quinta-feira, 21 de setembro de 2023

CINCO DIALOGO COM DEUS

 

O intercessor que se desenvolve no ministério da oração sente mais e mais que as suas orações assumem o tom de conversa com Deus (At.22.17-21). 

1.      Pamela Gray disse:  Para cada  um que diz. “ Fala, Senhor, porque o teu servo ouve”  há dez que dizem “ouve, Senhor, porque o teu servo fala”.

2.        Um provérbio dos índios norte-americanos diz:  “ ouve  ou a tua língua te fara surdo”.

3.      Estamos  acostumado a somente falar em oração, e não a ouvir. Vamos ver o que podemos aprender nesse sentido: 

4.      1 – O diálogo com Deus  acontece  quando nos tornamos “crianças”, de  acordo com Mt.18.3 e Mt.21.16, e passamos  a ser mais simples  e sinceros.

5.       O louvor da criança identifica-se mais com Deus, porque ela é simples e pura.

6.      2 – Isso acontece quando aprendemos a levar a Deus em oração todos os nossos segredos ( Fl.4.6).

7.      3 – Isso acontece quando aprendemos a orar  usando uma linguagem  clara, objetiva, sem rodeios e sem reservas.

8.      A oração deve ser sempre  uma conversa entre amigos  e nunca um discurso.(1 Sm.10.11 e 26-28).

9.      4 – Isso  acontece  quando aprendemos a ouvir, Deus nos falar através das Escrituras, por  meio de nossa consciência, nosso sentimentos, sonhos, visões, profecias e circunstâncias.

10.     Quando se estabelece uma comunhão mais íntima com Deus, em oração, podemos parar para ouvi-Lo.

11.     Os elementos  citados  são usados por Ele para falar ao nosso coração. (At.10.).

12.    5 – Isso  acontece  quando tratamos Deus como um amigo íntimo em nossas orações (Jo.15.14-15).

13.    6 – Se  oração é um diálogo, ou conversa com Deus, haverá um falando e outro ouvindo. Não devemos falar o tempo todo. Haverá um momento em que devemos ouvir.

14.    Essa será a melhor parte da nossa conversação com Deus. Êx.3.1 a 4.17 registra um diálogo entre Deus e Moisés.

15.    7 – imperativo  o silêncio da alma: “Cala-se diante dele toda a terra(Hc.2.20).

16.    A maioria dos cristãos ainda não sabe o que é isso. Temos que aprender.

17.     O capítulo 13 de Juízes registra  outro interessante  diálogo.

18.    8 – Vai  ser um exercício agradável. Comece  fazendo uma pausa após a leitura de um texto que o impressionou. Peça ao Senhor que fale ao seu coração. Mantenha uma atitude de receptividade.

19.    9 – Cuidado com as emoções. Há pessoas que começarão  a ver coisas  e ouvir vozes, produtos apenas das emoções. Seja autêntico. Não provoque emoções descabidas. Profecias, visões e aparições  são assunto sério. Muitas “visões” não passam de “ilusões” do inexperiente. Deixe que as coisas aconteçam no seu tempo próprio, segundo a orientação do Espírito. Dn.9.20)-22).

20.    10 – Precisamos aprender a separar-nos  e esquecermos por algum tempo das coisas  que nos  cercam ou nos preocupam para poder ouvir a Deus. (Ne.1.4).

21.    11 – Quietude para ouvir as ordens de Deus. Samuel e Davi experimentaram isso . (1 Sm 3.9,10 ; Sal.62.1).

22.    12 –Escola do Silêncio – Na Escola do Silêncio, no deserto, encontramos entre outros, Moisés, João Batista, Jesus Cristo e  Apóstolo Paulo. Eles ouviram  a voz do Senhor no deserto. Façamos um pequeno deserto no meio de nossa vida de oração, para ouvirmos, em vez de falarmos (Êx.4.27; Mt.3.1; Lc.1.80; Mt.4.1; Lc.5.16).

A oração tem a possibilidade de afetar tudo quanto  nos afeta. Aqui estão as imensas  possibilidades  da oração: sabedoria, conhecimento, santidade e o céu, estão sob o comando da oração. Nada está fora do alcance da oração.             

