quinta-feira, 26 de setembro de 2019

DE FRENTE COM A OPOSIÇÃO

Agora, pois, ó Senhor, olha  para as suas  ameaças e concede  aos teus servos que falem com toda a ousadia a tua Palavra,enquanto estendes a mão para curar, e para que se façam sinais  e prodígios pelo nome do teu Filho Jesus At.4.29,30.

Toda pessoa  que está  claramente identificada com Cristo e decide servi-lo em tudo o que ele manda, certamente enfrentará diversos tipos  de perseguição. Isto é tão certo como o sol que nasce  a cada manhã. Uma grande nuvem de testemunhas em todos os tempos testificam  a perseguição é parte  do preço que devemos  pagar por seguir o Filho de Deus. Não somente isto, mas o grande  número de passagens bíblicas, especialmente  no Novo Testamento, nos afirma que  sofremos  por causa  do evangelho. O fato é que não pertencemos  ao sistema  deste mundo, nem  nos conformamos aos seus parâmetros. Assim  como acontece  a uma substância  estranha  em nosso corpo, o mundo procura expulsar todo aquele que não lhe pertence.
A questão fundamental para nós, não é se vamos  ou não sofrer, mas sim definir qual deve ser  nossa atitude frente às dificuldades. Os apóstolos na igreja primitiva  pregavam com palavra  e atos  que o Cristo tinha ressuscitado, e que agora estava sentado à destra do Pai governando com toda a autoridade. Os sinais e prodígios acompanhavam aos criam  e a cada dia aumentava  o número dos salvos. Para os que tinham matado Jesus isto, claramente, se constituía em nova  ameaça, e agiram com rapidez prendendo  os apóstolos. Aos soltá-los, os ameaçaram  e os proibiram de pregar em nome de Jesus.
A reação deles diante  deste contratempo  deixa-nos  uma lição clara sobre a maneira como  o líder deve agir  em tempos de oposição. Na maioria dos casos que conheço, quando as pessoas  estão em dificuldades, elas se esforçam para achar  uma forma de eliminar o problema. Todas suas orações  vão numa  única  direção: Senhor, peço-te  que me tires desta situação ou que retires esta dificuldade do meu caminho.
Observe  que os apóstolos  não oraram desta maneira. Eles entendiam que a oposição fazia parte do chamado. Em vez disso, pediram  a Deus  que lhes  desse fidelidade em meio à tormenta. Ou seja, sua preocupação era que, em meio à perseguição, não fossem infiéis a Cristo. Tinham  uma vocação: proclamar as Boas Novas do Reino. A ameaça feita pelo Sinédrio colocava em risco a missão  que lhes  fora designada . Era isto que verdadeiramente  os preocupava. Eles desejavam prosseguir realizando a obra para a qual tinham sido chamados, mesmo as coisas estando difíceis.
Em meio  a esta determinação de seguir  adiante sem se importar  com as circunstâncias, pediram a Deus não apenas  que lhes  desse  coragem, mas  que confirmasse a  obra de suas mãos por meios de sinais e prodígios. Com certeza, essa  oração agradou  a Deus, pois mal  terminaram de falar, o lugar tremeu e todos foram cheios do Espírito Santo. Receberam o que necessitavam e a obra seguiu  avançando a vontade  de Deus.

Este é trecho acima é uma postagem extraída  do Livro Eleva Teus Olhos - de Christopher Show.

Pr. Carlos Borges (CABB).          

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

ORGANIZAÇÃO DA IGREJA E ENSINO DA VERDADE



Tt.1.1-5
Introdução: O intento da Epístola. Qual era o principal propósito da Epístola de Tito? O objetivo de Paulo era dar conselhos ao jovem pastor Tito a respeito da responsabilidade que ele havia recebido. Tito recebeu a incumbência de supervisionar e organizar as igrejas na ilha de Creta. Paulo havia visitado a ilha com Tito e o deixou ali com esta importante incumbência (v.5).

