sábado, 29 de outubro de 2022

O SERVO ENFRENTA A INCREDULIDADE

 

Mc.6.1-16

Introdução: Neste capítulo de Marcos 6 estudo, vemos Jesus visitar sua cidade natal, Nazaré, e não ser bem recebido pelos seus, um povo incrédulo e que o desprezava. Jesus então entende que precisa pregar nas cidades vizinhas e envia os doze para irem, de dois em dois, curando e expulsando demônios, orientando que, onde não fossem bem recebidos, que sacudissem o pó de suas sandálias e fossem adiante.

 I  A INCREDULIDADE DOS NAZARENOS

1-Local de Incredulidade (Mc. 6.3)

1.      Jesus ensinava sábia e eficiente, mas as pessoas de sua cidade consideravam-no apenas um carpinteiro.

2.      Perguntavam: De onde lhe vêm essas coisas”?

3.      E que  sabedoria é esta que lhe foi dada?

4.      E como se fazem  tais maravilhas por suas mãos?

5.      Sentiam-se ofendidos por outras pessoas  se impressionarem com Jesus e seguirem-no.

6.      Rejeitavam a autoridade Dele porque o consideravam igual a todos daquela cidade.

7.      Pensavam que o conheciam, mas suas preconcebidas noções a respeito de quem Jesus era tornou impossível  aceitarem sua mensagem.

8.      Não deixe que os preconceitos o tornem uma pessoa cega em relação à verdade.

9.      À medida que aprender  mais a respeito de Jesus, procure enxergá-lo como Ele é.

 2-Efeitos da Incredulidade (Mc. 6.5) 

1.      Jesus poderia ter feito milagres maiores em Nazaré, mas preferiu não fazê-lo por causa do orgulho e da incredulidade  do povo.

2.      As maravilhas  que realizou ali tiveram pouco efeito sobre as pessoas, porque não aceitaram sua mensagem e não creram que Ele fora enviado por Deus.

3.      Por isso, Jesus dirigiu-se para outro lugar à procura daqueles que respondessem às evidências dos milagres por Ele operados e à sua mensagem.

4.      E ele não podia fazer ali nenhuma obra poderosa, salvo impor suas mãos sobre poucas pessoas enfermas, curando-as.

5.      Marcos não considera e ele não podia uma afirmação de limitações no poder de Jesus, e sim o fato em si (“Ele não fez”, Mt .13:58).

6.      O motivo era a descrença do povo Antes eles estavam admirados com Jesus (v. 2).

7.       Em uma “inversão irônica, Marcos é o único a concluir a narrativa” com Jesus admirado com eles.

8.      O que O surpreendeu foi a “falta de fé” deles.

9.       O povo de Nazaré não se referiu a Jesus pelo nome, mas somente como “este”, um sinal de desprezo.

  3-Reações a Incredulidade (Mc. 6.6)

1.      E admirou-se da descrença deles.

2.      E ele percorreu as aldeias vizinhas, ensinando.

3.      Esta é a terceira vez que Jesus percorreu a Galileia pregando (Mc. 1:14).

4.      Os discípulos foram enviados de dois em dois.

5.      Individualmente, poderia ter alcançado mais regiões do país, mas este não era o plano de Cristo.

6.      Uma das vantagens de viajar aos pares era que podiam fortalecer e encorajar-se mutuamente, especialmente  quando enfrentassem a rejeição por parte das pessoas.

7.      Nessa força vem Deus, mas Ele atende muitas de nossas necessidades por meio do trabalho em equipe ( a trindade santa trabalha em equipe).

8.      Ao servir a Cristo, não procure fazê-lo sozinho.  

9.      Deu-lhes poder sobre os espíritos imundos.

10.    De dois em dois reflete o bom senso (Ec 4:9-10) e era o costume de Jesus (Mc 11:1), seguido pela igreja primitiva (At 8:14).

 II A INCREDULIDADE DE HERODES

1- Homem Devasso (Mc. 6.18)

1.      A Palestina era dividida em 4 (quatro) territórios, cada um deles com seu próprio governador.

2.      Herodes Antipas, chamado de Herodes nos Evangelhos, era o governador da Galileia; seu irmão Felipe governava Traconites e Ituréia.

