segunda-feira, 30 de novembro de 2020

CONSAGRAÇÃO A DEUS/ AS OBRAS DA CARNE E O FRUTO DO ESPÍRITO/ A MENSAGEM DO REINO DE DEUS

Como se Consagrar a Deus em uma tempo tão mundano em que as pessoas tem suas preferências focadas mais no lado material do que no Espiritual. Falar em Deus hoje parece um tabu, muitas pessoas torcem o nariz, dão inumeras desculpas, e tem os seus próprios argumentos anti- Deus. Porém quando essas mesmas pessoas por qualquer circunstâncias da vida se veem envolvidas em uma situação em que seus argumentos mundanos não podem livra-las da situação em que se encontram, elas entram em contradição com os seus próprios argumentos  anti-Deus, pois a vida espiritual lhes é uma area muito desconhecidas. Abaixo trago algumas verdades  que se encontram nas Escrituras Sagrdas, que podem ser lidas e relidas a qualquer momento.


alguma Rm.12.1-5-  1-Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo  e agradável  a Deus, que  é o vosso culto racional.

2-E não vos conformeis  com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que  experimenteis  qual seja  a boa, agradável e perfeita  vontade de Deus.

3-Porque, pela graça que me é dada, digo  a cada um dentre vós  que não saiba mais do que convém  saber, mas que saiba com temperança, conforme  a medida da fé  que Deus repartiu a cada um.

4-Porque  assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm  a mesma operação, 5-assim nós  que somos  muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente  somos membros uns dos outro.

 

Introdução: O crente deve ter uma paixão  sincera por agradar a Deus, no amor, na devoção, no louvor , na santidade e no servir.

 

I A MENTE RENOVADA(v.2)

2-E não vos conformeis  com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que  experimenteis  qual seja  a boa, agradável e perfeita  vontade de Deus.

(a)-Muitas vezes queremos  superar um mau  habito.

(b)-As vezes tomamos a deliberação da abandonar um mal hábito, mas, acabamos a voltar a praticá-lo.

(c)- A nossa força de vontade, pois mais que nos esforcemos, não é o suficiente para obtermos êxito.

(d)-As vezes pensamos que o problema foi superado, mas, é pura ilusão.

(e)- E de repente, eis que o problema volta, e muitas vezes não teremos a mesma força para rechaça-lo, e nos tornamos refém do mal que achamos que havíamos superado ou vencido.

(f)-Esse tipo de experiência que alguns chamam de brecha da Santidade - é um hiato entre o que desejamos ser  e o que realmente somos ou deveríamos ser (Gl.5.16).

 

II LUTAS INTERNAS

(a) - Há uma batalha  dentro de nós  é a guerra entre o espírito e a carne.

(b) - Essa  guerra se evidência quando tentamos  superar um mal hábito e não conseguimos.

(c) - É a luta  que enfrentamos  quando nos sobrevém  pensamentos, ideias e atitudes  que nos parecem impossíveis de serem controladas.

(d) - É o conflito que sempre ocorre em nosso interior quando  nos sentimos  chamados a realizar  certas  tarefas, mas acabamos  batendo  em retirada, perseguidos por dúvidas e temores. 

 

III SANTIFICAÇÃO

(a) - Uma verdade que é  facilmente ignorada.

(b) - Nossa batalha travada  entre o espírito e a carne é importante  que saibamo  o que devemos fazer.

(c) - Porém igualmente  importnte  é  sabermos  o  não podemos fazer. Fl.2.13-Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo  a sua boa vontade.

(d) - Neste versículo fala dos atos de Deus  que nós não podemos fazer, pois são da alçada  de Deus.

(e) - Nosso crescimento espiritual  resulta da operação conjunta  entre nós e Deus.

(f) - Pois qualquer tentativa nossa de tomar a nosso cargo um trabalho que não nos compete,  é erro grave.

(g) - É mais uma das mais astutas  artimanhas do inimigo de nossas almas é justamente  levar-nos  a nos  envolver com tais coisas  que estão completamente fora de nossa possibilidade  de realização.