I A ESPERANÇA GLORIOSA
1-Serviço e Apóstolo (Tt. 1.1)
·        Duas passagens indicam claramente as qualificações que um homem tem que possuir para servir como bispo (1 Timóteo 3:1-7; Tito 1:5-9).
·        Nenhum homem que não possua todas estas qualificações deverá ser selecionado para servir como presbítero/pastor/bispo.
·        Antes de selecionar seus pastores, os membros da igreja local deverão estudar cuidadosamente estas listas para estarem certos de que tenham dois ou mais homens verdadeiramente qualificados.
·         Paulo falou de qualificações familiares: esposo de uma só mulher governa bem a própria casa, tem filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados.
·        Ele deu uma extensa lista de exigências espirituais e morais: irrepreensível, temperante, domínio de si, sóbrio, modesto, hospitaleiro, tem bom testemunho dos de fora, não dado ao vinho, não violento, cordato, inimigo de contendas, não avarento, não arrogante, não irascível, amigo do bem, justo, piedoso.
·        Um bispo precisa também ter experiência e capacidade para ensinar: apto para ensinar, não neófito, apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem.

2- A grande Esperança ( Tt.1.2,3)
·        Em Tito 1, Paulo procura dar a Tito instruções específicas para organização da Igreja em Creta.
·        O desafio de Tito era lidar com mestres insubordinados e a perversão das pessoas da época.
·        A vocação para o ministério deve ser confirmada pelo bom testemunho.
·         Paulo indica a Tito quais as características que ele deve observar, antes de nomear os dirigentes da Igreja.
·        Pessoas desajustadas, caloteiras, gananciosas, beberrões, antipático e antissocial não podem de maneira nenhuma dirigir a Igreja de Deus.
·        Paulo encerra Tito 1, dizendo a Tito que puros e impuros têm pontos de vista bem diferentes. Isto por causa, da mente de cada um.
·        A expressão não pode mentir traduz uma única palavra grega que significa verdadeiro ou livre de todo engano.
·         A salvação que o Altíssimo prometeu a todos nós que conhecemos Seu Filho será concretizada.
·         Ele é fiel às Suas promessas. A primeira ação disciplinar de Deus registrada contra a igreja foi por motivo de mentira (At 5.3).
·         Um dos indícios dos últimos tempos é a hipocrisia de homens que falam mentiras (1 Tm 4.2).
·         Não costumamos levar a mentira tão a sério quanto os pecados sexuais, mas o Senhor sabe que, se a palavra do homem não é digna de confiança, então nada mais importa.

3- Paternidade Espiritual (Tt.1.4)
·        Verdadeiro filho. Nascido legitimamente, Tito era mais uma pessoa que Paulo havia convertido — uma ocorrência maravilhosa.
·        A fé comum. A fé tida em comunhão. Graça, misericórdia e paz- Essa era a saudação costumeira de Paulo nas epístolas pastorais.
·        Paulo orienta Tito a indicar líderes para as igrejas de Creta, os quais deviam ter sua vida familiar em ordem (v.6), evitar os vícios apresentados no v. 7 e cultivar as virtudes mencionadas no v.8. Seu ministério devia ensinar fielmente a verdade do evangelho (v.9).
·        Restam indica que a organização das igrejas de Creta estava incompleta devido à pequena duração da visita de Paulo.
·        Paulo identifica deficiências em três áreas específicas: (1) falta de organização nas igrejas (v.5-9); (2) falsos mestres sem ninguém para enfrentá-los (v. 10,11; 3.10,11); (3) necessidade de ensino da doutrina e de habilidades para a vida prática (2.1-10; 3.1,2).
·        Tito foi deixado ali para pôr em boa ordem tais deficiências. O primeiro passo dele para concluir essas tarefas foi estabelecer presbíteros em cada cidade (At 14-23).


