domingo, 24 de dezembro de 2023

JULGAMENTO, MORTE E SEPULTAMENTO DE JESUS

 


                                                                          Lucas 23.44-55

Introdução: Na grande multidão que acompanhava Jesus até o local de execução, onde soldados romanos, comandados por um centurião (chefe de 100 soldados), cumpriram a sentença, havia também numerosas mulheres que pranteavam o Senhor em alta voz.

 I O FILHO DO HOMEM NOS TRIBUNAIS

1-O tribunal de Pilatos (Lc.23.1-7).

1.      É um capítulo do Novo Testamento da Bíblia cristã que contém o relato do julgamento, crucificação e morte de Jesus.

2.      O capítulo começa com Jesus sendo levado perante Pilatos, o governador romano, que não encontra base para as acusações feitas contra ele pelos líderes religiosos.

3.      No entanto, sob pressão da multidão, Pilatos concorda em libertar Barrabás, um notório criminoso, em vez de Jesus.

4.      Nos versos seguintes, Jesus é escarnecido e espancado pelos soldados, sendo forçado a carregar sua própria cruz até o local de sua execução.

5.      O administrador romano Pilatos era responsável pela coleta dos impostos e pela preservação da paz.

6.      Pode ser que ele estivesse em Jerusalém para audiências judiciais.

7.      O fato de outros condenados serem crucificados com Jesus faz com que esta hipótese seja bastante provável.

 2-O Tribunal de Herodes (Lc.23.8-12).

1.      Alegrou-se muito. A curiosidade de Herodes a respeito de Jesus é observada em Lucas 9.7-9.

2.      Mas Ele nada lhe respondia. Jesus pode ter permanecido em silêncio porque já havia sido declarado inocente e continuava sendo submetido a julgamento (At 8.32, 33).

3.      Acusando-o com grande veemência.

4.      A pressão para declarar Jesus culpado continuava.

5.      Herodes e seus homens já não temiam a Jesus.

6.      Desta forma, decidiram divertir-se às Suas custas e puseram nele uma roupa resplandecente.

7.      Esta atitude provavelmente era uma referência sarcástica à Sua afirmação de ser rei.

8.      Nenhuma culpa acho neste homem. 

9.      Esta é a segunda declaração de inocência feita por Pilatos.
Nem mesmo Herodes.

10.    O sentido da atitude de Herodes indica que Jesus não fez coisa alguma digna de morte.

 3-A Tentativa romana (Lc.23.13-25).

1.      Castigá-lo-ei, pois, e soltá-lo-ei. 

2.      Pilatos esperava que um açoitamento público pudesse satisfazer o povo e “acalmar” Jesus, evitando assim lançar mão da pena de morte.
 Era necessário. Soltar um preso pela festa. 

3.      Pilatos desejava tirar vantagem desse costume e soltar Jesus (Mt 27.15; Mc 15.6).

4.      Fora daqui com este. 

5.      A multidão grita querendo a morte de Jesus. Lucas deixa claro que a morte de Cristo não foi somente instigada pelos oficiais judeus, mas também pelo povo. Barrabás.

6.      A s pessoas preferiram que um assassino sedicioso fosse libertado no lugar de Cristo.

7.      O conceito da substituição de Jesus por este homem prefigura a morte substitutiva do Salvador no lugar do povo pecador.

8.      Lucas menciona os principais sacerdotes à parte do povo, pois estes eram os principais instigadores da trama contra Jesus.

9.      Pilatos temeu a vontade das pessoas, por isso ele aderiu à conspiração e concordou em condenar Cristo à morte, mesmo sabendo que Ele era inocente (At 4.25-27).

10.    Entregou Jesus à vontade deles. 

11.    Cristo está à beira da morte.

 II O FILHO DO HOMEM NA CRUZ

1- O choro das filhas de Jerusalém (Lc.23.26-32).

1.      E, enquanto o conduziam, eles pegaram um certo Simão, cireneu, que vinha do campo, e colocaram nele a cruz, para que ele pudesse carregá-la após Jesus.

2.      Simão de Cirene estava fora de Jerusalém e vinha do campo todos os dias da festa dos pães ázimo, a fim de adorar.

