O SOL PAROU

 

Js.10.1-27

Introdução: Em Josué 10 vemos as consequências da aliança que Josué fez com os gibeonitas. Gibeão foi cercada por cinco reis que queriam toma-la, diante disso, eles enviaram mensageiros a Josué suplicando ajuda, com base no juramento que havia entre eles. O Senhor ordenou que Josué fosse e não temesse, pois ele teria uma grande vitória diante desses reis. Aconteceu que pelejando Josué contra eles, ordenou que o sol e a lua se detivessem, até que Israel vencesse e a batalha acabasse.

 I ALIADOS EM PERIGO

1-Cinco reinos contra Gibeão (Js.10.5)

1.      O termo amorreu provavelmente faz referência aos habitantes da região montanhosa central da Palestina.

2.      Embora apenas Jerusalém e Hebrom estivessem de fato na área das colinas.

3.      Os acontecimentos em Ai marcaram com temor o coração dos monarcas, especialmente agora que Gibeão, uma cidade proeminente, tinha feito um pacto com Israel (cap. 9).

4.      Este acordo preocupou o rei de Jerusalém, que logo promoveu uma coalizão com quatro dos reis vizinhos contra Gibeão.

5.      Tratava-se da primeira tentativa séria de resistência em Canaã.

6.      Esta aliança dos reis do Sul realmente ajudou o exército de Israel.

7.      Porque  estes  inimigos  uniram-se  para atacar Gibeão, Josué não precisou  gastar tempo e recursos exigidos para empreender campanhas  separadas contra cada cidade fortificada na coalizão.

8.      Ele confiante  enfrentou  esta coalizão dos exércitos e derrotou-os em uma única batalha, porque confiou em Deus, que sempre concedeu a vitória a Israel.

 2-Gibeão pede socorro (Js.10.6)

1.      Gilgal e Jericó estavam localizadas no profundo vale do Jordão.

2.      Quando soube da coalizão contra Gibeão, Josué teve de subir até a área das colinas na parte central de Canaã para poder ajudar os gibeonitas.

3.      A disposição de Josué em salvar os gibeonitas  demostra sua integridade.

4.      Após ser enganado por eles, poderia  ter sido lento  em sua tentativa para salva-los.

5.      Ao invés disso, respondeu prontamente ao seu pedido de ajuda.

6.      Qual é o seu interesse para ajudar alguém que o enganou, embora o tenha perdoado?

7.      Assim como Josué, devemos honrar nossa palavra.

3-Josué socorre os aliados (Js. 10.8).

1.      Mais uma vez, a reputação e as notícias acerca das vitórias israelitas se espalharam por entre os cananeus, gerando temor no coração destes.

2.       Ao contrário de Raabe, que se voltou para o Deus de Israel em fé, e dos gibeonitas, que fizeram (por meios astutos) um acordo com os israelitas, esta coalizão decidiu resistir ao poder de Israel.

3.      Considerando o fato de que homens de Josué tiveram de marchar desde Gilgal [NVI] e depois atacar, pode-se concluir que eles tinham grande vigor.

4.       A marcha noturna dos guerreiros abrangeu um percurso de aproximadamente 32 Km de subida em terreno íngreme, carregando apetrechos e sob o estresse de saber da iminente batalha que enfrentariam.

5.      Josué foi bem sucessido nessa batalha, porque Josué, desta vez consultou o Senhor, sobre esse assunto, e recebeu um  aval de Deus para prosseguir na jornada.

6.      Assim Josué empreendeu caminhada com a certeza de vitória que já havia sido declarado por Deus.

 II SOL E LUA PARAM

1-Chuva de pedras (Js.10.11)

1.      Estes dois versículos resumem a vitória, mas são os versículos 11 a 13 que fornecem os detalhes.

2.      Não foi a presença de Josué e seus guerreiros que garantiu a vitória a Gibeão (v. 7), mas a intervenção divina.

3.       O Senhor os conturbou.

4.      Bete-horom era uma região montanhosa dividida em dois lugares: parte superior e inferior, um era cerca de 250 m mais alto do que o outro.

