segunda-feira, 22 de maio de 2023

O CULTO CRISTÃO E A CEIA DO SENHOR

 


1 Co.11.23-34

Introdução: Quase todas as igrejas que proclamam seguir a Cristo observam a Ceia do Senhor. O pão e o fruto da videira são elementos comuns nas assembleias de adoração de vários grupos religiosos. Mas há diferenças no entendimento a respeito desta comemoração. Neste artigo, examinaremos o que a Bíblia ensina sobre a Ceia do Senhor para aprender como devemos participar dela hoje em dia.

 I O USO DO VÉU

1-Extremos devem ser evitados (1 Co.1-6).

1.      O apóstolo Paulo não é um falso crente, um falso cristão, um falso apóstolo ou um falso obreiro que engana ou perverte a verdade do evangelho de Jesus Cristo.

2.      Não faz da igreja de Cristo, casa de prostituição espiritual, política e negócios que blasfemam da santidade do Senhor.

3.      Sendo que, o apóstolo Paulo, viveu aqui, pelo tempo que lhe coube, as aflições de Cristo, como um que verdadeiramente tem o Pai e o Filho em si, pelo verdadeiro Espírito Santo, vivendo pelo verdadeiro evangelho.

4.      Então, o que Paulo escreve tudo o que foi escrito através dele, é Palavra de Deus.

5.      É que, aqueles que se levantam e se dizem evangélicos, ao ponto de chamar o apóstolo Paulo de "careta" ou "ultrapassado".

6.      Para os dias de hoje, que os líderes de hoje têm mais "visão" (igreja de visionários), que sorrateiramente, estão substituindo os apóstolos do Cordeiro e seus fundamentos.

7.      Pelos "apóstolos visionários da nova era".

8.      Certamente, esses não têm o Espírito Santo para interpretar as verdades eternas e, nem são verdadeiros crentes ou irmãos, segundo o evangelho da graça de Jesus Cristo.

 2- Homem e Mulher (1 Co.11.11,12).

1.      Todavia, nem o varão é sem a mulher, nem a mulher sem o varão, no Senhor.
 Porque, como a mulher provém do varão, assim também o varão provém da mulher, mas tudo vem de Deus.”.

2.      Observar que o versículo 11 inicia com a expressão "Todavia" (no entanto, mas, porém, contudo).

3.      O plano da dimensão que Paulo dá para este versículo não é no limite da geração de descendências naturais.

4.      Estão complementando os versículos, diretamente os versículos 8 e 9, e, mais além, desde antes e da fundação do mundo, e, incluindo um detalhe que altera qualquer entendimento natural: “Todavia, nem o varão é sem a mulher, nem a mulher sem o varão, no Senhor.”.

5.      O que significa: "no Senhor”?

6.      Deus é cabeça de Cristo. Cristo é cabeça do varão. O varão é cabeça da mulher.
Se excluir Deus, exclui também Cristo, pois, Cristo não se separa de Deus Pai.

7.      Então, se um homem não tem "cabeça" sendo descrente, a mulher descrente, também não terá, mas, pela lei (do mundo) está debaixo da autoridade do marido.

8.      Se for mulher casada e convertida e o marido descrente, Cristo é a cabeça, mas, pela lei (de Cristo), vive debaixo da autoridade do marido.

9.      Se for solteira, a mulher crente vive debaixo da cabeça que é Cristo e, do pai natural, pela lei (de Cristo), mas, se o pai é também convertido, Cristo é cabeça e plena autoridade.

 3- A Mulher e o véu (1 Co.11.13-16).

1.      No versículo 13, o apóstolo Paulo faz a pergunta: "Julgai entre vós mesmos: É decente que a mulher ore a Deus descoberta?”.

2.      O apóstolo, já acrescenta a resposta nos versículos 14 e 15: "Ou não vos ensina a mesma natureza que é desonra para o varão ter cabelo crescido?
Mas, ter a mulher cabelo crescido lhe é honrosoporque o cabelo lhe foi dado em lugar do véu.”. 

3.      No versículo 15, o apóstolo Paulo apresenta a conclusão da progressão temporal do assunto em foco: O cabelo foi dado em lugar do véu.