3.      Após ter sido açoitado, Jesus não estava mais em condições de carregar a cruz (Lc.22.63), então a puseram nas costas de Simão.

4.      É possível que Simão fizesse parte da sinagoga dos judeus de Cirene, mencionada (em At 6.9Marcos 15.21 ) cita os nomes dos filhos de Simão (talvez Rm 16:13 se refira a um deles).

5.      E seguia-o uma grande multidão de povo e de mulheres, que também pranteavam e lamentavam por ele. 

6.      Mas Jesus, voltando-se para elas, disse: “Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; mas chorai por vós mesmas e por vossos filhos”.

 2- A crucificação (Lc.23.33-38).

1.      E havia também outros dois, que eram malfeitores, sendo conduzidos com ele para serem mortos.

2.      E, quando eles chegaram ao lugar que é chamado Calvário, ali o crucificaram, e aos malfeitores, um à direita, e outro à esquerda.

3.      O fato de Jesus ter sido executado entre dois… malfeitores cumpriu a profecia de Is 53:12, bem como as palavras do próprio Jesus em Lc 22:37.

4.      O lugar onde Jesus foi crucificado se chamava Calvário (em aramaico Gólgota e em latim Calvário).

5.      Então, disse Jesus: Pai perdoa-lhes, porque eles não sabem o que fazem.

6.      E, repartindo as suas vestes, lançaram a sorte.

7.      Jesus perdoou Seus executores porque agiram sem saber quem Ele realmente era.

8.       Alguns manuscritos primitivos não incluem a primeira parte deste versículo.

9.      A expressão repartindo as suas vestes, lançaram a sorte cumpriu o texto de Sl 22:18.

10.    E o povo ficou parado e olhando, e também os governantes o ridicularizavam, dizendo: Ele salvou aos outros; salve-se a si mesmo, se é o Cristo, o escolhido de Deus.

11.    E também os soldados zombavam dele, chegando-se a ele, e oferecendo-lhe vinagre.

12.    Dizendo: Se tu és o REI DOS JUDEUS, salva-te a ti mesmo.

13.    E também havia uma inscrição, escrita acima dele em letras de grego, e latim, e hebraico: Este é o REI DOS JUDEUS.

 3-Os dois malfeitores (Lc.23.39-43).

1.      E um dos malfeitores que estavam pendurados, enfurecido, dizia: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo e a nós.

2.      Quatro grupos diferentes (o povo em geral, os governantes, os soldados e um dos malfeitores crucificados) zombaram de Jesus e O desafiaram a salvar a Si mesmo.

3.      Nenhum deles cria que Jesus era o Cristo… o REI DOS JUDEUS, apesar da inscrição oficial pregada na cruz acima de Sua cabeça acusá-Lo de se declarar “o Rei dos judeus”.

4.      Mas o outro, respondendo, repreendia-o, dizendo: Tu nem mesmo temes a Deus, estando na mesma condenação?

5.      Porque nós, em verdade, padecemos justamente, pois nós recebemos a devida recompensa dos nossos atos; mas este homem nada fez de errado. 

6.      E ele disse a Jesus: Senhor lembra-te de mim, quando tu vieres em teu reino.

7.      E disse-lhe Jesus: Verdadeiramente eu te digo: Hoje tu estarás comigo no paraíso.

8.      Em meio a esse espetáculo de incredulidade e zombaria, o outro criminoso percebeu a diferença entre sua culpa e a inocência de Jesus (este homem nada fez de errado).

9.      Ele também se deu conta de que Jesus era o Cristo e Lhe pediu para participar de Seu reino vindouro.

10.    Jesus lhe assegurou que, depois da morte, ele imediatamente seria reunido a Jesus no paraíso, que corresponde à vida eterna além da morte; ver 2Co 12:4.

 III O FILHO DO HOMEM NOS SALVOU

1-Nas tuas mãos entrego o meu espírito (Lc.23.44-46).

1.      E era já quase à hora sexta, e houve trevas sobre toda a terra até a hora nona.

2.      E o sol se escureceu, e o véu do templo rasgou-se ao meio.

3.      Às três horas de escuridão ao meio-dia (da hora sexta até a hora nona) foram um sinal do juízo de Deus contra o pecado (Jesus se fez pecado na cruz) e contra os pecadores que injustamente executaram o Filho de Deus.