5.      Estava localizada aproximadamente 6 km a noroeste de Gibeão.

6.      Azeca era uma cidade sobre as colinas ao sudoeste de Gibeão, a certa distância.

7.      Já a localização de Maquedá não é conhecida, mas presume-se que ficava em algum lugar perto de Azeca.

8.       O aniquilamento do inimigo amorreu se deu em Gibeão, e os israelitas puderam perseguir as tropas cananeias por essas três cidades mencionadas: Bete-Horom, Azeca e Maquedá.

 2- Palavra de Ousadia (Js.10.12)

1.      Esta segunda parte que descreve a batalha é introduzida por uma palavra hebraica correspondente a Então ( 'az).

2.      Revelando que uma importante ação se deu ao mesmo tempo em que (e não subsequente a) aquela dos versículos 6 a 11.

3.      Isso significa que de alguma forma a tempestade de granizo do versículo 11 e o fenômeno dos versículos 12 e 13 descrevem a mesma coisa ou (mais provável) que aconteceram simultaneamente como parte do mesmo milagre. 

4.      Ele não admira tanto o acontecimento do milagre do versículo 13, mas _sim o fato de que Deus ouviu e respondeu à voz de um homem (v. 14).

5.       Os dois milagres a favor de Israel que antecederam esta luta — a cessação das águas e a vitória sobre Jericó.

6.      Tinham sido iniciativas de Deus.

7.       Desta vez, Ele agiu em resposta ao pedido de um homem.

8.       Novamente, o acontecimento destaca a importância de Josué no livro e realça a fidelidade do Senhor ao Seu povo.

9.      Aos olhos dos israelitas, Josué ordenou que o sol e a lua se detivessem em Gibeão até que eles tivessem completado sua missão.

 3-Sol e  a Lua Pararam (Js.10.13)

1.      Livro de Jasher – Este livro foi escrito e publicado antes de Josué escrever o seu, e, portanto, é bem mencionado aqui.

2.      Mas isso, assim como alguns outros livros históricos, está perdido, não sendo um livro canônico e, portanto, não é preservado pelos judeus com o mesmo cuidado que eram.

1.      O Livro de Jasher (2 Sm 1.18) confirma o que o livro de Josué registra aqui.

2.      Esse livro não faz parte da Bíblia e nenhuma parte dele chegou aos dias de hoje.

3.      Como o sistema solar  parou?

4.      É claro que em relação à terra o sol está sempre imóvel – é a terra que gira em torno do sol.

5.      Mas a terminologia  usada em Josué  não deveria  causar-nos  dúvida  quanto ao milagre.

6.      Afinal, não ficamos  confuso  quando alguém diz que o sol nasce ou se põe.

7.      A questão é  que o dia  foi prolongado, não que Deus  tenha usado um método particular para prolonga-lo.

8.      As explicações  técnicas: 1- Houve a diminuição da rotação normal da terra, isso o prolongamento do dia, o que permitiu a Josué ter mais tempo para combater aos seus inimigos.. 2- Talvez alguma refração incomum  dos raios solares, que forneceu mais luz solar, tornando o dia mais longo.

9.      O importante foi que o dia foi prolongado por um milagre de Deus.

 III GRANDES BATALHAS

1-Integridade (Js. 10.21)

1.      Ninguém que movesse a sua língua – Esta expressão implica em: Sua perfeita segurança e tranquilidade.

2.      Nenhum israelita sequer sofreu qualquer angústia, tanto na batalha como na perseguição.

3.      Nenhum homem tinha qualquer opróbio para lançar sobre eles, nem uma palavra má para lhes proferir.

4.      Deus não apenas lhes atou as mãos, mas  também fechou a boca de seus  inimigos enfurecidos e calou os lábios mentirosos.

