos recebido da sua plenitude e graça sobre graça. Porque a lei foi dada por meio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo.”

2.      O apóstolo João faz esta afirmação definitiva quanto à diferença entre a Lei e a Graça de Deus.

3.      Ele está revelando aqui, pelo Espírito Santo, que são duas maneiras totalmente distinta de Deus agir a favor do homem. 

4.      A Lei- A Lei foi dada por Moisés para revelar o quanto o homem é pecador e merecedor de condenação.

5.      Por isso, na Antiga Aliança, as pessoas deveriam cumprir a Lei com base em obras humanas, que incluíam as festas anuais (Páscoa, Tabernáculos e Pentecostes), sacrifícios de animais e a dependência do ministério dos sacerdotes levíticos – tudo para que vivessem debaixo da bênção de Deus.

6.      É importante enfatizar que todas estas “obras da Lei” apontavam para o Messias, que viria para cumpri-las em sua vida, morte e ressurreição.

7.      Esta é a razão pela qual o Senhor Jesus Cristo declarou: “Está consumado”, quando estava sendo crucificado na cruz.

8.      A Graça - A Graça é Deus agindo a favor dos homens unicamente através da pessoa e dos méritos de Jesus Cristo. Ou seja, não existe qualquer mérito humano.

9.      Assim, a Graça anula as obras da Lei baseadas em esforços humanos.

10.    Para que recebamos a revelação do infinito amor de Deus, que salva e justifica (absolve de toda condenação), liberta, restaura cura e abençoa unicamente através da fé em Jesus Cristo, conforme o apóstolo Paulo declara em Gálatas 2:16: 

11.    Uma última observação é necessária: a Graça de Deus, em Cristo, jamais nos dá o direito de vivermos no pecado.

12.     Esta realidade é precisamente revelada no capítulo 6 de Romanos:

13.    “Sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Jesus Cristo, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois por obras da lei ninguém será justificado.”

 3-O Verbo é o Revelador do Pai (Jo. 1.18).

1.      João 1:18 diz: “Aquele que crê nele não é condenado; mas aquele que não crê já está condenado, porque não acreditou no nome do unigênito Filho de Deus”.

2.      Este versículo nos mostra um importante princípio bíblico: a necessidade de crer no Filho de Deus para não ser condenado, Hb. 4.12 “Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e intenções do coração.”

3.      Por que a Palavra funciona? Por que a Palavra é algo vivo?

4.      Em João 1 temos o começo desse entendimento.

5.      O Evangelho de João é diferente dos outros Evangelhos. Podemos perguntar: por que foram necessários termos 4 biografias de Jesus diferentes nos 4 evangelhos? A resposta é simples: Jesus não era uma pessoa comum, Ele era o filho de Deus! Sendo filho de Deus, tem muito mais aspectos a serem observados do que um mero ser humano teria. Jesus era homem e também era Deus que se fez homem!

               Pr. Capl. Carlos  Borges (CABB)          


quarta-feira, 10 de abril de 2024

O FINAL DOS VIVENTES

 


Ec. 11.1 a 12.14

Introdução: Eclesiastes 11 é um capítulo onde o autor reflete sobre a importância de correr riscos e ser generoso e a incerteza do futuro.

O capítulo começa com o autor incentivando os leitores a correr riscos e serem ousados em suas ações. O autor sugere que é melhor agir e enfrentar a incerteza do futuro do que ficar paralisado pelo medo e pela indecisão. A seguir, o autor reflete sobre a importância da generosidade e da doação aos outros. O autor sugere que dar aos outros traz alegria e satisfação e que, em última análise, é melhor dar do que receber.

 I ESTIMULO E PROPOSITO PARA VIDA

1-Refeições Alegres (Ec. 9.7).

1.      Explicação sobre “Eclesiastes capítulo 9:7 versículo “Ele nos encoraja a desfrutar das coisas boas que Deus nos dá, pois elas são presentes divinos”“.

2.      No entanto, devemos ter em mente que a verdadeira felicidade não está apenas nas coisas materiais, mas em uma relação íntima com Deus.

3.      No dia de hoje, podemos refletir sobre a importância de encontrar alegria nas coisas simples da vida.

4.      Mesmo diante dos desafios e dificuldades, podemos escolher ser gratos e desfrutar das bênçãos que Deus nos dá.

5.      Que possamos encontrar alegria em cada refeição, em cada momento de descanso e em cada trabalho realizado.

 2-Vestes Alvas e óleo sobre a cabeça (Ec. 9.8).

1.      Nós somos o santuário do Deus vivo um templo onde o Espírito Santo habita lugar de santidade, i.e., as vestes do nosso espírito devem sempre alvas.

2.      E Ele nos enche com Sua unção (Seu óleo), com Seus dons espirituais.

3.      “Em todo tempo sejam alvas as tuas vestes e jamais falte óleo sobre a tua cabeça”.

