domingo, 24 de novembro de 2019

VIVENDO NO ESCONDERIJO DO ALTÍSSIMO



Sl. 91-1-7
Introdução: É comum nas casas, nas empresas e escolas encontrarmos uma Bíblia aberta no Salmo 91. Às vezes, pela ação do tempo, as páginas até ficam empoeiradas e amareladas. Outros penduram na porta de suas residências quadros que estampam uma cópia do Salmo 91.
Muitos utilizam o Salmo 91 para rezar, enquanto outros citam trechos do Salmo 91 em suas orações, mas será que compreendem o seu significado? E ainda existem aqueles que, nem mesmo leram o Salmo 91 por completo, mas por recomendação, fazem dele um amuleto.

I ASPECTOS GERAIS
1- Autor, título e data.
·        O salmo 91 é um salmo sem título, sendo conhecido apenas como salmo 91, e não tem seu autor mencionado.
·        Porém, alguns apontam o profeta Moisés como o escritor do Salmo 91, por causa de certas evidências internas (expressões idiomáticas).
·        Outros apontam como autor o salmista e rei Davi, mas, na verdade, não há como precisar quem redigiu o Salmo 91.
·        O salmo 91 é considerado um salmo muito forte, mas se você acha que não funciona para você e que Deus não te guarda e protege de todo mal e da violência por rezá-lo.
·        Então, hoje, o salmo 91 é considerado uma oração escrita por Moisés, uma crença vinda de estudiosos dos salmos.
·        Moisés também escreveu o salmo 90, mas é o salmo 91 capaz de ajudar as pessoas a vencerem tribulações, sendo considerada a oração mais poderosa da bíblia e usado entre os judeus.
·        Para entendê-lo melhor, você pode procurar um estudo evangélico com explicações do significado de cada versículo. 

2- Classificação
·        O Salmo 91 e muitos outros são considerados proféticos ou messiânicos pela Teologia cristã.
·        Eles apontam para a vinda do Messias.
·        Sendo com frequência citados no Novo Testamento da Bíblia com o objetivo de identificar Jesus Cristo como o cumpridor da promessa.
·        A história do canto do salmo na liturgia do culto cristão corre paralela à história da liturgia, da música e das igrejas (mais corretamente confissões, denominações ou ministérios) cristãs.
·        Após o desenvolvimento do salmo responsorial no século IV, a função do salmista acaba por se transformar num ministério próprio.
·        Mais tarde incluído até no clero local.
·        No entanto, esse ministério acaba por cair em desuso com a especialização crescente dos cantores e com a instituição das scholae (hospedagem), ao mesmo tempo em que a participação do povo se reduz.
·        Certa feita o Senhor Jesus questionou os fariseus acerca do Salmo 110, e eles não puderam respondê-lo de quem o Messias era filho: (Mt 22:42 -46).
·        Através da abordagem que Jesus fez, verifica-se que os Salmos, como parte das Escrituras, tem por objetivo dar testemunho do Cristo.
·        O Salmo 110 demonstra que o Messias não seria somente filho de Davi, antes era Senhor de Davi, indicando a sua divindade.

II ESCONDERIJO DO ALTÍSSIMO
1-Invisivel pela fé (Sl. 91.1-9).
·        “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará” (Salmo 91:1).
·        Quando colocamos a nossa Fé em Deus, Ele se torna uma proteção (defesa), um amparo, um refúgio quando sentimos medo.
·        Assim como o salmista colocou a sua confiança em Deus, devemos também escudar a nossa Fé em sua promessa de vida.
·        A forma de fazermos isto é vivendo Nele e permanecer Nele. Colocar a nossa devoção diária a serviço do reino de Deus.
·        O primeiro passo para interpretar Salmo 91 é responder a seguinte pergunta (Sl 91:1).
·        Quem habita no esconderijo do Altíssimo?
·        É possível aos homens mortais residirem no recôndito do Altíssimo?
·        A resposta está no decurso do próprio Salmo: “Porque tu, ó SENHOR, és o meu refúgio. No Altíssimo fizeste a tua habitação” (Sl 91:9).
·        Quando escreveu esta profecia, o salmista fez referência a alguém que, naquele exato momento estava residindo no esconderijo (lugar oculto) do Altíssimo.
·        E que, no futuro, haveria de deixar a habitação do Altíssimo.
·         Quando deixasse o esconderijo do Altíssimo, seria necessário refugiar-se à sombra do Onipotente (Jo 16:28).

