sábado, 26 de outubro de 2019

O SENHOR É O MEU PASTOR



Sl 23.1-6
Introdução: O Salmo 23 é um poema lindo sobre como Deus se relaciona com quem entrega sua vida a ele. Quando você se sente com medo ou preocupado, o Salmo 23 ajuda a ver que Deus está no controle e não vai falhar. Veja como Deus ama, cuida e protege você, nesse salmo maravilhoso.


I ASPECTOS GERAIS
1-Autor titulo e data
·        Conforme a tradição judaica, David teria escrito este salmo quando estava cercado num oásis, à noite, por tropas de um rei inimigo.
·        O Salmo inserir tamanha confiança na Providência Divina contra os inimigos o salmo é rezado para afastar perigos e perseguições.
·        Uma das orações mais poderosas.
·        Alguns especialistas judaicos afirmam que há elementos cabalísticos em sua recitação em hebraico.
·        É considerado o mais conhecido salmo bíblico.
·        Uma das possíveis traduções para o português é: 1-David era o irmão mais novo, entre os numerosos filhos de Jessé; 2-O pai escolheu-o para pastor. O jovem pastor David, segundo o relato bíblico do livro do profeta Samuel, quando inspirado por força divina, matava as feras para defender as ovelhas do seu rebanho; 3-Daí a forte referência pastoril em "O Senhor é meu pastor"; 4-Existem várias referências ao pastor e às ovelhas na Bíblia, sendo interessante pensar nas condições e locais da época assim como as ferramentas do pastor.


2-Classificação
·        O Salmo 23 é talvez o segundo Salmo mais lido da Bíblia, perdendo somente para o 91.
·        Hoje, faremos uma explicação do Salmo 23, versículo por versículo.
·        Em primeiro lugar. Segundo alguns historiadores e especialistas, Davi escreveu o Salmo 23 quando ainda era jovem.
·        Por isso ele faz alusão ao pastor, a pastos verdejantes (ou verdes pastos, depende da versão), vara, cajado e termina dizendo que a bondade e a misericórdia o seguirão todos os dias da sua vida.
·        No Salmo 23, a Bíblia usa a metáfora de um pastor e suas ovelhas para ilustrar o terno cuidado de Yahweh por seus adoradores.
·        Ele deseja que sintamos a mesma segurança daqueles que, como o salmista Davi, dizem com confiança: “Yahweh é o meu Pastor.” — Versículo 1.
·        Ele conhecia as necessidades das ovelhas e as responsabilidades de um pastor.
·        Davi, que tinha sentido o cuidado de Deus em sua vida, escreveu o que tem sido chamado de “um salmo de garantia ou confiança”.
·        O nome divino, Yahweh, aparece no começo e no fim desse salmo. (Versículos 1, 6)


3- Espiritual intimista
·        Sem pastor, as ovelhas geralmente se perdem.
·        De maneira similar, precisamos de ajuda para encontrar o caminho certo na vida (Jeremias 10:23).
·        Conforme Davi explica, Yahweh conduz seu povo a “pastagens relvosas” e a “lugares de descanso bem regados”.
·        Ele os guia “nos trilhos da justiça”. (Versículos 2, 3).
·         Essas imagens pastorais nos garantem que podemos confiar em Deus.
·        Por seguirmos a orientação de seu espírito, revelada na Bíblia, podemos ter o tipo de vida que resulta em satisfação, revigoramento e segurança.
·        Sem o pastor por perto, as ovelhas ficam com medo, sem saber o que fazer.
·         Yahweh diz a seus servos que eles não precisam ter medo, mesmo que ‘andem pelo vale da sombra tenebrosa’, ou seja, durante os piores momentos de sua vida (Versículo 4).
·         Yahweh cuida deles; está sempre pronto a ajudá-los.
·         Ele pode dar a seus adoradores a sabedoria e a força que precisam para lidar com provações. — Filipenses 4:13; Tiago 1:2-5.