5.      Pura alegria para esta vitória.

6.      Quando  o exército chegou para ser revisto após a batalha, não houve  mortos nem feridos, nem perdidos

7.      Nenhum israelita teve motivo para lamentar a perda  de um membro tão barato, tão  fácil, tão glorioso foi essa vitória.

8.      Maquedá – Um arraial perto da fronteira costeira  filisteia.

9.      Então disse Josué: Abram a boca da cova, e tirar dela os 5 reis.  

2-Trnasmitindo a Benção (Js.10.25)

1.      E Josué disse: Não temais, nem vos atemorizeis; sede forte e valente; porque assim fará  Senhor a todos vossos inimigos contra os quais lutai.

2.      E depois disto Josué os feriu e os matou, e os fez enforcar em cinco madeiros: e restaram enforcados nos madeiros até à tarde.

3.      E quando o sol ia se pôr, mandou Josué os tirassem dos madeiros, e os lançassem na cova de Naquele mesmo dia tomou Josué a Maquedá, e a pôs à espada, e matou a seu rei; a eles e a tudo o que nela tinha vida, sem restar nada: mas ao rei de Maquedá fez como havia feito ao rei de Jericó.

4.      A rápida sucessão de vitória e extermínio que varreu o sul da Palestina para as mãos de Israel.

5.      “Todos estes reis e suas terras tomaram Josué uma só vez, porque o Senhor Deus de Israel lutou por Israel.

6.      E Josué, e todo o Israel com ele, voltaram ao arraial em Gilgal.

 

3-Deus Faz a Diferença (Js.10.42)

1.      Os israelitas  capturaram  cidades  e ganharam o controle  nominal da terra.

2.      A vitória  foi militar  e de natureza econômica.

3.      Os despojos  dessas cidades  agora foram  divididos entre os homens  de guerra que as saquearam, e as próprias cidades, com suas  terras, seriam  divididas  entre as tribos, pois o Senhor pelejava por Israel.  

1.      Nem Cades-Baméia tampouco Gaza haviam sido mencionadas em Josué até então.

2.      A inclusão destas duas localidades aqui marca os limites austrais [do sul] da terra conquistada.

3.      Gaza era uma cidade filisteia, terra a ser conquistada em Josué 13.3.

4.       Já Gósen até Gibeão marca os limites sul e norte da conquista.

5.       Gósen aqui não é o território no nordeste do delta do Nilo onde os israelitas habitaram antes (Gn 45.10; 46.28; Êx 8.22; 9.26), mas sim a cidade na área montanhosa no sul de Canaã mencionada em Josué 11.16; 15.51.

Pr.Cap.Carlos Borges(CABB)

A ALIANÇA COM OS GIBEONITAS

 

ALIANÇA COM OS GIBEONITAS

Js.9.1-27

Introdução: Andar por fé é caminhar num espirito de dependência piedosa do Senhor e Sua orientação. Assim, Tiago

Encoraja “ Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a para Deus” (Tg.1.5). Uma vez que necessitamos da Sua

Orientação onisciente e soberana, devemos procurar sempre a sabedoria de Deus, independente do assunto que enfrentamos. Mais tarde, na sua epístola, Tiago alertar-nos-ia contra o pecado de nos fiarmos no Senhor  ou de Perseguirmos os nossos próprio sonhos e objetivos independente de procurarmos a liderança e vontade de Deus.(Tg.4.13-17).

 I A ESTRATÉGIA GIBEONITA

1-O Temor pelo povo de Deus(Js.9.3,4)

1.      Ora, os moradores de Gibeão, ouvindo o que Josué fizera a Jericó e a Ai.

2.      Usaram de astúcia: foram e se fingiram embaixadores, tomando sacos velhos sobre os seus jumentos, e odres de vinho velhos, rotos e recosidos, tendo nos seus pés sapatos velhos e remendados, e trajando roupas velhas e todo o pão que traziam para o caminho era seco e bolorento.