4.      Da mesma forma que o beijo e a lavagem dos pés, o ato de ungir uma pessoa com óleo era um ritual costumeiro entre os judeus quando recebiam um visitante em suas casas.

5.      Lavar os pés do visitante era para tirar a poeira das estradas, sinal de asseio, conforto e hospitalidade geralmente feito pelos escravos mais desprezíveis, uma coisa que foi feita espontaneamente por Maria e pelo próprio Jesus (Lc 7: 38; Jo 13: 5).

6.      Além disso, na Antiguidade, era difícil manter as vestes brancas limpas (quer dizer, até ficarem totalmente brancas – cf. Mc 9: 3).

7.      Por isso, entre as orientações dadas por Salomão neste capítulo de Eclesiastes, está a de manter as vestes alvas (brancas, limpas) e a cabeça ungida com óleo, como um símbolo de pureza, santidade e alegria.

 3-Desfrute do casamento e do Trabalho (Ec. 9.9,10).

1.      Em resumo, em “Desfrutando os Prazeres da Vida” (Ec 9:4-10).

2.      Salomão nos desafia a encontrar alegria e satisfação nas experiências presentes, reconhecendo a efemeridade da vida e a inevitabilidade da morte.

3.      Ele nos incentiva a viver com gratidão e a aproveitar as bênçãos de Deus enquanto temos a oportunidade.

4.      O capitulo começa com a afirmação de que o mesmo acontece a todos, isto, é destacando a universidade da morte e da imprevisibilidade dos acontecimentos da vida.

5.      Salomão descreve a condição humana como imprevisível, afirmando que o tempo e o acaso acontecem a todos (Ec. 9.11).

6.      Enfatiza a falta de controle que os seres humanos têm sobre os eventos que ocorrem em suas vidas.

7.      Porém há também uma mensagem de encorajamento.

8.      Incentivando-nos a desfrutar dos prazeres da vida enquanto podemos fazê-lo, porém devem ser feito com sabedoria e ponderação, porém sempre sendo gratos a Deus por tudo, pois Ele tem em mãos os nossos destinados e propósitos.

 II A VIDA E A JUVENTUDE

1-Alegra-te Jovem (Ec. 11.9,10).

1.      Muitas vezes quando somos jovens e recebemos conselhos dos nossos pais, avós e até outras pessoas mais velhas.

2.      Nós pensamos: ai que chatos, eles acham que sabem tudo da vida, mas não percebem que os tempos mudaram,

3.      Hoje temos muito mais informações do que quando eles tinham a nossa idade!

4.      Quando somos adolescentes e jovens, o tempo parece passar lentamente, mas acima dos 30 anos parece acelerar cada vez mais.

5.      A palavra de Deus trata sobre este assunto e tem um conselho muito especial para vocês, adolescente e jovem.

6.      No livro de Eclesiastes, cap. 11.9 ao 12.7 encontramos duas lições.

7.      A primeira ensina que você pode aproveitar a mocidade e ser feliz seguindo os desejos do seu coração.

8.       Mas lembra de que toda ação tem uma consequência, e que Deus julgará você por seus atos.

9.      Aqui parece haver uma contradição.

10.    Primeiro Deus dá liberdade, dá mais corda para alcançarmos novas distâncias, e depois a puxa de volta.

11.    Que liberdade é esta? A liberdade oferecida por Deus é diferente da oferecida pelo mundo, pois está pautada no amor.

12.    A partir do amor que tenho por Deus, por mim e pelo próximo, decidirei se o que pretendo fazer ou disser é correto ou não, é saudável ou doentio, edifica ou destrói, promove vida ou morte.

13.    A segunda lição é sobre tua comunhão com Deus enquanto é jovem.

14.    Deus está aberto para que você possa conhecê-lo intimamente e experimentá-lo.

15.    Somente na experiência com Ele e, não apenas saber que Ele existe, você poderá desfrutar de inúmeras bênçãos e compreender que aquilo que nos atrai, ilude e enche nossos olhos, por vezes não garante nossa real necessidade ou felicidade, e que, mesmo nos momentos de maior dificuldade na tua vida, Deus não te abandona.

 2-Caminhos do coração e olhos (Ec. 12.1b).

1.      Quando Salomão nos exorta a “lembrar-se do Criador na juventude” (Ec 12:1).

2.      Devemos entender que essa lembrança não é meramente um ato de recordar, mas um chamado à fé e ao relacionamento com Cristo desde cedo.

3.      Lembra-te do teu criador nos dias da tua mocidade. Essas palavras são de Salomão no livro de Eclesiastes 12:1.

4.      Salomão continua dizendo, para justificar o conselho, antes que venham os maus dias dos quais dirás: não tenho neles contentamento.