 

AS OBRAS DA CARNE E O FRUTO DO ESPÍRITO

                           Gálatas 5.16-26

1.      Na carta para a igreja de Gálatas, o apóstolo Paulo explica para a igreja a diferença entre viver pela carne e viver pelo Espírito.

2.      Jesus nos escolheu para darmos fruto que permaneça (Jo 15:16).

3.       Mas, afinal, de que fruto Jesus está falando?

4.       E o que significa viver pelo Espírito?

5.      A palavra pecado, do hebraico hhatá e do grego hamartano, significa “errar o alvo”.

6.       Em Romanos 3:23, a bíblia diz que todos pecamos, e dessa maneira fomos separados de Deus (Is 59:2). 

7.      Através de um só homem – Adão – pelo pecado de desobediência, nosso DNA foi corrompido, nos tornando por essência em pecadores (Gn 3).

8.      Mas, por meio da obediência de Jesus Cristo, fomos feitos justos (Rm 5:19).

9.      Por isso, quando aceitamos Jesus como o único e suficiente Senhor e Salvador de nossas vidas, nos tornamos filhos de Deus (Jo 1:12).

10.     Nós somos salvos pela graça de Deus, e não por merecimento próprio (Ef 2:8-9).

11.    O pecado entra em nossas vidas não pela ação demoníaca, mas sim pela ausência de Deus e do fruto do Espírito.

12.     O inimigo utiliza das obras da carne que praticamos, para obter legalidade em nossas vidas. O pecado é a desobediência à vontade de Deus:

13.    “Todo aquele que pratica o pecado transgride a Lei; de fato, o pecado é a transgressão da Lei”. (1 João 3:4 NVI).

14.    Separado de Deus, o homem se encontra morto espiritualmente e incapaz de entender as coisas de Deus (1 Co 2:14-16).

15.     Quando aceitamos o sacrifício de Jesus na cruz, o Espírito Santo nos convence do pecado (Jo 16:7-9), colocando em nós o desejo pela santificação.

16.    Santificar, significa separar para Deus (Jo 17:17).

     

        A MENSAGEM DO REINO DE DEUS

Introdução: A mensagem do Reino de Deus veio para os que vivem no Reino das Trevas, é uma luz que veio dissipar a obscuridade do entendimento. Esta mensagem traz as condições para cada ser humano se tornar um cidadão do Reino de Deus.

Rm.14.17

A NATUREZA DO REINO DE DEUS

1-Reino é espiritual

v  Os judeus esperavam um libertador político, que viria libertar das mãos dos romanos.

v  O Reino de Deus está dentro do homem, instalado em sua consciência e coração.

v  As riquezas são espirituais, o seu poder é espiritual e a sua gloria é interior.

v  O Reino de Deus, não é sustentado por algum recurso humano.

v  As suas armas são espirituais, e não necessita e nem utiliza a força para manter-se e avançar e não faz oposição a nenhum reino, exceto do pecado e de Satanás.

v  O objetivo e designo do seu Reino não são mundanos.

v  Este Reino vence por meio da evidência da verdade que convence.

v  Ele Reina pelo poder e pela autoridade da verdade.

v  Os súditos deste Reino são aqueles que são da verdade.

 

2- O Reino é pessoal

v  Quando o homem aceita a mensagem do Reino, a mudança começa no espiritual (de dentro para fora) e aí acontece uma mudança radical em sua vida.

v  A mudança começa no espírito (alma), no coração (mente) e no corpo (comportamento e atitude).

v  As experiências a partir de então são controladas pelo Espírito Santo (dentro do homem).

v  Suas atitudes com relação ao seu próximo são pautadas pelos princípios das Escrituras Sagradas.

 

3- O Reino de Deus e seus Princípios

v  As Bem Aventuranças – expõe os princípios  eternos  do Reino de Deus.

v  São oito (8) as características das Bem Aventuranças.

1.      1-Os pobres de EspíritoSão humildes e pequenos segundo seus próprios critérios.

