quarta-feira, 27 de abril de 2022

AS ARMADURAS DE DEUS

 

                                                     Ef.6.10-18

Espiritualmente falando, sabemos o que a armadura de Deus representa para o cristão, pois o Espírito já nos revelou através de Paulo. Um fator importantíssimo é entender que esta armadura é de Deus (não é humana!), e deve ser vestida em seu conjunto, sem deixarmos nenhuma parte de fora, pois a Palavra nos exorta: “Revesti-vos de toda a armadura de Deus” (Ef 6:11)! Também é importante entendermos o que ganhamos e em que sentido nós somos protegidos obedecendo ao Senhor, vestindo-nos e revestindo-nos de sua armadura!

Precisamos da cobertura de toda a armadura de Deus, assim como um soldado romano, da época de Paulo, precisava armar-se para a batalha: nenhuma parte, ou membro do corpo, podia ficar descoberto! Essa armadura era um conjunto de armas metálicas que protegia o corpo dos guerreiros:

 O CINTURÃO DA VERDADE

Sl 15:1-2; Sl 91:4; Pv 12:17; Is 45:19b; Jo 8:32; Rm 2:2; Ef 4:15; 1 Jo 2:4.

1.      Cinturão é uma cinta larga, geralmente de couro, em que se penduram armas ou ferramentas.

2.       O cinto também é um símbolo de proteção (protege as partes geradoras de vida!).

3.      Na luta contra as trevas, se não estamos cingidos com a verdade, nos falta uma parte essencial da armadura!

4.      E se não estamos falando e vivendo a verdade, ficamos estéreis, infrutíferos para o Senhor (Jo 15:8).

 A COURAÇA DA JUSTIÇA

1.      Gn 18:19; Sl 45:7; Ef 4:24; Ap 19:8.

2.      Couraça é uma armadura defensiva que cobre o peito e as costas (onde ficam os órgãos vitais).

3.      O homem cujas práticas são pautadas na justiça é uma pessoa íntegra em sua conduta!

4.      Quando a Palavra fala de “justiça”, fala da justiça de fato: a justiça de Deus, pois a justiça humana não passa de “trapo de imundícia” (Is 64:6)!

 OS CALÇADOS DA PREPARAÇÃO DO EVANGELHO DA PAZ

1.      “Calcem sapatos que possam fazê-los andar depressa ao pregarem a boa nova da paz com Deus” (BV).

2.      Is 52:7; Is 9:6: O Evangelho da Paz é o Evangelho do Reino, ou seja, a proclamação do governo de Cristo! “O teu Deus reina!” é a mensagem!

3.      Este evangelho é de paz porque na medida em que nos submetemos ao governo de Cristo, e esse governo vai aumentando em nós, temos a paz de Cristo governando os nossos corações.

4.      Os pés são a base do corpo; dão sustento e levam o corpo ao seu destino.

5.       Os pés representam nosso andar!

6.       Calçar os pés com a preparação do evangelho da paz representa o “ide” de Jesus. 

7.       Mas não só isso; quer dizer que devemos ir preparados, treinados no evangelho do reino, sem pervertermos o evangelho de Cristo, andando nEle, em santidade de vida (Mt 28:18-20; Gl 1:6-7, 11).

 O ESCUDO DA FÉ

1.      A fé revela nossa limitação e incapacidade, e por isso mesmo, nossa confiança em Deus, que tudo pode!

2.       Além disso, a fé nos protege dos dardos inflamados do maligno; justifica-nos (Rm 5:1); agrada a Deus (Hb 11:6); o justo vive por ela (Hb 10:38); se expressa em obras (o fruto revela a árvore) (Tg 2:17).

3.      Vale lembrar que, numa batalha em campo aberto, os soldados ficam mais protegidos dos dardos inflamados lançados pelo inimigo, quando se juntam fazendo seus vários escudos parecerem um só!