3.      Então eles disseram a Josué: Nós somos teus servos.

4.       Ao que lhes perguntou Josué: Quem sois vós? e donde vindes?

5.      Responderam-lhe: Teus servos vieram duma terra mui distante, por causa do nome do Senhor teu Deus, porquanto ouvimos a sua fama, e tudo o que fez no Egito,

 ­2-A Mentira (Js. 9.6)

1.      E vieram a Josué, ao arraial em Gilgal, e disseram a ele e aos homens de Israel: Somos vindos duma terra longínqua fazei, pois, agora pacto conosco.

2.      Responderam os homens de Israel a estes heveus: Bem pode ser que habiteis no meio de nós como, pois faremos pacto convosco?

3.      Os reis cananeus uniram-se contra eles ( o povo de Deus).

4.      Os gibeonitas recorreram ao engano.

5.      Podemos esperar oposição  semelhante ao obedecermos as ordens do Senhor.

6.      Para nos guardar destas pressões, devemos confiar em Deus e nos  comunicarmos diariamente com Ele, pois nos dará forças suportarmos  as pressões.

 ­3-Falsas Testemunhas (Js.9.11)

1.      E os nossos líderes e todos os habitantes da nossa terra nos disseram: “Juntem provisões para a viagem, vão encontrar-se com eles e digam-lhes: Somos seus servos, façam um acordo conosco”.  

2.      Este nosso pão estava quente quando o embrulhamos em casa no dia em que saímos de viagem para cá.

3.      Mas vejam como agora está seco e esmigalhado.

4.      Estas vasilhas de couro que enchemos de vinho eram novas, mas agora estão rachadas.

5.      E as nossas roupas e sandálias estão gastas por causa da longa viagem.

6.      Os israelitas examinaram as provisões dos heveus, mas não consultaram o Senhor.

7.      A astúcia deles começou usando o nome do Senhor e exaltaram a Deus conforme a linguagem deles a qual era de dar glórias ao nome de Deus.

8.       Em seguida, falaram dos grandes feitos deles, elogiando-os e isso mexeu com o alto ego deles e ficaram orgulhosos em ouvir elogios e saberem de suas famas por toda a terra.

II ALIANÇA INADEQUADA

1-Não consultaram ao Senhor (Js.9.14)

1.      Ao perceberem os pães dos gibeonitas, os principais de Israel viram que estavam secos e mofados, odres rachados  e as roupas  e sandálias  envelhecidas.

2.      Mas eles não enxergaram a trapaça.

3.      Depois de a promessa ter sido feita  e o tratado ratificado, surgiram os fatos – os lideres de Israel foram enganados.

4.      Deus dera instruções especificas para que os israelitas não fizessem tratado algum com os

5.      Habitantes de Canaã (Êx. 23.32; 34.12; Nm. 33.55; Dt. 7.2; 20.17,18).

6.      Como estrategista, Josué sempre buscou a Deus antes de conduzir suas tropas  a qualquer batalha..

7.      Mas aquele tratado de paz cm os gibeonitas pareceu inocente, e Josué e os  lideres tomaram  esta decisão sem  consultar o Senhor.

8.      Ao deixarem de buscar a direção de Deus  e apressar-se  com seus planos, tiveram que lidar com pessoas desonestas e uma aliança desajeitada.

 2-Comprometimento dos lideres (Js. 9.15)

1.      E Josué fez paz com eles [gibeonitas] e fez um concerto com eles.

2.      O ajuste feito mencionado neste versículo tem muito em comum com os antigos tratados típicos do Oriente Médio.

3.      Uma aliança firmada em nome de Deus, pelos lideres da comunidade, tinha  muito valor.

4.      Na ocasião da aliança com os gibeonitas, percebemos  que o problema  não é a aliança em si, pois Deus recomenda  que a aliança seja preservada.

5.      O grupo subordinado faz um acordo com a parte que tem mais poder, a fim de obter proteção.

6.      Sua natureza vinculante (v. 18) forma a base para as ações tomadas em Números 10.1,2, quando os gibeonitas encontravam-se ameaçados por uma coalizão Cananeia e apelaram para a ajuda dos israelitas. 