2.      Os que ChoramOs que choram de arrependimento (verdadeiramente) diante de seus erros, fraquezas e pecados.

3.      Os mansosNão devemos confundir mansidão com covardia, mansos são submissos e de Deus, não se deixam dominar pela ira diante da injustiça. São calados e respondem com palavras brandas, tem domínio próprio, são pacientes.

4.      Os que têm fome e sede de justiçaTodos aqueles que têm fome e sede de Deus e se tornam um defensor das causas justas. Os nossos desejos de bênçãos espirituais devem ser favorecidos.

5.      Os misericordiososDevemos não só suportar nossas aflições com paciência, mas também devemos fazer tudo que pudermos para ajudar aqueles que estão passando por situações de miséria. Devemos ter compaixão das almas do nosso próximo.

6.      Os limpos de coração O coração deve ser purificado pela fé e mantido por Deus. Somente os limpos de coração poderão ver a Deus, pois o céu não está prometido para os ímpios.

7.      Os pacificadoresNão devemos confundir pacificadores com pacíficos. Os pacíficos ficam neutros, não se envolvem, porém os pacificadores agem estabelecendo a paz, reconciliação, desapartando as contendas, são os verdadeiros promotores da paz, fogem das contendas – Se os pacificadores são Bem Aventurados, ai daqueles que promovem a guerra ou contenda destruindo a paz reinante.

8.      Aqueles que são perseguidos A perseguição é peculiar do crente (cristão e/ou cristianismo). O cristão é perseguido por causa do seu amor e fidelidade a Cristo, principalmente os que o procuram viver de acordo com a Palavra de Deus (Escrituras Sagradas).

Pr.Carlos Borges (CABB)

   

  

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

O ESPÍRITO SOBRA ONDE QUER

 


At.8.26-9.9

Introdução: Filipe acabara de ser o instrumento de uma grande obra em Samaria. Quão grande deve ser sua surpresa ao receber agora a ordem de deixar o seu campo de trabalho e dirigir-se a um caminho deserto! Certamente é um lugar estranho para pregar o Evangelho! Contudo, ele obedece sem discutir. 

 I A CONVERSÃO DOS SAMARITANOS

1-O Avivamento em Samaria (At.8.1)

1.      Na época neotestamentaria Israel estava dividido  em três regiões principais: Galileia,  ao norte; Samaria, no centro; e a Judeia, ao sul.

2.      A cidade de Samaria havia sido  a capital  do Reino do Norte, antes deste ser  conquistado pela Assíria em 722 a.C.

3.      Durante o domínio babilônico, o rei assírio  levou  muitos  cativos, deixando em apenas as pessoas  pobres  e estrangeiros.

4.      Estes se casaram com os judeus, e os descendentes dessa união se tornaram  conhecidos  como samaritanos, considerados mestiços  pelos judeus “puros” do Reino do Sul, Judá.

5.      O resultado disso foi um intenso ódio entre os dois grupos.

6.      Mas o próprio Senhor Jesus foi a Samaria (Jo.4), e ordenou  que seus seguidores  divulgassem  lá as Boas Novas. 

 2-Uma Mensagem Irrecusável (At.8.6)

1.      Os samaritanos tinham uma expectativa sobe a vinda do Messias (Jo.4.25).

2.      Felipe lhes conta que Cristo já veio e que eles são bem vindos a ele.

3.      Os milagres eram inegáveis.

4.      Eles ouviam as palavras que ele falava com autoridade, e viam os  seus maravilhosos efeitos  imediatamente.

5.      A perseguição forçou os cristãos a saírem de suas casas  em Jerusalém, e juntos com eles foram as boas Novas.

6.      Às vezes Deus faz sentir incomodados para que mudemos.

7.      Talvez não desejemos experimentar tal sensação, mas o desconforto pode ser benéfico para nós.

8.      Porque Deus pode  trabalhar  através de nossa dor.

9.      Quando fomos tentados a reclamar sobre as circunstâncias incomodas ou dolorosas, pare e pergunte se não  seria Deus, nos preparando para uma tarefa especial.

 3-Simão, o magico (At.8.9-24)

1.      Quando Filipe anunciou a Jesus Cristo, os seguidores de Simão o deixaram, creram no Salvador e passaram a ser batizados.