2-Não te assustará (Sl. 91.5,6).
·        Quem se esconde debaixo das asas do Senhor não temerá o que muitos temem: o pavor da noite.
·        Lembrando de que na época da escrita dos salmos havia muita guerra no deserto e invasões inesperadas que aconteciam na calada da noite.
·         Sem esquecer de que, à noite, também é o momento da invasão dos animais pequenos indesejável tais como muriçocas, baratas, rãs, cupins e ratos, sem querer elencar aqui alguns mais.
·        Eu não temerei! Ao contrário, eu me fortalecerei como aquela que tem convicção no poder do Senhor que me ama e que cuida de mim todo o tempo.
·       Na sequência, o salmista lembra-me de que não somente o medo da noite que me assola será capaz de me paralisar.
·       A flecha que voa de dia, representando bem os momentos de enfrentamento passados em lançamentos de flechas nas guerras.
·       O inimigo lança numerosas flechas ao ar e realmente não se tem certeza do caminho que a flecha percorrerá e em cima de quem ou do quê ela cairá.
·       Pois dependerá da força de quem lançou, da distância e da direção e velocidade dos ventos, coisas bem difíceis de serem mensuradas em um momento de batalha.
·       Também podemos ser afligidos durante o dia por muitas coisas que estão fora do nosso domínio.
·        “Você não temerá o pavor da noite nem a flecha que voa de dia, nem a peste que se move sorrateira nas trevas, nem a praga que devasta ao meio-dia.” Salmo 91.5-6.
3-Palavra de Fé (1.7-9)91.7,8 — Mil [...] dez mil.
·        Tal como os israelitas no Egito foram poupados dos perigos que assolaram seus vizinhos (Êx 9.26; 10.23; 11.7), os crentes no Senhor estão inteiramente protegidos de todo e qualquer ataque inimigo.
·        Olharás e verás. O castigo dos ímpios é tão certo quanto à redenção dos justos.
·        Das calamidades gerais, eles serão preservados de modo particular.
·        “Quando milhares e dezenas de milhares caírem pela doença ou pela espada da batalha, a tua direita”.
·        Nada disso chegará perto de ti, nem o medo da morte.
·        Quando multidões morrem ao nosso lado, embora devessem estar preparados para a nossa própria morte.
·        No versículo 8 se refere à destruição do primogênito egípcio pela pestilência. 

III DÁ ORDENS AOS SEUS ANJOS
1-Lares protegidos (Sl. 91.10).
·        “Nenhum mal te suceder, nem praga alguma chegará a tua casa (tenda)”.
·        Ainda que aflições e turbulências caiam sobre ti, não haverá nenhum mal verdadeiro nelas, pois elas virão do amor de Deus e deverão ser santificadas.
·        Elas surgirão não para ter machucar, mas para o teu bem, mesmo que, atualmente, não sejam agradáveis, mas penosas, ainda assim, elas serão tão boas no final que tu mesmo declararás que elas são inofensivas.     
2- O diabo reconheceu (Sl. 91.11-13).
·        91.11-13 — Seus anjos [...] em pedra. Estas palavras foram usadas por Satanás para tentar o Salvador (Mt 4.5,6).
·        O leão e a áspide.
·        A imagem de animais e serpentes neste versículo ilustra todo o mal que possa ameaçar o Enviado.
·        O Pai O protegerá totalmente, não importa o perigo.
·        “Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos. Eles te sustentarão nas suas mãos, para que não tropeces com o teu pé em pedra. Pisarás o leão e a cobra; calcarás aos pés o filho do leão e a serpente.” (Salmos 91:11-13).
·        Nessa parte do Salmo 91, afirma-se que os anjos são enviados para que guarde os caminhos o servo de Deus, para que nem mesmo pedras firam seus pés.
·         Ele pode pisar leão, cobra e nada de mal acontece!
·        Não podemos nos deixar contaminar com a visão limitada e temporal de prosperidade humana.
·        Se fizermos isso, acabaremos trabalhando para Hollywood em filmes de super-heróis, ou cometendo equívocos teológicos do tipo: “sou filho do dono do outro e da prata então posso tudo no que me fortalece!”.
·        Não! Fuja disso, pois são sutilmente palavras do Diabo.

3- Promessas venceu os peregrinos (Sl. 91.14-16).
·        91.1 4 — O termo traduzido aqui por amou não procede do verbo usual hebraico para amar.
·        Contém mais a ideia de ter por perto e até de abraçar apertado com amor (Dt 7.7; 10.15). Conheceu o meu nome trata de uma relação íntima e experiente com o Pai (Jo 1.18). 
·        91.15,16 — As promessas de Yahweh são de livrar o Messias (v. 15) e de lhe conceder abundância de dias (v. 16).
·         São promessas do Pai de fazer reviver Seu Filho e de lhe conceder Sua vida eterna (SI 16.10,11; 72.15; 118.17,18).
·         A salvação reservada para o Enviado não é justificação (pois Ele já é justo por Si próprio), mas, sim, libertação da morte, sob a forma de Ressurreição (como em 118.21).
·         O Salmo 91 conclui, assim, de forma dramática, com uma promessa do Pai ao Filho quanto à Sua vitória final sobre a morte (1 Co 15.20,21).
·        Abundâncias de Dias- Um homem pode morrer jovem e, ainda assim, morrer pleno de dias, satisfeito com sua vida.
·        Ademais eles terão vida eterna  no outro mundo.
       