II UMA MISSÃO DIFÍCIL
1-O Propósito do envio (Tt.1.5).
·        Ao que parece, naquela época, havia diversos líderes para cada igreja, em vez de um principal.
·        As palavras presbítero e bispo (literalmente, supervisor) em grego parecem ter sido usadas alternadamente por Paulo (v.7).
·        Presbítero talvez se refira mais ao cargo e à sua autoridade, enquanto bispo trate mais da função da pessoa e do ministério da supervisão (At 20.17).
·        Irrepreensível significa não ter nada que possa servir de base para acusar a  conduta de alguém (1 Tm 3.2).
·         Esta deve ser a principal característica do presbítero.
·         No entanto, Paulo define melhor esta irrepreensibilidade com outras 16 qualidades, as quais fazem parte de três áreas: vida familiar (v.6), vida pessoal (v.7,8) e crenças doutrinárias (v.9).
·        O contraste entre o comportamento irrepreensível dos presbíteros da igreja e o comportamento vil dos falsos mestres deveria ficar claro para todos (v.10-16).


2-Contruir bons líderes (Tt.1.6-9)
·        O presbítero não devia ser soberbo, e, sim, temperante.
·        Se só pensasse no seu lado, como os falsos mestres de Creta (v.10-16), não teria o caráter necessário à promoção das boas obras e da sã doutrina entre os cristãos.
·        Convencer significa censurar de forma tal a produzir arrependimento e confissão do pecado (Jo 16.8).
·        Censurar pode ter resultados positivos e mudar a vida do homem.
·        Os líderes devem ser nomeados (v.5'9), para que impeçam os falsos mestres de disseminarem uma doutrina imoral.
·        Muitos desordenados. Nestes versículos, Paulo trata das características dos falsos mestres, cujos ensinamentos iam de encontro à verdade e estavam minando a autoridade dos líderes da igreja.


3- Silenciar os hereges (Tt.1.10,11)
·        Os da circuncisão. Ao que parece, havia judeus cristãos nas igrejas de Creta que estavam limitando a liberdade dos cristãos gentios, exigindo que obedecessem às leis judaicas (Gl. 3).
·        É claro que Deus quer homens espiritualmente maduros que se dedicarão aos seus irmãos para servir como presbíteros.
·        Este não é o trabalho dos jovens, dos novos convertidos, ou homens que ainda não aprenderam a guiar suas próprias famílias, nem é papel atribuído a mulheres.
·        Estas qualificações não se adquirem recebendo diplomas de cursos de seminários, mas dedicando-se ao serviço do Senhor.


III RIGOR E DISCIPLINA
1-Pessimo testemunho (Tt.1.12)
·        Os cretenses são sempre mentirosos, bestas ruins, ventres preguiçosos.
·         Aqui, Paulo cita o poeta cretense Epimênides, que escreveu tais palavras por volta de 600 a.C.
·         O povo de Creta tinha tanta fama de mentiroso no mundo mediterrâneo que a expressão cretanizar significava mentir.
·         Paulo estava comparando a reputação daqueles habitantes com a de Deus.
·         O Senhor é incapaz de mentir (v.2).
·        O que é ser cristão?
·         A palavra,  cristão quer dizer pequeno cristo, ou seja, cópia/discípulo do Verdadeiro.
·         A designação não está relacionada à religião de alguém, mas sim, à identidade que essa pessoa tem com a pessoa de Jesus Cristo.
·        O que vemos nos dias atuais é, dizer que é cristão virou um tipo de "status", há alguns anos atrás ser cristão era sinônimo de honestidade.
·        Hoje já não é mais, e não é porque aqueles que não são cristãos acusam os que são de ladrões ou coisas piores, infelizmente vemos pessoas públicas, dentro da igreja, da política, do meio artístico, futebolístico.
·        Que se proclamam cristãos, mas, na verdade é um péssimo exemplo para a sociedade.
·        Uma pergunta, se a nossa igreja fossem fechadas, hoje, as pessoas que moram perto dela sentiriam falta?
·        Se você fosse arrebatado por Jesus Cristo, hoje, as pessoas que te conhecem sentiriam a sua falta?
·        Ou seja, que testemunho tem dado aos que nos cercam?