2.       Lucas, o autor de Atos, observa: “O próprio Simão abraçou a fé; e, tendo sido batizado, acompanhava a Filipe de perto, observando extasiado os sinais e grandes milagres praticados” (At 8.13).

3.      Depois de observar a poderosa e sobrenatural habilidade dos apóstolos de conceder o Espírito Santo aos crentes em Samaria, através da imposição das mãos, Simão começou a cobiçar o mesmo poder (At 8.18-19).

4.      Quando tentou comprá-lo do apóstolo Pedro, recebeu uma das mais severas repreensões encontradas no Novo Testamento (At 8.20-23).

5.      A descrição bíblica termina com Simão implorando a Pedro para rogar ao Senhor em seu nome, esperando escapar das consequências da condenação que Pedro lançou sobre ele (At 8.24).

6.      A frase tudo tem um Preço parece ser verdade em nosso mundo de subornos e materialismo.

7.      Simão pensou que pudesse comparar o Poder do Espírito Santo., mas Pedro  o repreendeu severamente.

8.      O único caminho para receber o  poder de Deus está em fazer o que Pedro ensinou a Simão –afastar-se do pecado, pedir perdão a Deus e ser cheio do seu Espírito.

 II CONVERSÃO DO ETIÓPE

1- O Espírito sopra onde quer (At. 8.26)

1.      Filipe, personagem principal do nosso texto, depois de liderar um grande avivamento em Samaria com pregação, curas, libertações de espíritos imundos,   conversões e batismo.

2.      Felipe foi surpreendentemente convocado para uma missão completamente diferente da que estava fazendo.

3.      Evangelizar uma pessoa.

4.      Aquilo que pareceu ser uma mudança de rota foi na verdade a reafirmação de um princípio  que permeia todas as Escrituras Sagradas.

5.       Deus é uma pessoa e chama pessoas particularmente para receberem a salvação em Jesus e desenvolverem com Ele um relacionamento pessoal que, essencialmente, envolve comunhão e missão.

6.      Por isso, nesta manhã, o Espírito Santo oferece-nos uma oportunidade singular para discernirmos os princípios fundamentais que nos ajudarão a PERSEVERAR NA MISSÃO DE EVANGELIZAÇÃO.

 2-Um pregador obediente ( A.t.8.29)

1.      A narrativa de Lucas, nos mostra quem era Felipe, para nos fazer compreender quem era esse   homem que obedeceu a ordem do Espírito Santo.

2.      Singularidade racial  (v. 27) – ele era “etíope” (atual Sudão)  – um  representante do continente africano.

3.      Singularidade social (v. 27) – “eunuco” = “castrado” (Mt 19:12), “alto oficial de Candace”, “superintendente de todo o seu tesouro” , um homem de grande importância na equipe econômica real, uma espécie de ministro das finanças.

4.      Singularidade espiritual  (v. 27) – “… que  viera adorar em Jerusalém” – tinha interesse nas manifestações comunitárias de espiritualidade e, mais do que isto, “… vinha lendo o profeta Isaías” (v. 28).

5.      Esse Eunuco – tinha um grande interesse na Palavra de Deus, logo ele tinha avidez por conhecer a Deus, através de sua Palavra.

6.      Lucas diz que o Espírito Santo, que levara Filipe e aquele etíope para o deserto, diz a Filipe de forma direta, clara, inequívoca e desafiadora: “aproxima-te deste carro e acompanha-o” (v. 29).

7.      O princípio missionário aqui é muito claro: a evangelização é um movimento do Espírito que atua no cristão.

8.      O Espirito Santo atua em pessoas específicas que  precisam da graça de Deus revelada em Jesus.

9.      Também concomitantemente, atua em pessoas específicas preparando-as para estabelecerem um diálogo que viabilize uma genuína transformação espiritual.

 3- A alegria do Salvo (At.8.39)

Que impede que eu seja batizado? 

1.      Tendo ouvido a mensagem do sacrifício de Cristo pelos pecados, o eunuco respondeu com convicção, demonstrando a atuação do Espírito Santo.