4.      Se o cabelo foi dado em lugar significa que o cabelo substituiu o véu no seu significado e razão de ser.

5.      Não se usa véu porque o cabelo está no lugar dele.

6.      O apóstolo Paulo está mentindo?

7.      Tem como pular esse versículo 15 e dizer que o véu não foi substituído pelo cabelo?

8.      Tem como interpretar de outro modo?

9.      Certo que não.

10.     O versículo 15 traz a conclusão do que Paulo está apresentando.

11.    Mas, se alguém quiser ser contencioso, nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus.”.

12.    Contencioso = Contender = Dicionário » Litigioso; sujeito a dúvidas e reclamações; controvérsia; disputa; combate; guerra; peleja; esforço para conseguir alguma coisa.

13.    A frase, "nós não temos tal costume", está afirmando que: - Que a igreja não tem o costume de contender?

14.     Mas, se alguém quer ser rebelde, desobediente, ao que eu, apóstolo Paulo ensino, e, que as igrejas devem seguir, nós não temos essa conduta, esse comportamento ou esse costume de contender, e nem as igrejas de Deus.

 II A CEIA DO SENHOR

1-Ordenanças (1 Co.11.25)

1.      O propósito: "Fazei isto em memória de mim" (Lucas 22:19).

2.      A Ceia do Senhor é nossa oportunidade para lembrar o sacrifício que Jesus fez na cruz, pelo qual ele nos oferece a esperança da vida eterna: "Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha" (1 Coríntios 11:26).

3.      A Ceia do Senhor não pretende ser um memorial do nascimento, da vida ou da ressurreição de Cristo.

4.      É um momento especial no qual os cristãos refletem sobre o Salvador sofredor para serem lembrados do alto preço que ele pagou por nossos pecados.

5.      Precisamos manter este tema central do evangelho (1 Coríntios 2:1-2) em nossas mentes.

6.      Semelhantemente também, depois de cear, tomou o copo, dizendo: Este copo é o novo Testamento em meu sangue. Fazei isto todas as vezes que o beberdes, em memória de mim.

7.      Depois de cear- O pão foi dado aos discípulos durante a festa (compare com Mateus 26:26), já o cálice, somente no final.

8.      Este cálice é o novo testamento em meu sangue- O Sangue de Cristo estabelece uma nova aliança entre Deus e o homem, uma aliança de perdão e graça. ( compare com Hebreus 8:6-139:15).

9.      O cálice é um selo ou garantia de estarmos inclusos nesta aliança.

 2-Elementos (1 Co.11.23-25)

1.      Porque pão sem fermento? Jesus instituiu a ceia do Senhor durante os dias judaicos dos pães asmos, uma festa anual na qual somente pão sem fermento era permitido entre os judeus (veja Lucas 22:15; Êxodo 12:18-21).

2.      Podemos apreciar mais claramente o significado do pão sem fermento quando consideramos o significado simbólico do fermento na Bíblia.

3.      Não era permitido fermento nos sacrifícios oferecidos a Deus, no Velho Testamento (Levítico 2:11).

4.       A ideia de impureza ou pecado é claramente associada com fermento em vários textos.

5.      Por exemplo, Jesus usou fermento para falar simbolicamente de falsas doutrinas (Mateus 16:11-12).

6.      Paulo usou fermento para representar falsa doutrina e corrupção moral (Gálatas 5:7-9, 13,16; 1 Coríntios 5:6-9).

7.      É plenamente adequado, então, que o sacrifico perfeito e sem pecado do próprio Filho de Deus seja representado por pão sem fermento: "Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento.

8.      Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado.

9.      Por isso, celebramos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade “(1 Coríntios 5:7-8).

 3-Significado (1 Co.11.26)

1.      Jesus não deixou instruções especificas em relação à frequência da celebração.

2.      A páscoa judaica era celebrada anualmente, mas os primeiros cristãos celebravam a Ceia do Senhor no Dia do Senhor, isto, é, no Domingo, o dia da ressurreição de Cristo.

3.      Pois a Ceia do Senhor não apenas remete ao passado, mas também aponta para a futura celebração na presença do Senhor no ultimo dia (Mt. 26.29).

4.      O que significa participar "indignamente"? 

5.      Cada um que participa da Ceia do Senhor deverá examinar-se para estar certo de que está participando de maneira correta, discernindo o verdadeiro significado do memorial. 