3.      A mulher de Felipe  era Herodias, mas ela o deixou para casar-se  com Herodes Antipas.

4.      Quando João confrontou os dois por terem cometido adultério Herodias elaborou uma conspiração para matá-lo.

5.      Ao invés de tentar livrar-se de seu pecado.

6.      Herodias tentou livrar-se  daquele que a trouxe  à atenção pública.

7.      Isso é exatamente o que os lideres religiosos estavam tentado fazer com Jesus      

8.      Mas Herodes ouvindo isso, dizia: Este é João, a quem eu decapitei; ele está ressuscitado dentre os mortos.

9.      Pois o próprio Herodes mandara prender a João, e o confinou na prisão, por causa de Herodias, esposa de seu irmão Filipe; porque ele havia se casado com ela.

 2-Homem Perturbado (Mc. 6.16)

1.      A ideia de Jesus ser João Batista ressurreto levou Herodes a refletir temerosamente no homem que decapitara.

2.      João foi preso por causa de Herodias.

3.      Antes, Herodias era casada com o meio-irmão de Herodes, Herodes Filipe, e teve uma filha com ele, chamada Salomé.

4.      Herodes Antipas convenceu Herodias a deixar Filipe e casar-se com ele.

5.      Para abrir caminho, Herodes Antipas teve que se divorciar de sua própria esposa.

6.      Por isso, Herodias tinha uma desavença contra ele, e queria matá-lo, mas ela não podia.

7.      Porque Herodes temia a João, sabendo que ele era um homem justo e santo. e o observava,     e ao ouvi-lo, ele fazia muitas coisas, e o ouvia de boa vontade.

8.      Estes versículos contrastam as opiniões de Herodias e Herodes Antipas acerca de João Batista.

9.      Herodias tinha uma desavença contra ele, e queria matá-lo, e procurava uma maneira de conseguir isso (todos os verbos no pretérito imperfeito).

10.    Antipas, por sua vez, temia a João, considerando-o um homem justo e santo.

 3-Técnica de “Sanduíche”(Mc.6.22)

1.      Como um governante sob a autoridade  romana, Herodes não tinha um reino.

2.      Assim, ofertar até a metade de seu reino foi a forma de dizer que ele daria  a filha de Herodias quase tudo que ela pedisse.

3.      Após esta palavra, Herodes ficaria muito constrangido na presença de seus convidados se negasse o pedido da filha  de Herodias.

4.      As palavras são poderosas porque podem levar a grandes pecados, portanto devemos usá-las  com muito cuidado.  

5.      E entrando a filha de Herodias (Salomé), e dançando, e agradando a Herodes, e aos que estavam sentados com ele, o rei disse à donzela: Pede-me o que quiseres, e eu te darei.

6.      Marcos não cita o nome de Salomé, mas o historiador judeu Josefo sim.

7.      Filha (v. 22, 28) é a mesma palavra que Jesus usou para a menina de 12 anos em Mc.5:41.

8.      Dançando e agradando não necessariamente envolvem sensualidade no relato de Marcos, embora seja possível.

 III  A INCREDULIDADE  DOS DISCIPULOS

1- Ao alimentar  cinco mil homens (Mc. 6.37)

1.      Quando Jesus pediu a seus discípulos que providenciasse alimento para mais de cinco mil pessoas, eles ficaram admirados  e disseram que seria necessário uma pequena fortuna para alimentar tal multidão.

2.      Ele respondendo, lhes disse: Dai-lhes vós de comer.

1.      E eles disseram-lhe: Devemos ir e comprar duzentos denários de pão e dar-lhes de comer?

2.      Jesus responde com outra ordem, enfatizando vós.

3.       Duzentos denários seriam aproximadamente o salário de um ano de trabalho.

4.      Obviamente, os discípulos não tinham tal quantia, já que tinham acabado de voltar de uma missão na qual não levaram pão nem dinheiro (v. 8).

5.      Alimentar essa gente toda era um grande desafio.

6.      Uma situação que parece impossível  de ser solucionada  com os recursos humanos representa uma oportunidade para Deus agir em nosso favor.

