sábado, 25 de março de 2023

AS ARMADURAS DE DEUS

                                                                           Ef.6.10-18 

Espiritualmente falando, sabemos o que a armadura de Deus representa para o cristão, pois o Espírito já nos revelou através de Paulo. Um fator importantíssimo é entender que esta armadura é de Deus (não é humana!), e deve ser vestida em seu conjunto, sem deixarmos nenhuma parte de fora, pois a Palavra nos exorta: “Revesti-vos de toda a armadura de Deus” (Ef 6:11)! Também é importante entendermos o que ganhamos e em que sentido nós somos protegidos obedecendo ao Senhor, vestindo-nos e revestindo-nos de sua armadura!

Precisamos da cobertura de toda a armadura de Deus, assim como um soldado romano, da época de Paulo, precisava armar-se para a batalha: nenhuma parte, ou membro do corpo, podia ficar descoberto! Essa armadura era um conjunto de armas metálicas que protegia o corpo dos guerreiros:

 O CINTURÃO DA VERDADE

Sl 15:1-2; Sl 91:4; Pv 12:17; Is 45:19b; Jo 8:32; Rm 2:2; Ef 4:15; 1 Jo 2:4.

1.      Cinturão é uma cinta larga, geralmente de couro, em que se penduram armas ou ferramentas.

2.       O cinto também é um símbolo de proteção (protege as partes geradoras de vida!).

3.      Na luta contra as trevas, se não estamos cingidos com a verdade, nos falta uma parte essencial da armadura!

4.      E se não estamos falando e vivendo a verdade, ficamos estéreis, infrutíferos para o Senhor (Jo 15:8).

 A COURAÇA DA JUSTIÇA

1.      Gn 18:19; Sl 45:7; Ef 4:24; Ap 19:8.

2.      Couraça é uma armadura defensiva que cobre o peito e as costas (onde ficam os órgãos vitais).

3.      O homem cujas práticas são pautadas na justiça é uma pessoa íntegra em sua conduta!

4.      Quando a Palavra fala de “justiça”, fala da justiça de fato: a justiça de Deus, pois a justiça humana não passa de “trapo de imundícia” (Is 64:6)!

 OS CALÇADOS DA PREPARAÇÃO DO EVANGELHO DA PAZ

1.      “Calcem sapatos que possam fazê-los andar depressa ao pregarem a boa nova da paz com Deus” (BV).

2.      Is 52:7; Is 9:6: O Evangelho da Paz é o Evangelho do Reino, ou seja, a proclamação do governo de Cristo! “O teu Deus reina!” é a mensagem!

3.      Este evangelho é de paz porque na medida em que nos submetemos ao governo de Cristo, e esse governo vai aumentando em nós, temos a paz de Cristo governando os nossos corações.

4.      Os pés são a base do corpo; dão sustento e levam o corpo ao seu destino.

5.       Os pés representam nosso andar!

6.       Calçar os pés com a preparação do evangelho da paz representa o “ide” de Jesus. 

7.       Mas não só isso; quer dizer que devemos ir preparados, treinados no evangelho do reino, sem pervertermos o evangelho de Cristo, andando nEle, em santidade de vida (Mt 28:18-20; Gl 1:6-7, 11).

 O ESCUDO DA FÉ

1.      A fé revela nossa limitação e incapacidade, e por isso mesmo, nossa confiança em Deus, que tudo pode!

2.       Além disso, a fé nos protege dos dardos inflamados do maligno; justifica-nos (Rm 5:1); agrada a Deus (Hb 11:6); o justo vive por ela (Hb 10:38); se expressa em obras (o fruto revela a árvore) (Tg 2:17).

3.      Vale lembrar que, numa batalha em campo aberto, os soldados ficam mais protegidos dos dardos inflamados lançados pelo inimigo, quando se juntam fazendo seus vários escudos parecerem um só!

4.      Quando estamos juntos, nossa fé é aumentada, e assim não somos atingidos tão facilmente.

 O CAPACETE DA SALVAÇÃO

1.      O capacete protege a cabeça. Na cabeça está o cérebro, outra parte vital do corpo.

2.      No cérebro está o que chamamos de mente, ou os pensamentos.

3.       O capacete da salvação protege nossa mente das mentiras do diabo e das influências do mundo (Rm 12:2; Is 60:18).