4.      Quando estamos juntos, nossa fé é aumentada, e assim não somos atingidos tão facilmente.

 O CAPACETE DA SALVAÇÃO

1.      O capacete protege a cabeça. Na cabeça está o cérebro, outra parte vital do corpo.

2.      No cérebro está o que chamamos de mente, ou os pensamentos.

3.       O capacete da salvação protege nossa mente das mentiras do diabo e das influências do mundo (Rm 12:2; Is 60:18).

4.       Devemos nos revestir da salvação (2 Cr 6:41; Sl 132:16)!

 A ESPADA DO ESPÍRITO

1.      A Palavra de Deus – a Bíblia –, é muito importante nesta guerra, pois traz cura para as feridas causadas pelo inimigo (Sl 107:20).

2.      Também porque corremos risco de morte quando não a conhecemos ou rejeitamos.

3.      A pregação da palavra também gera fé nos nossos corações (Rm 10:17); é fiel e digna de toda aceitação (1 Tm 4:9), deve abundar em nós (Cl 3:16); ser bem manejada (2 Tm 2:15) e pregada a tempo e fora de tempo (2 Tm 4:2).

4.      “Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus […]”. 

5.      Por que temos esta orientação do Espírito de Deus?

6.      Porque estamos em guerra, e nossos inimigos não são carnais, mas espirituais e muito poderosos!

7.      Estamos em luta, em plena guerra (uma soma de batalhas)!

8.      E nossos inimigos não são pessoas; não são nossos vizinhos, colegas, aqueles que se interpõem no nosso caminho, e muito menos nossos irmãos em Cristo.

9.      Definitivamente isto tem que estar bem claro: “[…] embora andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas; anulando nós, sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (2 Co 10:3-5).

10.   Contra essa corja de inimigos não podemos lutar de “qualquer jeito”, nem com “qualquer arma”, nem tampouco usarmos “armadura humana” (1Sm 17:38-40)!

11.   Em Atos 19:13-16, vemos que a autoridade delegada por Jesus (Lc 10:19) é estrita aos seus discípulos, àqueles que vivem sob o seu senhorio, àqueles que andam com Ele e, por Ele são enviados (Mc 3:13-14)!

12.   Não existe poder mágico nas palavras: “no nome de Jesus”“há poder no sangue de Jesus”!

13.   Há poder, sim, no nome de Jesus, mas principalmente, na sua pessoa.

14.   Se estamos nEle, Ele agindo através de nós, e nós sob a sua autoridade; aí, sim, os inimigos se submetem!

15.    Que fique bem claro: a armadura de Deus é para soldados e discípulos, não para simpatizantes do evangelho!

16.   E para quê ele nos orienta assim?

17.   Para ficarmos livres das ciladas do inimigo! 

18.   Cilada é uma armadilha; é astúcia, esperteza e engano.

19.   Enganar é levar ao erro através de ilusão, disfarce, etc.

20.    Satanás não tem poder sobre nós, os filhos de Deus! Por isso, tentará nos induzir ao erro, pois só terá autoridade sobre nós se nos sujeitarmos a ele.

21.   A escolha será sempre nossa! Nosso inimigo pode vir disfarçado de um “coração cheio de boas intenções” (Jr 17:9); como um irmão “cogitando das coisas dos homens e não das de Deus” (Mt 16:22-23); pode vir com a palavra de Deus, mas pela metade ou deturpada (1 Tm 4:1-2; 1 Tm 6:3-5; 2 Pe 2:1-2, 17; At 17:11); ou até mesmo como um “anjo de luz” (2 Co 11;14).

22.    Daí a necessidade de habitarmos (estarmos sempre junto, morando…) no esconderijo do Altíssimo (Sl 91:3) e revestidos de toda a armadura de Deus!

23.   Para resistirmos no dia mau! 

24.   Uma excelente palavra de Jesus sobre este assunto está registrada em Mateus 7:24-27 todos podemos ser visitados por fortes chuvas, enchentes, tempestades, vendavais, etc.

