sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

A TEMPESTADE ACALMADA



Mc. 4.35-41
Introdução: Jesus acalma a tempestade, certamente um dos relatos mais impressionantes que podemos imaginar. O palco era o barco naquele dia, e o Autor da vida mostrou mais uma vez a sua grandeza em relação a absolutamente tudo, até a natureza.

35. “E, naquele dia, sendo já tarde, disse-lhes: Passemos para o outro lado.36.. E eles, deixando a multidão, o levaram consigo, assim como estava, no barco; e havia também com ele outros barquinhos. 37.E levantou-se grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de maneira que já se enchia. 38.E ele estava na popa, dormindo sobre uma almofada, e despertaram-no, dizendo-lhe: Mestre, não se te dá que pereçamos? 39.E ele, despertando, repreendeu o vento, e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança. 40.E disse-lhes: Por que sois tão tímidos? Ainda não tendes fé? 41. E sentiram um grande temor, e diziam uns aos outros: Mas quem é este, que até o vento e o mar lhe obedecem?” (Marcos 4.35-41)


I ASPECTO DO MILAGRE
1-A travessia do mar (Mc. 4.36).
1.      V. 36 – Esse versículo fala da travessia de vários barcos, e não apenas de um, bem como da despedida das multidões, que tinham acabado de ser instruídas por meio de parábolas.
2.      Talvez Marcos desejasse dizer-nos que se tornara difícil para Jesus escapar das multidões, mesmo quando atravessava o lago, pois outros tinham aprendido a seguir Jesus.
3.       Ou então, conforme alguns sugerem, Jesus reunira grande número de discípulos por essa época.
4.      A esses era permitido segui-lo, o que significa que, pelo menos em algumas ocasiões, foram incluídos no círculo mais íntimo.
5.      Talvez alguns dos setenta estivessem entre eles.

2-A Tempestade (Mc. 4.37)
1.      Em primeiro lugar, as tempestades da vida são inesperadas.
2.       William Barclay diz que o Mar da Galileia era famoso por suas tempestades.
3.      É um lago de águas doces, de 21 quilômetros de comprimento por 14 de largura, há 220 metros a baixo do nível do Mar Mediterrâneo e é cercado de montanhas por três lados, que têm até 300 metros de altura.
4.      Os ventos gelados do Monte Hermon (2.790m), coberto de neve durante todo o ano, algumas vezes, descem com fúria dessa região alcantilada e sopram com violência, encurralados pelos montes, caindo sobre o lago, encrespando as ondas e provocando terríveis tempestades. 
5.      Essa era uma profissão que eles tinham anos de prática, então certamente enfrentaram diversas tempestades em suas vidas e também era conhecido que aquela região que estavam passando tinha várias tempestades.
6.      Contudo, mesmo diante de tanta experiência ainda assim ficaram com medo daquela tempestade.
7.      Isso nos mostra que muitas das vezes em nossas vidas podemos ter a experiência necessária para diversas coisas, porém, experiência sem Jesus não adianta de nada!
3-Ele controla a tempestade (Mc). 4.39
1.      Percebemos que mesmo diante de experiência, o que realmente importa é a presença de Jesus Cristo.
2.      Na passagem da tempestade, que estamos analisando, quando os discípulos chamam Jesus, ele rapidamente faz maravilhas.
3.      Assim podemos perceber que a presença de Jesus é muito mais valiosa do que a nossa experiência.
4.       Temos que começar a compreender como igreja de Cristo, que dependemos completamente da presença de Jesus.
5.       Não adianta lotarmos nossos cultos com experiência:
6.      Chamar o pregador mais experiente.
7.      Chamar o cantor mais experiente.
8.      Chamar o maestro mais experiente.
9.      Se mesmo diante de tanta experiência, a presença de Jesus não se manifestar, não adianta nada!
10.    Estamos vivendo uma geração que pede diversos sinais, como milagres, maravilhas, curas e por aí vai…
11.     A minha pergunta para esse geração é: “Onde está a presença de Jesus na sua vida?”.

