segunda-feira, 29 de agosto de 2022

ADORAÇÃO AO BEZERRO DE OURO

 


Êx. 32.1-20

Introdução: A história da adoração dos israelitas ao bezerro de ouro revela a falta de fé do povo e a infinita misericórdia de Deus. Mesmo que os hebreus tivessem quebrado em tão pouco tempo a promessa de obedecer-lhe, o Senhor perdoaria seus pecados.

 

I O BEZERRO DE OURO

1-Por que um bezerro de ouro? (Êx. 32.4)

1.      Dois deuses familiares dos egípcios, Ápis e Hátor, eram representados respectivamente por um touro e uma novilha.

2.      Os cananeus adoravam a Baal, também representado por um touro, o qual era o símbolo sagrado de poder  e fertilidade, estritamente relacionado a práticas sexuais imorais.

3.      Os israelitas, recém – saídos  do Egito, acharam  natural produzir um bezerro de ouro para representar Deus que acabara de libertá-los  de seus opressores.

4.      Estavam cansados de um Deus sem rosto, e violaram o mandamento que tinham acabado de receber.

5.      Não farás para ti imagem de escultura (Êx.20.4).

6.      Talvez até pensassem estar adorando Deus, mas sua aparente sinceridade não poderia substituir a obediência, ou  ser uma desculpa para a desobediência

7.      Podemos não fazer ídolos, mas somos frequentemente culpados de tentar ajustar Deus às nossas expectativas, circunstâncias e aos nossos desejos.

8.      É dessa maneira que acabamos adorando a nós mesmos, ao invés de adorar ao Deus que nos criou.

9.      A autolatria (culto prestado a si mesmo; amor próprio excessivo), são pessoas dando atributos  superiores a si mesmo, pessoas que veneram a sua própria imagem, isso aconteceu com o Rei Nabucodonosor, e lhe custou caro, ele sofreu de uma doença chamada de LICANTROPIA( do Grego Lukos-lobo e Anthropos -homem  ou seja um homem lobo.

10.    A autolatria, tanto hoje como nos tempos dos israelitas, conduz a todo tipo de imoralidade, talvez isso explique a gravidade do momento do povo de Deus diante da imagem do Bezerro de ouro, bebidas, orgias e atos imorais que provocaram a irá de Deus.

 2- Decadência espiritual (Êx. 32.7)

1.      E o Senhor disse a Moisés: Vai, desce .

2.      Foi uma tentação violenta de abalar a fé de Moisés.

3.       Ele achava que a felicidade dele e do povo era absolutamente completa, quando a aliança de Deus estava gravada nas mesas para garantir sua perpetuidade; enquanto agora ele ouve que esse pacto foi violado.

4.      E quase aniquilado pela perfídia e rebelião do povo, enquanto sua abolição envolvia a perda da salvação e todas as outras bênçãos.

5.       Além disso, para que Deus pudesse ferir mais gravemente a mente do homem santo, Ele se dirige a ele exatamente como se parte da ignomínia caísse sobre si.

6.      Pois há uma censura indireta implícita nas palavras: “teu povo, que trouxeste da terra do Egito”.

7.      No entanto, Moisés apenas assumira essa acusação contra ele por ordem de Deus e, de fato, sem querer; como, então, essa libertação é lançada em seus dentes, em que ele somente havia obedecido a Deus?

8.      E por que sua devoção é mencionada em zombaria, como se ele tivesse concedido seu trabalho errado, quando nenhuma parte da culpa é atribuída a ele?

9.      Eu já disse que, às vezes, Deus, assim, penetra rapidamente os corações dos piedosos, a fim de provar sua paciência, como se seu zelo bem dirigido tivesse sido a causa dos males que ocorrem. 

 3-Desvio Precipitado (Êx.32.8)

1.      E depressa se tem desviado do caminho que eu lhe tinha ordenado; eles fizeram para si um bezerro de fundição, e perante ele se inclinaram, e ofereceram-lhe sacrifícios, e disseram: Este é o teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do Egito.

2.      A ideia de fazer um bezerro pode ter surgido de suas lembranças de deuses egípcios como a vaca de Hátor e o touro de Ápis.

3.      Ironicamente, depois de fazer o ‘bezerro de fundição’ (Êxodo 32:3–4).

4.      Aarão tentou preservar a ideia de que aquela seria uma ‘festa ao Senhor’ (Êxodo 32:5) e que a celebrariam fazendo ofertas, comendo, bebendo e folgando’ diante do bezerro. (…)

5.      Eles se corromperam (em hebreu, literalmente, ‘aviltaram-se’) na adoração de ídolos, enquanto a adoração do verdadeiro Deus os enobreceria.