      Pr. Carlos Borges (CABB)

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

A TRANSITORIEDADE DO HOMEM




Sl. 90.1-6
Introdução: O Salmo 90 é uma lamentação por termos uma vida curta, mas ao mesmo tempo é de confiança na proteção de Deus e um pedido profundo de que Ele sempre renove sua confiança e dedicação ao seu povo. Considerado um dos cinco Salmos Orações (sendo eles também o 72:20, 86, 102, e 146) o Salmo 90 é de autoria de Moisés.


I ASPECTOS GERAIS
1-Autor títulos e data
·        Muitos esforços têm sido feitos para provar que Moisés não escreveu este Salmo, mas cremos que realmente foi Moisés.
·        A condição de Israel no deserto é tão preeminente explicada em cada versículo, e as reviravoltas, expressões e palavras são tão similares a muitas do Pentateuco.
·        Moisés era poderoso em palavras , assim como em obras, e nós cremos que este salmo é uma de seus poderosos discursos.
·        Moisés era, peculiarmente, um homem de Deus e um profeta: escolhido por Deus, inspirado por Deus, honrado por Deus e fiel a Deus.
·        Os profetas certamente são homens de oração.
·        Está não foi à única oração de Moisés.  
 

2-Classificações
·        Muitas gerações de pranteadores ouviram este salmo quando ao lado da sepultura aberta, e com ele foram consolados.
·        Quando não percebiam a sua aplicação especial, a Israel no deserto, e deixaram de se lembrar do nível mais elevado em que os crentes agora se encontram.
·        Moisés canta sobre a fragilidade do homem, e a pouca duração da vida, comparadas aqui com eternidade de Deus. 
·        Ele é um pedido de realização de objetivos.
·        Por isso é muito bom que antes de fazer essa Oração se pense muito bem no que quer alcançar.
·        Não peça ao Senhor algo que não é justo ou que você sabe que não deverá ser realizado.
·         Seja sensato e entregue de coração seu pedido nas mãos dEle.


3-Poesia Hebraica
·        O Salmo 90 é um salmo de lamentação, em que a comunidade reclama do juízo de Deus e da brevidade da vida.
·        Todavia, em meio à tristeza, o povo reconhece a segurança que tem no Senhor e ora por sua renovação.
·        É o único poema no livro de Salmos atribuído a Moisés, que escreveu outros dois poemas, registrados no Pentateuco (Êx 15; Dt 32).
·        O Salmo 90 abrange quatro partes:
·        (1) afirmação da segurança de uma vida próxima ao Senhor (v. 1,2);
·        (2) queixa a respeito da brevidade da vida (v. 3-6);
·        (3) queixa a respeito do juízo de Deus na vida de Seu povo (v. 7-12);
·         (4) oração pela restauração do povo (v. 13-17).

II A ETERNIDADE DIVINA
1-Deus Soberano (Sl. 90.1).
·        Senhor, aqui, não é o nome próprio de Deus (Êx 3.14,15), mas, sim, uma palavra hebraica que celebra a majestade de Sua autoridade.
·        A palavra sugere um título semelhante a meu Mestre Supremo. Refúgio refere-se ao Senhor como abrigo para o Seu povo (Sl 71.3; 91.9).
·        De geração em geração.
·        Desde o começo de sua história, o povo encontrara no Senhor seu refúgio e proteção.
·        Depois de 80 anos de preparação prática em diversas experiências.
·         Moisés foi chamado por Deus para libertar o povo de Israel.
·        Os descendentes privilegiados de Abraão, da sua escravidão no Egito.
·         O primeiro dos cinco livros atribuídos a Moisés servia para educar a nação sobre suas raízes nessa linhagem e seu lugar nas grandes promessas dadas aos Patriarcas.
·        Com certeza, essas lições históricas ocuparam um espaço importante no ensinamento que Moisés deu aos israelitas no deserto depois de saírem do Egito.
·        O Pentateuco frisa a sublimidade do Eterno Criador em contraste com a fragilidade dos homens depois do pecado do primeiro casal.
·        Deus é eterno, mas o homem é mortal.