4.      Mateus 27:51 explica que o véu do templo (que ficava entre o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo) se rasgou por causa de um grande terremoto.

5.      O véu rasgado simboliza o livre acesso a Deus que a morte de Cristo possibilitou.

6.      Entregou o espírito (Lucas 23:46).

7.      E Jesus gritando em alta voz, disse: Pai, nas tuas mãos eu entrego o meu espírito. E, tendo dito isso, ele rendeu o espírito. 

8.      Expressando fé em Deus ao recitar Sl 31:5, Jesus se deu ao espírito.

9.      Ele foi posto na cruz por volta das nove horas da manhã (Mc 15:25) e morreu apenas seis horas depois – um tempo excepcionalmente curto.

10.     Às vezes os crucificados ficavam ali dois ou três dias antes de morrer.

 2-Este homem era justo (Lc.23.47-49).

1.      Ora, quando o centurião viu o que estava feito, ele glorificou a Deus, dizendo: Certamente este era um homem justo.

2.      Comparado aos relatos paralelos, Lucas silenciou a confissão do centurião.

3.       Aqui o centurião simplesmente observou que Jesus era realmente justo (e não um criminoso, de forma alguma), ao passo que Mt 27:54 diz que o centurião reconheceu que Jesus era o Filho de Deus.

4.      As mulheres permaneceram ali.

5.      E toda a multidão que se ajuntara para observar, vendo as coisas que estavam feitas, retornavam batendo no peito.

6.      E todos os seus conhecidos, e as mulheres que o haviam seguido desde a Galileia, estavam de longe vendo estas coisas.

7.      Batendo no peito era um sinal de tristeza, mas em Lc 18:13 parece indicar contrição diante do Senhor.

8.      É importante notar que as mulheres discípulas de Jesus desde a Galileia, que generosamente sustentaram financeiramente Seu ministério (ver nota em Lc 8:1-3), são destacadas entre os que observavam Jesus morrer na cruz.

9.      Elas ficaram com Ele mesmo quando os discípulos homens o abandonaram.

 3-Sepultamento de Jesus (Lc.23.50-56).

1.      E eis que havia um homem de nome José, um conselheiro, e ele era homem bom e justo.

2.      (que não tinha consentido no conselho e nos atos deles), ele era de Arimatéia, cidade dos judeus; e ele também esperava o reino de Deus.

3.      Este homem foi a Pilatos, e implorou pelo corpo de Jesus.

4.      E, havendo-o tirado, envolveu-o em um pano de linho, e o deitou em um sepulcro lavrado na rocha, onde nenhum homem ainda havia sido posto.

5.      Apesar de ser um conselheiro (Sinédrio), José de Arimateia não concordou com a decisão de executar Jesus. Ele era um homem bom e justo e também era discípulo secreto de Jesus (Jo 19:38).

6.      Em vez de ser posto em uma vala comum reservada para criminosos, Jesus foi posto no sepulcro do rico José.

7.      Isso cumpriu a profecia de Is 53:9. Mateus (Lc.27:65-66) afirma que foram postos soldados para guardar o sepulcro de Jesus e que a pedra rolada para fechar a entrada do sepulcro foi selada com o selo de autoridade romana.

8.      E era o dia da preparação, e ia começar o shabat.

9.      E as mulheres que tinham vindo com ele da Galileia o seguiram também, e viram o sepulcro, e como foi posto o seu corpo.

10.    E elas retornando, prepararam especiarias e unguentos; e no dia do shabat repousaram, conforme o mandamento.

11.    O dia da preparação (do pôr do sol da quinta-feira ao pôr do sol da sexta-feira) era o dia antes do shabat, no qual se faziam os preparativos para ele.

12.    José de Arimatéia e Nicodemos fizeram muito em preparar o corpo de Jesus para o sepultamento (Jo 19:39-40), mas as discípulas da Galileia queriam terminar essa tarefa (prepararam especiarias e unguentos).

13.    Elas, no entanto, tinham que esperar o shabat passar para poderem pôr seu plano em prática.


Pr. Capl. Carlos  Borges (CABB).

sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

ZAQUEU, ENTRADA EM JERUSALÉM E A VOLTA DE JESUS

 

ZAQUEU, ENTRADA EM JERUSALÉM E  A VOLTA DE JESUS.