 III A FESTA DA SALVAÇÃO

1-Examinar a si mesmo (1 Co.11.28)

1.      “Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim, coma do pão e beba do cálice; pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si" (1 Coríntios 11:27-29).

2.      A palavra "indignamente" é frequentemente mal entendida. Ela não descreve a dignidade da pessoa (ninguém é verdadeiramente digno de comunhão com Cristo).

3.      Esta palavra descreve o modo de participar. 

4.      A pessoa que não leva a sério esta comemoração está brincando com o sacrifício de Cristo e está se condenando por não discernir o corpo de Cristo.

5.      Por esta razão, devemos ser muito cuidadosos cada vez que participarmos da Ceia do Senhor.

6.      É imperativo que esqueçamos as preocupações mundanas e prestemos atenção exclusivamente à morte de Cristo.

7.       Se tratarmos a Ceia do Senhor como um mero ritual, ou se a tomarmos levianamente e deixarmos de meditar no seu significado, condenamo-nos diante de Deus.

 2-Dircernir o significado (1 Co.11.29).

1.      Sem discernir o corpo – Uma forma abreviada da expressão “corpo e sangue” usada varias vezes nessa sessão.

2.      Discernir inclui reconhecer “o verdadeiro corpo e sangue de nosso Senhor Jesus Cristo, sob o pão e o vinho”.

3.      Também implica no desejo pelo “perdão dos pecados, vida e salvação” oferecidos no sacramento.

4.      Nem todos os que estavam participando da refeição sacramental em Corinto estavam condenados, - apenas aqueles que não discerniam o corpo e, portanto, estavam sob julgamento de Deus.

 3- Anunciar a morte e a volta do Senhor (1 Co.11.26).

1.      Que era a crença constante da igreja primitiva que o Senhor Jesus retornaria para julgar o mundo.

2.      Que foi planejado que essa ordenança seja perpetuada e observada até o fim dos tempos.

3.      Em toda geração, portanto, e em todo lugar onde há cristãos, deve ser observado, até que o Filho de Deus retorne.

4.      A necessidade de sua observância cessará somente quando todo o corpo dos remidos tiver permissão para ver seu Senhor.

5.      E não haverá necessidade desses emblemas para lembrá-los dele, pois todos o verão como ele é.

Pr. Capl. Carlos Borges (CABB) 

sábado, 6 de maio de 2023

ALIMENTOS, IDOLOS E LIBERDADE CRISTÃ


1 Co.8 e 10.23-33

Introdução: Mais uma vez Paulo nos mostra, por fim, que não está empenhado em tecer uma rede de instruções específicas, mas que lhe importa uma atitude básica da qual fluam determinadas decisões específicas. Ele formula essa atitude básica de forma maravilhosa, direcionando-a para Deus, assim como as grandes sentenças “dogmáticas” e “éticas” de Paulo são repetidamente autênticas frases de ocasião. “Se comeis ou bebeis ou fazeis qualquer coisa, tudo fazei para a glória de Deus.” 

 II COISAS SACRIFICADAS A ÍDOLOS

1-Amor versus conhecimento (1Co.8.1-3)

1.      Sobre comer isso ou comer aquilo outro, eu vejo que a regra geral é a regra do amor.

2.      Eu não vou comer por causa de qualquer sacrifício ou deuses porque sei que somente há um Deus e um só Senhor.

3.      Mas irei ou não comer se isso vier ou não a escandalizar o meu irmão por quem Cristo morreu.

4.      As mesmas regras creem se aplica a guardar dias, estações, épocas, observar algo.

5.      A nossa sabedoria de nada vale se ela colocar tropeço na vida de meu irmão por isso que o amor deve sempre falar mais alto em todas as situações.

6.      A advertência de Paulo aos Coríntios também é válida para alguns teólogos que pelo seu conhecimento e sabedoria, notoriamente superior na Palavra de Deus, desprezam irmãos por quem Cristo morreu.

7.      As coisas sacrificadas aos ídolos.

8.      A cultura grega era bastante religiosa.

9.      A proeminência da idolatria no mercado de Corinto levantava sérias questões relativas à dieta para os cristãos dessa cidade.


2-Deus versus ídolos (1 Co.8.4-6).

1.      Aparentemente, o argumento dos coríntios em favor da ingestão de alimento sacrificado aos ídolos tinha como base a doutrina do monoteísmo.