4.       Devemos nos revestir da salvação (2 Cr 6:41; Sl 132:16)!

 A ESPADA DO ESPÍRITO

1.      A Palavra de Deus – a Bíblia –, é muito importante nesta guerra, pois traz cura para as feridas causadas pelo inimigo (Sl 107:20).

2.      Também porque corremos risco de morte quando não a conhecemos ou rejeitamos.

3.      A pregação da palavra também gera fé nos nossos corações (Rm 10:17); é fiel e digna de toda aceitação (1 Tm 4:9), deve abundar em nós (Cl 3:16); ser bem manejada (2 Tm 2:15) e pregada a tempo e fora de tempo (2 Tm 4:2).

4.      “Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus […]”. 

5.      Por que temos esta orientação do Espírito de Deus?

6.      Porque estamos em guerra, e nossos inimigos não são carnais, mas espirituais e muito poderosos!

7.      Estamos em luta, em plena guerra (uma soma de batalhas)!

8.      E nossos inimigos não são pessoas; não são nossos vizinhos, colegas, aqueles que se interpõem no nosso caminho, e muito menos nossos irmãos em Cristo.

9.      Definitivamente isto tem que estar bem claro: “[…] embora andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas; anulando nós, sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (2 Co 10:3-5).

10.   Contra essa corja de inimigos não podemos lutar de “qualquer jeito”, nem com “qualquer arma”, nem tampouco usarmos “armadura humana” (1Sm 17:38-40)!

11.   Em Atos 19:13-16, vemos que a autoridade delegada por Jesus (Lc 10:19) é estrita aos seus discípulos, àqueles que vivem sob o seu senhorio, àqueles que andam com Ele e, por Ele são enviados (Mc 3:13-14)!

12.   Não existe poder mágico nas palavras: “no nome de Jesus”“há poder no sangue de Jesus”!

13.   Há poder, sim, no nome de Jesus, mas principalmente, na sua pessoa.

14.   Se estamos nEle, Ele agindo através de nós, e nós sob a sua autoridade; aí, sim, os inimigos se submetem!

15.    Que fique bem claro: a armadura de Deus é para soldados e discípulos, não para simpatizantes do evangelho!

16.   E para quê ele nos orienta assim?

17.   Para ficarmos livres das ciladas do inimigo! 

18.   Cilada é uma armadilha; é astúcia, esperteza e engano.

19.   Enganar é levar ao erro através de ilusão, disfarce, etc.

20.    Satanás não tem poder sobre nós, os filhos de Deus! Por isso, tentará nos induzir ao erro, pois só terá autoridade sobre nós se nos sujeitarmos a ele.

21.   A escolha será sempre nossa! Nosso inimigo pode vir disfarçado de um “coração cheio de boas intenções” (Jr 17:9); como um irmão “cogitando das coisas dos homens e não das de Deus” (Mt 16:22-23); pode vir com a palavra de Deus, mas pela metade ou deturpada (1 Tm 4:1-2; 1 Tm 6:3-5; 2 Pe 2:1-2, 17; At 17:11); ou até mesmo como um “anjo de luz” (2 Co 11;14).

22.    Daí a necessidade de habitarmos (estarmos sempre junto, morando…) no esconderijo do Altíssimo (Sl 91:3) e revestidos de toda a armadura de Deus!

23.   Para resistirmos no dia mau! 

24.   Uma excelente palavra de Jesus sobre este assunto está registrada em Mateus 7:24-27 todos podemos ser visitados por fortes chuvas, enchentes, tempestades, vendavais, etc.

25.   Mas, a nossa salvação estará em sermos praticantes das verdades proferidas por Jesus, e assim estarmos firmados sobre a rocha que sustentará nossa casa em pé!

26.   Para permanecermos inabaláveis após a vitória!

27.    Uma guerra é feita de muitas batalhas e lutas.

28.    Vestidos de toda a armadura de Deus, sempre que vencermos uma batalha, estaremos firmes e ainda abundantes na obra do Senhor, sabendo que, nEle, nosso trabalho não é vão (1 Co 15:57-58).

29.   A  vitória, garantida: “Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.

30.   Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê ser Jesus o filho de Deus?” (1 Jo 5:4-5). Até que venha a próxima batalha.

 COMO PODEMOS NOS VESTIR DESSA ARMADURA DISPONÍVEL A NÓS TODOS?