II O BOM PASTOR
1-Plenitude e paz (Sl. 23.1,2).
·        Em primeiro lugar é preciso reconhecer que o Salmo 23 divide-se em duas partes: A primeira vai do verso 1 ao 4, e apresenta o Eterno (YHWH) como um pastor de ovelhas; a segunda envolve os versos 5 e 6, e mostra o Eterno metaforicamente na figura de um anfitrião.
·         Trata-se de uma questão fundamental para a compreensão dos versículos finais do texto.
·        Algumas pessoas interpretam o salmo incorretamente, pois entendem que há uma única metáfora em todo o salmo.
·        A figura de Deus como pastor de ovelhas.
·        Isso não é possível.
·        Não se pode entender que a ovelha tem a cabeça ungida no verso 5, muito menos teria o mamífero lanoso condição de beber um “cálice (de vinho) transbordante”.
·        Ao descrever o Senhor como um pastor, Davi escreveu sobre a sua experiência, porque passou muitos anos de sua juventude de pastoreando ovelhas (1 Sm. 16.10,11).
·        Durante esse período de pastoreio as ovelhas, elas se tornam dependente do pastor para suas provisões., direção e proteção.
·        No Novo Testamento Jesus é chamado de o Bom Pastor (Jo. 10.11).
·        O grande Pastor (Hb. 13.20); o sumo Pastor (1 Pe. 5.4).
·        Como o Senhor é o Pastor, somos as suas ovelhas, não no sentido de sermos assustados e passivos, mas seguidores obedientes, sábios o bastante para seguir alguém que nos levará aos lugares certos e do modo correto.
·        O Salmo 23 não revela as características das ovelhas como animal, mas as dos discípulos e as do Pastor.
·        Ao reconhecer o Bom Pastor, siga-o.


2-Vereda de justiça.
·        Na mesma linha de raciocínio, as “veredas da justiça” indicam os caminhos certos e seguros que a ovelha deve trilhar.
·        A ideia é principalmente de direção para a vida.
·         E o mais extraordinário é que Deus assim age por causa da sua honra, isto é, do seu nome (Êxodo 32.12-14), o que garante o seu pleno cuidado amoroso.
·        O caminho da justiça é sempre o menos percorrido.
·        Por outro lado é o único caminho certo!  
·        Para entender melhor este versículo, te convido a ler o estudo bíblico: Jesus é o caminho, a verdade e a vida. Mas o que isso significa?   
·        Andar pelo caminho da justiça significa agir conforme Jesus!
·        Embora o Jesus histórico não existisse de maneira carnal, o Jesus espiritual é o “cordeiro imolado desde a fundação do mundo”.


3-Não temerei
·        “Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.”
·        O fato é que a ovelha corria perigo de morte ao andar pelos vales escuros e acidentados da geografia da Terra de Israel, especialmente quando pensamos nos montes de Judá.
·         É por isso que o verso 4 menciona o “vale da sombra da morte” (que aqui nada tem de ‘passagem para a vida eterna’); trata-se de um vale escuro e perigoso que pode levar a ovelha à morte.
·        Essa ovelha não precisa temer o mal, ou melhor, o perigo, porque será “protegida” pela vara e pelo cajado do pastor.
·        O sentido do verbo “nacham” no texto não é “consolar” (tradução tradicional) no seu aspecto psicológico, mas sim “proteger”!
·        A sombra da morte é pior do que a própria morte, porque quando a morte vem você não vê nada e simplesmente morre.
·        Mas a sombra da morte não é a morte, ou seja, você sabe que ela está ali, mas ela não leva você.
·        O mesmo Deus que te proporciona pastos verdejantes está com você na sobra da morte.
·        O mesmo Deus que te guia mansamente a águas tranquilas, também te faz sentir consolo na vara e no cajado.
·        Perceba como a explicação do Salmo 23 está sempre lidando com este aparente paradoxo, porque a vida é assim!
·        E a mensagem é: os cenários irão mudar, mas o Senhor sempre será o nosso pastor! Aleluia!

III O ANFITRIÃO HONRADOR
1- Honra pública
·        “Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda”. Salmos 23:5
·        A mesa do Senhor é a mesa da verdade!
·        Muitos utilizam este versículo como base para a “exaltação” ou até “vingança”, mas na verdade este é um versículo de reconciliação!
·       A mesa é um lugar onde todos se sentam para um banquete e para uma conversa.
·        Neste caso Davi quer uma mesa de reconciliação com os seus inimigos.
·        E ao mesmo tempo em que acontece a reconciliação, também acontece à unção.
·         Onde não tem reconciliação, não tem unção!
·       Você pode revelar você pode falar em línguas, você pode gritar você pode pular o quanto quiser, mas se não existir da sua parte uma reconciliação com os seus inimigos, de nada adiantará todo barulho.