25.   Mas, a nossa salvação estará em sermos praticantes das verdades proferidas por Jesus, e assim estarmos firmados sobre a rocha que sustentará nossa casa em pé!

26.   Para permanecermos inabaláveis após a vitória!

27.    Uma guerra é feita de muitas batalhas e lutas.

28.    Vestidos de toda a armadura de Deus, sempre que vencermos uma batalha, estaremos firmes e ainda abundantes na obra do Senhor, sabendo que, nEle, nosso trabalho não é vão (1 Co 15:57-58).

29.   A  vitória, garantida: “Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.

30.   Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê ser Jesus o filho de Deus?” (1 Jo 5:4-5). Até que venha a próxima batalha.

 COMO PODEMOS NOS VESTIR DESSA ARMADURA DISPONÍVEL A NÓS TODOS?

1.      O apóstolo nos responde: “Com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos”! As palavras que saltam aí são: “oração”, “súplica”, “em todo tempo”, “no Espírito”, “vigiando”, “toda perseverança”, “por todos os santos”.

2.      Aqui aprendemos muitas coisas: Temos que orar (1 Tm 2:1-4);Orar sem cessar (1 Ts 5:17);

3.      Mas não orar de qualquer jeito.

4.      Uma oração nascida e guiada pelo Espírito Santo, que nos assiste na nossa fraqueza e conhece a mente do Pai.

5.      Assim pode interceder adequadamente pelos homens (Rm 8:26,27),com súplicas. Orar com súplica é orar com humildade, reconhecendo nossa situação de necessitados, de pecadores; é orar e permanecer orando; é não desistir antes de vir a resposta, é ser insistente.

6.       É orar segundo a necessidade (Dn 10:2,3; Ne 1:4).

7.      Vigiando com toda a perseverança.

8.       Significa que não podemos nos dar o luxo de ficarmos “regalados” em oração, afinal estamos em guerra!

9.      É mais ou menos “orar com um dos olhos aberto”!

10.   E novamente vemos aí a exortação a não desistirmos, a orarmos até o fim (At 1:14);

11.   Por todos os santos!

12.    Nossa oração e súplica não pode ser egoísta, voltada apenas para nossos problemas pessoais, pois enquanto buscamos o “Reino de Deus e sua justiça”, as nossas necessidades serão prontamente supridas pelo Senhor (Mt 6:33)!

13.   A maior parte do nosso tempo de oração deve ser destinada à intercessão pelos outros (2 Tm 2:1), conforme o exemplo deixado por Paulo que fazia isso pelos seus amados irmãos (Fp 1:3,4; Cl 1:9-12; 1 Ts 1:2-4), certamente sempre guiado em suas orações pelo Espírito Santo de Deus.

         Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)

terça-feira, 19 de abril de 2022

CRISTO É SUPERIOR A MOISÉS, A JOSUÉ E A ARÃO

 


Hb.3.1-14

Introdução: Em Hebreus 3, o autor começa explicando porque Jesus Cristo é superior a Moisés. Isso ocorre porque o profeta dirigiu a casa terrena de Deus, Jesus, por sua vez dirige a casa eterna de Deus que somos nós.

Ao dizer isso, ele alerta mais uma vez para a necessidade de ouvirmos a voz de Deus e sermos obedientes a ela. Ele cita o exemplo dos hebreus no deserto, que ouviram a voz do Senhor mas preferiram seguir o pecado.

 I JESUS É SUPEIOR A MOISÉS

1-Apostolo e sumo Sacerdote (Hb.3.1)

1.      Sumo Sacerdote – Um grande objetivo desta Epístola é comparar o Senhor Jesus com o sumo sacerdote dos judeus, e mostrar que ele era em todos os aspectos superior.