1.      O apóstolo nos responde: “Com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos”! As palavras que saltam aí são: “oração”, “súplica”, “em todo tempo”, “no Espírito”, “vigiando”, “toda perseverança”, “por todos os santos”.

2.      Aqui aprendemos muitas coisas: Temos que orar (1 Tm 2:1-4);Orar sem cessar (1 Ts 5:17);

3.      Mas não orar de qualquer jeito.

4.      Uma oração nascida e guiada pelo Espírito Santo, que nos assiste na nossa fraqueza e conhece a mente do Pai.

5.      Assim pode interceder adequadamente pelos homens (Rm 8:26,27),com súplicas. Orar com súplica é orar com humildade, reconhecendo nossa situação de necessitados, de pecadores; é orar e permanecer orando; é não desistir antes de vir a resposta, é ser insistente.

6.       É orar segundo a necessidade (Dn 10:2,3; Ne 1:4).

7.      Vigiando com toda a perseverança.

8.       Significa que não podemos nos dar o luxo de ficarmos “regalados” em oração, afinal estamos em guerra!

9.      É mais ou menos “orar com um dos olhos aberto”!

10.   E novamente vemos aí a exortação a não desistirmos, a orarmos até o fim (At 1:14);

11.   Por todos os santos!

12.    Nossa oração e súplica não pode ser egoísta, voltada apenas para nossos problemas pessoais, pois enquanto buscamos o “Reino de Deus e sua justiça”, as nossas necessidades serão prontamente supridas pelo Senhor (Mt 6:33)!

13.   A maior parte do nosso tempo de oração deve ser destinada à intercessão pelos outros (2 Tm 2:1), conforme o exemplo deixado por Paulo que fazia isso pelos seus amados irmãos (Fp 1:3,4; Cl 1:9-12; 1 Ts 1:2-4), certamente sempre guiado em suas orações pelo Espírito Santo de Deus.

14- As armaduras de Deus são espirituais, sendo assim elas cabem em qualquer pessoa independente da idade ou porte físicos, tudo vai depender da relação intima que cada um tem com Deus. Um bom exemplo bíblico é Davi, que venceu um gigante,  Golias com uma funda e 5 pedrinhas.

 Elaborada por Pr. Capl. Carlos Borges em 13/12/2021

domingo, 12 de março de 2023

RUTE ENCONTRA BOAZ

 


Rt. 2.1-23

Introdução: Em Rute 2 vemos como a bondade do Senhor começa a interferir na vida de Noemi e Rute.

A parir da disposição de Rute para colher espigas nos campos, exercendo o direito do órfão e das viúvas de apanharem o que caísse no campo, algo que era lei em Israel. O Senhor Deus abriu generosamente portas para eles.

 I UM ENCONTRO CASUAL

1-Rute colhe alimentos (Rt. 2.2). 

1.      (Deixa-me ir ao campo – Aparentemente, a iniciativa de Rute é simplesmente a de manter Noemi e a si própria com vida, seguindo um costume codificado em Levítico 19.9,10 e 23.22).

2.      Como as pessoas pobres, Rute e Noemi receberiam alguma ajuda.

3.      No entanto, algo muito maior lhes aconteceu.

4.      Um indício disso é dado no triste pedido de Rute para apanhar espigas “atrás daquele que me favorecer”.

5.      A história delas já era bem conhecida em toda a comunidade, e quando ela estava colhendo, chegou Boaz, a quem a Bíblia chama de homem valente e poderoso.

6.      Ele era um bom homem, amado por seus servos e temente ao Senhor.

  2- Um Encontro por casualidade (Rt. 2.3).

1.      Por casualidade entrou- Parece que ela chega por coincidência ao campo do seu parente, porém Deus está dirigindo os eventos.

2.      Rapidamente Boaz percebeu a presença de Rute no campo, e foi pessoalmente falar com ela, sobre como sua atitude com Noemi era nobre e que o seu desejo era o de que Deus o abençoasse.

3.      Ele foi generoso com ela, dando-lhe muito mais do que a Lei exigia e ordenou a seus servos que permitisse que ela colhesse em todo o campo.

4.      Rute agradeceu a generosidade de Boaz com muita humildade.

5.      Quando Rute voltou, estava abastada (suprida do necessário).

6.      Noemi comeu se fartou e ainda sobrou muita comida.

7.      Intrigada, ela perguntou onde Rute havia colhido – no campo de Boaz, respondeu ela.

8.      Noemi exaltou ao Senhor por isso, e lembrou que Boaz era um de seus resgatadores.

9.      Isto significava que caso ele desejasse, poderia pedir ao ancião de Israel para exercer o direito de resgate e casar com Rute.