Lc. 19.1-10, 28-40

Introdução: Temos aqui três histórias diferentes, salvação de uma alma(Zaqueu) a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e o ensino profético sobre o futuro.

 

I A CONVERSÃO DE ZAQUEU

1-Um rico cobrador de impostos (Lc. 19.1-3).

1.      Jericó- Era uma cidade ornada por árvores, as quais ladeavam as estradas, e Jericó era a cidade de inverno de Herodes, foi encontrada por arqueólogos, teatros, uma fortaleza e um hipódromo.   

2.      O que Jesus quis ensinar quando foi ao encontro de Zaqueu?

3.      “Com efeito, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido”. Este evangelho quer nos ensinar que todos os homens e mulheres são dignos da misericórdia de Deus.

4.      Zaqueu- Era um cobrador de impostos, era publicano e myito rico.

5.      Provavelmente suas riquezas provinham de cobranças ilícitas, pois trabalhava na alfandega, onde havia grande arrecadação que era cobrada por coletores dos quais Zaqueu era chefe (um tipo de auditor chefe).

6.      É provável que Zaqueu tenha ouvido falar do rabino chamado Jesus, que circulava pela cidade.

7.      Porém Zaqueu era de baixa estatura, e ele desejava conhecer a Jesus, porém ele não iria conseguir ver Jesus passar, por causa da multidão, então ele subiu em uma árvore chamada de Sicômoro, ele fez isso apressadamente, para não perder a oportunidade de ver a Jesus.

8.      Ao passa r pela árvore, Jesus localiza Zaqueu no cimo da árvore, e fala com ele e pediu para ele descer que ele queria pousar em sua casa.

 2-Salvação de Zaqueu (Lc. 19.8-10).   

1.      Zaqueu, entretanto, de pé diante do Senhor, disse-lhe: Senhor vai dar a metade dos meus bens aos pobres e, se tiver defraudado alguém, restituirei o quádruplo.
Lucas 19:8.

2.      A princípio, atraído apenas pela curiosidade, ou, talvez, pela convicção parcial de que esse era o Messias, ele procurara ver o Salvador; mas sua presença e conversa o convenceram de sua culpa, e ele se levantou e confessou abertamente seus pecados, e expressou seu propósito de dar metade dos bens ilícitos aos pobres. 

3.      Não é necessário entender isso como afirmando que essa “tinha sido” sua prática, ou que ele disse isso na maneira de proclamar sua própria justiça.

4.      Talvez entendido mais como um propósito que ele “então” formou sob o ensino de Cristo.

5.      Ele parece ter sentido que era um pecador.

6.      Sobre isso, ele foi convencido, como podemos supor, pela presença e discurso de Jesus.

7.      Quando Jesus entra numa vida para fazer morada permanente, a pessoa nunca mais será a mesma.

8.      Quando muda o coração, muda a alam, espirito e costumes, a mudança ela vem de dentro para fora, como uma fonte que jorra água.

 3- Testemunho de Zaqueu (19.10)

1.      Quantas pessoas estão muitas vezes tomadas por sentimentos de culpa e acham que a sua situação não tem mais jeito.

2.      Uns simplesmente se entregam e deixam que a depressão tome conta de suas vidas.

3.      Há também aqueles que logo tomam a decisão drástica de dar um fim à própria existência.

4.      Outros, por outro lado, procuram alguma solução psicológica para os seus problemas. Há também aqueles que buscam a confissão como meio de restabelecer a harmonia interior que foi perdida.

5.      Porém, para alcançar a misericórdia é preciso que nós tenhamos um mínimo de conhecimento daquele que nos pode oferecê-la.

6.      Zaqueu encontrou-se com o próprio autor do perdão, por teve a oportunidade de realizar um verdadeiro processo de conversão.

7.      Analisou os próprios erros do passado, prometeu se corrigir e ajudar principalmente aqueles aos quais, de alguma forma, havia prejudicado.

8.      Zaqueu não se desesperou.

9.      Zaqueu não desejou dar um fim à sua própria vida.

10.    Ao contrário, ele correu atrás daquele que podia salvá-lo e se agarrou à única oportunidade que tinha que era encontrar-se frente a frente com Jesus.