 2-Ao Andar sobre as Águas (Mc. 6.50)

1.      Porque todos o viram, e perturbaram-se.

2.       E imediatamente falou com eles, e disse-lhes: Tende bom ânimo; sou eu, não tenhais medo.

3.      Jesus tranquiliza os discípulos com duas ordens: Tende bom ânimo e não tenhas medo.

4.      As palavras sou eu literalmente são “eu sou”, conforme no grego, Ego Eimi, o nome de Deus em Êx 3:14 (Is 41:4).

5.      Jesus fez algo que só Deus poderia fazer e usou o nome do Senhor para identificar a si mesmo.

6.      O medo que sentiam os discípulos devia-se ao fato de que Jesus havia os deixado, de acordo com eles, sozinhos no barco.

7.      Porque eles ainda não entendiam que, embora ele não estivesse fisicamente entre eles, ele não os havia deixado.

8.      Esse sentimento é o mesmo que nós experimentamos em situações difíceis, como atualmente.
E, como mulheres, temos que viver situações muito difíceis, é quando sentimos que não podemos remar mais contra a corrente e contra o vento forte.

9.      Os discípulos tinham medo, mas a presença de Jesus acalmou seus temores.

 3- O Exemplo de Fora (Mc. 6.56)

1.      E, onde quer que ele entre, em aldeias, ou cidade, ou nos campos, eles colocavam os enfermos nas ruas, e pediam-lhe que eles pudessem tocar somente na orla da sua roupa; e todos quantos o tocavam ficavam curados.

2.      Aldeias… cidade e campos totalizam a região da Galileia: Nas ruas (Gr. ggorg) eram os centros mais ativos da vida local.

3.      A afirmação de que os enfermos… pediam-lhe a Jesus que os curasse lembra o leproso (Mc 1:40), o endemoninhado (Mc 5:10) e o dirigente da sinagoga, visto que se usa a mesma palavra.

4.      As numerosas curas aqui em Genesaré contratam com os poucos que foram curados em Nazaré (Mc.6.5,6).

5.      Tocar ao menos na orla (beira do manto)

6.      Essa confiança lembra a da mulher que tocou as vestes(roupa) de Jesus e foi curada(Mc.5.28,29).

7.      Marcos utiliza um valioso contraste: A surpreendente incredulidade  do círculo mais íntimo de Jesus segue-se a abundante fé daqueles mais afastado.

8.      O contato coma fé pura e exemplar de pessoas simples e anônimas era uma preciosa fonte  de aprendizado para os discípulos – que, com o vimos,  ainda estavam  em processo de cura  de seus  próprios corações (Mc.6.52).

  Pr. Capl. Carlos Borges (CABB) 

domingo, 23 de outubro de 2022

A AUTORIDADE DO SERVO

 

Mc. 5.21-43

Introdução: Duas histórias de desastres. Temos aqui um sanduíche. O evangelista João Marcos gosta disso. Ele começa com uma história, a corta no meio contando outra história e depois termina com a história que começou mostrando que estão relacionadas.

A primeira história mostra um chefe da sinagoga. Ele tinha tudo, mas sua filha estava em estado terminal. Um desastre. Sem esperança. Ele a viu nascer, crescer, falar as primeiras palavras. Sua princesa. Mas agora sua vida está esvaindo. Você sabe qual o sentimento de um pai vendo seu filho morrer?

A segunda história mostra uma mulher que está vendo sua vida esvair há 12 anos. Uma hemorragia. Uma enfermidade cruel que a afasta de tudo. Ela não pode ser tocada por ninguém, pois que a tocar é considerado impuro.

 I  AUTORIDADE SOBRE OS DEMÔNIOS

1-A ação de Satanás (adversário) (Mc.5.5)

1.      Há todo tipo de situações que podem trazer uma tragédia: Um motorista bêbado. Um sinal vermelho. Uma ultrapassagem errada. Uma piscina não coberta. Um homem nervoso com uma arma.

2.      Clamando e Ferindo-se ele era um pavor e um tormento para si mesmo.

3.      O Diabo é um mestre cruel para aqueles que ele leva cativo.

4.      Os adoradores de Baal, em sua fúria, se cortavam como este louco fazia.

5.      A voz de Deus diz: “ Não te faças nenhum mal.

6.      A voz  de Satanás diz: “Faça a si mesmo todo o mal que puder”. mesmo assim, a Palavra de Deus é desprezada, e a de Satanás, considerada.

7.      Adorou-o: Até mesmo o diabo (caluniador), em sua pobre criatura, foi forçado a temer  diante de Cristo e a curvar-se a Ele, Filho de Deus.