 3- Boaz conversa com o encarregado (Rt. 2.6).    

1.      O caráter nobre de Boaz é mostrado em seu cuidado para com seus trabalhadores.

2.       Até sua saudação a eles era em nome do Senhor, e Boaz os conhecia bem o bastante para reconhecer uma estranha em seu meio.

3.      Sua pergunta não tinha como objetivo o nome de Rute, e sim seus relacionamentos: De quem é esta donzela?

4.      A resposta do servo salientou duas vezes que ela era estrangeira.

5.      Sem ter sido questionado, ele também deu testemunho do trabalho diligente dela no sol quente.

6.      É modesta, pois pediu permissão por algo que podia ser considerado seu direito.

7.      É trabalhadora, tendo ficado ocupada desde a manhã. 

 II BOAZ TRATA BEM RUTE

1-Boaz conversa com Rute (Rt. 2.8).

1.      O caráter nobre de Boaz é demonstrado mais uma vez em suas palavras bondosas a Rute. Colher podia ser perigoso, principalmente para uma moça estrangeira, e Boaz deu instruções para garantir sua segurança.

2.      Ele também permitiu que ela bebesse a água que seus moços tinham trazido, poupando-a da longa caminhada até o poço.

3.      A resposta de Rute foi se prostrar, como sinal de respeito por alguém que lhe era superior em classe social.

4.      Sendo uma moabita, Rute facilmente poderia ter sido ignorada por Boaz, mas ele a notou e foi bondoso para com ela.

5.      Os eventos se desdobram rapidamente quando Boaz atende ao pedido e oferece a Rute proteção e sustento(v.8,9).

6.      Ela reconhece a bondade de Boaz em seu favor, ela que era uma “estrangeira” sem merecimento (v.10).

7.      Somente então (v.11) a narrativa oferece algum indicio da ação providencial de Deus.

8.      Boaz já sabe que Rute não era uma estrangeira comum.

9.      Ela buscara “refugio” sob as “asas” do Senhor, dele recebe a sua recompensa (v.12).

10.    A lealdade de Rute a Deus, embora ela fosse estrangeira, virá a ser um elemento essencial  no grande plano  divino da redenção.  

    2-Convida Rute para o almoço (Rt. 2.14).

1.      Coma o pão e mergulhe o seu pedaço no vinagre  Rute 2:14. Coma o pão e mergulhe o seu pedaço no vinagre.

2.      No termo pão compreende-se toda a provisão que foi feita para os ceifeiros, com os quais eles tinham vinagre para o molho, sendo muito refrescante e refrescante nas estações quentes, como o tempo da colheita havia. 

3.      Ele alcançou o milho ressecado dela – que era uma comida comum e sem importância naqueles países, como aparece em 2 Samuel 17:28.

4.      Boaz, ou o criado colocado sobre os ceifeiros, deu-lhe isso.

5.       Não é menosprezo para a melhor mão chegar aos necessitados.

6.       E ela sentou-se junto aos ceifeiros.

7.       Não com ou entre eles, mas a alguma pequena distância, como alguém inferior a eles.

8.      E Boaz disse-lhe: Na hora da refeição, venha para cá e coma do pão, e mergulhe o seu pedaço no vinagre. E ela se sentou ao lado dos ceifeiros: e ele alcançou seu milho seco, e ela comeu, e foi suficiente, e foi embora.

 3-A Orientação de Boaz aos servos (Rt. 2.15).

1.      Até entre as gavetas deixai-a colher. 

2.      Normalmente os rebuscadores colhiam apenas as espigas que não estivessem atadas em molhos. Boaz, entretanto, fez provisão especial para Rute.

3.      Tirai também dos molhos algumas espigas. JPS traduz: "Tirai algumas para ela".

4.      Os segadores foram instruídos a que cuidassem de Rute de maneira especial (sem que ela o soubesse).

5.      Ela tinha o direito legal de apanhar tudo o que acidentalmente caísse ao chão.

6.      Os segadores deixaram de propósito abundância de espigas para ela apanhar.

7.      Debulhou o que apanhara.

8.      Quando a quantidade era pequena, era debulhada por meio de um bastão que batendo nas espigas separava os grãos da palha.