2.      Irineu, um dos pais da Igreja que viveu entre 130—202 d.C., escreveu que o eunuco voltou à Etiópia e tornou-se um missionário entre seu próprio povo.

1.      O Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, e não o viu mais o eunuco [...] E Filipe se achou em Azoto.

2.       A palavra grega traduzida por arrebatou também é usada em 1 Tessalonicenses 4.17, uma alusão ao arrebatamento da Igreja.

3.       Mesmo que a partir dessa passagem só seja possível dizer que Filipe foi do deserto a Azoto, a terminologia indica um transporte milagroso.

 III  CONVERSÃO DE SAULO

1-Quem era Saulo (At.9.1-23)

1.      Talvez este seja o homem mais conhecido como representante do cristianis­mo, além de ser de fundamental importância para a história da igreja.

2.      Saulo, seu nome aramaico na comunidade judaica em Jerusalém.

3.      Paulo, a forma romana de seu nome, ecoa nos livros de teologia.

4.      Também de filosofia.

5.      Ele também é o homem que mais escreveu sobre doutrina no Novo Testamento.

6.      Treze cartas são de sua autoria.

7.       Paulo foi o primeiro teólogo da igreja e foi chamado por alguns de seu segundo fundador.

8.      Era natural de Tarso, uma importante cidade da Cilícia, e era cidadão romano, título que herdou de seu pai ou de algum parente que prestou serviços ao império e como recompensa ganhou a cidadania.

 2-Sua conversão (At.9.1)

1.      Foi a caminho para praticar mais um de seus atos perseguidores que Saulo encontrou Jesus de forma singular e definitiva.

2.      Quase no fim de sua viagem de 240 km, ele viu e ouviu o Senhor Jesus ressurreto.

3.       Posteriormente, esse fato foi muito im­portante para conferir autoridade apostólica a Paulo.

4.      A pergunta feita ao perseguidor lhe mostrou quanto o Senhor prezava, amava e era unido com a Sua igreja.

5.       Ele não perguntou por que Paulo perseguia a igreja, mas sim porque O perseguia.

6.      Saulo não sabia quem estava falando com ele. Então, ouviu o Senhor responder: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (At 9.5).

7.      Após a resposta, o novo convertido foi instruído quanto ao que fazer. Todos à sua volta ouviam a voz, mas não viram ninguém.

8.      Além disso, ouviram o som, mas não compreenderam o que a voz havia dito.

9.       Levantando-se do chão, Paulo estava cego.

10.    Ele deveria seguir viagem, levado por outros para a cidade, onde aguardaria a pessoa que lhe diria o que lhe convinha fazer (At 9.6).

 3-O perseguidor Perseguido (At.9.25)

1.      A recepção de Paulo na igreja foi um pouco diferente.

2.       Ele jejuou, orou e esperou por três dias antes que obtivesse alguma explicação para tudo àquilo que aconteceu com ele.

3.      Essa atitude de Paulo mostra sua rápida transformação.

4.       Claro que, como fariseu, orava e jejuava, mas agora era diferente.

5.      Esperou calmamente que o Senhor lhe enviasse uma resposta e, enquanto isso, apenas jejuou e orou.

6.      Como diz Stott, “o rugido do leão foi transformado em balido de cordeiro”.

7.      Seu relacionamento com Deus foi transformado.

8.      Deste ponto em diante, ocorreu a Saulo a maior mudança de toda sua vida – em relação à igreja.

9.       Assim que se sentiu fortalecido com a acolhida de Judas e Ananias, Saulo saiu pregando na cidade, causando espanto e confusão em todos os judeus, e passou a ser perseguido.

10.    Alguns deles tramaram a morte de Saulo, que saiu fugido em um cesto pela muralha da cidade.

11.    A igreja a qual odiara passou a ser objeto de um amor apaixonado e contagiante.

12.    Saulo também mudou seu relacionamento com os judeus.

13.     Em vez de concordar com eles sobre o Messias, passou a demonstrar que Jesus era o Cristo que eles ainda esperavam.

