Lv. 18.19-19.2
Introdução: Em Levítico 18 vemos as regras relacionadas aos casamentos ilícitos. Por exemplo, entre irmãos, pais e
filhos, pais com cônjuges dos filhos, com animais e com pessoas do mesmo sexo,
estavam proibidos e são válidas ainda
hoje para as regras familiares da Igreja.
Portanto,
o modelo de casamento que agrada a Deus é realizado entre o homem e a mulher,
sem que estes tenham grau de parentesco como apresentado neste capitulo.
1-A vida
sexual (Lv.18.19-24)
1. E não tomarás uma mulher com sua irmã, para
afligi-la.
2. Um exemplo dos problemas que esta situação
podia causar estava na família de Jacó, que se casou com as irmãs Leia e
Raquel.
3. Jacó, obviamente, não violou essa restrição,
visto que tal norma ainda não tinha sido estabelecida.
4. A
separação da sua imundícia faz referência
ao período menstrual.
5. O
intercurso carnal durante esta época era proibido porque a mulher estava
ritualmente imunda, e a relação sexual também faria com que o homem se
contaminasse.
6. Resto da
seção acerca do mau tratamento da “semente” de um indivíduo.
7. Como é
sabido a respeito do culto à divindade cananeia Moloque, seus seguidores sacrificavam
os próprios filhos para lhe ofertarem.
8. No final
do período monárquico, tal prática era executada num lugar chamado altos de
Tofete, no vale do filho de Hinom, na parte oeste de Jerusalém (Jr 7.31).
9.
Obviamente esta prática era abominável a Yahweh. Ezequiel 16 ilustra essas
crianças sacrificadas a Moloque como os filhos e as filhas de Deus morto pela
sua própria mãe.
10.
A
homossexualidade é rotulada aqui como uma abominação, algo
repugnante a Deus, tanto ritualmente como moralmente.
11.
Ritualmente,
era em parte detestável porque era praticada na religião cananeia, a qual Deus instruiu Israel a não seguir.
12. Rotulava-se
a relação sexual com os animais como confusão, algo que não fazia parte da ordem
natural.
13. Tal prática também era exerci da por algumas
religiões seguidas pelos vizinhos de Israel.
14.
A terra tinha se tornado tão contaminada pelas
práticas perversas dos cananeus que ela os vomitou.
15.
Por esta razão, Deus disponibilizaria a área para
assentar Israel.
16.
Os israelitas, entretanto, precisavam ser cuidadosos
e viver como o povo santo do Senhor, pois, caso contrário, também seriam vomitados.
1.
Na história do
reino dividido, todos os reis do Reino do Norte (Israel) foram idólatras, bem
como muitos dos reis do Reino do Sul (Judá).
2.
Somente depois do
exílio, é que cessou o culto idólatra entre os judeus.
3.
Por que a
idolatria era tão fascinante aos israelitas?
4.
Há vários fatores
implícitos.
5.
Na história do
reino dividido, todos os reis do Reino do Norte (Israel) foram idólatras, bem
como muitos dos reis do Reino do Sul (Judá).
6.
Somente depois do
exílio, é que cessou o culto idólatra entre os judeus.
O FASCÍNIO DA IDOLATRIA
1.
As nações pagãs que
circundavam Israel criam que a adoração a vários deuses era superior à adoração
a um único Deus.
2.
Noutras palavras: quanto
mais deuses, melhor.
3.
O povo de Deus
sofria influência dessas nações e constantemente as imitava, ao invés de
obedecer ao mandamento de Deus, no sentido de se manter santo e separado delas.
4.
Os deuses pagãos
das nações vizinhas de Israel não requeriam o tipo de obediência que o Deus de
Israel requeria.
5.
Deus, por sua
vez, requeria que o seu povo obedecesse aos altos padrões morais da sua lei,
sem o que, não haveria comunhão com Ele.
6.
Por trás de toda idolatria,
há demônios, que são seres sobrenaturais controlados pelo diabo.
7.
Tanto Moisés
quanto o salmista associam os falsos deuses com demônios.
8.
Por causa do elemento
demoníaco da idolatria, ela, às vezes, oferecia em bases limitadas, benefícios
materiais e físicos temporários.
9.
Os deuses da
fertilidade prometiam o nascimento de filhos; os deuses do tempo (sol, lua,
chuva etc.) prometiam as condições apropriadas para colheitas abundantes e os
deuses da guerra prometiam proteção dos inimigos e vitória nas batalhas.
10.
A promessa de
tais benefícios fascinava os israelitas; daí, muitos se dispunham a servir aos
ídolos.