9.      E foi quase um efa (17,62 l) de cevada. 

10.    Isto era aproximadamente três selamins, uma medida para grãos.

11.    Seria suficiente para o sustento de Rute e Noemi durante cerca de cinco dias.

 III RELATORIO DO DIA

1-Rute faz Relatório a Noemi (Rt. 2.18).

1.      Os personagens  no livro de Rute são notórios  exemplos de excelentes pessoas.

2.      Boaz foi além do intento  da lei da respiga, ao demonstrar sua bondade e generosidade.

3.      Ele não só deixou Rute trabalhar em seu campo, como também  mandou que seus ceifeiros deixassem que alguns grãos(espigas) caíssem propositadamente.

4.      Através dessa ação, ele ajudou uma necessitada.

5.      Com que frequência você vai além dos padrões  para prover aos menos afortunados? Faça mais do que mínimo pelos outros.

6.      Além da grande quantidade de cereais que trouxe, um gesto afetuoso de Rute animou Noemi (v.18).

7.      O gesto faz lembrar o dia quando elas chegaram a Belém, quando Noemi reclamara de ter voltado pobre, com as mãos vazias (Rt.1.21).

8.      Rute, depois de um dia de colheita no campo de cevada (cf. Rt.1.22), coloca comida pronta nas mãos de Noemi, além da cevada que supriria a casa dela por muitos dias.

9.      Entusiasmada, Noemi fazia uma pergunta atrás da outra para Rute (v.14).

10.    Queria saber de todas as novidades.

 2- A conversa de Noemi e Rute (Rt 2.20) 

1.      “Então, Noemi disse a sua nora: Bendito seja ele do Senhor, que ainda não tem deixado a sua benevolência nem para com os vivos nem para com os mortos. Disse-lhe Noemi: Esse homem é nosso parente chegado e um dentre os nossos resgatadores.”

2.      Percebendo a mão de Deus, Noemi fez uma oração pedindo ao Senhor, o justo juiz, que recompensasse aquela pessoa pelos seus atos de bondade.

3.       Rute respondeu que havia trabalhado na parte do campo que era de Boaz.

4.      De novo, Noemi pede uma específica bênção do Senhor sobre Boaz.

5.      Reconhece que Jeová não deixou a Sua benevolência para com ela e Rute, nem para com os maridos e filhos já falecidos.

6.      Noemi reconhece o Senhor como o supremo agente da bênção e diz que Boaz era merecedor de uma recompensa.

7.      A providência divina toma forma na vida do crente por meio das ações humanas, e é assim que podemos ver que a graça de Deus pode se apresentar com um rosto humano.

8.      Embora Rute não reconhecesse a direção divina, Deus este com ela a cada passo.

 3 – O fim da colheita (Rt. 2.23).

1.      “Assim, passou ela à companhia das servas de Boaz, para colher, até que a sega da cevada e do trigo se acabou: e ficou com a sua sogra.”

2.      A conversa entre a sogra e sua nora se mantém animada! Rute conta a Noemi que Boaz lhe deu até mesmo permissão de continuar respigando ali até o fim da colheita (v.8,9).

3.      A pronta reação de Noemi foi de concordância; e reforçou que, ficando na companhia das servas de Boaz, estaria protegida.

4.      Tanto Noemi como Boaz demonstram intenção de proteger Rute.

5.      Assim foi feito e Rute permaneceu junto das servas de Boaz no campo de cevada até terminar a colheita. 

6.      O tema da colheita está presente nos dois primeiros capítulos de Rute.

7.      O primeiro com o começo da colheita e o segundo capítulo com o fim (Rt.1.22; Rt.2.23).

8.      “Mas, a atitude de Rute, o consentimento de Noemi e a benevolência de Boaz explicitam a graça de Deus” (Rt.1.16; Rt.2.2;Rt. 2.8).

9.      Somos desafiados a sermos um canal da providência divina para indicar às pessoas o caminho da verdadeira esperança, nos tornamos o rosto da graça de Deus para elas.

Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)

 

quinta-feira, 2 de março de 2023

O CAOS RELIGIOSO DE ISRAEL

 


Jz.20.1-20

Introdução: Em Juízes 20 vemos que todas as tribos de Israel ficaram sabendo do que aconteceu a mulher do levita, e indignados levantaram 400 homens prontos para a batalha, para ouvir o relato da boca do viúvo sobre como tudo começou.