8.      O demônio reconheceu Jesus como o Filho de Deus. Sai deste homem – Observe a palavra de comando que Cristo deu ao espírito imundo para acabar com sua possessão (tomar posse, domínio), Sai deste homem, espírito imundo.

9.      Aqui está um exemplo do poder  e da autoridade com a qual Cristo ordenou os espíritos imundos,  e eles o obedeceram (Mc.1.27).

10.    Legião: Uma legião de soldados entre os romanos consistia  em um grupo entre seis mil e 12 mil homens.

11.    Os demônios pelejam contra Deus  e Sua glória, contra Cristo e Seu evangelho contra  os homens e sua santidade e felicidade.

 2-A Ação da Sociedade ( Mc.5.3)

1.      Sua morada nos sepulcros: Ele ( o demoninhado) morava entre os túmulos (sepulcros) de pessoas mortas.

2.      As tumbas ficavam  fora da cidade  em lugares desolados, o que dava  grande  vantagem  ao diabo, pois aí daquele que está sozinho.

3.      Tocar  um túmulo era profano (Nm. 19.16).

4.      Cristo, ao resgatar as almas do poder de Satanás, salva os vivos de entre os mortos.

5.      Grilhões e cadeias: Nenhum homem poderia prendê-lo.

6.      Além das cordas não conseguirem segurá-lo, os grilhões   e as cadeias de ferro também não conseguiam.

7.      Porque, tendo sido muitas vezes preso com grilhões e correntes, e as correntes foram arrancadas em pedaços, e os grilhões quebrados em partes, e nenhum homem podia amansá-lo.   

8.      Nenhuma força humana tem poder para libertar almas (pessoas) aprisionadas por Satanás.

9.      Somente Jesus é capaz de libertar o oprimido e tratar a verdadeira fonte do problema humano (At. 3. 6; Jo. 8.36).

 3- A Ação de Jesus (Mc. 5.19).

1.      Vai para a tua casa- Ele deve ir para sua casa encontrar-se com seus amigos, anunciar-lhes que grande coisas o Senhor  fez por ele, de modo que Cristo seja honrado e que seus vizinhos  e seus amigos sejam convidados  a crer em Cristo.

2.      Esta é uma  dívida que temos com Cristo e com nossos irmãos, para que Ele seja glorificado, e nós, edificado.

3.      Várias razões foram conjecturadas porque Jesus não permitiu que esse homem fosse com ele.

4.      Pode ter sido que ele desejasse deixá-lo entre o povo como uma evidência conclusiva de seu poder de realizar milagres.

5.      Ou pode ter sido que o homem temesse que, se Jesus o deixasse, os demônios retornariam, e que Jesus lhe dissesse que permanecesse para lhe mostrar que a cura estava completa e que ele tinha poder sobre os demônios quando ausente e quando presente.

6.      Mas a razão provável é que ele desejava restaurá-lo para sua família e amigos.

7.      Jesus não estava disposto a atrasar a alegria de seus amigos e prolongar a ansiedade deles, fazendo com que ele ficasse longe deles. 

 II AUTORIDADE SOBRE AS DOENÇAS

1-A Condição da Mulher (Mc. 5.26)

1.      Ela teve o melhor tratamento que poderia ter recebido dos médicos, fez uso dos remédios e métodos que lhes prescreveram.

2.      Depois que ela gastou tudo que tinha com os médicos, estes desistiram dela, dizendo que era incurável.

3.      Observem a forte fé que ela tinha no poder de Cristo para curá-la.

4.      A mulher acreditava que Ele curava não como um profeta com virtude procedente de Deus, mas como Filho de Deus pela virtude inerente em si mesmo.

5.      Se tão somente tocar: Tal era seu caso que ela não poderia por modéstia contar-lhe publicamente, como outros faziam com suas queixas e, portanto ela desejava uma cura pessoal e condicional.

  1. Por causa da natureza de sua doença; era algo que não podia ser tornado público, sem expô-la à vergonha e desprezo.

7.      Era um distúrbio inveterado; durou doze anos.

8.      Foi contínuo; ela parece não ter tido intervalo de saúde.

9.      Seu distúrbio foi agravado pelos medicamentos que ela usava – ela sofreu muito, etc.

10.    Sua doença era ruinosa tanto para sua saúde quanto para as circunstâncias – ela gastou tudo o que tinha.

11.    Ela agora foi levada ao último ponto de miséria, desejo e desespero; ela estava piorando e não tinha dinheiro nem bens para fazer outro experimento para obter sua saúde.