2.       Isso foi importante, porque o ofício de sumo sacerdote era o que eminentemente distinguia a religião judaica, e porque a religião cristã se propunha a abolir isso.

3.      Tornou-se necessário, portanto, mostrar que tudo o que era digno e valioso naquele ofício era encontrado no sistema cristão. 

4.      Isso foi feito mostrando que no Senhor Jesus foram encontradas todas as características de um sumo sacerdote, e que todas as funções que haviam sido realizadas no ritual judaico foram realizadas por ele, e todas as que foram prefiguradas pelo sumo sacerdote judeu. foi cumprido nele. 

5.      O apóstolo aqui apenas alude a ele, ou o nomeia como sumo sacerdote, e depois adia a consideração de seu caráter a esse respeito até depois de compará-lo com Moisés.

6.      Paulo aqui quer dizer que o Senhor Jesus, sob a nova dispensação, ocupou o lugar de Moisés e de sumo sacerdote sob o Antigo Testamento.


2-Dignos de glória e honra (Hb.3.3)

1.      “Jesus foi considerado digno de maior glória do que Moisés, da mesma forma que o construtor de uma casa tem mais honra do que a própria casa. Pois toda casa é construída por alguém, mas Deus é o edificador de tudo”. (Hebreus 3.3,4)

2.      Nesses versículos, temos a aplicação da doutrina esboçada no final do último capítulo com respeito ao sacerdócio de nosso Senhor Jesus Cristo.

3.      A maneira ardente e afável com que o apóstolo exorta os cristãos a terem em alta conta esse sumo sacerdote, e fazerem dele o objeto de seu profundo e sério exame.

4.      E certamente ninguém na terra nem no céu merece mais a nossa consideração do que Ele.

5.      Para o povo judeu, Moisés era um grande herói, ele liderou seus antepassados, os israelitas, levando-os  da escravidão egípcia á fronteira da Terra Prometida.

6.      Também  escreveu os cinco primeiros livros  do A.T. e foi o profeta através  de quem Deus entregou a Lei, portanto, Moisés  foi o maior profeta nas Escrituras.

7.      Mas Jesus, como a figura central da fé, é digno de maior honra do que Moisés, que foi apenas um servo humano, Jesus é mais  do que humano( Ele é Deus humanizado, que habitou entre nós).

 3- Devemos Ouvir a sua Voz (Hb. 3.15)

1.      Os israelitas falharam em entrar na Terra Prometida porque não creram na proteção de Deus, e não creram que Deus os ajudaria a vencer os gigantes da terra (Nm.1-15).

2.      Então Deus os enviou ao deserto para vagarem por 40 anos.

3.      Esta foi uma alternativa infeliz para a maravilhosa dádiva  que o Senhor havia planejado para eles.

4.      A falta de confiança em Deus sempre nos impede de receber todas as bênçãos que Ele deseja nos dar.

5.      Os israelitas endureceram seus corações quando  desobedeceram  a ordem que Deus  lhes havia dado de conquistar a Terra Prometida( Nm.13;14;15).

6.      Tenham cuidado  de obedecer  à Palavra de Deus, e não permita que seu  coração se torne endurecido.

 II JESUS É SUPERIOR A JOSUÉ

1- Conduz os que ouvem (Hb.4.2)    

1.      Em Hebreus 4, o autor destaca mais uma vez o descanso de Deus.

2.      Ele destaca que os hebreus que não conseguiram entrar, falharam porque a mensagem não encontrou a fé necessária em seus corações e nos adverte a tomar cuidado.

3.      Para isso, devemos estar atentos ao tempo de Deus chamado “hoje”.

4.      Não é amanhã ou ontem.

5.       Hoje é o tempo oportuno para ouvir a voz do Senhor.

6.      Ao dizer isso, ele prossegue exaltando a palavra de Deus.

7.      Ele a descreve com uma espada afiada, de dois gumes que penetra até o mais profundo da divisão entre espírito e alma

8.      Ele declara isso com a intenção de mostrar que não há nada oculto aos olhos do nosso Deus.

9.      Devemos, portanto, reconhecer nossa fraqueza humana e nos aproximar de Cristo, nosso sumo sacerdote para recebermos dele graça e misericórdia, porque ele tem misericórdia de nós.