2-Breve Existência (Sl. 90.5).
·        Mesmo que as pessoas vivessem mil anos, passariam como a vigília da noite.
·         Mil anos pode parecer muito tempo, mas nada é em comparação à existência eterna de Deus.
·        A erva brota depois da chuva, mas logo murcha sob o calor — quase que no mesmo dia.
·        Todos precisamos nos lembrar de que a vida é curta.
·        Mesmo que chegue aos cem anos, é curta.
·        Todos precisamos nos lembrar de que a vida passa muito rapidamente.
·        Nosso tempo de vida  é como a hora que passou (verso 4).
·        Nossos dias são breves como o sono (verso 5b).
·         Nossa história pessoal é como a relva que brota ao amanhecer e murcha de tardezinha (verso 5c).
·        Neste tempo curto, devemos fazer o que nos cabe fazer, sabendo, por exemplo, que o tempo jogado no lixo não volta do lixo.
·         Nossa vida será o que nós fizermos dela.
·        Nossos antepassados podem ter deixado um legal (valioso ou horroroso), mas a responsabilidade por nossa vida é nossa.
·         Só nós vivemos a nossa vida.
·        Nossos pais certamente nos influenciam, mas a responsabilidade, quando nos chega o tempo da responsabilidade, é nossa.
·        Podemos culpar os nossos pais, que ainda assim vida será nossa: cabe-nos vivê-la.

3-O elemento “desobediência (Sl. 7-11)”.
·        (7) Somos consumidos pela tua ira e aterrorizados pelo teu furor.
·        (8) Conheces as nossas iniquidades; não escapam os nossos pecados secretos à luz da tua presença.
·        (9) Todos os nossos dias passam debaixo do teu furor; vão-se como um murmúrio.
·        (10) Os anos de nossa vida chegam a 70, ou a 80 para os que têm mais vigor; entretanto, são anos difíceis e cheios de sofrimento, pois a vida passa depressa, e nós voamos!
·        (11) Quem conhece o poder da tua ira? Pois o teu furor é tão grande como o temor que te é devido.
·        Do 7 ao 12, Moisés clama pela misericórdia Divina.
·        Pois com a nossa breve vida aprendemos a andar pelos caminhos certos graças aos ensinamentos do Senhor, pois se não fosse a Sua presença e amor por teus filhos, passaríamos por uma vida perdidos.


III TRANSITORIEDADE DO HOMEM
1- Consciência de nossa limitação (Sl. 90.12).
·        “12. Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios.”
·        É um pedido de que Deus nos ajude a dar valor a nossas vidas para que possamos carregar conosco a sabedoria necessária para termos a melhor passagem por esse mundo, sem sofrimentos.
·         Moisés solicita que Deus renove sempre Seu amor por nós, e as esperanças em nossos corações para que possamos viver seguros e em paz.
·         É a demonstração de que aprendemos como é doloroso viver sem Deus, mas que esses dias passaram e que agora são nada mais do que aprendizados, pois a felicidade foi alcançada ao nos voltarmos ao caminho do Senhor.
·        Os homens são levados, por reflexões sobre a brevidade do tempo, a dedicar a sua vida na mais sincera atenção a coisas eternas. 


2- Consciências de nossos erros (Sl 90.13)
·        Nos versículo de 13 e 14, Moisés solicita que Deus renove sempre Seu amor por nós.
·        As esperanças em nossos corações para que possamos viver seguros e em paz.
·        Moisés reconhece que os israelitas ainda são servos de Deus.
·        Eles tinham se rebelado, massa não tinham abandonado o Senhor completamente, eles reconheciam as suas obrigações de obedecer a Sua vontade (Palavra).
·        Embora Deus ferisse Israel, eles eram seu povo, e Ele jamais os tinha renegado, por isso eles suplicam que Ele lide favoravelmente com eles.
·        Embora eles não pudessem ver a terra prometida, ainda assim imploravam que Ele os alegrasse pela estrada com a Sua misericórdia. 
·        A oração equivale a outras palavras que vieram do manso legislador, quando ele corajosamente , rogou a Deus pela nação ele tem o estilo de Moisés.



3- Súplica por dias melhores (SL. 90.17).
·         Moisés pede inspiração para realizar uma grande obra em nome do Pai, de forma que ela seja duradoura e que as próximas gerações possam continuar no caminho certo com essa mensagem de fé e sabedoria.
·        O Salmo 90 é uma demonstração de nossos medos e fraquezas, mas que sabemos dar valor a tudo que Deus nos ensina e estamos cientes de que andar por Seu caminho nos traz somente o melhor para nossas vidas.
·        Eles sabem que sem o Senhor nada podem fazer, e por isso clamam a Ele.
·        Eles pedem ajuda no trabalho, aceitação dos seus esforços e o estabelecimento de seus desígnios.
·        A igreja, como um todo, deseja fervorosamente que a mão do Senhor possa trabalhar com a mão do Seu povo, para que um edifício substancial e eterno para o louvor e a glória de Deus possa ser o resultado. 

Pr. Carlos Borges (CABB)