II O QUE REVELA SOBRE JESUS
1-Ele se importa com as tempestades (Mc. 4.38).
1.      Enquanto Jesus Cristo dormia tranquilamente sobre uma almofada na popa.
2.      Os discípulos lutavam com seus remos e o leme na tentativa de fugir da tempestade.
3.      Mas o esforço daqueles homens era inútil e o perigo de naufrágio era real.
4.      As ondas eram tão grandes que cobriam o barco causando inundação a bordo.
5.      O Mestre só despertou quando foi chamado por seus discípulos.
6.      Eles estavam realmente desesperados.
7.      Por isto eles perguntaram ao Senhor Jesus: “Mestre, não te importa que pereçamos?” (Marcos 4:38).
8.      Ao acalmar a tempestade Jesus revela ser genuinamente Deus.
9.       Se por um lado à plena humanidade de Cristo foi revelada no fato de Ele ter se cansado e dormido no barco, por outro lado sua plena divindade foi revelada quando Ele soberanamente acalmou a tempestade.
10.    Jesus se importa com as tempestades de nossas vidas.

2-Ele age nas Tempestades (Mc. 4.39).
1.      Jesus levanta-se com tranquilidade, repreende o vento que estava agitando as águas, dizendo: “Acalma-te, emudece!”.
2.       O vento aquietou-se, e fez-se grande bonança.
3.       A palavra dita por Jesus produziu uma calmaria instantânea.
4.      Sua voz ainda pode ser ouvida por aqueles que  o escutam.
5.      Nenhuma força até hoje pode perturbar ou causar destruição quando a alma dá ouvidos à sua voz e lhe obedece.
6.      Em sua voz está à substância da intervenção divina na vida humana, e todos nós precisamos muito dessa intervenção.
7.       A maior lição que há aqui é que Cristo pode salvar a alma das tempestades repentinas da vida.
8.      O texto do Evangelho de Marcos (4.35-41) mostra que Jesus não realiza apenas um milagre na natureza, mas, sobretudo é um libertador do medo.
9.       Esse milagre acontece fundamentado na fé e tem como objetivo despertar a fé dos discípulos.

3-Ele acalma os corações (Mc. 4.39).
1.      Os discípulos entraram em pânico porque a tempestade ameaçava destruir todos, enquanto Jesus parecia despreocupado e indiferente.
2.      A tempestade que enfrentaram era manifesta no mundo físico, mas também existem outras.
3.      Pense nas “tempestades” em sua vida., nas situações que lhe trouxeram grandes ansiedades.
4.      Quaisquer que sejam suas dificuldades, você tem duas opções: 1- Pode afligir-se e supor que Jesus não se importa mais com a sua vida. 2- Ou pode resistir ao medo e confiar Nele.
5.      Quando sentir que está entrando em pânico, confesse que precisa de Deus e confie que Ele cuidará de você.
6.      Jesus sempre defendera seus seguidores contra os ataques dos doutores da lei e fariseus, explicando-lhes as parábolas.
7.       
8.       No texto em estudo, Jesus queixa-se da ausência de fé dos discípulos.
9.       Pois os discípulos, em vez de reagir com fé, reagem com muito medo.     


III ENSINAMENTOS
1-Chegamos ao Destino (Mc. 4.35).
1.      “Naquele dia”: isso indica o mesmo dia em que as parábolas anteriores do reino foram proferidas.
2.      “Passemos para a outra margem”: Jesus frequentemente cruzava para o lado oposto do lago, porque aquela região não era muito populosa.
3.      Ali quase não o conheciam, o que lhe dava a oportunidade de escapar das multidões de ouvintes da populosa margem ocidental.
4.      A fé cresce quando permanecemos em Jesus.
5.       Permanecendo em Jesus, reconhecemos o “ser” e a “autoridade” de Jesus.
6.      Com essa fé podemos superar as tormentas da vida, tais como: medos, mortes, doenças, perdas, preocupações, acontecimentos que se acumulam na vida da gente e ameaçam nos derrubar.
7.       A própria vida desenvolve a fé em Jesus. “A fé não é obtida a partir de nossas próprias forças”. A fé é dom de Deus.
8.      A fé não é coisa pequena. Lutero nos diz na explicação do primeiro mandamento: ‘Devemos temer e amar a Deus sobre todas as coisas’.
9.       Jesus nunca nos prometeu que nada nos ameaçaria, mas que segui-lo significa tomar sobre nós a nossa cruz.
10.    “É necessário estar preparado para morrer com ele e confiar em seu poder criador”