11.    E não se arrependeu, porque o encontro com Jesus transformou radicalmente a sua vida, dando-lhe um sentido completamente novo.

 II ENTRADA TRIUNFAL EM JERUSALÉM

1-Montado em um jumentinho (Lc. 19.35-36).

1.      Estendiam no caminho as suas vestes. A ação aqui indica que um nobre está sendo aclamado (2 Rs. 9.13).

2.      È mais ou menos como se faz hoje em dia ao “estender o tapete vermelho” para alguém passar.

3.      As vestes eram, provavelmente, suas roupas de cima.

4.      Essa cena relembra o momento em que Jeú foi declarado rei em 2 Reis 9.13.

5.      Estar montado em um jumentinho rumo a Jerusalém assemelha-se ao acontecimento de 1 Reis 1.33, no qual Davi faz o novo rei, Salomão, ir até Giom montado em uma mula.

6.      Zacarias profetizou que o rei vindouro iria humildemente até Jerusalém montado em um jumento (Zc. 9.9).

7.      O povo ovacionavam a Jesus, gritando.

8.      Entretanto, Lucas não enfatiza tais conexões com a profecia do Antigo Testamento, como fazem Mateus e João (Mt 21.5; Jo 12.15).

 2-Multidão jubilosa (Lc. 19.37).

1.      Começou a dar louvores. Lucas fornece mais detalhes do que Mateus 21.8 e Marcos 11.8, que atribuem essa ação à multidão.

2.      Alguns comemoravam a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém em um dia de conhecido como “Domingo de Ramos, porque, na época, as pessoas se posicionaram  ao longo da estrada, louvando a Deus, agitando galhos de palmeiras e lançando suas vestes diante do jumentinho quando Jesus passava diante deles”.

3.      “Bendito o Rei que vem em nome do Senhor” foi à saudação  alegre dos judeus, porque sabiam que Jesus  estava cumprindo a profecia  em Zacarias9. 9. 

4.      Ao que parece, Lucas sugere que os discípulos começaram e a multidão se juntou a eles.

5.      Os discípulos, regozijando-se, começaram a dar louvores a Deus em alta voz, por todas as maravilhas que tinham visto.

6.      Aqui está a declaração sobre uma figura real (v. 38) que efetua uma grande obra (Lc 7.22).

7.      O último milagre que Lucas descreveu foi uma cura feita por Jesus ao ser chamado de Filho de Davi (18.38-43).

 3- Jesus chora à vista  de Jerusalém(Lc. 19.41-44).

1.      Chorou sobre ela. 

2.      Jesus sabia que tantas pessoas de Israel o tinham rejeitado que a nação sofreria um julgamento, na forma da terrível destruição que se abateria sobre Jerusalém no ano 70 d.C.

3.      Se tu conhecesses também. 

4.      Eles poderiam saber se tivessem permanecido na palavra de Deus (Dt 9.24).

5.      Na verdade, neste teu dia foi uma data bastante específica da profecia.

6.      Foi o 173.8802 dia desde a saída da ordem de Artaxerxes até o Messias, o Príncipe (as 69 semanas de anos correspondem a 483 x 360, ou seja, 173.880).

7.      Deus escolheu um dia específico para a apresentação de Seu Filho como o Rei da nação, mas eles não souberam a época da “visitação” do Senhor (Lc 19.44).
Cercarão de trincheiras. Esta é uma predição do bem-sucedido cerco de Roma a Jerusalém sob o comando do general Tito.

8. Os detalhes refletem um julgamento divino por infidelidade à aliança, similar à destruição babilônica de Jerusalém em 586 a.C (Is. 29.1-4; Jr 6.6-21; 8.13-22; Ez. 4.1-3).
19.44 A ti e a teus filhos. A amplitude da destruição é bastante clara nessa posterior descrição do cerco de Jerusalém. Até mesmo as crianças morreriam, e as construções seriam arruinadas. Tua visitação. Jesus deu a razão da destruição. Eles não reconheceram o tempo da vinda de Deus no Messias.

 III ENSINO PROFÉTICO SOBRE O FUTURO

1-Princípio das dores, não é o fim (Lc. 21.8,9).