6.      Certos atos mundanos têm o mesmo efeito até hoje e contrastam com os efeitos das verdadeiras ordenanças celestiais.

7.      Os israelitas não fizeram o bezerro de ouro por ignorância, mas por serem ‘inclinados ao mal’ (ver Êxodo 32:22).

8.      Pois sabiam os Dez Mandamentos e haviam prometido que fariam ‘todas as palavras, que o Senhor tem falado’ (Êxodo 2024:3–4)”.

 II  CONSEQUÊCIA DA IDOLATRIA

1-Povo de dura cerviz (Êx.32.9)

1.      Povo obstinado- Ele expressa Sua insatisfação contra Israel por esse pecado.

2.      Ele apresenta ao povo seu verdadeiro caráter: Obstinação.

3.      Ele declara  o que seria uma justa recompensa para eles - que Seu furor se acendesse  contra eles.

4.      O pecado  ns expõe ao furor de Deus.

5.      Ele induz Moisés a não interceder por eles.

6.      A mesma coisa é registrada aqui em Moisés, diante de quem Deus coloca uma espécie de contradição em Sua Palavra, quando declara que tem a intenção de destruir aquele povo, ao qual Ele havia prometido a terra de Canaã.

7.      Não obstante, vemos com que êxito ele se esforçou, pois, confiando na aliança eterna e inviolável de Deus.

8.      Ele não deixou de acalentar uma boa esperança.

9.      Se alguém ainda perguntaria se era certo desprezar ou contar em vão o que lhe foi dito em segundo lugar quanto à completa destruição do povo, respondo que a vitória de sua fé não consistia em sutis descrições.

10.    Mas que, tendo abraçado a aliança de Deus com os dois braços, como eles dizem, ele ficou tão fortalecido por sua confiança que não teve espaço para objeções.

 2 - A disciplina de Deus (Êx. 32.10).

1.      Agora, portanto, deixe-me em paz – Alguém poderia concluir pela maneira de falar aqui, que o Todo-Poderoso quis dizer isso como uma prova da benevolência e piedade de Moisés.

2.      Propondo-lhe a destruição total dessa geração perversa e transferindo para sua família solteira todas as bênçãos do pacto abraâmico.

3.      A fim de provar se ele intercederia humanamente e piedosamente pelo povo ou aceitaria uma proposta tão lisonjeira para si mesmo; e não se pode negar que o caráter de Moisés parece, nessa visão, mais amável e desinteressado.

4.      Agora, pois, deixa-me em paz, para que a minha ira se acenda contra eles, e eu os consuma; e farei de ti uma grande nação.

5.      O que Moisés, ou o que ele poderia fazer, para impedir Deus de consumi-los?

6.       Quando Deus decide abandonar um povo, e o decreto é divulgado, nenhuma intercessão pode impedi-lo.

7.      Mas Deus assim expressaria a grandeza de seu descontentamento, à maneira dos homens, que não teriam quem interceptar por aqueles com quem decidem ser severos.

8.      Assim, ele também honraria a oração, sugerindo que nada além da intercessão de Moisés poderia salvá-los da ruína, para que ele fosse um tipo de Cristo, cuja mediação somente Deus reconciliaria o mundo consigo mesmo.

9.      As palavras de Deus neste momento se tornaram aterradoras.

10.    Ele ameaçou destruir toda a nação e começar de uma nova maneira com Moisés (Nm l4-11, 12).

11.    A declaração fez com que o profeta intercedesse a favor do povo pela misericórdia divina (v. 11-13).

 3-A Falha de Arão (Êx. 32.21)

1.      Moisés se dirigiu a Arão querendo saber como a situação chegara ao ponto em que estava.

2.      A medíocre resposta do sacerdote nos faz lembrar a sofrível justificativa de Adão a Deus em Génesis 3.12.

3.      Arão lançou a culpa sobre o povo, em vez de admitir sua própria cumplicidade nesse terrível pecado.

4.      Apesar do retorno de Moisés, algumas pessoas permaneceram despidas para a vergonha, talvez se deixando levar pelo cego comportamento de adoração a Baal (Nm 25).

5.      Quem é do Senhor. Os primeiros a responderem ao chamado de Moisés foram os homens da tribo de Levi, um ato que os aproximou ainda mais do culto ao Senhor.