2-Não fracassar na fé (Mc. 4.40).
1.      O evangelista mostra que Jesus queria que os discípulos entendessem mais do que entendiam.
2.      Aqui a palavra “tímidos” significa covarde/ medroso.
3.      O evangelista fala do temor covarde que levou os discípulos a entrar em pânico sob a pressão, o que mostra que ainda não haviam aprendido o suficiente sobre Jesus.
4.      Essa critica a falta de fé dos discípulos.
5.      Ainda assim, o milagre acontece.
6.       O mar agitado e o vento de tempestade são acalmados.
7.       Esse texto nos ajuda na seguinte reflexão: duvidar não facilita as coisas, antes atrapalha.
8.      Deus sempre caminhou e continua a caminhar conosco.
9.      Deus quer estar próximo de nós em todas as situações, mas muitas vezes somos ingratos e por qualquer coisa ou problema nos colocamos contra Deus.
10.     Logo dizemos: Deus nos abandonou, ou até mesmo: Deus não existe.
11.    Revoltamo-nos contra Deus, assim como os discípulos se revoltaram contra Jesus, porque durante a tempestade ele dormia tranquilamente.
12.     Manter a calma ajuda-nos a resolver os problemas mais facilmente.

3-A Pergunta mais importante (Mc. 4.41).
1.      Antes, os discípulos estavam tomados de um temor covarde; mas agora foram tomados de grande temor por causa do que tinham acabado de ver.
2.       Um tipo de medo substituiu outros, embora de melhor espécie certamente.
3.      Os discípulos ainda estavam no processo de conhecer Jesus.
4.      Por isso eles ficaram surpresos e novamente entraram em dúvida em relação a ele: “Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?”.
5.      Pouco a pouco, os discípulos se dão conta de que Jesus não é qualquer pessoa que eles estão seguindo, mas é alguém com autoridade sobre o natural e o sobrenatural.
6.      Jesus critica os discípulos por seu medo desproporcional, como se os poderes do mar pudessem destruí-los contra a providência e a vontade de Deus.
7.      Ainda assim, o milagre acontece.
8.      O mar agitado e o vento de tempestade são acalmados. “A palavra dita por Jesus produziu calmaria instantânea”.
9.       Sua voz ainda pode ser ouvida por aqueles que escutam.
10.    Nenhuma força, até hoje, pode perturbar ou causar destruição quando a alma dá ouvidos à sua voz e lhe obedece


                Pr. Carlos Borges (CABB)

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

A MENSAGEM DO REINO DE DEUS



Introdução: A mensagem do Reino de Deus veio para os que vivem no Reino das Trevas, é uma luz que veio dissipar a obscuridade do entendimento. Esta mensagem traz as condições para cada ser humano se tornar um cidadão do Reino de Deus.

A NATUREZA DO REINO DE DEUS
1-Reino é espiritual
v  Os judeus esperavam um libertador político, que viria libertar das mãos dos romanos.
v  O Reino de Deus está dentro do homem, instalado em sua consciência e coração.
v  As riquezas são espirituais, o seu poder é espiritual e a sua gloria é interior.
v  O Reino de Deus, não é sustentado por algum recurso humano.
v  As suas armas são espirituais, e não necessita e nem utiliza a força para manter-se e avançar e não faz oposição a nenhum reino, exceto do pecado e de Satanás.
v  O objetivo e designo do seu Reino não são mundanos.
v  Este Reino vence por meio da evidência da verdade que convence.
v  Ele Reina pelo poder e pela autoridade da verdade.
v  Os súditos deste Reino são aqueles que são da verdade.

2- O Reino é pessoal
v  Quando o homem aceita a mensagem do Reino, a mudança começa no espiritual (de dentro para fora) e aí acontece uma mudança radical em sua vida.
v  A mudança começa no espírito (alma), no coração (mente) e no corpo (comportamento e atitude).
v  As experiências a partir de então são controladas pelo Espírito Santo (dentro do homem).
v  Suas atitudes com relação ao seu próximo são pautadas pelos princípios das Escrituras Sagradas.