 3-Murmuração Interna (Js.9.18)

1.      A fraude é descoberta, e os gibeonitas são confrontados.

2.       Apesar da artimanha dos indivíduos de Gibeão, Israel foi, no entanto, vinculado pelo juramento.

3.      A seriedade da questão é enfatizada nos versículos 18 a 21.

4.       Contudo, a congregação ficou furiosa com seus líderes por terem feito tal coisa, mas estes estavam com suas mãos atadas por causa da palavra no acordo feito com os gibeonitas.

5.      As murmurações contra os principais tinham mais a haver por ciúmes pelos lucros deles do que pelo zelo com o cumprimento da ordem de Deus. 

6.      Tudo isso é estabelecido de forma explícita e em detalhes que se repetem.

 III A SENTENÇA DOS GIBEONITAS

1-Exemplo de Graça  (Js.9.26)

1.      Por causa da natureza sagrada e inquebrável de um juramento, este pacto que os israelitas fizeram com os gibeonitas não poderia ser revogado, mesmo que tenha sido realizado sob falsos fundamentos.

2.      As notícias que chegaram até os gibeonitas acerca dos israelitas (v. 3) os assustaram de tal forma que eles tramaram toda a farsa.

3.       As palavras que usam — foi anunciado aos teus servos — carregam o testemunho dos grandes eventos de Êxodo, que não foram esquecidos mesmo depois de passados 40 anos dos acontecimentos (Dt 1—3).

9.      Josué como estrategista que era, soube como contornar a situação e calmar os ânimos dos israelitas quando souberam do que fizeram os gibeonitas( os enganaram), caso Josué não conseguisse contem os ânimos, os gibeonitas seriam mortos pelos israelitas.

 2- Rachadores de Lenha (Js.9.27).

1.      A expressão no lugar que escolhesse é particularmente importante neste versículo.

2.      Ela indica que os gibeonitas deveriam servir apenas em lugares sancionados de adoração israelita e não naqueles cananeus.

3.      Até que o templo de Jerusalém fosse construído, tais centros incluíam Siló (Js 18.1Ve Gibeão (1 Cr 16.39).

4.      A expressão até o dia de hoje (também encontrada em Js 4.9; 5.9; 7.26; 8.29).

5.      Os gibeonitas continuaram tal serviço por certo tempo, embora o fato não seja especificamente mencionado novamente no Antigo Testamento.

6.       Podemos observar que, por causa do engano deste pacto, as pessoas foram levadas a aproximar-se da verdadeira adoração do Deus vivo, que é capaz de transformar as piores situações em algo bom.

7.      Sem dúvida alguma, muitos gibeonitas que vivenciaram esta experiência vieram a ter fé em Deus e tornaram-se Seus adoradores.

8.      E naquele dia, Josué os fez rachadores de lenha e tiradores de água para a congregação e para o altar do SENHOR, ,no lugar que ele escolhesse.

 3- Tiradores de água( Js.9.27)

1.      Dentre vós nunca deixará de haver escravos. Vocês nunca deixarão de ser ou de fornecer escravos, trabalhando como cortadores de lenha e carregadores de água para o Tabernáculo (Dt. 29:11).

2.       Josué chamou não impropriamente esta estrutura de a casa do meu Deus; foi denominada “templo” (hekal) no tempo de Eli (I Sm. 1:9).

3.       Na verdade, foi a maldição de Josué, não de Deus.

4.      Sendo destacados para o serviço perpétuo na casa de Deus, Ele os abençoou.

5.       Para proteção de Gibeão, o Senhor realizou um grande milagre (Js. 10:10-14), e anos mais tarde o Tabernáculo foi armado ali (II Cr, 1: 3).

6.      Durante sessenta e sete anos ou mais, Deus deixou que a arca ficasse em Quiriate-Jearim (I Sm. 7:1, 2 ; II Sm. 6:23, 3).