6.      Moisés mandou os levitas matarem todos aqueles que estavam comprometidos com o mal (provavelmente com a degeneração sexual, conforme Nm 25).

7.      Era bastante doloroso para um levita matar seu irmão, seu amigo, seu próximo.

8.      Mas os perversos, mesmo sendo pessoas próximas ou parentes dos sacerdotes, tinham de ser executados, a fim de que todo o arraial não sofresse com o julgamento divino.

 III RENOVANDO A ALIANÇA  E AS TÁBUAS DA LEI

1-Arrependimento divino (Êx.32.14)

1.      Então, o Senhor arrependeu-se. Neste versículo está um maravilhoso exemplo da interação entre uma intercessão com fé e o propósito do Senhor.

2.      Deus tinha a intenção de poupar Israel.

3.      Contudo, Ele incluiu Moisés no processo ao fazer com que ele orasse pela consequência justa e correta.

4.      O Senhor usa nossas orações combinadas com Suas próprias determinações para fazer com que Sua vontade seja feita.

5.      Em sua grande ira, Moisés jogou as tábuas no chão.

6.       Este gesto, altamente simbólico, indicava que a Lei tinha sido quebrada pelas ações do povo.

7.      Depois, o profeta destruiu o bezerro, até virar pó, e, por fim, fez os filhos de Israel beberem seus resíduos misturados à água.

 2-A intercessão de Moisés (Êx.32.32)

1.      Riscarei eu do meu livro. Este é o momento mais tocante na liderança de Moisés sobre os israelitas.

2.      Como Paulo, muitos séculos depois, ele pediu para ser amaldiçoado, pois assim talvez pudesse levar a salvação a seu povo (Rm.9.3).

3.      A oferta de Moisés não pôde ser aceita.

4.      Mas, seu gesto abnegado também nos remete ao sacrifício de Jesus, pois Deus o aprovou como a expiação de todos os pecados de cada geração da humanidade (Mc 10.45).

5.      Nesta passagem, meu livro é o Livro da Vida (Sl 87.6; Ap 3.5).

 3-Novas Tábuas da Lei (Êx.34.10ª)

1.      O Senhor disse: "Vou fazer uma aliança contigo.

2.      Diante de todo o teu povo farei prodígios como nunca se viu em nenhum outro país, em nenhuma outra nação, a fim de que todo o povo que te cerca veja quão terríveis são as obras do Senhor, que faço por meio de ti. Êxodo 34:10.

3.      E ele disse: Eis que faço um pacto: diante de todo o teu povo farei maravilhas, como nunca foram feitas em toda a terra, nem em nenhuma nação.

4.      E todo o povo entre os quais tu vais ver a obra do SENHOR, porque é uma coisa terrível que farei contigo.

5.      Eis que eu faço uma aliança – Quando a aliança foi quebrada, foi Israel quem a quebrou; agora vem a ser renovado, é Deus quem o faz.

6.      Se houver brigas, devemos assumir toda a culpa; se houver paz, Deus deve ter toda a glória.


Pr. Capl.Carlos Borges CABB)

domingo, 21 de agosto de 2022

ANDANDO NA LUZ DA PALAVRA DE DEUS

                                           SALMO 119.105-110

Introdução: Qual é a finalidade da luz? Não é dissipar as trevas? Quem anda nas trevas  o que pode lhe acontecer? Sabemos que em tal situação os riscos  de acidentes e até mesmo a morte pode acontecer, por isso usamos a luz para podermos andar  sem ter o risco de acidente ou outro problema mais sério, na vida espiritual não é diferente, por isso o salmista disse as frases do Salmo 119.105 -Lâmpada para os meus pés é a Tua Palavra e luz para os meus caminhos." 

No teatro, as luzes que ficam diante do palco, junto aos pés dos atores são chamadas de " ribalta", sua finalidade é delimitar  o espaço até o "poço", lugar onde fica a orquestra tocando as musicas que acompanham o espetáculo.

Deus também nos providenciou uma "ribalta"(luz) para delimitar nossos passos no palco da vida, fins não cairmos no "poço" do pecado. A leitura diária da Palavra de Deus, ilumina os nossos caminhos nesta presente vida, fins podermos caminhar em segurança, até as moradas celestiais. Só podemos ser bem sucedido  no caminhar com Deus se contarmos  com as luzes da ribalta divina a nos mostrar o caminho.