      

 Pr. Capl. Carlos Borges (CABB). 

sábado, 2 de setembro de 2023

DAVI, O NOVO REI DE ISRAEL

2 Sm. 5.1-12

Introdução: A morte trágica de Saul fez grandes transformações em Israel, a ascensão de Davi ao trono de Israel, Davi tornou-se o segundo rei, o primeiro foi Saul escolhido pelo povo, o segundo Davi escolhido por Deus. Em 2 Samuel, começa uma nova saga para o povo de Israel, com vários acontecimentos, politico, social e espiritual. Deus sempre esteve a frente da história de Israel.

 I DAVI ACLAMADO REI

1- Uma nova configuração de poder (2 Sm. 2. 10).

1.      Isbosete... começou a reinar sobre Israel-Há uma dificuldade sobre o tempo de continuação desta competição.

2.      Davi reinou cerca de sete (7) anos somente sobre Judá (sul).

3.      Isbosete, todavia, reinou sobre Israel (norte) apenas por dois anos.

4.      Antes desses dois anos, ou depois, foi sobre à casa de Saul em geral e não sobre qualquer pessoa em particular dessa casa que Abner declarou.

5.      Depois de muitos anos sob grande perseguição, finalmente Deus exalta Davi cumprindo sua promessa.

6.      O tempo de Deus não é como nosso tempo, nós usamos o “cronos” que adiante ou atrasa, porém Deus o “Kairós”. Que não adiante ou atrasa, mas vem na hora certa no momento certo, para uma situação certa.

7.      Deus é fiel a sua palavra e a cumprirá sem a ajuda humana.

8.      Um fato nos chama a atenção, houve dois reis num período de dois anos, Davi reinou em Judá (sul e Isbosete (filho de Saul), reinou em Israel (Norte)).

9.      Houve guerra entre esses dois reis, porém Davi continuou confiando em Deus.

10.    Nós somos confrontados diariamente em nossa caminhada, porém precisamos confiar mais em Deus do que em nós mesmos.

 

2- O Reino não é conquistado pela força (2 Sm. 3.1).

1.      Davi não foi o mentor da conquista do reino de Israel, foi o próprio Deus quem arquitetou todo o projeto da conquista do Reino de Israel, e entregou nas mãos de Davi.

2.      Quem era Davi, um simples pastor de ovelhas, jovem sem nenhuma experiência de governar um país, ele foi ungido rei ainda com pouca idade e sem experiências de governo de uma nação.

3.      Ele foi rejeitado pela sua família, vivia no campo cuidando das ovelhas de seu pai, era mal visto pelos seus irmãos, a semelhança de José.

4.      Mas Deus que vê e sabe todas as coisas, inclusive o coração do homem, Deus viu em Davi um excelente protótipo (exemplo mais exato, mais típico de alguém com perfil para ser rei em Israel).

5.      Deus tem a autoridade para exaltar quem Ele quer.

6.      As conquistas de Davi não foram pela força, mas pela fé em Deus e no poder de Deus em sua vida.

7.      Não podemos forçar as coisas, e sair tentando obter as coisas pela força, sem o aval de Deus, Davi era diferente de Saul,

8.      Saul foi escolhido pelo povo, e não por Deus, Davi foi escolhido por Deus e não pelo povo.

9.      Em nossos dias temos muitos lideres que não são escolhidos por Deus, porém eles estão sob a vontade permissiva de Deus e não pela vontade diretiva de Deus, há muito diferença nesse quesito.

3- O perigo de opor-se a Deus (2 Sm. 3.30).

1.      Abner, um general do exercito de Saul, tentou fazer de Isbosete filho de Saul, rei em Israel, usando as suas prerrogativas de general, indo na contra mão da vontade de Deus.

2.      Ninguém que tente andar contra a vontade de Deus será bem sucessido em seus intentos.

3.      Abner criou mais problemas para Isbosete e Davi do que ele pode imaginar.

4.      Quantas pessoas dentro do naipe evangélico, sem estarem em sintonia com o Espírito Santo acham que podem fazer o que querem na obra de Deus, como se eles fossem o dono absoluto da obra.