12.    Ela foi tão abatida por sua desordem a ponto de ser incapaz de ganhar qualquer coisa para sustentar sua vida miserável por mais algum tempo. 

13.    Foi dito, e o ditado é bom: “A extremidade do homem é a oportunidade de Deus”. e. E agora Jesus vem, e ela é curada. 

 2-A fé da mulher (Mc. 5.28)

1.      Jesus, reconhecendo imediatamente que dele saíra poder, virando-se no meio da multidão, perguntou: Quem me tocou nas vestes?" Marcos 5:30.

2.      No meio da multidão havia uma mulher que sofria há muitos anos com um fluxo de sangue e que havia gastado tudo que possuía para tentar se curar, sem ser possível.

3.      Ela se decidiu a apenas tocar nas vestes de Jesus para ser curada e assim aconteceu e ela foi curada.

4.      O poder de Jesus era tamanho e o Espírito de Deus se movia com tanta liberdade nele que ao tocar nas suas vestes esta mulher foi curada.

5.       Este poder para curar não advém da natureza divina de Jesus, mas da comunhão que ele tinham com seu Pai, como vimos em algumas ocasiões.

6.      Apesar da grande quantidade de cristãos que vemos no Brasil, pouco deles vive a prática e sinceridade da vida com Deus como fazia Jesus.

7.       Se assim fosse, não haveria mais coxos, doentes, cegos ou qualquer doença nas igrejas evangélicas.

8.      Esta é uma reflexão que deve ser feita, pois certamente existe algo errado. 

 3- A Cura da Mulher (Mc. 5.29)

1.      Secou a fonte de seu sangue- Ela estava na multidão  atrás dele e conseguiu tocar Suas vestes, e logo se sentiu perfeitamente bem.

2.      Virtude de si mesmo saíra – JESUS  sabia que isso não ocorreu por qualquer deficiência, nem pelo esgotamento dessa virtude, mas por exercê-la, e o prazer que Ele sentia em fazer o bem.

3.      Quem me tocou-  Cristo passa e olha ao redor para ver aquela que tinha feito tal coisa, não para poder culpá-la por sua presunção, mas para elogiar e encorajar sua fé.

4.      Assim como os atos secretos  de pecado, os atos secretos de fé são conhecidos pelo Senhor Jesus, e estão debaixo de sua vigilância.

5.      Mas a cura física foi só o inicio de um processo mais profundo; aquela mulher, outrora doente, frustrada, abandonada e desvalorizada.

6.      Libertou-se de seu mal, ganhou um poderoso testemunho, desenvolveu uma fé preciosa e ainda foi explicitamente acolhida na família de Deus.

7.      Cura completa, física, emocional, social e espiritual.

 III AUTORIDADE SOBRE A MORTE

1- Contraste entre situações (Mc. 5.24)

1.      Jairo era um homem que vinha abertamente implorando a cura de uma filha doente, e não é ninguém menos que um dos líderes da sinagoga, o qual presidia  a adoração da sinagoga.

2.      Apesar de ser líder, ele se dirigiu a Jesus com grande humildade e reverência.

3.      Quando viu a Jesus Cristo, ele se ajoelhou dando honra a Jesus.

4.      Jairo tem uma pequena filha com cerca de 12 anos, e ela jaz  à cama, morrendo.

5.      Porém, ele crê que se Cristo apenas for e impuser suas mãos sobre ela, esta retornará a vida, mesmo estando às portas do túmulo.

6.      Cristo prontamente concorda e vai com ele.

7.      A filha de Jairo tinha 12 anos de idade e a mulher do fluxo de sangue, sofria doze anos com a sua enfermidade, então Jesus entra em cena e restaura as vidas, uma enfermidades física e outra uma enfermidade patológica.

 2- Continue Crendo (Mc. 5.36)

1.      Não tema, apenas acredite. A mensagem sobre a morte dela provocara desespero: pois ele não pedira nada a Cristo, a não ser alívio para a jovem doente.

2.      Portanto, Cristo pede que ele tome cuidado para que, por medo ou desconfiança, ele exclua a graça, à qual a morte não será obstáculo.