3- O Reino de Deus e seus Princípios
v  As Bem Aventuranças – expõe os princípios  eternos  do Reino de Deus.
v  São oito (8) as características das Bem Aventuranças.
1.      1-Os pobres de Espírito – São humildes e pequenos segundo seus próprios critérios.
2.      Os que Choram – Os que choram de arrependimento (verdadeiramente) diante de seus erros, fraquezas e pecados.
3.      Os mansos – Não devemos confundir mansidão com covardia, mansos são submissos e de Deus, não se deixam dominar pela ira diante da injustiça. São calados e respondem com palavras brandas, tem domínio próprio, são pacientes.
4.      Os que têm fome e sede de justiça – Todos aqueles que têm fome e sede de Deus e se tornam um defensor das causas justas. Os nossos desejos de bênçãos espirituais devem ser favorecidos.
5.      Os misericordiosos – Devemos não só suportar nossas aflições com paciência, mas também devemos fazer tudo que pudermos para ajudar aqueles que estão passando por situações de miséria. Devemos ter compaixão das almas do nosso próximo.
6.      Os limpos de coração – O coração deve ser purificado pela fé e mantido por Deus. Somente os limpos de coração poderão ver a Deus, pois o céu não está prometido para os ímpios.
7.      Os pacificadores – Não devemos confundir pacificadores com pacíficos. Os pacíficos ficam neutros, não se envolvem, porém os pacificadores agem estabelecendo a paz, reconciliação, desapartando as contendas, são os verdadeiros promotores da paz, fogem das contendas – Se os pacificadores são Bem Aventurados, ai daqueles que promovem a guerra ou contenda destruindo a paz reinante.
8.      Aqueles que são perseguidos – A perseguição é peculiar do crente (cristão e/ou cristianismo). O cristão é perseguido por causa do seu amor e fidelidade a Cristo, principalmente os que o procuram viver de acordo com a Palavra de Deus (Escrituras Sagradas).

Pr. Carlos Borges (CABB)

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

O PARALÍTICO E SEUS AMIGOS



Mc.2.1-12
Introdução: Em Marcos 2, o autor começa relatando a cura de um paralítico em Cafarnaum. O doente foi colocada na presença de Cristo, por quatro amigos do rapaz que o desceram pelo telhado, isto porque a casa estava lotada e não havia outro lugar para entrar.

1 Dias depois, [Jesus] entrou outra vez em Cafarnaum, e ouviu-se que estava em casa. 
2 Logo juntaram-se tantos, que nem mesmo perto da porta cabiam; e ele lhes falava a palavra. 
3 E vieram a ele uns que traziam um paralítico carregado por quatro. 
4 Como não podiam se aproximar dele por causa da multidão, descobriram o telhado onde ele estava, fizeram um buraco, e baixaram [por ele] o leito em que jazia o paralítico. 
5 Quando Jesus viu a fé deles, disse ao paralítico: Filho, os teus pecados te são perdoados. 
6 E estavam ali sentados alguns escribas, que pensavam em seus corações: 
7 Por que este [homem] fala essas blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, a não ser somente Deus? 
8 Imediatamente Jesus percebeu em seu espírito que assim pensavam em si mesmos. Então perguntou-lhes: Por que pensais assim em vossos corações? 
9 O que é mais fácil? Dizer ao paralítico: “Os teus pecados estão perdoados”, ou dizer, “Levanta-te, toma o teu leito, e anda”? 
10 Mas para que saibais que o Filho do homem tem poder na terra para perdoar pecados, (disse ao paralítico): 
11 A ti eu digo: levanta-te, toma o teu leito, e vai para a tua casa. 
12 E logo ele se levantou, tomou o leito, e saiu na presença de todos, de tal maneira, que todos ficaram admirados, e glorificaram a Deus, dizendo: Nunca vimos algo assim


I ASPECTO DO MILAGRE
1-Amigos de Verdade (Mc.2.3)
1.      O centro da cura hoje é novamente a cidade de Cafarnaum e dentro de uma casa, lar, lugar de paz, de alegria, de harmonia, de conforto, de partilha, de misericórdia, de diálogo, de comunhão, de perdão, de amor e de vida!
2.      E Jesus sabendo a multidão estava precisando do acima referido, dirige-se voluntariamente para aí, começa diante de tudo e de todos, a anunciar os valores que estão por debaixo do conceito casa, ou seja, lar que também pode significar família.
3.      Alias, eles são o conteúdo da Sua mensagem salvífica.
4.      E porque a Sua palavra cura, transforma, constroe, edifica, liberta, reconcilia, e salva, muita gente se reúne à Sua volta.
5.      Feliz ou infelizmente o público é diversificado.
6.      Existem aqueles que acorrem para Ele como meros telespectadores.
7.      Vão para se divertir, passar tempo; uns, que vão por curiosidade; outros que vão por que seguem o movimento dos demais; alguns que o procuram para encontrarem motivos para o acusarem de blasfemo  e o entregarem à morte.
8.       Porém existem também os que preocupados com o bem estar de todos, com a saúde, com a situação injusta e sobretudo com a presença do pecado que provoca a morte espiritual.
9.      Com a alma o corpo, procuram e veem em Jesus a solução de todos os seus problemas e como se não bastasse aquele que pode perdoar os pecados dos homens e não só, Ele é o Salvador do mundo.