5.      Contra o Espirito Santo não valem manobras, astúcias, politicagem nem outros meios visando programarem seus desejos nos bastidores da congregação.

6.      A obra de Deus é santa, contra ela não cabem artifícios humanos ambiciosos, visando fama poder, e lucros fáceis.

7.      Igreja não empresa, nem meios de comercializar alguma coisa visando lucro ou ‘”status social”.

8.      No caso do general do exercito de Saul, pagou com a vida a sua ousadia de querer mudar o rumo da história, que Deus estava escrevendo para Israel.

 II PRIMEIRA CONQUISTA

1- A conquista de Jerusalém (2 Sm. 5.9).

1.      O primeiro passo de Davi como rei foi conquistar a terra dos Jebuseus, que veio a ser conhecida como Jerusalém.

2.      O nome Jerusalém pode significar fundação de paz.

3.      A cidade em si foi estrategicamente situada numa região montanhosa, próxima à fronteira de Judá com Benjamim.

4.      Fazendo dela uma barreira entre as tribos do norte e do sul.

5.      Embora a cidade tenha sido atacada por homens tanto de Benjamim quanto de Judá, os Jebuseus não foram expulsos de Jerusalém na época da conquista (Js 15.63; Jz 1.21).

6.      A cidade tinha uma longa história.

7.      Um nome anterior de Jerusalém foi Salem, conhecida por causa de seu justo rei Melquisedeque (Gn 14.18-20).

8.      O monte Moriá — onde Abraão tinha se preparado para oferecer Isaque — também era localizado em Jerusalém (Gn. 22.2).

9.      Jerusalém, por fim, se tornaria não apenas o local do templo, mas também o lugar onde Jesus morreria e ressuscitaria.

 2-A Arca de Deus (2 Sm. 6.9).

1.      O significado de 2 Samuel 6 fala a respeito da volta da Arca para Jerusalém.

2.      Portanto parte do motivo da fraqueza de Israel durante o reinado de Saul foi a falta de interesse do rei na vida religiosa da nação.

3.      Porém Davi estava determinado a corrigir esse estado de coisas.

4.      Assim ele começou restaurando a Arca, símbolo da presença de Deus, em sua posição legítima como o centro da vida religiosa de Israel.

5.      Durante o reinado de Saul, a arca permaneceu em uma casa de campo em Quiriate-Jearim, também conhecida como Baal-Judá ou Baala; 1 Samuel 7:1-21 Crônicas 13:5-6).

6.      Ao levar a Arca para Jerusalém, Davi pretendia fazer de Jerusalém o centro religioso de Israel, bem como a cidade real e a capital administrativa (2 Samuel 6:1-5).

7.      Então os planos de Davi sofreram um revés quando uma pessoa que tocou na Arca foi morta.

8.      Ou seja, aparentemente, pensando que Deus estava zangado com ele por mover a Arca, Davi temeu ir mais longe.

9.       Ele o deixou na casa vizinha de um homem chamado Obede-Edom (2 Samuel 6:6-11).

 3-A Transferência da Arca (2 Sm. 6.15).

1.      Nessa época, o tabernáculo estava em Gibeão (1 Crônicas 16:39). 

2.      Davi não fez nenhuma tentativa de transferi-lo para Jerusalém, possivelmente porque era muito velho para se mover sem causar grandes danos, ou possivelmente porque Davi estava pensando em construir uma estrutura nova e mais duradoura.

3.      A santidade de Deus-Também estava presente na Arca, visto que ninguém poderia tocá-la (1 Sm. 6.19; 2 sm. 6.7).

4.      A morte de Uzá foi provocada por ele ter tocado na Arca, embora a sua atitude fosse impedir que ela caísse do carro puxado por um boi.

5.      Isto aconteceu porque Davi descumpriu a instrução dada por Deus, que a Arca deveria ser carregada pelos levitas.

6.      Eles não poderiam tocar na Arca, para isso eles deveriam usar umas varas compridas as quais eram enfiadas em umas argolas (fazia vez de alça) ao lado da Arca, e essas varas eram compridas de modo que impedissem os levitas de tocaram na Arca quando a estivessem carregando.