5.      Essas palavras são um esforço de Salomão procurando orientar para a velhice, para que a velhice não seja um castigo, mas uma fase normal na vida das pessoas.

6.      A obediência a esse conselho será uma preparação para uma velhice feliz, apesar das contingências naturais da fase.

7.      Aos jovens que lerem este artigo é um apelo a que se vejam no futuro, depois dos setenta anos.

8.       Aos velhos é um apelo a que comprovem a razão do autor ao escrever essas palavras.

3-Deus te Pedirá Conta (Ec. 12.1c).

1.      Salomão passa então, a descrever o que acontece na velhice e que transforma essa fase nos maus dias em que não se encontra contentamento.

2.      No dia em que tremerem os guardas da casa - o enfraquecimento dos braços. 

3.      E se curvarem os homens outrora fortes - as pernas que se tornam trôpegas. 

4.      E cessarem os moedores por já serem poucos - o dente, naturais, é claro, pois Salomão não contava ainda com os recursos das modernas próteses. 

5.      E se escurecerem os que olham pelas janelas - os olhos que se enfraquecem e se cansam. 

6.      No dia em que não puderes falar em voz alta - enfraquecimento da voz que se torna trêmula. 

7.      E te levantares à voz das aves - idoso acorda cedo, dispensa até despertador. 

8.      E todas as harmonias, filhas da música diminuírem - os ouvidos já misturados com ruídos, e zumbidos constantes que impedem uma boa audição. 

9.      Quando temeres o que é alto - falta de equilíbrio que leva os idosos a evitarem as alturas. 

10.    Quando florescer a amendoeira - o embranquecimento dos cabelos. 

11.    Quando o gafanhoto for um peso e te perecer o apetite - os idosos sabem o que isso significa, os moços irão saber se tiverem a ventura de chegar até lá. 

12.    Antes que se rompa o fio de prata - a esperança. 

13.    E se despedace o fio de ouro - perda de todos os valores morais.

14.    E se quebre o cântaro junto à fonte e se desfaça a roda junto ao poço - destruição total, a morte. 

15.    Então arremata Salomão. - E o pó volte ao pó como era e o espírito volte a Deus que o deu.

 III O IDOSO E A MORTE

1-Lembra-te do Teu Criador (Ec. 12.1) ·.

1.      Lembra-te do teu criador. Por quê?

2.      Porque a velhice sendo um estado de espírito, quanto mais em paz estiver o espírito, mais feliz será essa fase da vida.

3.      Não há nada mais depressivo do que a consciência de males praticados, de faltas cometidas e sem perdão. 

4.      O peso da consciência é o maior flagelo de uma pessoa, seja na idade que for.

5.      Quando se chega à velhice com a alma despojada desse peso, então se torna fácil encarar e viver nessa fase tão temida pela maioria das pessoas, mas tão gratificante para quem chega a ela com a consciência de ter vivido bem a mocidade.

6.      Lembrar-se do Criador é lembrar-se das virtudes desse Criador.

7.      Lembrar-se de Deus na mocidade é lembrar do amor, porque Deus é amor; é lembrar-se da bondade porque Deus é bom.

8.      É lembrar-se da justiça porque Deus é justo; é lembrar-se da humildade porque Deus é humilde; é lembrar-se da santidade porque Deus é santo.

 2-Idade avançada e a morte (Ec. 12.2-7).

1.      Verso Ec.2:7- Então a poeira retornará a terra como era: e o espírito deve retornar a Deus.

2.       Devemos lembrar de nossos pecados contra nosso Criador, nos arrepender e buscar perdão.

3.      Devemos lembrar de nossos deveres e segui-los, olhando para ele em busca de graça e força.

4.      Isso deve ser feito cedo, enquanto o corpo é forte e os espíritos ativos.

5.      Um homem tem a dor de rever uma vida gasta, por não ter desistido do pecado e das vaidades do mundo até ser forçado a dizer: Não tenho prazer neles, torna sua sinceridade muito questionável.

 3-Resumo final (Ec. 12.13,14).

1.      De tudo o que foi dito, a conclusão é esta: tema a Deus e obedeça aos seus mandamentos porque foi para isso que fomos criados.

2.      Nós teremos de prestar contas a Deus de tudo o que fizermos e até daquilo que fizermos em segredo, seja o bem ou o mal.

3.      Salomão continua a explicar por que o temor a Deus é tão crucial, afirmando “Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras”, até as que estão encobertas (escondidas), quer sejam boas ou más (Ec. 12.14).

4.      Salomão nos lembra de uma verdade séria e permanente: somos completamente responsáveis perante Deus pelos nossos atos.

5.      Deus avaliará cada um de nós – crente e descrente, da mesma maneira – e nos julgará de acordo com os nossos motivos e a nossa conduta, Deus não tem o culpado por inocente.

6.      Na justiça de Deus não há Habeas Corpus, fiança e propina.

Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)