7.      Tendo Josué feito (de natan, “dar”) deles rachadores de lenha, etc. (Js. 9:27), foram mais tarde chamados de netinim (dados para o serviço do Templo; I Cr. 9:2; Ed. 2:43, 58; 8:20; e pela providência de Deus voltaram do Exílio junto com os sacerdotes e levitas. 

Pr.Carlos Borges (CABB).

 

A CIDADE DE AI E O PECADO DE ACÃ

 

A CIDADE DE AI E O PECADO DE ACÃ

Js. 7.1-26

Introdução: Em Josué 7 vemos que o povo de Israel sofre sua primeira derrota na conquista da terra prometida, por causa da desobediência de Acã, que mesmo sabendo que não podia pegar nenhum despojo de Jericó, o fez.

Aconteceu que enviando Josué alguns espias a Ai, o relatório foi muito positivo, a favor de Israel. Eles disseram a Josué que a cidade era pequena, e que dois ou três mil homens poderiam toma-la. E assim foi feito, Josué enviou três mil homens a Ai, mas foram surpreendidos com uma derrota humilhante.

 I DESOBEDIÊNCIA E DERROTA

1-O Pecado de Acã (Js.7.1)

1.      Este versículo é uma transição entre a história da conquista de Jericó e a derrota em Ai.

2.      Esta narrativa é estabelecida no capítulo seguinte (especialmente nos v. 20,21).

3.       A expressão prevaricaram os filhos de Israel no anátema significa cometeram uma violação desleal.

4.      Mas os israelitas foram infiéis com relação às coisas consagradas. Acã, filho de Carmi, filho de Zabdi, filho de Zerá, da tribo de Judá, apossou-se de algumas delas. E a ira do Senhor acendeu-se contra Israel.

5.      Tomou do anátema – Os filhos de Israel cometeram uma transgressão e assim  colocaram Deus  contra eles, e o nome de Josué, bem como  a sua fama, sabedoria e coragem de nada serviram.

6.      Se perdermos o nosso Deus, perdemos nossos amigos, que não podem  ajudar-nos.

7.      A menos que Deus seja conosco. 

8.      O pecado de Acã foi  tomar do anátema(condenação), em desobediência  ao comando de Josué.

9.      Embora uma única pessoa tenha pecado, lemos que os filhos de Israel cometeram a transgressão, porque um de seus membros fez isso, e Acã não estava separado deles, nem foi renegado por eles.

10.    Com a igreja não é diferente, a igreja é o corpo misto de Cristo, quando um membro comete alguma inflação, todo o corpo (igreja) sofre as consequências.

11.    Para remediar essa situação precisa haver conserto ou retratação.

12.    O culto de Santa Ceia, é dada a oportunidade para os membros pedirem perdão de seus pecados, para a igreja continue a vencer suas batalhas.

 2-Prepotência e derrota ( Js. 7.3)

1.      Ai, que está junto a Bete-Àven, da banda do oriente de Betei. Isto é, Ai era uma pequena cidade a oeste de Jericó.

2.       Seu nome significa ruína e alguns inquirem se é possível que o nome aqui tenha alguma influência na interpretação propriamente dita do texto.

3.      A palavra hebraica para espias (Js 2.1) e espiar (no versículo 2 como espiai) está relacionada ao termo correspondente a pés.

4.      Os espias examinaram a área indo até lá a pé.

5.      Não subam a todos os povos –Talvez  fosse uma garantia, ou segurança, culposa que os levou a  enviar um grupo pequeno nesta  expedição.

6.      Talvez o povo estivesse menos propenso a ir para essa expedição porque lhe fora negado o saque a Jericó.

7.      Esses espias desejavam ser gratificados.

8.      Muitas vezes nós na obra de Deus, desejamos sermos recompensados por algo que fazemos para Deus.

 3-Achando e corrigindo o erro( Js. 7.12)

1.      Este versículo destaca a severidade da ofensa de Acã, atribuída neste trecho à nação de Israel, referindo-se ao pecado de várias formas: (1) Israel pecou, (2) transgrediram o concerto do Senhor, (3) tomaram do anátema, (4) furtaram, (5) mentiram e (6) puseram as coisas debaixo da sua bagagem. 