14.    Não existe conversão genuína em que não haja mudanças de comportamento e de relacionamento para com Deus, com a igreja e com o mundo.

15.     Ensinemos essa verdade tão importante e tão ausente nas pregações evangélicas de hoje.

 

 Pr. Carlos Borges (CABB).

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

A EXPANSÃO DA IGREJA E O MARTÍRIO DE ESTEVÃO

 


At.6.1-57 – At.7.54-60

Introdução: Quando lemos a respeito da Igreja Primitiva, somos informado sobre os milagres, a solidariedade, a generosidade e a comunhão dos cristãos e podemos  desejar ter feito parte  desta Igreja Perfeita. Nenhuma igreja foi ou será perfeita até que Cristo e seus seguidores estejam unidos  em sua segunda vinda.

 

I DESAFIOS À EXPANSÃO

1-Distribuição de Alimentos (At. 6.1)

1.      Mas na verdade, a Igreja Primitiva tinha problemas, assim como temos hoje.

2.      À medida que a Igreja crescia, aumentavam as necessidades e os problemas a serem resolvidos, ou seja, a demanda de trabalho era enorme para os apóstolos. 

3.      Contudo, eles sabiam que para que o fluir de Deus continuasse na Igreja eles precisavam continuar dedicados à Palavra de Deus e a oração.

4.      Foi dessa necessidade que surgiu o ministério dos diáconos (do grego antigo ministro, servo, ajudante).

5.       Os apóstolos se reuniram oraram e nomearam a princípio sete diáconos para auxiliar no ministério.

6.      De agora em diante, as questões funcionais da Igreja passavam a ser responsabilidade deles.

7.      Um dos diáconos que mais se destacou na Igreja Primitiva foi Estevão: “homem cheio de fé e do Espírito Santo”.

8.      Ele era poderoso em Deus.

9.       Anunciava o Evangelho de Jesus Cristo e Deus por meio dele operava sinais extraordinários.

 

2-A Instituição dos Diáconos (At. 6.2)

1.      A medida que a Igreja Primitiva crescia, suas necessidades  aumentavam.

2.      Uma delas era organizar a distribuição de alimentos para os pobres.

3.      Os apóstolos precisavam concentrar-se na pregação, então  escolheram  diáconos par administrar o problema, isto, é, a distribuição de alimentos.

4.      Cada cristão tinha uma função vital a desempenhar na Igreja.

5.      É necessitamos de uma estrutura para não deixamos ninguém desamparado.

6.      Não temos que termos posição social elitista diante dos irmãos, mais sim para servir, por isso somos ministros (servo ) e dedicamos nossos ministérios ( servindo) aos nossos irmãos.

7.      Eles não foram escolhidos por sua posição social, ou para agradar alguém, foram colocadas características próprias para cumprir a missão de servir as mesas.

 

3- Implementação e resultados (At. 67)

1.      Crescia a palavra de Deus. O que o Jesus Cristo tinha feito na vida das pessoas estava espalhando-se em toda a região.

2.      Homens e mulheres tornaram-se discípulos submissos ao senhorio de Cristo.

3.      Eles não estavam envergonhados da fé que professavam; ao contrário, com grande coragem suportavam o testemunho da verdade do evangelho que mudara suas vidas.

4.       Aquilo que Jesus havia prometido estava se cumprindo.

5.      Por causa dos salvos que partilhavam com os outros as boas-novas, a Igreja experimentou grande e extraordinário crescimento.

6.      Os que vieram a conhecer a Cristo não guardaram tal conhecimento para si, mas saíram e partilharam com os outros.

7.      Em outras palavras, os problemas podem surgir para prejudicar, mas, no fim, tomadas as devidas providências, Deus será Glorificado.

8.      O Evangelho de Cristo é infinitamente mais poderoso para nos unir do que qualquer  diferença  sociocultural para nós separar.   

 

II O DIÀCONO ONTEM E HOJE

1-Servo (At.6.2)

1.      Os apóstolos sabiam que a resolução do problema carecia de apoio e atenção.

2.       Embora os apóstolos fossem sensíveis o bastante para reconhecer a natureza da questão, eles também foram cuidadosos para reconhecer as prioridades estabelecidas pela vontade de Deus sobre os líderes da Igreja.