2-Superaram os obstáculos (Mc.2.4)
1.      Graças a ousadia daqueles homens onde não havia lugar para os excluídos se tornou o lugar da cura e da libertação de todos os pecados.
2.      É assim que Deus vem ao encontro dos que n’Ele esperam e confiam!
3.      Os leprosos são limpos, os surdos ouvem, os mudos falam, os coxos andam, a boa nova é anunciada aos pobres.
4.       Quer dizer os céus se abrem para acolher todos aqueles que renunciando a vida do pecado se entregam à Deus.
5.      É fundamental nesta luta não desistir! Lutar até ao fim.
6.       Como aqueles amigos do paralítico, que acreditavam que Jesus era diferente, porque a mensagem d’Ele era diferente da dos demais mestres da lei e fariseus, e portanto aquele “pobre paralítico” tinha que ouvi-la.
7.      Então vamos fazer o impossível para que os doentes da nossa família, da nossa casa, da nossa sociedade e do nosso País e do nosso mundo ouçam a esse Jesus de cuja mensagem é a Boa Nova da Salvação.
8.      Corramos o risco.
9.      Visto que a única saída para que os nossos sejam atendidos é o buraco do teto.
10.    Vamos e subamos esse Jesus é inigualável.
11.    Essa é a atitude de fé de quem entende que Jesus é único, inigualável este é um momento único na tua e na minha vida e principalmente na vida do meu e do teu paralítico.


3-Cheios de Fé (Mc.2.5)
1.      Saiba que, fé que faz com que Jesus se admire não é a fé no milagre da cura, mas a fé no milagre do Reino, a fé no milagre de que, no Reino, eu posso me aproximar com ousadia na presença de Deus sem intermediários.
2.       A fé que causa espanto em Cristo é a fé daqueles que entendem que a mensagem do Reino é inigualável, e quebra com todas as barreiras que separam.
3.      A fé que move a mão de Jesus é a fé de que no Reino todos, somos realmente o próximo do outro.
4.       E, portanto nos preocupamos uns com os outros.
5.      E ao nos preocuparmos com bem estar dos outros, também Cristo nos dá o necessário.
6.      Pois é dando que se recebe, é amando que se é amado, é perdoando que se é perdoando, é morrendo que se ressuscita para a vida eterna.
7.      Por mais que naquele momento eles desejassem ver o amigo deles curado, a fé deles já os havia curado, pois eles entenderam a importância da mensagem do Reino.
8.      Nessas condições não há mais pecados, os pecados foram perdoados, e somente aquele paralítico podia entender a profundidade daquela afirmação de Jesus em sua vida.
9.      Se ele entendeu que em Jesus nada mais o separava de Deus, então ele foi alvo ali do perdão de Deus, pois ninguém se aproxima com tamanha fé diante de Deus se antes o próprio Deus não o tivesse perdoado.


II O QUE REVELA SOBRE JESUS
1-Jesus age livremente (Mc.2.8)
1.      O primeiro capítulo de Marcos apresenta Jesus como uma figura popular que teve muitas experiências bem-sucedidas.
2.      Os capítulos 2 e 3 mostram a oposição que houve à Sua missão e aos Seus ensinamentos, e que há mais drama e suspense por vir.
3.      O livro de Marcos é um grande registro das obras de Jesus, mas o que Cristo disse também não é esquecido.
4.       O autor descreve aqui como o Mestre anunciava-lhes a palavra, a mensagem da chegada do Reino.
5.      O paralítico foi carregado por quatro homens, provavelmente em algum tipo de maca posta embaixo de sua cama (v.11).
6.      Muitos em meio à multidão procuravam Jesus na esperança de ver curas e milagres.
7.      O povo bloqueou a porta da casa, que já estava lotada.
8.      No entanto, a determinação daqueles homens é vista pelo fato de eles descobrirem o telhado do aposento onde Jesus estava pregando.
9.      É bem provável que aquela cobertura fosse de telhas e que sua superfície fosse plana.