1.
A ordem para não
furtar é contra qualquer forma de opressão
ou desonestidade quanto a questões monetária.
2.
Um modo de
furtar e oprimir é tratar desonestamente com os empregados.
3.
O texto proíbe
estritamente adiar o pagamento do salário de um empregado.
4.
Precisamos
lembrar que a maioria dos trabalhadores
consistia em diaristas, que eram pagos
no fim de cada dia de trabalho.
5.
Um empregador,
pois, não podia reter consigo esse dinheiro, nem mesmo até dia seguinte, quanto mais por algum prazo
mais dilatado.
6.
Nos dias do
Segundo templo, a regra era a seguinte : “Aqueles que trata cm dureza a um
contratado peca tão gravemente como se estivesse tirado uma vida e transgredido a cinco preceitos.”
7.
Esses preceitos
mosaico fazem oposição tanto ao capitalismo
selvagem quanto ao comunismo empobrecedor.
1-
Páscoa e festas dos Asmos (Lv.23.4)
1.
O significado de Levítico 23 trata das
festas sagradas destinadas à comemorações e adorações.
2.
Havia três festas principais, ou festivais, do ano
religioso israelita: os pães ázimos da
Páscoa e as primícias da colheita de
pentecostes no início do ano e a colheita de tabernáculos no meio do ano.
3.
O ano religioso israelita começou com o mês
que celebrava a Páscoa e a fuga do Egito (Êxodo 12.2).
4.
Era a
estação da primavera em Israel e corresponde a março-abril no nosso calendário.
5.
No entanto,
parece que os israelitas também tinham um calendário secular, que diferia do
calendário religioso em seis meses.
6. Isso significa que o primeiro mês do calendário
religioso era o sétimo mês do calendário secular e o início do sétimo mês do
religioso.
7. Calendário era Ano Novo no calendário secular.
8. Além disso, no décimo quarto dia do primeiro mês foi a
Páscoa, que comemorou o ato de Deus
de “passar” sobre as casas de Israel
quando os primogênitos em todo o Egito foram mortos (Levítico 23.4-5; ver notas
em Êxodo 12.1-14).
9. Imediatamente após a Páscoa foi a festa de sete dias dos pães asmos.
10. Isso foi uma lembrança da partida apressada do povo do
Egito.
11. Quando eles não
tiveram tempo de assar o pão fermentado, mas carregaram a massa e as assadeiras
com eles, assando como estavam (Levítico 23:6-8; ver notas em Êxodo 12:15-36).
1.
Portanto, no dia
seguinte ao primeiro dia da Festa dos Pães Asmos, um maço das primícias da
colheita da cevada foi apresentado aos sacerdotes.
2.
E acenou para
cima e para baixo na oferta para Deus.
3.
Esse foi o
reconhecimento do povo a Deus por ele ter dado a colheita que eles estavam
prestes a colher (Levítico 23.9-11).
4.
No mesmo dia em
que apresentaram a oferta de feixes, o povo também apresentou sacrifícios de
animais.
5.
Eles buscaram
perdão por seus pecados por meio de uma oferta pelo pecado, e em gratidão a
Deus por seus dons, eles se consagraram a ele novamente por meio de uma oferta
queimada.
6.
Assim eles também
reconheceram seus cuidados e provisões em geral, apresentando uma oferta de
cereais e uma oferta de vinho tirada de sua comida diária (Levítico 23.12-13;
Números 28.16-25).
7.
Somente depois de
reconhecerem toda a colheita como pertencente a Deus, eles puderam se
beneficiar dela por si mesmos (Levítico 23.14).
8.
Por se tratar de
um festival da colheita, a adoração sagrada foi acompanhada de muita alegria
(Levítico 23.15-21; Números 28.26-31).
9.
Este festival era
conhecido por nomes diferentes. Por ser celebrado no quinquagésimo dia após a
Páscoa, assim também muitas vezes foi chamada de Festa de Pentecostes (“pentecostes” significa “quinquagésimo”).
3-Trombetas e
Tabernáculos (Lv. 23.24)
1. Mais
cinco dias depois, no décimo quinto dia do mês, foi o início da semana dos
Tabernáculos (RSV: Festa das Cabines; GNB: Festival de Abrigos).
2. Nessa
ocasião, as pessoas viviam em cabines (cabanas ou abrigos) feitas de galhos de
árvores e folhas de palmeira em memória do tempo que passavam no deserto.
3. Essa
festa também foi chamada de Festa da Colheita, pois marcou o fim do ano
agrícola, quando todas as uvas, azeitonas, tâmaras, figos e outros produtos da
terra foram reunidos.