Tendo ouvido, eles decidiram ir até a tribo de Benjamim para executar os infratores, mas os benjamitas não quiseram entrega-los. Por causa disso, houve grande batalha entre eles e da tribo de Benjamim morreram 25 mil homens valentes.

 

O LEVITA E A SUA CONCUBINA

1-A concubina de Judá (Jz.19.1)

1.      Neste capítulo de Juízes 20 estudo, veremos que os israelitas se congregaram, em Mispa.

2.      Todos os príncipes e todas as tribos, de modo que havia quatrocentos mil homens, em pé.

3.      Então, o levita, marido da concubina que havia sido morta, relatou todo o ocorrido no capítulo anterior.

4.      Todo o povo se levantou, como se um homem só fosse e organizaram-se para sair a pelejar contra Gibeá, de Benjamim.

5.      Os filhos de Benjamim não quiseram ouvir os seus irmãos e saíram contra os israelitas, na defesa de Gibeá.

6.      Então, os israelitas foram a Betel consultar a Deus sobre quem subiria primeiro contra Benjamim, sendo que o Senhor indicou Judá.

7.      Assim iniciou-se a peleja, porém, vendo que os benjamitas prevaleciam, Israel consultou a Deus mais vezes, o qual orientou que mantivessem a peleja, vez que entregaria os benjamitas e, assim se sucedeu.

8.      No capítulo anterior foi narrado o caótico contexto social, político e religioso que predominava naquele período em que não havia rei em Israel.

9.      Havia um levita que tomou uma concubina para si.

10.    Esta, após ter sido aborrecida, abandona o marido e torna para seu pai.

11.    O levita, então, vai até seu sogro para retomar a mulher e, após ser alegremente recebido, resolve partir, mesmo após seu sogro insistir para que permanecesse um pouco mais.

Não havia Reis em Israel, em função disso cada um fazia o que queria, e o resultado foi: 1-Caos Social ;2-Caos Político ; 3 Caos Religioso. 

   2-Abuso sexual em Gibeá (Jz.19.25)

1.      Mas os homens não deram ouvidos a ele  é evidente, a partir de Juízes 19: 5 do próximo capítulo, que todos os detalhes desse assunto não estão relacionados.

2.      O levita, resolutamente empenhado em defender sua própria castidade, provavelmente não encontrou outra maneira de salvar isso e sua vida, além de desistir de sua concubina ( que vive em concubinato) e, portanto, de dois males escolheu o mínimo.

3.      A mulher não quis ir até eles; mas o marido sem graça a forçou a ir, a fim de salvar seu próprio corpo.

4.      Eles abusaram dela- Deus retribuiu à concubina ao permitir que aqueles homens perversos abusassem  indignamente  dela.

5.      O castigo foi resposta ao pecado de concubinato( concubinato- união livre e estável entre duas pessoas solteiras que vivem juntas como se fossem casados).

6.      Luxúria foi o pecado  dela, e luxúria(atração pelos prazeres carnais) foi seu castigo.

7.      Ele podia ter pouco amor por ela, e essa era a causa da separação deles antes.

8.      Os homens de Gibeá que desejavam abusar do corpo do levita; o levita que desejava salvar seu corpo às custas da modéstia, reputação e vida de sua esposa.

9.      E o velho que desejava salvar seu hóspede às custas da violação de sua filha.

10.    São todos os personagens que a humanidade e a modéstia desejam ser enterradas no esquecimento eterno.

11.    Quando o dia começou a brotar – Sua tormenta não suportava toda a luz do dia; e eles dispensaram a pobre mulher quando o dia começou a clarear. 

1- A sexualidade  bestial tem um preço  muito alto; 2-Sexo não é ferramenta de trabalho ; 3-A Síndrome sodomita, se  repete com pequenas mudanças.

 2Violencia sem precedente (Jz.19.30)

1.      Nunca tal se fez, nem se viu –Ele dividiu o corpo em 12 partes – de acordo com os ossos, conforme a leitura de alguns, ou seja, pelas juntas – e enviou uma aparte para cada tribo.

2.      Dentre as tribos incluiu até mesmo Benjamim, com a esperança de que alguns  homens dali se comovessem  a participar  da punição por tamanha perversidade e o fizessem com mais vigor, pois fora cometido por homens de sua própria tribo.