3.      Por essa expressão, apenas acredite, ele quer dizer que não vai querer poder, desde que Jairo o permita; e, ao mesmo tempo, exorta-o a ampliar seu coração com confiança, porque não há espaço para temer que sua fé seja mais extensa que o poder ilimitado de Deus.

4.      E realmente este é o caso de todos nós: pois Deus seria muito mais liberal em suas comunicações conosco, se não estivéssemos tão perto; mas nossos desejos escassos o impedem de derramar seus dons sobre nós em maior abundância.

5.      Em geral, somos ensinados por esta passagem que não podemos ir além dos limites da crença: porque nossa fé, por maior que seja, nunca abraçará a centésima parte da bondade divina. 

 3- A força do Amor (Mc. 5.41)

1.      Tomou-a pela mão e lhe disse: “Talita cumi!”, que significa “menina, eu lhe ordeno, levante-se!”. Marcos 5.41, NVI

2.       Lucas 8:54 . E ele segurou a mão dela e chorou. 

3.      Embora naturalmente esse grito não servisse para recordar os sentidos da jovem falecida, Cristo ainda pretendia dar uma exibição magnífica do poder de sua voz, para que pudesse acostumar mais plenamente os homens, para ouvir sua doutrina.

4.      É fácil aprender com isso a grande eficácia da voz de Cristo, que alcança até os mortos, e exerce uma rápida influência sobre a própria morte.

5.      Consequentemente, Lucas diz que seu espírito retornou, ou, em outras palavras, que imediatamente ao ser chamado, obedeceu ao mandamento de Cristo.

6.      Eis a arma com que Jesus vence a morte:  a força do Seu eterno amor  e soberano poder.

Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)

 

sexta-feira, 14 de outubro de 2022

A OPOSIÇÃO AO SERVO

 

Mc.3.1-21

Introdução: Neste capítulo de Marcos 3 estudo, conta quando Jesus entrou em uma sinagoga e ali, também no sábado ele cura um homem com a mão atrofiada e é válido ressaltar que a esta altura as multidões o seguem de forma rigorosa, ele exala esperança.

 I OPOSIÇÃO SILENCIOSA

1-O Paralitico e seus amigos (Mc. 2.3)

1.      As necessidades daquele homem paralítico levaram seus amigos a tomarem a iniciativa  de conduzi-lo a Jesus.

2.      Quando você reconhece as necessidades de alguém, o que costuma fazer?

3.      Muitas pessoas têm necessidades físicas e as espirituais que você pode ajudar a suprir, sozinho  ou com a ajuda de outros que também se mostrem preocupados.

4.      As necessidades humanas  comoveram aqueles quatros amigos.

5.      Deixe que elas também o levem a atos de compaixão (piedade).

6.      Jesus aproveitava o tempo a sós com seus discípulos e nomeia os seus apóstolos e enquanto isso seus milagres e maravilhas se tornam cada vez mais conhecidos.

7.      De acordo com o contexto histórico, Marcos 3 é o terceiro capítulo do Evangelho de Marcos no Novo Testamento e conta sobre diversas obras e milagres de Jesus.

8.      Além disso, ele continua seu relato da observância do sábado no capítulo anterior e após chamar os Doze, Jesus novamente discutiu com os escribas e até com sua própria família.

 2-Jesus e seus Opositores (Mc.2.7)

1.      Antes de dizer ao paralítico “levanta-te”, Jesus disse “Perdoados estão os teus pecados”.

2.      Para os lideres judeus, esta declaração foi uma blasfêmia, porque para perdoar pecados competia a Deus.

3.      De acordo com a Lei, o castigo para tal pecado era a morte (Lv. 24.15,16).

4.      Os lideres religiosos entenderam corretamente que Jesus afirmava ter prerrogativas divinas, porém erraram ao julgá-lo.

5.      Ele não estava blasfemando, porque  sua afirmação era verdadeira.

6.      Jesus é Deus e provou isso ao curar o paralítico (Mc. 2.9-12).

7.      O que é mais fácil dizer ao paralítico: Teus pecados estão perdoados; ou dizer: Levanta-te, e toma o teu leito, e anda?

8.      Obviamente, a resposta à pergunta de Jesus, o que é mais fácil, é uma reivindicação impossível de comprovar: ter perdoado os pecados do paralítico.

9.      Afinal, o perdão de pecados é algo que não pode ser comprovado visivelmente, de modo que qualquer um pode dizer que perdoou pecados.