2- Unção de Honra
·        Em seguida surge no texto a menção da unção com óleo.
·        A unção com óleo aqui não tem significado de “cura” nem de “poder espiritual”, como popularmente se sugere muitas vezes.
·        Trata-se de uma unção de honra.
·        Está relacionada com a ideia de deferência destinada a pessoas importantes.
·        Era o caso de sacerdotes e reis que eram ungidos (Êxodo 28.14; 1Reis 19.16) no Israel do Antigo Testamento, o que indicava escolha divina e posição honrosa perante a comunidade.
·         Quando alguém digno de honra era recebido em uma casa, a saudação incluía “uma unção com óleo”; foi por essa razão que Jesus repreendeu Simão por deixar de “ungir a cabeça (de Cristo) com óleo” (Lucas 7.46).
·         Portanto, o que Salmo 23.5 quer dizer é que o Eterno recebe o seu fiel como um anfitrião de uma refeição especial, tratando-o com honrarias.
·        E ao mesmo tempo em que acontece a reconciliação, também acontece à unção.
·        Onde não tem reconciliação, não tem unção!
·        Você pode revelar você pode falar em línguas, você pode gritar você pode pular o quanto quiser.
·        Mas se não existir da sua parte uma reconciliação com os seus inimigos, de nada adiantará todo barulho.


3- Bondade e misericórdia
·        “Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do Senhor por longos dias. ”Salmos 23:6.
·        O verso 6 traz o desfecho do salmo falando da “bondade e da misericórdia” constantes do Eterno.
·        A inclusão do verso tem a ver com a tremenda confiança que o salmista tem em Deus. Ele está absolutamente seguro de que Deus lhe destinará bondade e misericórdia.
·         O mais interessante, porém, é que a palavra hebraica “hesed”, geralmente traduzida por “misericórdia”, é de fato o amor da aliança de Deus com Israel.
·        Trata-se de um amor inabalável; o termo traz uma dualidade semântica: é amor e fidelidade ao mesmo tempo.
·        É o amor fiel (leal) de Deus. Isso significa que Deus “cumprirá o que ‘assinou’”, movido por seu amor! Ainda mais surpreendente é o verbo geralmente traduzido por “seguir” ou “acompanhar”.
·        “Radaph” em hebraico é literalmente “perseguir”, “correr atrás”.
·        O verbo só é usado dessa forma aqui em Salmo 23.6!
·        A confiança do salmista é tamanha que ele está absolutamente seguro de que a bondade e o amor leal do Eterno vão correr atrás dele!
·        Não o deixarão escapar jamais! É uma “santa paranoia”.
·        A bondade e a misericórdia (lembra-se do versículo anterior?) estarão conosco independe do cenário.
·        O problema é que nós achamos que o cenário é tudo, mas não é!
·        Em outras palavras, não importa se você está passando pelo vale da sombra da morte ou pelos pastos verdejantes, o importante é que o Senhor é o seu Pastor!
·        Quando tomamos consciência disso e passamos a viver a vida sabendo que o Senhor é o Pastor, pode vir o cenário que for eu continuarei crendo que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida!

      Pr. Carlos Borges (CABB) 

terça-feira, 22 de outubro de 2019

O SALMO DA FELICIDADE



Sl 1.1-6
Introdução: Você sabe a diferença entre os ímpios e os justos? Os justos são aqueles que pregam a justiça divina. Já os ímpios são aquelas pessoas desnaturadas, insensíveis, indiferentes, que praticam barbaridades contra os outros. Alguns podem dizer: mas não somos nós todos iguais perante a Deus? Todo ser humano foi feito por Deus e criado para segui-lo. Mas existe diferença entre aquele que vive de acordo com a vontade e a palavra de Deus e aquele que contraria a desafia os desejos do criador. O próprio Deus nos diz isso através do Salmo 1.


I ASPECTOS GERAIS
1- Autor, titulo e data
·        Podemos considerar este salmo como o prefácio (texto de apresentação no começo de um livro) dos salmos, porque faz uma apresentação do conteúdo do livro todo.
·        O salmista deseja nos ensinar o caminho para a bem aventurança e nos avisar da destruição certa dos pecadores.
·        Este é o assunto do Salmo 1, que, sob certos aspecto, podemos vê-lo como o texto sobre o qual todos as salmos fazem um sermão divino.
·        Thomas Watson (1620-1686) viveu 66 anos chamou o salmo 1 de “O Salmo dos Salmos”.
·        Jeronimo (342-420) viveu 78 anos, o classificou como “Prefácio do Espírito Santo”.