3.       Eles não podiam deixar de fazer aquilo que Deus os vocacionara para fazer — pregar e ensinar a Palavra de Deus, e conduzir a Igreja em oração — a fim de servir as mesas.

4.      Era preciso fazer algo para suprir as necessidades dos cristãos carentes.

5.      O trabalho de administrar e distribuir assistência aos necessitados teria de ser contínuo, portanto, um ministério de serviço, diferenciado do ministério da Palavra.

6.      A palavra serviço aqui e ministério (v. 4) é a mesma palavra traduzida em português, em outros contextos, por diácono.

 

2-Requisitos Bíblicos (At.6.3)

1.      Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões. 

2.      Os líderes da Igreja incluíram toda a congregação no processo de escolha.

3.       O conselho local das comunidades judaicas normalmente consistia de sete homens conhecidos como os sete da cidade.

4.       Os tais eram conhecidos pelo seu comportamento exemplar na comunidade.

5.      No caso dos diáconos escolhidos para servir à Igreja, eles deviam ser escolhidos entre as pessoas de boa reputação, e entre os cheios do Espírito Santo e de sabedoria.

6.       A vida desses homens deveria ser condizente com a fé que professavam.

7.      Eles sabiam qual era a vontade de Deus e estavam comprometidos em levar seu testemunho até o fim de suas vidas (Ef 5.15-18).

8.      Assim, eles eram confiáveis para assumir tal responsabilidade e autoridade.

 

3-Solucionador de Problemas (At.6.1)

1.      Havia outro problema interno na Igreja Primitiva.

2.      Os judeus de origem hebraica falavam hebraico.

3.      Os judeus helenistas falavam grego.

4.      Estes judeus de outras parte do mundo provavelmente se converteram  ao cristianismo no Pentecostes.

5.      Os cristãos que falavam grego reclamaram que suas viúvas não eram tratadas  de forma igual.

6.      Talvez esse favoritismo não fosse intencional, a causa seria a barreira causada pelo idioma.

7.      Para corrigir a situação, os apóstolos constituíram sete homens responsáveis que falavam grego como responsáveis  pelo programa de distribuição de alimentos.

9.      Isto resolveu o problema e permitiu que os apóstolos mantivesse  seu foco no ensino  e na pregação das Boas Novas de Jesus.

 

III O SERMÃO DO MARTÍRIO DE ESTEVÃO

1--O Sermão de Estevão (At.7.1-50).

1.      Crescia a palavra de Deus - O que o Jesus Cristo tinha feito na vida das pessoas estava espalhando-se em toda a região.

2.       Homens e mulheres tornaram-se discípulos submissos ao senhorio de Cristo.

3.       Eles não estavam envergonhados da fé que professavam; ao contrário, com grande coragem suportavam o testemunho da verdade do evangelho que mudara suas vidas.

4.       Aquilo que Jesus havia prometido estava se cumprindo.

5.      Por causa dos salvos que partilhavam com os outros as boas-novas, a Igreja experimentou grande e extraordinário crescimento.

6.       Os que vieram a conhecer a Cristo não guardaram tal conhecimento para si, mas saíram e partilharam com os outros.

7.       Grande parte dos sacerdotes.

8.       Calcula-se que havia em Jerusalém ao menos oito mil sacerdotes.

9.      Lucas não está fazendo menção aqui aos que atacaram a fé (At 4.1,2; 5.17,18).

10.     A maioria desses sacerdotes não era das mais altas famílias sacerdotais.

11.    Eles tinham vocações comuns que lhes permitiam servir no templo periodicamente — caso semelhante ao de Zacarias, o pai de João Batista.

12.    Tratava-se de homens humildes, sacerdotes dedicados a Deus que se tornaram obedientes à fé, que reconheciam ser Jesus o Cristo.

13.     O significado do serviço deles no templo foi elevado porque eles entenderam a verdade por trás dos rituais que executavam.