3.      Parece algo muito cruel mutilar um cadáver que, por ter  sido tão indignamente  desonrado, merecia ser enterrado com decência.

4.      No entanto, o objetivo do levita tinha como alvo não somente representar  o ato bárbaro que haviam cometido contra a sua esposa – para a qual teria sido melhor ser cortada em pedaços do que ser abusada como foi –mas também de expressar sua ardente inquietação e, desta forma, instigar o mesmo sentimento nos outros.

5.      Todos aqueles que viram os pedaços do cadáver  e foram informados sobre o assunto tiveram os mesmos sentimentos em relação àquilo.

6.      O certo é que os fatos em si, desencadeou uma revolta que culminou com a guerra entre as tribos e o saldo foi 25.000 mortes.

 1-O preço do ato bárbaro teve um preço muito alto 25.000 mortos; 2- É possível que os autores da barbárie tenham  na guerra. 

II VINGANÇA CONTRA BENJAMIM

1- O conselho dos Israelitas (Jz.20.1)

1.      O significado de Juízes 20 relata que o ataque contra o levita e sua concubina, no capítulo 19, resultou na guerra civil entre Benjamim e o restante de Israel.

2.      Planos para castigar os moradores de Gibeá

3.      Soldados de todo o Israel se reuniram para atacar Gibeá (Juízes 20:1-11). Portanto os governantes de Gibeá não fizeram nenhuma tentativa de punir os assassinos, e também os líderes de Benjamim ficaram do seu lado.

4.      Benjamin decidiu lutar contra as outras onze tribos. 

5.      Os israelitas foram ao lugar de adoração, em Betel, e ali perguntaram a Deus, qual das tribos atacaria primeiro a tribo de Benjamim, e o Senhor respondeu, que seria a tribo de Judá (Juízes 20:12-18).

6.      No começo, a batalha correu bem para os benjamitas.

7.      Como eles conheciam o terreno do país melhor do que os israelitas, e nessas regiões montanhosas o maior número de Israel não tinha grande vantagem.

8.      Além disso, os benjamitas estavam lutando pela vida de seu povo e por sua terra natal.

9.      Já os israelitas não compartilhavam de tais interesses pessoais.

10.    Além disso, os israelitas podem estar confiantes demais com seu exército muito maior (Juízes 20:18-25).

11.    Somente quando os israelitas ficaram desesperados e se voltaram para Deus com sinceridade e total dependência, Deus prometeu a eles vitória (Juízes 20:26-28).

12.    Apesar da garantia da ajuda de Deus, os israelitas tiveram que planejar seu ataque cuidadosamente e executá-lo adequadamente para serem vitoriosos. 

 1-Um ato sexual que provocou uma guerra; 2-A concubina possivelmente era natural (nascida) em Judá ; 3-Quando nas nas nossas lutas, que saiamos do nosso orgulho ou pretensão e devemos pedir a Deus para gerenciar nossa vida, então tudo correrá bem  

2- Guerra civil (Jz.20.10)

1.      Deus intencionalmente permitiu que Israel fosse derrotado duas vezes antes de conceder-lhes a vitória.

2.      Havia uma importante lição a ser aprendida sobre como obter a bênção de Deus.

3.       Mesmo sendo justa a causa – remover a iniquidade de Israel – o Senhor exige arrependimento e humildade, especialmente considerando que toda a nação era merecedora da ira de Deus.

4.      Há um grande contraste entre o ultraje moral exibido em Gibeá e a completa falta de preocupação de Israel com todos os anos de aberta idolatria que eles praticaram.

5.      Sua punição contra a Gibeonitas foi a completa destruição de toda a vida e da propriedade, mas tal julgamento havia sido prescrito apenas para o pecado de idolatria (Dt 13:12-18)!

6.      Na sua hipocrisia, eles não perceberam que haviam sido mais diligentes na destruição de seus irmãos pelos pecados deles do que foram em buscar expiação pelos seus próprios pecados e extirpá-los do seu meio.

7.       Que isso sirva de lição para nós!

8.       Antes de corrigirmos a outros devemos corrigir a nós mesmos.

   1-Nossas causas tem que obedecerem os ditames de Deus; 2-Arrependimento e humildade  são necessário para mover o coração de Deus, não importa as circunstâncias.  