Precisamos ter muito cuidado, para não pensarmos que por termos lido a Bíblia várias vezes, possamos pensar que não podemos cair nas armadilhas de Satanás, achar que a luz que tivemos  na semana, no mês, no ano ou até mesmo ontem é o suficiente para nos manter seguro, hoje no caminho.

Não podemos pensar que o tempo investido em pesquisas, meditação na Palavra de Deus é o suficiente para que possamos transformar a vida de quem quer que seja. Nós não só precisamos ler a Palavra  de Deus, para preparar qualquer mensagem ou pregação, mas também nos alimentarmos dela, para preparar a nossa alma e nosso espírito.

O mineiro que trabalha nas minas subterrâneas jamais desce a mina, sem antes verificar se a luz (lâmpada do capacete) tem condições de permanecer acesa durante o tempo em que ele irá permanecer  no interior da mina. Devemos ser assim diligente com relação a Palavra de Deus. Não podemos lê-la inteira uma única vez e depois deixá-la de lado, como faríamos com qualquer livro.

A luz que recebemos da Palavra de Deus deve ser renovada, revitalizada e solidamente  restabelecida todos os dias. A verdade de Deus renovada em nós a cada dia, funciona como a luz do mineiro. Ao olharmos  na direção indicada por Deus, podemos ver melhor para onde estamos indo, atingindo seu propósito para nossa vida e dos demais que nos cercam.

Para gravá-la  tão profundamente em nossos corações até que ela se torne parte de nós, precisamos abri-la e dizer :"SENHOR, FALA COMIGO HOJE E MOSTRA-ME O QUE PRECISO SABER  E FAZER". Devemos continuar a ler, meditar, amar, obedecer e fazer  o que ela nos manda fazendo assim, a  luz da nossa  ribalta divina, não permitira que venhamos a cair no "poço do pecado", pois  ela estará como luz para nossos caminhos, sempre estará CARREGADA.

Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)

terça-feira, 9 de agosto de 2022

A SAÍDA DO EGITO E A PASSAGEM PELO MAR

 


Êx.14.15-31 

Introdução: Êxodo 14 é o capítulo da Bíblia que relata o grande milagre operado por Deus ao fazer o povo de Israel atravessar o Mar Vermelho. O estudo bíblico de Êxodo 14 revela que o poder do Senhor abriu as águas do mar e permitiu com que os israelitas atravessassem em terra seca. Mas esse texto bíblico também destaca o julgamento de Deus contra os egípcios.

 I DEUS GUIA O SEU POVO

1-O Perigo dos Atalhos (Êx. 13.17)

1.      Quando os hebreus deixaram o Egito?

2.      Existem duas teorias. 1ª- Fixa uma data  mais antiga para o êxodo – por volta de 1446 a 1445 a.C. a 2ª- Sugere uma data mais  recente – entre 1300  e 1200 a.C.

3.      Os  que defendem  a primeira  apontam o texto  de 1 Rs.6.1, onde  se lê claramente que Salomão  começou a  construir o Templo  480 anos após os hebreus  terem deixado o Egito.

4.      Uma vez que quase  todos os estudiosos concordam  com o inicio da construção do Templo em 966, a data para  êxodo recai no ano 1446.

5.      Porém, os que sustentam  a segunda teoria argumentam que os 480 anos não podem ser literalmente  interpretados, baseando-se no texto de Êxodo 1.11,  que diz que os hebreus  construíram  as cidades de tesouro Pitom e Ramsés II, que reinou por volta de 1290 a.C.

6.      Independente  de qual seja a data correta, o fato é que Deus tirou os hebreus  do Egito como havia prometido, e isto demonstrou  o seu imenso poder  e grande amor pelo seu povo.

 2- Confiança é necessária (Êx. 13.19)

1.      Moisés levou os ossos de José.

2.      Supõe-se que os israelitas levassem consigo os ossos ou restos mortais de todos os doze filhos de Jacó, cada tribo cuidando dos ossos de seu próprio patriarca.

3.      Enquanto Moisés cuidava dos ossos de José.

4.      Estêvão diz expressamente, Atos 7:15 , Atos 7:16  que não apenas Jacó, mas os pais foram levados do Egito, foi a única oportunidade que parece ter se apresentado para fazer isso: e certamente o motivo que o levou a remover os ossos de José da terra prometida tinha o mesmo peso em relação aos outros. patriarcas.

5.      E Moisés levou os ossos de José com ele. 

6.      Portanto, parece que, mesmo em sua adversidade, a lembrança de sua libertação prometida nunca se afastara do povo.