2.      Se há apenas um Deus e este ensina o seu povo a desprezar os ídolos (Is.46.6-7), então por que a preocupação quanto aos alimentos oferecidos aos ídolos?

3.      Paulo confirma essa lógica (vs. 4-6), porém aponta o erro dos coríntios ao aplicá-la (vs. 7).

4.      Alguns cristãos em Corinto não sabiam distinguir entre os vários elementos dos rituais pagãos (p. ex., comer num templo) e a idolatria propriamente dita.

5.      Ao ingerir alimento oferecido aos ídolos, a consciência deles ficava "contaminada".

6.      O uso de palavras fortes (cf. "perece", vs. 11) sugere que esses cristãos pecavam não porque pensavam fazer algo errado, mas porque estavam, na verdade, envolvendo-se com a idolatria, devido à falta de entendimento adequado da situação.

 

3-Fortes Versus fracos (1 Co.8.7-8)

1.      Os cristãos instruídos estavam corretos em sua visão acerca do ídolo, mas isso não tinha importância.

2.       Se os irmãos e as irmãs mais imaturos na fé vissem outros cristãos comendo manjar oferecido a ídolos, eles também poderiam fazer isso, violando sua própria consciência.

3.      Por meio de seu conhecimento, os cristãos mais maduros estavam levando os mais fracos a tropeçarem.

4.      Paulo exortou os cristãos mais fortes a demonstrarem amor pelos mais fracos, deixando de levá-los a pecar.

5.      Na antiga cidade de Corinto, quando uma pessoa ia ao mercado para comprar alimento, em meio à carne vendida, estava uma parte que havia sido oferecida a um deus pagão.

6.      Teoricamente, uma porção do sacrifício seria levada pelo deus, sendo o restante deixado para que os sacerdotes comessem.

7.      O que eles não comiam era levado para o mercado.

8.       É possível que o cristão que comprasse a carne estivesse, inadvertidamente, comendo carne oferecida a um falso deus.

9.      Surgiram duas escolas filosóficas em Corinto que discutiam essa questão.

10.    A primeira perspectiva era de que tal carne estava contaminada pela adoração pagã, enquanto a outra visão sustentava que os cristãos poderiam comer de tal alimento.

 

II LIBERDADE TEM LIMITE

1-O amor ao próximo (1Co.8.9-12)

1.      Contudo, tenham cuidado para que o exercício da liberdade de vocês não se torne uma pedra de tropeço para os fracos.

2.      Pois, se alguém que tem a consciência fraca vir você que tem este conhecimento comer num templo de ídolos, não será induzido a comer do que foi sacrificado a ídolos?

3.      Assim, esse irmão fraco, por quem Cristo morreu, é destruído por causa do conhecimento que você tem.

4.      Quando você peca contra seus irmãos dessa maneira, ferindo a consciência fraca deles, peca contra Cristo.

5.      Portanto, se aquilo que eu como leva o meu irmão a pecar, nunca mais comerei carne, para não fazer meu irmão tropeçar.

6.      Isso acabava por golpear lhes a consciência fraca.

7.      Uma interpretação comum é que o cristão fraco - ao observar um cristão mais forte envolvido em práticas que o fraco considera, erroneamente, pecaminosas.

8.      Era estimulado a pecar contra a sua própria consciência ao imitar o comportamento do cristão mais forte.

9.      O cristão fraco peca não porque fez algo inerentemente pecaminoso, mas por demonstrar uma atitude de rebelião consciente ao participar de coisas que acreditava ser pecado.

 

2-Não ao individualismo (1.Co.8.13)

1.      Quanto maior for nossa reputação de conhecimento e santidade, maior será o dano que faremos por nossa influência e exemplo.

2.      Se nos desviarmos do santo mandamento que nos foi dado.

3.      Todo homem deve caminhar para leve ou conduzir seu irmão para o céu.

4.      É dever de todo cristão vigiar contra apostasia em seu próprio caso, e evitá-lo tanto quanto possível no de outros.

5.      Que uma pessoa por quem Cristo morreu pode finalmente perecer é fortemente argumentado, pois aqui o apóstolo dissuade os coríntios de escandalizar seus irmãos fracos.