2- Repreensão Severa (Tt.1.133,14)
·        Este testemunho é verdadeiro. Paulo os confirma como fatos e diz: repreende-os severamente.
·        Não era ocasião para timidez. Agir severamente (gr. apotomôs) quer dizer interromper abruptamente.
·        Para que significava que o objetivo da reprimenda era fazer com que o cristão fosse são ou saudável na fé.
·        Repreende-os tem sentido não vingativo, mas curativo, como sempre deve ser.
·        A palavra fábulas sempre é usada em contraste à doutrina cristã (1 Tm 4-6,7).
·        Essas fábulas judaicas deviam ser lendas sobre figuras do Antigo Testamento, como algumas que sobrevivem até hoje em escritos não bíblicos.
·        Tal especulação não só contrariava a verdade, como também minava a fé (v.13).
·        Mandamentos de homens.
·        As normas que provêm da falsa doutrina são contrapostas às boas obras (v.16) que devem proceder da doutrina sã (veja exemplos de fábulas e mandamentos do homem em Marcos 7.1-16).


3- Impureza interior e higiene (Tt.1.15,16)
·        Neste versículo, Paulo destaca o equivocado ascetismo dos falsos mestres cretenses, que haviam apontado certas práticas e alimentos como impuros quando, na verdade, seus espíritos que eram contaminados e infiéis.
·        Por outro lado, todas as coisas são puras para os puros.
·        Como os cristãos de Creta haviam depositado sua confiança em Cristo e se voltado para Ele, teriam o poder do Espírito de Deus para viver de forma pura.
·         Jesus ensinou o mesmo princípio em Mateus 15.11.
·        Nem objetos físicos, nem práticas externas aviltam a pessoa; o que a corrompe completamente é uma mente voltada para o mal.
·        Embora geralmente os cristãos de hoje não se preocupem em cumprir ritos judaicos, o princípio ainda se aplica.
·        Temos de preocupar-nos mais em renovar nossa mente e concentrá-la em Jesus do que em observar uma lista de regras sem fundamento bíblico.

Pr. Carlos Borges (CABB)

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

COMBATI O BOM COMBATE


2 Tm. 4.1-5
Introdução: Qualidade de quem é fiel; lealdade. Semelhança entre o original e a cópia. Afeição constante. Probidade.  Exatidão, pontualidade. Encontramos na Palavra de Deus muitos textos que falam de fidelidade, ou que falam a respeito daquele que é fiel… Dizer que é fiel quando tudo vai bem é fácil.  Somos desafiados a vivermos uma vida de fidelidade seja em qual for à situação, não importando com o tamanho do problema ou do desafio que temos pela frente, e nem mesmo com o tempo que isso possa durar.

I O DEVER SOLENE
1- Fidelidade na pregação (2 Tm. 4.1-2).
·        Para Timóteo era importante pregar as Boas Novas deforma que a fé cristã pudesse se espalhar por todo o mundo.
·        Cremos em Cristo hoje porque como Timóteo foi fiel à sua missão.
·        Ainda hoje, divulgar as Boas Novas é de vital importância para os crentes.
·        Jesus virá em breve, e deseja encontrar os crentes fiéis prontos para a sua vinda.
·        Em certas ocasiões pode parecer inconveniente defender a Cristo ou falar seu amor às pessoas, mas pregar a Palavra de Deus é a responsabilidade mais importante da Igreja e de seus membros.
·        Esteja preparado para aproveitar as oportunidades que Deus lhe concede de pregar as Boas Novas corajosamente.

2- Predição da apostasia (2 Tm. 4.3,4) fd.
·        “Apostasia (em grego antigo  [apóstasis], “estar longe de”) tem o sentido de um afastamento definitivo e deliberado de alguma coisa, uma renúncia de sua anterior fé ou doutrinação”.
·        Geralmente o que deixa arrepiados os defensores da ideia de que “um crente nunca se desvia” é a questão da apostasia.
·         Como ter um apóstata sem ter um perdido da verdadeira fé e da real conversão?
·         E o termo “Apostasia” parece mesmo indicar um real cataclismo na vida de um salvo.
·         Para alguém apostatar era preciso ser membro de um partido da sociedade helênica.
·        Quando a pessoa, de livre vontade e escolha, decidia sair do seguimento partidário que frequentava e procurava outro partido de cosmovisão antagônica, este indivíduo cometia a apostasia e se tornava um apóstata renegado.
·        O contexto cultural e etimológico da palavra mostra que era impossível alguém apostatar sem ter sido membro de um partido.
·        Assim, como veremos nos comentários abaixo, tudo indica que a palavra “apostasia” dentro da ótica teológica adverte para a possibilidade da queda soteriológica(doutrina da salvação) do crente. 