10.    Na verdade, ter a autoridade para fazer isso é algo totalmente diferente.

11.    Para provar seu direito de perdoar pecados.

12.    Jesus empreende a tarefa mais verificável (mas não menos extraordinária) de curar o homem.

13.    Filho do homem era a auto designação preferida de Jesus.

 II OPOSIÇÃO EXPLÍCITA

1-Reunião com Pecadores (Mc. 2.15)

1.      No mesmo dia Levi conheceu Jesus, organizou uma reunião em sua casa para apresentá-lo aos outros.

2.      Não perdeu tempo para tornar-se uma testemunha de Jesus!

3.      Algumas pessoas  acreditam que os recém convertidos  deveriam aguardar a maturidade e o treinamento antes de começar a falar aos outros a respeito de Cristo.

4.      Mass, como Levi, os novos cristãos podem sem demora compartilhar  sua fé, seja qual for

5.      Reclinar sobre a mesa ao nível do chão, apoiado em um dos cotovelos, com os pés estendidos ao longo do chão, era a posição tradicional das refeições.

6.      Levi convidou Jesus e seus discípulos para um banquete, que incluiu figuras de má reputação – publicanos e pecadores (cp. Lc 5:29).

7.       “Pecadores” indica aqueles que deliberadamente violam as leis de Deus.

8.      Ao comer com tais pessoas, de certa forma Jesus se identificou com elas.

9.      Todavia, longe de fazer vistas grossas a seus pecados, Jesus ficou com eles porque veio salvar pecadores.

10.    Sobre escribas, ver nota em Mc 1:21-22.

11.    Muitos destes mestres eram fariseus.

12.     Os fariseus (“os separados”) observavam rigorosamente a te escrita e oral, criam em anjos e na ressurreição, opunham-se à influência grega e eram estimados pelo povo. Estavam em constante conflito com Jesus.   

 2-Negligência do Jejum (Mc.2.18)

1.      Os fariseus jejuavam duas vezes na semana (Lc. 18.12) e, provavelmente, os discípulos de João (Batista) também o  faziam.

2.      Ele sugeriam  que, Cristo andava entre os pecadores  para lhes fazer bem, ainda assim os discípulos estavam saciando seus apetites, eles nunca saberiam  o que era jejuar ou negar a si mesmo.

3.      Cristo e Seus discípulos eram “recém casados”( uma tipologia da igreja).

4.      O esposo ainda estava com eles, e as núpcias  ainda eram celebradas.

5.      Quando o esposo fosse tirado deles, seria um tempo apropriado para sentar como uma viúva em isolamento e jejuar.

6.      Deus graciosamente considera a estrutura dos novos convertidos como a de pessoas fracas e delicadas, e devemos fazer o mesmo.

7.      Não podemos precisar com certeza quem são estes alguns que se dirigem a Jesus.

8.      Entretanto, podemos afirmar que se tatá de opositores de Jesus, de pessoas que não estavam concordando com o rumo que Jesus e seus discípulos estavam tomando.

9.      Se o jejum sempre existiu na vida do povo, por que a partir de Jesus este costume importante seria deixado de lado?

10.    Jesus soube esclarecer bem a situação que estava vivendo.

11.    Quando se realiza um casamento — os convidados jejuam?

12.    Certamente, não!

13.    Pois casamento é motivo de festa e de alegria.

14.    No casamento se come bem e não há lugar para jejuar.

15.    A figura do casamento, por outro lado, é sinal do tempo messiânico (Mt 22.2ss; 25.1ss; Ap 19.7).

16.    Há alegria, pois o Messias prometido chegou.

17.     Agora iniciou algo novo.

18.     É tempo de salvação.

19.    Por isso os discípulos de Jesus não têm motivo para jejuar.

20.    Eles compartilham da alegria do casamento.

 3-Velhas Tradições (Mc. 2.21)

1.      Há sugestões para não incluir estes versículos na exegese do texto, pois são, até certo ponto, um corpo estranho.