2- Jesus surpreende a todos (Mc.2.5)
1.      Vendo-lhes a fé. Não foram apenas os quatro homens que tiveram fé, mas o paralítico também.
2.      Quando Jesus lhe disse: Perdoados estão os teus pecados, dentro de si, Ele percebeu que o paralítico o reconhecia como o Messias.
3.      Todos se admiraram e glorificaram a Deus.
4.      A reação da multidão demonstrou que todos entenderam a importância do milagre de Jesus.
5.      É bem provável que alguns escribas e fariseus tenham dito o mesmo.
6.      Porém, o que Cristo sempre buscava era que as pessoas tivessem uma fé que transformasse sua vida, não a adoração momentânea do povo.
3- Jesus age além das expectativas (Mc.2.10)
1.      Jesus fez a pergunta: Qual é mais fácil?,
2.      Para mostrar que Ele podia mesmo perdoar os pecados do homem, algo que somente Deus pode fazer.
3.      Qualquer um seria capaz de dizer que podia perdoar pecados, já que não havia nenhuma forma humana de confirmar isso.
4.      Mas ao dizer: Levanta-te, e toma o teu leito, e anda, isso poderia ser provado na mesma hora, vendo se o paralítico iria andar ou não.
5.      Ao curá-lo, Jesus mostrou que Seu perdão tinha muito mais valor do que todos pensavam.
6.      Filho do Homem era um título muito usado pelo Messias (Mc 8.31; Dn 7.13).

III ENSINAMENTOS
1-Animo(Mt.9.2)
1.      Em Mateus 9, o escritor narra o episódio em que alguns homens trouxeram um paralitico até Jesus para que ele o curasse.
2.       Mas antes de declarar a cura, o Senhor declarou que os pecados daquele homem estavam perdoados.
3.      Isso muito desagradou aos mestres da lei, que acusaram Jesus, em seus pensamentos, de blasfêmia pois apenas Deus pode perdoar pecados.
4.      Jesus que conhece os pensamentos de todos nós e para provar sua autoridade ordenou que aquele homem se levantasse e andasse, e assim foi. Imediatamente ele foi curado.
5.      O homem foi chamado de paralitikon.
6.      Uma casa antiga com o eirado plano devia ter uma escada que dava para cima, a qual poderia ter servido aos que carregavam o paralítico a subir sem dificuldade.
7.      Descobriram o eirado, isso foi feito cavando a massa de capim, estuque, tijolos e sarrafos, conforme indica o exorysantesj de Marcos - fazendo um buraco.

2-Perdão (Mc.2.5)
1.      Se uma pessoa aceita a suposição dos escribas de que Jesus era um simples homem, só pode chegar a mesma conclusão.
2.      Ele dizia blasfêmia.
3.      O conflito básico relacionava-se com a divindade de Cristo.
4.      Para que saibais
5.      A cura do paralítico tornou-se uma prova do poder do Senhor em perdoar pecados e, consequentemente, de sua divindade.
6.       O resultado foi que admiraram todos. Ficaram tão aturdidos que ficaram fora de si.
7.       O verbo existêmi significa "sair do lugar" ou "descontrolar-se".

3-Cura (Mc.2.12)
1.      Que ele levantou-se logo indica cura instantânea, tão completa que o homem pôde carregar seu próprio catre.  
2.      Deus nos deu a grande possibilidade de usarmos a criatividade para abençoar.
3.       Eu aprendo isso olhando para a história de cinco amigos.
4.      Quatro desses amigos eram normais, gozavam de saúde perfeita, mas um deles era paralítico.
5.      Certamente os rumores de que um tal Jesus, Filho de Deus, estava na casa de certa pessoa ali na cidade de Cafarnaum, acendeu a vontade daqueles homens de abençoar.
6.      A amizade e o amor conduziram os amigos a levar o paralítico de Cafarnaum até o Senhor Jesus.
7.      “Alguns foram ter com ele, conduzindo um paralítico, levado por quatro homens.” (Mc 2. 3). 
8.      Até aqui vemos apenas a boa intenção dos amigos para abençoar esse querido paralítico.
9.       Mas logo a sua boa intenção iria ser provada.

Pr. Carlos Borges (CABB)