2- Classificação
·        Este Salmo consiste em duas partes.
·        Na primeira parte, do versículo 1 a 3, Davi delimita em que consiste a felicidade e bem aventurança dos justos, quais são os seus procedimentos e quais são as benção que ele receberá do Senhor.
·        Na segunda parte, do versículo 4 ao versículo 6, ele constrata o estado e o caráter dos ímpios, revela o futuro e, em linguagem impressionante, descreve o seu destino final.
·        Você sabe a diferença entre os ímpios e os justos?
·         Os justos são aqueles que pregam a justiça divina. Já os ímpios são aquelas pessoas desnaturadas, insensíveis, indiferentes, que praticam barbaridades contra os outros.
·        Alguns podem dizer: mas não somos nós todos iguais diante de Deus?
·         Todo ser humano foi feito por Deus e criado para segui-lo.
·         Mas existe diferença entre aquele que vive de acordo com a vontade e a palavra de Deus e aquele que contraria a desafia os desejos do criador.
·        O próprio Deus nos diz isso através do Salmo 1.

2- Poesia e musicalidade
·        A poesia é a mais sublime forma de escrita e vai além de descrever ou comunicar algo.
·        Ela quer nos impactar, no emocionar e nos envolver em uma experiência inesquecível, conquistando um espaço permanente nos nossos corações.
·         Ela aviva nossos sentimentos e aguça nossas mentes, pelas associações e facilidade de rememoração que gera.
·        O livro dos Salmos é a mais sublime composição poética da Bíblia.
·        E vai além d tudo o que se pode dizer sobre poesia, pois por essa escrita expressa o anseio sincero de se buscar a Deus.
·        Estar em comunhão com ele e depender dele para tudo.
·         Mesmo levando-se em conta que os salmos são expressões humanas dirigidas a Deus, tais palavras se tornam a revelação divina, falando das carências e anseios humanos e de como devemos nos apresentar a ele.
·        O livro de Salmos fala de mim, para mim e, sobretudo, por mim.
·        Assim, é um guia para minha vida espiritual se, de fato, temo a Deus e busco permanentemente a sua presença.
·         É um espelho onde posso ver minha aparência espiritual; é um medidor para aferir o meu relacionamento com Deus.

II FELICIDADE NA TERRA
1- Bem Aventurado e ser feliz (Sl. 1.1).
·        Quem não segue o conselho dos ímpios são aqueles que não se deixam moldar pelos padrões mundanos e pecadores, não se deixar influenciar por conselhos que vão contra a vontade de Deus.
·        Todos os seres humanos são pecadores, somos imperfeitos e estamos sujeitos ao erro.
·        Mas podemos errar ao tentar acertar e não seguir o caminho do pecado tendo esta consciência.
·         Isso é fugir do caminho dos pecadores, saber que ele é errado e se afastar dele.
·        Quem escarnece de Deus, das coisas sagradas ou mesmo de outras pessoas, desrespeitam o Pai.
·        Por isso, afaste-se destas pessoas que só pregam o mal e falam mal dos outros, especialmente quem fala coisas vão contra a vontade de Deus.
·        Quando uma pessoa não tem prazer ao ouvir e seguir os ensinamentos de Deus considera-se que ela perdeu a sua fé, ou teve uma morte espiritual.
·        Precisamos meditar sobre as palavras de Deus para encontrar consolo e prazer através dela.
·         Temos de nos alimentar diariamente da sabedoria divina para manter viva a nossa fé e nosso espírito, da mesma maneira que precisamos nos alimentar para manter nosso corpo físico vivo.

2- Prazer em Deus (Sl. 1.2).
·        O motivo para isso é que ele tem prazer na Lei do Senhor, e medida nela dia e noite.
·        A expressão “Lei de Deus” não se refere apenas a um mandamento específico, mas também à Escritura inteira.
·        A palavra traduzida pelo verbo “meditar”, no hebraico significa “dizer em voz baixa”.
·         O que o salmista está dizendo é que o homem justo está constantemente meditando nas Escrituras, isto é, pensando e recitando para si mesmo a Palavra de Deus.
·         W. Wiersbe diz que se falarmos com o Senhor sobre a Palavra, a Palavra falará conosco sobre o Senhor.
·        Por fim, o salmista compara o homem justo com uma árvore plantada junto a corrente de águas (Salmo 1:3).
·        Essa é uma figura muito apropriada e frequente nas Escrituras para falar sobre as bênçãos de Deus sobre seu povo.