3- Fidelidade suprema a Deus (2 Tm. 4.5).
·        Para manter-nos calmo quando nós formos atingido ou sacudido por pessoas ou circunstâncias, não devemos reagir precipitadamente.
·        Em qualquer trabalho ministerial a que nós venhamos empreender, manter o equilíbrio pessoal ajuda estar moralmente alerta à tentação, resistência à pressão e vigilante quando estiver desempenhando uma grande responsabilidade.
·        Quando o final de sua vida estava se aproximando, Paulo pode confiadamente dizer que foi fiel ao seu chamado.
·        Desse modo, ele enfrentou a morte calmamente, sabendo que seria recompensado por Cristo.
·        Seu modo de viver lhe fornece a correta preparação para a morte?
·        A boa noticia é que a recompensa divina não é somente para os gigantes da fé, como Paulo, mas para todos os que estão esperando ansiosamente pela segunda vinda de Cristo.
·        Paulo disse essas palavras para encorajar Timóteo e a nós, de forma que, não importa quão difícil o combate possa parecer, possamos continuar lutando.
·        Um dia quando estivermos com Jesus, descobriremos que valeu a pena.

II COMBATI O BOM COMBATE
1-Combati o bom Combate (2 Tm. 4.6).
·        Esta frase está dentro de um contexto onde o apóstolo simplesmente exorta Timóteo.
·        Ele era filho na fé e companheiro de ministério, a permanecer firme, sempre com fidelidade e zelo na pregação do Evangelho (2 Timóteo 4:1-5).
·        O apóstolo também diz que ele próprio já estava de partida desde mundo (2 Timóteo 4:6-8).
·        Quando estudamos os três versículos que compõe todo esse pensamento do apóstolo Paulo, percebemos algo interessante neles. É possível perceber que o apóstolo analisa sua fé em três perspectivas diferentes: passado, presente e futuro.
·        No Presente - No versículo 6 ele utiliza uma metáfora baseada na linguagem sacrifical do Antigo Testamento.
·        Ele faz referência à ocasião onde o vinho era derramado junto ao altar como uma oferta de gratidão a Deus, isto é, a libação (cf. Números 15:5-10).     
·        No passado - Após fazer a analise da sua situação no presente, o apóstolo agora olha para o passado. É aí então que ele declara: “Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé”.
·        No Futuro - Após ter olhado para o presente e para o passado, o apóstolo foca o futuro e faz outra importante declaração.
·        Ele diz: “Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não apenas a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda” (2 Timóteo 4:8).

2- Completei a carreira (2 Tm 4.7)
·        O apóstolo agora utiliza o simbolismo de uma corrida de obstáculos.
·        Ele aponta para o fato de que pela graça de Deus ele conseguiu completar o ministério para o qual foi chamado.
·         Em nenhum momento de sua carreira ele desviou-se de seu serviço no Reino de Deus.
·         Antes, ele não mediu esforços para que Deus fosse glorificado como Senhor do universo.
·        O grande objetivo da carreira de Paulo obviamente era a salvação de pecadores através do Evangelho de Cristo (1 Coríntios 9:22-24; 10:31-33).
·         Ele mesmo nos ensina sobre a principal motivação da evangelização, que consiste em Deus ser glorificado entre os homens (Romanos 1:16-3:20).