7.      Moisés nunca teria sido capaz de imaginá-la; mas ele afirma expressamente que agiu em obediência ao santo patriarca ao levar seus ossos.

8.      Portanto, é provável que eles estivessem tão depositados, que a esperança do povo pudesse ser mantida viva ao ver diariamente a urna ou o cofre que os continha, como se o homem santo.

9.      Mesmo depois da morte, tivesse levantado de sua tumba um sinal de sua libertação.

10.    Pois, por esse ato simbólico, ele nutria sua própria fé, quando desejava que, embora morto, pudesse entrar na posse da terra prometida.

 3-Deus Vai na Frente (Êx.13.21)

1.      Pilar de uma nuvem – Este pilar ou coluna, que apareceu como uma nuvem durante o dia e um incêndio durante a noite, era o símbolo da presença divina.

2.      Era a morada Shechiná ou Divina, e era a prova contínua da presença e proteção de Deus.

3.      Era necessário que eles tivessem um guia para orientá-los através do deserto.

4.      Mesmo que tivessem tomado a estrada mais direta; e quanto mais, quando tomavam uma rota tortuosa que geralmente não era percorrida, e da qual nada sabiam além do que o pilar luminoso indicava o caminho!

5.      Além disso, é muito provável que mesmo o próprio Moisés não soubesse o caminho.

6.      Que Deus havia determinado, nem os locais de acampamento, até que o pilar que os precedeu se tornasse estacionário.

7.      E, assim, apontasse não apenas a estrada, mas as diferentes lugares de descanso.

 II A TRAVESSIA DO MAR

1-A Perseguição dos Egípcios (Êx. 14.5)

1.      Êxodo 14 começa mostrando a ordem do Senhor para que Israel acampasse entre Migdol e o mar, defronte de Pi-Hairote (Êxodo 14:1,2).

2.      A localização de Migdol é desconhecida, mas provavelmente esse lugar era de alguma forma fortificado, pois esse é o significado usual de seu nome.

3.      A localização exata de Pi-Hairote também é discutida, mas muitos estudiosos acreditam que esse lugar ficava nas proximidades de Ramessés.

4.      O interessante nisso tudo é que do ponto de vista humano, sem dúvida essa era uma ordem que não fazia nenhum sentido.

5.       Isso porque ela significava que os israelitas tinham de retroceder em sua jornada.

6.       E é claro que isso também mostraria aos inimigos de Israel que o povo estava supostamente perdido e encurralado pelo deserto e pelo mar (Êxodo 14:3).

7.      No entanto, esse era justamente o propósito divino.

8.       Em outras palavras, a ordem do Senhor implicava num contive para que os egípcios perseguissem os israelitas.

9.       Na verdade, havia chegado o momento de Deus derramar a porção final de seu julgamento contra Faraó e o Egito.

10.     Tudo isso tinha a finalidade de fazer com que o nome de Deus fosse glorificado e todos no Egito soubessem que Ele é o Senhor (Êxodo 14:4).

 2- O Medo de Israel (Êx. 14.10)

1.      Quando os israelitas viram que os egípcios estavam atrás deles, eles temeram muito e clamaram ao Senhor (Êxodo 14:10).

2.      No entanto, parece que rapidamente o clamor deu lugar à incredulidade, e o resultado disso foi a murmuração.

3.       Eles começaram a reclamar com Moisés e a questioná-lo a respeito do porquê ele os havia tirado do Egito para fazê-los morrer no deserto (Êxodo 14:11).

4.      Naquele momento, os israelitas julgaram que teria sido muito melhor terem continuado escravizados no Egito, do que terem partido naquela jornada aparentemente fracassada.

5.       Nesse ponto, a murmuração de Israel não era apenas contra Moisés, mas, principalmente, contra Deus.

6.       Mesmo depois de tantos sinais que Deus havia enviado ao Egito, os israelitas continuavam rebeldes e com dificuldades de confiarem no Senhor.

 3-Deus Peleja por Israel (Êx. 14.14)

1.      Contudo, aquela situação supostamente impossível e desesperadora era o cenário perfeito para que o poder de Deus fosse manifestado de forma assombrosa diante de todos eles.

2.      Por isso, o texto bíblico diz que Moisés respondeu aos israelitas dizendo que eles não temessem, mas ficassem quietos e contemplassem o livramento do Senhor.

3.      Basicamente os egípcios que eles estavam contemplando com medo, nunca mais seriam vistos. Isso porque o Senhor haveria de pelejar por eles (Êxodo 14:14).