10.    Os israelitas  dos dias de Moisés  ilustram um pouco um problema enfrentado por muitos daqueles  que lotam as nossas igrejas hoje.

11.    Conhecem muito a respeito de Cristo, mas não o conhecem pessoalmente – não combinam  seu conhecimento com a fé.

12.    Deixe que as boas Novas de Cristo beneficiem  a sua vida.

13.    Creia nEle e então aja de acordo com aquilo  que conhece.

14.    Confie  em Cristo e faça aquilo que Ele diz.      

 2-Conduz os que Creem (Hb. 4.3)

1.      Temos crido, entramos  no repouso – Entramos em uma bendita união com Cristo e em uma comunhão com Deus  por Cristo.

2.      Nesse estado desfrutamos de muitas doces comunicações de perdão do pecado, paz e consciência, alegria no Espírito, acréscimo  da graça e penhor(garantia) da glória, descanso da servidão do pecado, aguardando  em Deus até  que estejamos  preparado para o descansar com Ele no céu.

3.      Desde a fundação do mundo. O repouso da criação de Deus é o arquétipo e tipo de todas as experiências de repouso posteriores.

4.      Pois nós que acreditamos que entramos em descanso – isto é, é certo que os crentes “entrarão” em descanso.

5.      Essa promessa é feita aos “crentes”; e como temos evidências de que “nós” estamos sob a denominação de crentes, seguiremos que temos a oferta de descanso, assim como eles.

6.      Que é assim, o apóstolo passa a provar; isto é, ele passa a mostrar, no Antigo Testamento, que havia uma promessa aos “crentes” de que iriam descansar.

7.      Como havia tal promessa e havia o perigo de que, por descrença, esse “descanso” pudesse ser perdido, ele passa a mostrar-lhes o perigo e a adverti-lo.

 3- Conduz com a Palavra viva e eficaz (Hb. 4.12)

1.      A grande ajuda  e vantagem  que podemos  ter da Palavra de Deus, o Senhor  Jesus Cristo, as Escrituras Sagradas para fortalecer nossa fé e animar  a nossa diligencia, para que possamos obter esse descanso.

2.      Viva – Animada  e ativa, fortalecendo o coração e confortando-o e curando  as feridas  da alma.

3.      Eficaz- Ela  convence poderosamente, e consola poderosamente.

4.      Ela é bastante poderosa para derrubar fortalezas (2 Co.10.4,5), para ressuscitar os morto, para fazer o surdo ouvir, o cego ver, o mudo falar, e o coxo andar.

5.      Ela é poderosa para derrubar o reino de Satanás e estabelecer o Reino de Cristo.

6.      Espada de dois gumes: Ela corta dos dois lados; é a espada do Espírito.

7.      Corta quem está à sua frente e quem a maneja (Ef. 6.17); ela  sai da boca de Cristo(Ap.1.16).

8.      Ela entra onde nenhuma outra espada consegue e pode dissecar mais criticamente.

9.      Divisão da alma e do Espirito: Ela faz com que a alam que há tempos era de espírito altivo(dominado pela arrogância, orgulhoso, exaltado) se humilhe, e a de espírito iniquo (mau, perverso, malévolo).

10.    Juntas e Medulas: As partes  mais secretas e intimas  do corpo.

11.    Essa espada  consegue  cortar as concupiscência da carne e também da mente, e fazendo  os homens  desejosos de passar pela mais aguda operação para a mortificação do pecado.