2.      O hebraico tem várias palavras para pecado.

3.      Dentre elas, destaco pecar, que neste versículo quer dizer errar o alvo de um padrão estabelecido por Deus.

4.      Já transgredir significa passar dos limites instituídos pelo Senhor.

5.      O fato de que Deus declararia os israelitas como merecedores da sua destruição [nvi] , como Jericó foi por causa de seu pecado, era uma declaração muito séria.

6.      Significava que o Senhor não estaria mais com a nação até que o pecado fosse removido do acampamento.

7.      Deus prometera, especificamente, que estaria com Seu povo (Js 1.5,9).

8.       Esta ameaça de retirada da Sua presença enfatiza mais uma vez os padrões absolutos de Deus e Sua exigência de santidade.

 II DESTRUIÇÃO DE AI

1-Ouvindo Deus Primeiro (Js.8.1)

1.      Josué estava de pé, mal  se recuperando da confusão na qual fora colocado por causa do problema que Acã lhe causou.

2.      Josué não poderia prosseguir na sua jornada diante dos acontecimentos sem antes clamar a Deus, pois temia Josué que pudesse surgir outros Acãs.

3.      O Senhor lhe assegura  a vitória contra Ai.

4.      Porém Josué teria de lançar sorte, para saber quem desobedeceu as ordens dadas. (Js.7.12,13).

5.      Após Acã ser sentenciado juntamente com sua família e seus animais e foram apedrejados no vale de Acor (Js. 7.24-26).

6.      Na vitória sobre Ai, o povo poderia lançar mão dos despojos, pois eles não foram consagrados a Deus, como foi o caso de Jericó.

7.      As nossas vitórias só podem ser obtidas quando nos dispomos a nos consagrar a Deus, pois Ele é santo, com ele diz em sua Palavra sede anto porque eu sou santo.

 2- Nova Estratégia (Js. 8.14)

1.       Porém a estratégia mudara, não haveria milagres como em Jericó, em Ai todo o exército deveria atacar e haveria combate, os soldados precisariam se esforçar para vencer a batalha.

2.      Isso nos mostra que Deus opera em nossas vidas por meio de milagres diretos e por meio de milagres indiretos, isto é, quando Ele nos ajuda na tarefa a ser executada, mas isso exige de nós ânimo, perseverança e força.

3.      E o Senhor disse a Josué: Não Temas, nem desmaies; toma contigo toda a gente de guerra, e levanta-te e sobe a Ai. Olha, eu entregarei em tua mão ao rei de Ai, e seu povo, a sua cidade, e a sua terra.

4.      Seguindo a direção do Senhor, eles marcharam contra Ai e venceram. Após a batalha, ele levantou um altar e adorou ao Senhor.

5.       Senhor, o seu Deus, a entregará em suas mãos.

6.      Depois que tomarem a cidade, vocês a incendiarão.

7.      Façam o que o Senhor ordenou. Atentem bem para as minhas instruções.

8.      Então Josué os enviou.

9.       Eles foram e ficaram de emboscada entre Betel e Ai, a oeste de Ai.

10.    Josué, porém, passou aquela noite com o povo.

11.    Quando o rei de Ai viu isso, ele e todos os homens da cidade se apressaram, levantaram-se logo cedo e saíram para enfrentar Israel no campo de batalha, no local de onde se avista a Arabá.

12.    Ele não sabia da emboscada armada contra ele atrás da cidade.

13.    Esta segunda vitória confirmava que a estrada da promessa de Deus para a conquista da terra, seria marcada por vitórias maravilhosas, caso o povo permanecesse em obediência.