1.      Não vos enganem. O primeiro século e o começo do segundo foram tempos de grande fervor messiânico no judaísmo, pois os israelitas buscavam libertar-se do domínio romano.

2.      Muitas pessoas alegavam ser o Messias.

3.      Jesus avisou a Seus discípulos que não fossem enganados por tais declarações.
Guerras. 

4.      Revoltas e outras sedições comuns também virão, mas tais eventos não são o fim.
Uma grande variedade de fenômenos naturais e cósmicos acontecerá antes do fim dos tempos.

5.      Os versículos 8-11 falam dos sinais antes do fim, enquanto os versículos 12-19 englobam as ocorrências dos eventos antes dos sinais de 8-11.

6.      Vos perseguirão... por amor do meu nome.

7.      Jesus predisse as prisões e os sofrimentos que os discípulos enfrentariam por causa de sua identificação com o Salvador.

8.      Alguns desses acontecimentos são detalhados em Atos 3—5; 7; 21—28.

9.      A referência a sinagogas, reis e governadores indica que todas as nações compartilhariam a responsabilidade pelo massacre dos discípulos.

 2-Destruição do Templo e de  Jerusalém (Lc.21.20-24).

1.      Um cerco seria o sinal de que o fim estava próximo para Jerusalém e o templo.

2.      Os outros Evangelhos Sinópticos (Mt 24.15; Mc 13.14) aludem à abominação de que falou o profeta Daniel (Dn. 9.25-27; 11.31).

3.      Essa passagem compara a profanação do templo com o que ocorreu em 167 a.C., quando Antíoco Epifânio erigiu um altar para Zeus no templo de Jerusalém.

4.      Um sacrilégio parecido no templo aconteceu durante a destruição de Jerusalém em 70 d.C.
 Dias de vingança.

5.      Jerusalém tinha se tornado o objeto do julgamento divino por causa de sua infidelidade.

6.      Jesus avisou a respeito dessa consequência ao longo de Seu ministério (Lc 13.9,34, 35; 19.41-44).

7.      A premissa para tal julgamento remete às maldições da aliança mosaica e aos avisos dos profetas do Antigo Testamento acerca do julgamento vindouro (Dt 28.49-57; 32.35; Jr 6.1-8; 26.1-9; Os 9.7).

8.      Terríveis aqueles dias [NVI]. Jesus diz que serão tempos difíceis para as grávidas e para as mulheres com filhos pequenos.

9.      Julgamento e guerra nunca são agradáveis.

10.    O julgamento divino não é uma exceção.

11.    Uma grande aflição seria o destino da nação, cairão... serão levados cativos. Este versículo elabora a queda de Jerusalém.

12.    Haveria morte e prisões, algo semelhante ao que aconteceu quando a nação esteve sob o poder dos assírios e dos babilônios. 

13.    Até que os tempos dos gentios se completem. 

14.    Haveria um período no plano de salvação de Deus em que os gentios dominariam, e a queda de Jerusalém seria um sinal claro disso.

15.    O fato de que os tempos dos gentios se cumpririam também sugere que Israel novamente desempenharia um papel importante no desígnio de Deus (Rm. 9—11).

 3-A Vinda do Filho do homem (Lc.21.27 ).

1.      Sinais. Jesus muda Seu foco para o fim dos tempos, mencionando pela segunda vez os tumultos cósmicos (Lc.21.11; Is. 24-18-20; 34.4; Ez.32.7, 8; J1 2.30, 31). 

2.      Homens desmaiando de terror.

3.      O medo de um caos cósmico causará apreensão acerca do que está por vir.
 Filho do Homem numa nuvem, faz-se referência aqui ao altivo retorno de Jesus.

4.      A alusão à nuvem e a ilustração vêm de Daniel 7.13, 14, com a sua descrição daquele que recebe autoridade do Ancião de Dias.

5.      Jesus visualizou este texto em termos de libertação apocalíptica.

6.      A imagem da nuvem é importante, visto que Deus é representado em nuvens no Antigo Testamento (Êx.34.5; Sl 104.3). Com poder e grande glória. O Filho do Homem possui autoridade divina para julgar o mundo.


Pr. Capl. Carlos Borges (CABB).