  3-Benjamim é arrasada (Jz.20.48)

1.      A cidade de Gibeá, o ninho da lascívia ( luxúria), foi destruída  em primeiro lugar.

2.      O exército no campo de batalha foi bem aniquilado.

3.      Aqueles  que escaparam do campo de batalha foram perseguidos e eliminados na fuga, até mesmo aqueles que se demoraram  em casa foram envolvidos na ruína.

4.      Desta forma, de toda a tribo de Benjamim, ao que parece, ninguém permaneceu vivo, salvo 600 homens que se abrigaram  na penha de Rimom e ficaram  naquela região durante  quatro meses.

5.      Este evento de Gibeá é mencionado duas vezes pelo profeta Oseias como sendo o inicio da corrupção de Israel e um  padrão para tudo que se seguiu.

6.      Mui profundamente  se corromperam, como os  dias  de Gibeá(Os.9.9).

7.      Desde os dias de Gibeá pecaste (Os.10.9). 

8.      É acrescentado que a peleja  em Gibeá contra os filhos da perversidade  não (isto, é não a principio) surpreendeu-os.

1- O preço da arrogância é muito elevado ; 2-Em meio ao caos Deus pode agir.

III CONSEQUÊNCIA DO GENOCÍDIO

1-O problema dos juramentos (Jz.21.1).

1.      Por mulher aos benjamitas.

2.       Quando se encontrarem e tomarem conhecimento do acontecido, os israelitas fizeram  outro  juramento solene.

3.      Nenhum dos milhares ali presentes nem qualquer um daqueles que estavam sendo representados por eles (sem o objetivo de vincular a posteridade).

4.      Deveria, podendo evitar, casar-se com a filha de um benjamitas.

5.      A exemplo de Jefté, juramentos inconsequentes, sempre colocaram Israel  diante de grandes  dilema.

6.      Tendo perdido a referência do caráter de Deus e igualado o seu padrão moral aos dos povos cananeus, as soluções que encontraram  para esse dilemas  foram as piores  possíveis.

 1-Os juramentos  não podem ser emocionais ou precipitados; 2-quando abdicamos do caráter de Deus em nossa vida, o caos espiritual toma conta 

2- Soluções mais problemáticas (Jz.21.23)       

1.      Então, os israelitas se lembraram da festa anual do Senhor em Siló, ao norte de Betel, a leste da estrada que vai de Betel a Sequem, e ao sul de Lebona, onde haveria muitas mulheres e mandaram para lá os benjamitas.

2.      Dizendo. “Vão, escondam-se nas vinhas e fiquem observando, quando as moças de Siló forem para as danças, saiam correndo das vinhas e cada um de vocês apodere-se de uma das moças de Siló e vá para a terra de Benjamim”.

3.      Quando os pais ou irmãos delas se queixarem a nós diremos: Tenham misericórdia deles, pois não conseguimos mulheres para eles durante a guerra, e vocês são inocentes, visto que não lhes deram suas filhas.’” (Juízes 21:19-22)

4.      E assim fizeram os benjamitas.

5.      Cada um deles escolheu uma esposa entre as moças que estavam dançando e a levou embora e voltaram para a sua terra, construíram de novo as suas cidades e ficaram morando ali.

6.       Enquanto isso, os outros israelitas saíram, e cada um voltou para a sua tribo, sua família e suas terras (Juízes 21.23-34).

1-O amor  fraternal não pode ser extinto apesar dos problemas, por maus graves que sejam; 2-Para não haver  a extinção total dos benjamitas  houve uma saída  humanitária 


3-Transição dos Juízes para o Reinado (Jz. 21.25)

1.      O último versículo diz: “Naquela época não havia rei em Israel; cada um fazia o que lhe parecia certo.” (Juízes 21:25).

2.       Esta descrição da época não precisava ser negativa, pois o povo não ficou sem Deus nem sem lei.

3.       Se cada um tivesse achado reto fazer a vontade do Senhor, Israel teria evitado muito sofrimento.

4.       Mas quando acharam reto fazer o errado, trouxeram sobre si a ira de Deus.

5.      Está historia está se repetindo em nosso dias, muitos estão fazendo as coisas erradas, achando que estão a fazendo a coisa certa, porém para Deus, o errado é errado é o certo é certo. 

 1-Obedecer é muito melhor do que sacrificar; 2-Quando achamos  que errado é certo e certo é errado, atraímos a ira de Deus. 

Pr. Capl. Carlos Borges(CABB).