 

 

2-A Rejeição do Espírito Santo (At.7.51-53)

1.      Na epístola aos efésios está escrito: “Não entristeçam o Espírito Santo de Deus, com o qual vocês foram selados para o dia da redenção”.

2.      Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade.” (Ef 4:30,31).

3.      Resistir ao Espírito Santo é recusar, de forma consciente, a sua vontade divina transmitida por Ele.

4.      Entristecemos o Espírito Santo quando estimulamos as obras da carne por meio da conversação maligna e corrupta, da linguagem impura e pecaminosa.

5.       Ademais, muitos entristecem o Espírito Santo quando se esquecem de que Ele nos convence do pecado, levando-nos próximos à justiça e ao juízo, e assim, quando não aceitamos a correção do Espírito e insistimos em praticar coisas que entristecem o Espírito de Deus, Ele se entristece, afinal, Ele é uma Pessoa.

1.      Dura cerviz - É o mesmo que coração endurecido; é obstinado (persistente, teimoso), e não cede – é o caráter  generalizado da nação israelita (Dt.9.6-13).

2.      Incircunciso de coração e de Ouvido: O coração e o ouvido deles não são piedosos e nem estão entregues  a Deus.

3.      Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim vós sois como vossos pais.

4.      Os homens da Bíblia não são pensadores e teóricos, que desenvolvem sistemas de visão de mundo ou teológicos sobre Deus, mas são testemunhas do Deus vivo, por meio dos quais Ele atua.

5.      Porque a graça de Deus, por sua vez, tampouco é mera intenção amigável dele, e sim uma ação poderosa de socorro.

6.      A igreja cresceu em Jerusalém e com esse crescimento sobrevieram discórdias internas.

7.      Mesmo assim, a igreja permaneceu firme e continuou a crescer em número em Jerusalém.

 

3-O Martírio de Estevão (At. 7.54-60).

1.      Estêvão era um membro da Igreja de Jerusalém, e aparece na narrativa bíblica no livro de Atos dos Apóstolos.

2.      Ao ouvirem essas graves acusações feitas por Estêvão àqueles homens ficaram completamente enfurecidos.

3.      Mesmo assim, Estêvão fez uma grandiosa declaração que ficaria perpetuada nas páginas da Bíblia. Ele disse: “Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem em pé à destra de Deus” (Atos 7.56).

4.       Estêvão sabia que Jesus era o seu advogado.

5.      Isso não significava que ele seria livrado da morte, mas que a justiça de Deus vindicaria não somente seu sangue, mas o sangue de todos os mártires (Apocalipse 6.10,11).

6.      Então aqueles homens agarram Estêvão, o levaram para fora da cidade e o apedrejaram.

7.       O texto de Atos nos diz que as vestes dos executantes de Estêvão foram deixadas aos pés de um jovem chamado Saulo, que consentia na morte de Estêvão (Atos 7.58-60).

8.      Estêvão aparece muito rapidamente na narrativa bíblica.

9.       Não sabemos nenhuma informação biográfica sobre ele, ou qualquer outro detalhe que faz com que seja possível conhecermos um pouco melhor sua origem.

10.    No entanto, o curto relato sobre ele no livro de Atos é suficiente para termos a certeza do tipo de homem que Estêvão foi.

11.    Quando olhamos para seu testemunho diante de uma morte iminente, percebemos que aquela discussão citada sobre sua origem, se ele era da Palestina ou da Dispersão, não faz qualquer sentido.

12.     Isso porque Estêvão era um cidadão do céu.

13.    Ele amava mais a sua pátria celestial do que suas tradições e origem terrena.

14.    Ele amava mais a vida de seu Mestre, do que sua própria vida.

15.    É impossível não percebermos as semelhanças entre as acusações sofridas por Estêvão, bem como sua própria morte, e as acusações depositadas sobre Jesus e sua morte no Calvário.

16.     Estêvão foi condenado à morte por falsas acusações, tal como Jesus também o foi (cf. Mateus 26:59-61; Marcos 14:58).

Pr.Carlos Borges (CABB)