3-Árvore Frutífera (SL. 1.3).
·        Uma árvore plantada onde há abundância de águas está sempre viçosa, florescendo e produzindo seus frutos adequadamente.
·        Porque está plantado assim o justo dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham.
·        Tudo o que faz prospera em qualquer área, em qualquer lugar em qualquer tempo.
·        Ele é teimosamente abençoado por Deus, a olhos vistos.
·        Esse não é o caso dos ímpios.
·        Ao contrário do justo, ele é simplesmente palha e palha o vento leva longe e para sempre.
·        O justo é contemplado com a "Bênção do Senhor, que o enriquece e Ele não acrescenta dores" (Provérbios 10:22).
·        A palavra que fortalece essa temática é Frutos.
·         Logicamente, frutos prazerosos e lucrativos.
·        Essa árvore não é qualquer uma! Existem muitas "árvores" (crentes), mas há uma grande diferença entre árvores, basta observar suas qualidades, bem como sua capacidade de frutificar.
·        Tudo o que se espera de uma árvore é que ela frutifique.
·        Jesus deixou-nos o belo exemplo da figueira estéril; isto é, aquela árvore que prometia muito, mas nada produzia e a amaldiçoou, sugerindo assim, que a árvore deveria frutificar (Mateus 21:18, 22).

III FELICIDADE NO CÉU
1- Ímpios são como palha (Sl. 1.4) ·.
·        “Não são assim os ímpios; mas são como a moinha que o vento espalha.” (Salmos 1.4).
·        Existe um enorme contraste entre o pecador e o justo.
·         Como já vimos, aqueles que estão no Mestre, são como árvores, em contrapartida, os ímpios são apenas moinha (palha) que o próprio vento espalha.
·        Podemos contextualizar um pouco mais essas palavras.
·         Naquela época no local de debulha, aonde geralmente era no topo de um monte, se era jogado o trigo e a palha juntos para cima.
·        O vento levava somente a palha, pois o trigo era pesado.
·        Esses são os caminhos pecaminosos, são levados pelos ventos.
·        Uma hora está de um jeito, e algum tempo depois, já está de outro.
·        Não tem consistência naquilo que faz, ou que vive, fica pulando de galho em galho sem ter um verdadeiro rumo na vida.

2- Ímpios não prevalecerão (Sl. 1.5).
·        “Pelo que os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos. Porque o SENHOR conhece o caminho dos justos; mas o caminho dos ímpios perecerá.” (Salmos 1.5-6).
·        As pessoas ímpias são semelhantes à palha, sem raízes ou frutos, incapazes de subsistir no juízo (5).
·         Os ímpios não conseguirão sobreviver ao julgamento do último dia nem ao julgamento contínuo do peneirar providencial de Deus do caráter humano.
·        Nem resistirão os pecadores na congregação dos justos.
·         Esses pecadores são persistentes e habituais, como no versículo 1.
·        A congregação dos justos é o ideal bíblico para a verdadeira comunidade de fé.
·        Esse versículo é escatológico e nos ensina que os ímpios estarão presentes no juízo de Deus e serão condenados.
·        É o mesmo princípio anunciado por João Batista ao dizer: “Eu os batizo com água”.
·        Mas virá alguém mais poderoso do que eu.
·        Ele os batizará com o Espírito Santo e com fogo.
·         “Ele traz a pá em sua mão a fim de limpar sua eira e juntar o trigo em seu celeiro; mas queimará a palha com fogo que nunca se apaga” (Lc 3:16, 17).


3- Deus conhece o justo (Sl. 1.6).
·        A primeira parte do versículo 6, Porque o Senhor conhece o caminho dos justos, resume os versículos 1-3. A segunda parte resume os versículos 4-5.
·        O Senhor conhece não no sentido abstrato de estar ciente ou informado, mas no sentido concreto e pessoal de cuidar, aprovar, guiar e estar atento.
·        E possível, em alguns contextos, traduzir yada, “conhecer”, por “cuidar” ou “se importar”.
·        De modo inverso, o caminho dos ímpios perecerá, terminará em ruína, “caminhos da morte” (Provérbios 14.12).
·        As primeiras e últimas palavras do salmo resumem o contraste que é traçado entre os justos e os ímpios.
·        Os dois caminhos da vida determinam o destino dos que os seguem.
·         O Senhor cuida da vida dos íntegros, e a herança deles permanecerá para sempre.
·         O apóstolo Paulo sabia disto ao escrever que “Deus não nos destinou para a ira, mas para recebermos a salvação por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Ts 5:9).

Pr. Carlos Borges (CABB)