4.
Era uma festa
alegre, como todo Israel regozijou-se em ação de graças a Deus por sua bênção
em todas as atividades agrícolas (Levítico 23.33-44; Deuteronômio 16.13-15;
para detalhes, veja Números 29.12-38).
5.
As pessoas
estavam agora bem abastecidas com comida para os meses de inverno que se avizinhavam.
6.
Durante o
inverno, as chuvas chegaram e logo as pessoas começaram a semear e plantar para
o próximo ciclo anual.
1-
O amor ao Próximo (Lv. 19.17-37)
1.
Levítico 19.17. Não
odiarás teu irmão em teu coração, etc.
– Veja Lucas 17.3, que
mostra claramente o significado e a conexão deste preceito: Não odiarás; mas, por qualquer motivo,
repreenderás; e nessa conexão a tradução marginal de nossas
Bíblias em inglês parece mais justa.
2.
Quanto
eles confundiram a natureza da lei judaica, que supõe que ela se referisse
apenas a atos externos de injustiça, sem afetar de maneira alguma as más
afeições do coração!
3.
Veja
o versículo a seguir e compare-o com os preceitos do Evangelho sobre perdão e
amor.
4.
De fato, muitos judeus confinaram a
palavra vizinha aos de seu próprio país; Cristo deu uma
interpretação mais nobre. Veja Lucas 10.29 ; 10.42 .
5.
Aqui,
de fato, temos todos os preceitos anteriores em uma palavra.
6.
Pois
o amor nos tornará honestos, verdadeiros, justos, ternos, bondosos, invejosos
pelo bem do próximo e tão sinceramente desejosos e trabalhosos pelo seu bem-estar
no corpo e na alma, como pelo nosso.
7.
Senhor
derramou esse amor em meu coração!
1.
Estas passagens tratam da instituição do Ano do
Jubileu.
2.
Após sete
ciclos dos anos sabáticos, o quinquagésimo ano seria o Ano do Jubileu.
3.
O sétimo mês era o começo do ano civil. Seu décimo
dia, o Dia da Expiação, era a data em que as pessoas se libertavam do pecado e
da culpa.
4.
Apropriadamente, no ano de número cinquenta deveria
ser apregoada liberdade na terra a todos os seus moradores; seria a libertação
de todas as dívidas, da escravidão, e o final da separação do herdeiro da terra
que ele havia herdado.
5.
Conservando-se o conceito de que Deus era o dono da
terra, nenhum israelita deveria vender a terra que lhe fora designada como
herança.
6.
Se uma pessoa passasse por extremas dificuldades e
fosse forçada, de fato, a arrendar sua terra para um credor, tal situação só se
sustentaria até o Ano do Jubileu, quando todos os débitos seriam perdoados.
7.
A “venda” (o arrendamento de longo prazo) da terra
era negociada de acordo com a quantidade de anos que faltavam para o Jubileu.
8.
Caso faltassem muitos anos, o preço subia; do
contrário, o valor era menor.
9.
Esta norma objetivava permitir que cada família
israelita tivesse a possibilidade de recomeçar sua vida de geração em geração,
apesar do que acontecera no passado.
10.
Deste modo, alguns anos de seguidas safras ruins não
destruiriam o clã para sempre.
11.
Nem mesmo a negligência e a falta de moral do
patriarca da família levariam seus descendentes à ruína por mais de uma
geração.
12. Infelizmente, esta sábia provisão, planejada
para dar esperança aos indivíduos e estabilidade social à nação, foi raramente,
se foi, cumprida.
1.
Se
você anda nos meus estatutos.
2.
Agora temos que lidar com duas passagens notáveis,
nas quais ele professa tratar das recompensas que os servos de Deus podem
esperar e dos castigos que aguardam os transgressores.
3.
De fato, já
observei que tudo o que Deus promete a nós, sob a condição de andarmos em Seus
mandamentos, seria ineficaz se Ele fosse extremo ao examinar nossas obras.
4.
Daí surge que devemos renunciar a todos os
contratos da lei, se desejamos obter favor de Deus.
5.
Mas, por mais defeituosas que sejam as obras dos
crentes, elas são agradáveis a Deus através da intervenção do perdão; portanto,
também a eficácia das promessas depende, a saber, quando a estrita condição da
lei é moderada.
6.
Embora, portanto, avancem e se esforcem a
recompensa é dada a seus esforços, embora imperfeitos, exatamente como se
tivessem cumprido totalmente seu dever; pois, visto que suas deficiências são
ocultadas pela fé.
Pr. Capl.Carlos Borges (CABB)