3 – Guardei a Fé (2 Tm. 4.8).
·        Esta expressão conclui a declaração de Paulo ao analisar seu ministério que estava chegando ao fim.
·        Ao dizer “guardei a fé”, o apóstolo estava afirmando sua confissão de fé. Ele estava dizendo que sua confiança no Deus que o escolheu, permaneceu inabalável.
·        Perceba que essa é uma conclusão muito apropriada para quem disse “combati o bom combate, acabei a carreira”.
·         Essa conclusão explica o porquê desse resultado final, a saber, a fé que o manteve firme até o fim.
·        Ele só combateu o bom combate e completou a carreira porque a fé genuína o sustentou.
·        Diante dessa declaração, nunca devemos pensar que ele estava reivindicando para si qualquer mérito próprio, como se ele mesmo, por seus próprios esforços, tivesse guardado a fé sem negá-la em nenhum momento.
·        Ao contrário disto, o próprio apóstolo já havia ensinado anteriormente que Deus é quem mantém seu povo firme até o fim (1 Coríntios 1:8, 9).


III SAUDADE E DESPEDIDA
1- Visita de Timóteo (2 Tm. 4.9-13).
·        À luz de sua morte iminente, Paulo pediu que Timóteo fosse visitá-lo.
·         Paulo concluiu a epístola com as saudações costumeiras.
·         Paulo escreveu ainda outra seção de reflexões que foram seguidas por exortações a Timóteo.
·         Esse material é dividido em: o anúncio da morte iminente de Paulo (vs. 6-8) e diversas exortações (vs. 9-18).
·        Paulo entendia a sua morte iminente como uma oferta a Cristo – vs. 6. Cristo havia feito tanto que Paulo daria a sua própria vida a ele em gratidão.
·        Quando ele reafirma que o seu tempo estava próximo, ele usa outra metáfora para a morte (Fp 1.23) que, para Paulo, carregava a esperança e a certeza de um destino além do túmulo (vs.18).


2- Solidão (2 Tm. 4. 14.16)
·        Quem nunca passou por momentos de solidão?
·        Chega um determinado momento na vida da gente em que nos encontramos vazios e sozinhos.
·         Experimentamos a multidão e ainda assim a sensação de estar só é cada vez mais forte.
·        Esse é um momento de avaliar, consertar, ver os prós e os contras, momento de ver onde temos errado os comportamentos que necessitam serem modificadas, as atitudes e decisões que precisam ser tomadas.
·        Avaliar quem são os verdadeiros amigos, as pessoas que realmente nos amam, avaliar quem nós amamos e qual o real valor que temos dado a essas pessoas.
·        Embora Paulo fosse abandonado de todo o Senhor o tinha assistido e o revestido de forças.
·        Há muito tempo Paulo havia aprendido que ele poderia sempre depender do poder daquele que o havia chamado (2Co 12.9-10; Fp 4.11-13).
·        Às vezes encontramos pessoas super espirituais que fingem nunca sentir solidão e nem ter necessidades de amigos, pois a companhia de Cristo lhes satisfaz em todas as necessidades.
·        Pura ilusão - A amizade humana é uma provisão amorosa de Deus.


3- Confiança no Senhor (2 Tm. 4.17-22).
·        Paulo estava afirmando sua convicção na vida eterna após a morte.
·        Paulo sabia que o seu fim nesta terra se aproximava, e estava pronto para partir.
·        Ele permaneceu confiante no poder de Deus, mesmo ao enfrentar a morte.
·        Qualquer pessoa que estiver enfrentando uma luta de vida ou morte pode ser confortada ao saber que Deus levará cada crente a salvo e em segurança, através da morte, para o seu Reino Celestial.
·        Primeiro, Ele se Fortalecia no Senhor!
·        Paulo sustenta sua vida em Deus. “O Senhor me assistiu e me revestiu de forças” (2 Tm 4.17).
·         Estava preso, sendo acusado, sentindo-se abandonado, faltando amigos, o frio chegando, mas ele sabe onde buscar forças e assim é tratado pelo próprio Deus.
·         Muitas vezes os desafios são enormes, a vida se torna complexa e pesada.
·        Onde encontrar forças?
·        Como não sucumbir às provocações e perdas? Encontra sua força no próprio Deus.
       
       Pr. Carlos Borges (CABB)