4.      O Povo estava hostil e desesperado, porém  Moisés o encorajou a assistir à forma maravilhosa  como Deus os salvaria.

5.      Moisés teve uma atitude positiva.

6.      Quando o povo parecia  encurralado, Moisés clamou a Deus por sua intervenção.

7.      Podemos  não ser perseguidos por um exército e mesmo assim nos sentir presos.

8.      Ao invés de nos desesperarmos, devemos adotar a atitude de Moisés: “Não temais, estais quietos e vede o livramento do SENHOR, que hoje vos fará”. 

 III  CÂNTICO E ÁGUA DOCE

1-O Hino da Vitória (Êx. 15.11)

1.      A arrogância do exército perseguidor incitando a luta com o Deus vivo é descrita no versículo 9.

2.      Contudo, no versículo 11, a expressão de incomparabilidade no questionamento quem é como tu entre os deuses?

3.      Demonstra que os inimigos jamais seriam capazes de vencer o Senhor contando com seus deuses, pois só Yahweh é o Todo-poderoso.

4.       Essa expressão aparece muitas vezes na Bíblia para descrever o verdadeiro Deus.

5.      Em um mundo onde havia muitos supostos deuses, o Senhor era único.

6.       Ele, sozinho, é Deus.

7.       Ele não é apenas melhor do que os outros deuses; não há outros deuses.

8.       Nenhuma pessoa, nenhum deus ou objeto pode ser comparado com o verdadeiro Deus vivo (SI 96.4,5; Is 40.25,26; Mq 7.18).

9.      Quanto ao uso do termo terrível, este significa que Deus inspirou maravilhas, adoração e obediência nos israelitas.

 2-O Perigo da Murmuração ( Êx.15.24)

1.      No deserto de Shur, os israelitas não tinham água.

2.       Em Mara, eles tinham água, mas era amarga; para que eles não pudessem beber.

3.       Deus pode tornar amargo para nós aquilo de que nos prometemos mais, e frequentemente o faz no deserto deste mundo.

4.      Para que nossos desejos e decepções na criatura possam nos levar ao Criador, a cujo favor, somente o verdadeiro conforto é ser tido.

5.      Nesta angústia, o povo se preocupou e brigou com Moisés.

6.      Os hipócritas podem mostrar afeições elevadas e parecer sérios em exercícios religiosos, mas no tempo da tentação eles desaparecem.

7.      Até os verdadeiros crentes, em épocas de dura provação, serão tentados a se preocupar, desconfiar e murmurar.

8.      Mas em toda prova devemos lançar nosso cuidado sobre o Senhor e derramar nossos corações diante dele.

9.       Descobriremos então que uma vontade submissa, uma consciência pacífica e os confortos do Espírito Santo tornarão a prova mais amarga tolerável, sim, agradável.

10.    Moisés fez o que o povo havia deixado de fazer; ele clamou ao Senhor.

11.     E Deus providenciou graciosamente para eles. 

 3- O Amargo vira doce (Êx. 15.26)

1.      Ele clamou ao Senhor – Moisés não era apenas o líder deles, mas também o mediador.

2.       De oração e dependência do Todo-Poderoso, a grande massa de israelitas parece ter pouco conhecimento naquele momento.

3.       Moisés, portanto, tinha muito a suportar com a fraqueza deles, e o misericordioso Senhor sofria muito.

4.      O Senhor mostrou a ele uma árvore – o que não era essa árvore: alguns pensam que a árvore era extremamente amarga, como a quassia; e que Deus agiu nisto como ele geralmente faz, corrigindo contrários por contrários, o que, entre os médicos antigos, era uma máxima favorita, Clavus clavo expellitur .

5.      Quando Moisés orou, “a Palavra do Senhor mostrou-lhe a árvore  ardiphney , na qual ele escreveu o grande e precioso nome de (Jeová), e depois a jogou nas águas, e as águas se tornaram doces.

6.      O Senhor ouviu sua oração e apontou para ele uma árvore em particular. , que provavelmente era de tal eficácia natural, a ponto de produzir o fim desejado.

7.      Adoçando essas águas amargas. 

8.      O milagre, portanto, provavelmente, consistiu em Jeová apontar para Moisés essa espécie específica de madeira.

9.      Alguns são de opinião que Jeová adoçou essas águas por seu próprio poder imediato; e que a árvore, ou madeira, que foi lançada neles, era apenas um sinal externo , e não o meio do milagre realizado nesta ocasião.  

Pr. Capl.Carlos Borges (CABB)