7.      A transferência da Arca para Jerusalém, além de ser um motivo politico (Deus seria o Senhor do Pais), também tinha um cunho religioso, Jerusalém seria a capital religiosa da nação.

8.      Junto a isso, deve ser destacado o fato do entusiasmo contagiante de Davi na missão de transferir a Arca para Jerusalém.

9.      Davi tinha temor e respeito por Deus.

10.    A cada 6 passos dados pelos levitas, havia uma interrupção na marcha, para que fosse feito um sacrifício de animais para Deus, isso enfatiza a reverencia que a presença de Deus (na Arca) tinha para Davi.

11.    Nós precisamos ter a mesma reverência para com Deus quando estivermos em sua casa (templo), que o exemplo de Davi possa nos motivar a agir da mesma maneira.

 III O PACTO DAVÍDICO

1- O Templo de Jerusalém (2 Sm. 7.2).

1.      Quando ele trouxe a Arca para Jerusalém, ele a colocou, em uma tenda especial que ele havia preparado para ela.

2.      Assim ele e o povo celebraram o grande evento com um ritual sagrado de música, dança sacrifício e festa (2 Samuel 6:16-19; ver 1 Crônicas 15:16-28).

3.      O salmo cantado nesta ocasião louvou a Deus por dar ao povo de Israel sua terra natal, e contrastou o poder desse Deus glorioso com a fraqueza dos ídolos pagãos (1 Crônicas 16:8-36).

4.      Natã encorajou o rei a seguir o rumo do seu coração e construir um templo para a Arca.

5.      Porém, o profeta falou com base no seu próprio entendimento, e não como uma palavra do Senhor.

6.       Sua afirmação porque o SENHOR é contigo indica, nesse contexto, uma bênção geral, e não uma declaração específica de Deus.

7.      Embora Natã tivesse, a princípio, encorajado Davi a construir um templo para a Arca (v. 3), o Senhor revelou que essa não era a Sua intenção de forma alguma.

8.       A pergunta Edificar-me-ias tu casa para minha habitação?

9.      Implicou uma resposta negativa.

10.    Os planos de Deus, não são os nossos planos, pois a vontade Dele e soberana.

11.    Deus deixou claro para Davi, que Salamão iria construir o templo, e não Davi.

 2- Deus viaja com seu povo (2 Sm. 7.6).

1.      A tenda era a residência de um viajante.

2.      O tabernáculo (hb. mishkan) era a estrutura portátil que funcionava como a “habitação” de Deus no meio de Seu povo (Ex 25.9,22).

3.      Em toda a história do relacionamento de Deus com os israelitas, Ele nunca os reprovou por falharem em construir para Ele um santuário permanente.

4.      O verbo apascentar é uma metáfora para liderança e foi usado por todo o Oriente Médio para se referir a líderes nacionais (Ez 34-2).

5.      Naturalmente, o Grande Pastor é Deus (SI 23).

6.      Precisamos entender que Deus anda com seu povo, embora muitos não andasse com Ele.

7.      No deserto Deus instruiu Moisés para construir um Tabernáculo, em Jerusalém, Salomão construiu um Templo de alvenaria, hoje nós somos o Templo do Espirito Santo (o consolador até a volta de Jesus).

 3-O grande é DEUS (2 Sm. 7.8).

1.      A natureza formal e profunda do texto é enfatizada pelo uso do termo SENHOR dos Exércitos.

2.      Deus fez lembrar a Davi Seus grandiosos feitos, principalmente o de tirá-lo de uma posição humilde de pastor para torná-lo rei sobre o Seu povo.

3.       Um grande nome, ou seja, uma excelente reputação era muito valorizado pelos hebreus.

4.      Assim como Deus prometeu engrandecer o nome de Abraão (Gn. 12.2), Ele garantiu a Davi que seu nome seria reconhecido.

5.      Deus prometeu prover a Israel um local seguro para morar em Canaã.

6.       Os israelitas não seriam mais expostos aos repetidos ataques de seus inimigos, como havia acontecido no tempo dos juízes.

Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)