 III JESUS É SUPERIOR A ARÃO

1- Tomado dentre os homens (Hb.5.1)

1.      Estes versículos explicam o que significa ser um sumo sacerdote.

2.      Um sumo sacerdote deve ser uma pessoa (v. 1-3) chamada por Deus (v. 4).

3.       Ele representa o povo e, assim, deve identificar-se com sua natureza humana.

4.      Mas também representa Deus para o povo e, por isso, deve ser chamado por Deus para Seu serviço.

5.      Dons e sacrifícios. A principal referência aqui é a do trabalho do sumo sacerdote no Dia da Expiação, único dia do ano em que um sacerdote entrava no Santo dos Santos (Hb 9.7-10) para expiar os pecados do povo e interceder por ele.   

6.      O privilégio sacerdotal de poder se aproximar de Deus era somente mediante o convite, mediado pelo descendente genealógico dos sacerdotes levitas no Antigo Testamento, mas basicamente estabelecido pelo juramento divino a Jesus o Filho (7.11-28).

7.      Da mesma forma, Cristo não tomou para si a glória de se tornar sumo sacerdote, mas Deus lhe disse: "Tu és meu Filho; eu hoje te gerei" – vs. 5 - e será sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque. Uma citação de SI 110.4. 

8.      E dentre os homens, a escolha do sacerdote é de Deus porque ninguém toma essa honra para si de si mesmo.

9.      O chamado é de Deus! Ano após ano ia o sacerdote chamado e escolhido oferecer os sacrifícios necessários, no entanto, este era pecador e o procedimento tinha de ser repetido e era cheio de rituais.

 2-Intercessor que se Compadece (Hb.5.2)

1.      Compadecer-se – Ele( o sacerdote) deve ter compaixão de dois tipos  de pessoas: 1-Dos ignorantes, ou daqueles  que são culpados  dos pecados  da ignorância.

2.      Ele deve encontrar em Seu coração ter piedade deles e interceder a Deus por eles, aquele  que está disposto a instruir os que são cegos (espirituais).

3.      Daqueles  que estão fora do caminho da verdade, do dever  e da felicidade.

4.      Ele ser alguém  que tenha  bondade suficiente para conduzi-los de volta dos caminhos  do erro, ajuda-los a abandonar a vida de pecado e da miséria para o  caminho certo.

5.      Isso irá requerer grande paciência e compaixão, a própria  compaixão de Deus.

6.      Para um homem ter o sacerdócio, ele precisa ser chamado por Deus, assim como Aarão — Cristo foi um sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque — Jesus Cristo é o Autor da salvação eterna.  

7.      Hebreus fortalece a fé e a esperança de todas as pessoas que creem em Jesus Cristo, pois nos dá a certeza que temos um sumo sacerdote misericordioso e fiel (2,17), do qual podemos nos aproximar com coração sincero e cheio de fé (10,22).

 3- Escolhi por Deus (Hb.5.4)

1.      O que torna legal um ofício é o chamado de Deus; para que ninguém possa executá-lo de maneira correta e ordenada sem que seja feito por Deus.

2.       Cristo e Arão tinham isso em comum, que Deus chamou os dois; mas eles diferiram nisso, que Cristo teve sucesso de uma maneira nova e diferente e foi feito sacerdote perpétuo.

3.      Portanto, é evidente que o sacerdócio de Arão era temporário, pois deveria cessar.

4.      Vemos o objeto do apóstolo; era defender o direito do sacerdócio de Cristo; e ele fez isso mostrando que Deus era seu autor.

5.      Mas, embora isso tenha sido dito com referência ao que é tratado aqui, ainda assim podemos traçar uma verdade geral.

6.      Que nenhum governo deve ser estabelecido na Igreja pela vontade dos homens.

7.      Devemos esperar pelo comando de Deus, e também que devemos seguir uma certa regra na eleição de ministros.

8.      Para que ninguém possa se intrometer de acordo com seu próprio interesse.

 

 Pr. Capl.Carlos Borges(CABB).