6.      Por um argumento tirado dos danos irreparáveis ​​que eles podem fazer a ruína eterna que podem trazer sobre eles por este escândalo.

7.      Os extremos geralmente geram extremos; e tais pessoas requerem o tratamento mais judicioso.

8.      Do contrário logo serão tropeçadas e expulsas do caminho.

9.      Devemos ter muito cuidado para que, ao usar o que é chamado de liberdade cristã, não ocasionemos a quede de irmãos na fé.

3-Em pé não caia (1 Co.10.11-12).

1.      Deus deseja transformar seu caráter e conduta a semelhança do caráter e conduta de Jesus Cristo.

2.      E ele fará isso na medida em que você o permitir.

3.      Se você diariamente renunciar decisões independentes para aceitar  e obedecer a Sua vontade, então a vida gloriosa se manifestará em você.

4.      É possível, no entanto, que tenha sido difícil para você colocar em prática o que aprendeu.

5.      A razão é que você tem um inimigo que quer atrapalhar.

6.      Este inimigo é o nosso adversário maior ( o coisa ruim).

7.      Se propósito é fazer você pecar  e sua arma é a tentação.

8.      Mas Deus está com você e, em Sua Palavra, Ele mostra a você o caminho a ser superado.

 

III DIREITOS VERSUS TESTEMUNHO

1-Celebrações (1Co.10.21,22)

1.      Nessa situação também os fortes na igreja são confrontados com a decisão.

2.      “Não podeis beber o copo do Senhor e o copo dos demônios; não podeis partilhar da mesa do Senhor e da mesa dos demônios”

3.      Nessa frase a expressão “não pode” possui o sentido pleno de algo objetivamente impossível.

4.      Quem tenta sentar-se à mesa de Jesus e à mesa dos demônios empreende algo simplesmente inviável.

5.      Os coríntios precisam entender isso, ainda mais que seus próprios concidadãos não-cristãos consideram todas as refeições celebradas no templo de forma tão “real”.

6.      “Deus de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo” (2Tm 2.13), enquanto de nós se exige justamente a autonegação.

7.      Igualmente Deus vigia com santo “ciúme” para que sua divindade seja respeitada com essa exclusividade, e “não dá sua glória a ninguém outro” (Is.42.8; 48.11).

8.      Por isso se arriscam perigosamente os membros da igreja que podem ser encontrados na “mesa do Senhor” e na “mesa dos demônios”.

  

2-Lícito, mas não edifica (1Co.10.23)

1.      Todas as coisas não edificam – Todas as coisas não tendem a edificar a igreja e a promover os interesses da religião.

2.      E quando eles não têm esse efeito, não são convenientes e são impróprios.

3.      Paulo agiu pelo bem-estar da igreja. Seu objetivo era salvar almas.

4.      Tudo o que promoveria esse objeto era apropriado; qualquer coisa que o impediria, embora por si só não fosse estritamente ilegal, era, a seu ver, impróprio.

5.      Essa é uma regra simples e pode ser facilmente aplicada por todos.

6.      Se um homem tem seu coração na conversão das pessoas e na salvação do mundo, isso irá longe para regular sua conduta em referência a muitas coisas sobre as quais talvez não haja lei exata e positiva.

7.      Isso fará muito para regular o seu vestido; seu estilo de vida; suas despesas; seus entretenimentos; seu modo de contato com o mundo. 

 

3- Fé vida Prática (1Co.10.31-33)

1.      Agora também as coisas mais exteriores e mundanas como comer e beber estão relacionadas a Deus e podem servir à honra de Deus.

2.       Portanto, a oração à mesa de forma alguma era uma formalidade para Paulo.

3.      Todo o nosso fazer, inclusive comer e beber torna-se importante através da oração, mas também é purificado e submetido à disciplina.

4.       Não se percebe nenhuma conotação ascética.

5.       Contudo rebrilha claramente a libertação de todas as amarras.

6.      Porém o cristão em Corinto vivia entre judeus e gregos.

7.      E está inserido na igreja, razão pela qual não podiam simplesmente viver suas próprias liberdades.

8.      A qual possuía por princípio, porém precisavam tomar cuidado para não causar escândalo aos outros.

9.      Não pode somente visar seu próprio interesse, mas deve visar a vantagem dos outros.

É essa “vantagem” é – sua redenção.

Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)