14.    Com certeza o ânimo e a confiança de todos estava em alta, depois de dois grandes e importantes triunfos.

 III APRENDENDO A LIÇAO

1-Erigindo um altar (Js.8.30)

1.      Então Josué construiu no monte Ebal um altar ao Senhor, o Deus de Israel.

2.      Agora que eles tinham  seu conforto nos despojos  de Ai, era  pertinente louvarem a Deus.

3.      Conforme Josué, servo do Senhor, tinha ordenado aos israelitas.

4.      Ele o construiu de acordo com o que está escrito no Livro da Lei de Moisés: um altar de pedras não lavradas, nas quais não se usou ferramenta de ferro.

5.      Sobre ele ofereceram ao Senhor holocaustos e sacrifícios de comunhão.

6.      E o povo também implorou em favor  de seu êxito futuro, pois suplicas e ações de graça foram dedicadas  em seus sacrifícios pacíficos .

7.      O caminho para prosperar  em tudo o que colocamos em nossa mão é  levar Deus conosco  e reconhecê-lo em todos os nossos caminhos por meio da oração, do louvor e da sua dependência.

 2-Copiando a lei (Js. 8.32)

1.      Uma copia da Lei de Moisés - A lei dos 10 Mandamentos foi escrita em pedras, na presença de todo Israel, como um resumo do de toda a Lei.

2.      ­­­­Esta cópia  não era gravada em pedra, como a que foi  guardada na Arca, isso seria feito pelo dedo de Deus, escrever a Lei no coração é a Sua prerrogativa(privilegio especial).

3.      A cópia foi escrita para que todos pudessem ver como eles consentiam, e para que pudessem servir, para a descendência  remanescente, de testemunho permanente da bondade de Deus, concedendo-lhes  essas boas leis, e de testemunho contrário, se eles as desobedecessem.

4.      Ter a Lei de Deus por escrito é uma grande misericórdia para com todos os povos.

5.      Todo o Israel, estrangeiros e naturais da terra, com os seus líderes, os seus oficiais e os seus juízes, estavam em pé dos dois lados da arca da aliança do ­Senhor.

6.      Diante dos sacerdotes levitas, que a carregavam.

7.      Metade do povo estava em pé, defronte do monte Gerizim, e metade, defronte do monte Ebal.

8.       Tudo conforme Moisés, servo do ­Senhor tinha ordenado anteriormente, para que o povo de Israel fosse abençoado.

 3-Bênção e Maldição (Js. 8.34)

1.      Em seguida Josué leu todas as palavras da lei, a bênção e a maldição, segundo o que está escrito no Livro da Lei.

2.      Não houve uma só palavra de tudo o que Moisés tinha ordenado que Josué não lesse para toda a assembleia de Israel, inclusive mulheres, crianças, e os estrangeiros que viviam no meio deles.

3.      O monte Ebal ficava a poucos quilômetros ao norte de Siquém e ali haverá – no capítulo 24 veremos – uma assembleia importante.

4.      Foi também aqui que Abraão recebeu a promessa – “darei à tua descendência esta terra” (Gn 12:7) – e ali, ele tinha construído um altar.

5.      Com a construção do altar de Josué ali, também naquele lugar, a promessa estava sendo cumprida.

6.      Ele também escreveu em pedras – talvez as pedras toscas do próprio altar - uma cópia da lei de Moisés.

7.      Depois disso todos se posicionaram de um e de outro lado da arca. Metade deles se posicionaram diante do monte Ebal e metade diante do monte Gerizim.

8.      Em seguida, leu todas as palavras da lei, a bênção e a maldição e a ênfase do texto bíblico é que não houve nenhuma palavra que fora omitida.

9.      A leitura foi atenta, zelosa e cuidadosa e o silêncio deveria ser enorme ali diante de todo o povo.

10.    A bênção adveria da obediência irrestrita a Deus; e a maldição, sobreviria  àqueles  que resistem a Deus e o desobedecem.

     Pr.Carlos Borges (CABB)