2.      O jejum jamais deixou de existir na história da igreja cristã.

3.      Portanto, o não combinar do novo com o velho, não serve para esclarecer a relação nova de Cristo.

4.      No entanto, grande parte dos comentaristas afirma que os versículos calham bem no texto anterior.

5.      Ademais, os evangelistas Mateus e Marcos usam as mesmas figuras ligadas ao texto do casamento.

6.      A verdade é que o novo não combina com o velho.

7.      Se há casamento, que é símbolo de alegria, de comer, não pode haver jejum.

8.      Ou uma coisa ou outra. E, neste sentido, as duas figuras são excepcionais.

9.      Elas descrevem com grande exatidão o que Jesus afirma no v.19.

10.    O noivo veio ao encontro da noiva (Jo 3.16). 

III OPOSIÇÃO CRUEL

1-Porque valorizou as Pessoas acima dos Costumes (Mc.2.27)

1.      O sábado foi feito por causa do homem- O sábado é uma instituição sagrada e divina, entretanto, devemos recebê-lo e adotá-lo como um privilégio e um beneficio, não como uma tarefa  e um fardo.

2.      Deus nunca planejou  que ele fosse uma imposição sobre nós e, portanto, não devemos fazer  do sábado um peso para nós.

3.      O homem foi feito para Deus e para Sua honra e serviço.

4.      Ele considerou nosso corpo, de modo que descansassem e não  se cansassem comas constante ocupações  deste mundo(Dt.5.14).

5.      Ele nunca pretendeu que isso nos restringisse, em caso de necessidade, de satisfazer as necessidades básicas do corpo.

6.      O sábado foi criado para ser um dia de descanso, um dia de comunhão com Deus, um dia de louvor e de gratidão.

7.      Precisamos ter cuido para não transformar  esse exercício religioso em fardos para nós  ou para os outros, pois Deus os concedeu a nós para serem bênçãos.

8.      Êxodo 23:12 – “Em seis dias façam os seus trabalhos, mas no sétimo não trabalhem, para que o seu boi e o seu jumento possam descansar, e o seu escravo e o estrangeiro renovem as forças.

9.      Deuteronômio 5:14 – mas o sétimo dia é um sábado para o Senhor, o teu Deus. Nesse dia não farás trabalho algum, nem tu nem teu filho ou filha, nem o teu servo ou serva, nem o teu boi, teu jumento ou qualquer dos teus animais, nem o estrangeiro que estiver em tua propriedade; para que o teu servo e a tua serva descansem como tu.

 2- Porque fez bem (Mc. 3.4)

1.      Mas Jesus, vendo seu intento, perguntou aos fariseus: “É lícito nos sábados fazer o bem ou fazer o mal? Salvar a vida ou tirá-la? Mas eles ficaram em silêncio” Marcos 3:4.

2.      Levanta-te – Ele ordenou que o homem (se levantasse), para que observando-o, eles fossem movidos  com compaixão e não considerassem  sua cura um crime.

3.      É licito- Ele apela à consciência deles: É licito fazer o bem nos dias de sábado, como eu planejo fazer, ou fazer o mal, como planejais fazer?.

4.      O que é melhor: salvar  uma vida  ou matá-la?

5.      Calaram-se – Estes estão obstinados, de fato, em sua infidelidade, que, quando não puderem  falar  nada  contra  a verdade, não dirão coisa alguma a favor dela; e eles não conseguem  resistir, mas não irão ceder.

6.      É interessante como os fariseus se preocupavam mais com a forma do que com a salvação daquele homem.

7.      Mas Jesus conhecia o intento do coração deles.

8.      Como lemos no último estudo do capítulo 2, o sábado foi criado por causa do homem, e não o homem por causa do sábado.

9.      Por isso mais valia a Jesus salvar aquele homem e curar sua enfermidade, do que se preocupar com a doutrina sabática.

10.    Pra serve a lei se não para o bem do homem?

11.    Mas os fariseus não se preocupavam com isso.

12.    Para eles mais valia guardar o sábado do que fazer o bem ao seu próximo.

 3- Porque não recuou (Mc. 3.14)

1.      Nosso Salvador ordenou que os doze estivessem sempre com ele, para que aprendesse de sua boca a doutrina que deviam pregar ao mundo; – para que pudessem ver sua glória, João 1:14, a glória transcendente das virtudes.

2.      Que adornava sua vida humana e poderia ser testemunha de todas as maravilhosas obras que ele deveria realizar ( Atos 10: 39-41 .) e pelas quais sua missão de Deus deveria ser claramente demonstrada.

3.      Os doze eram, portanto, qualificados para suprir as pessoas com o alimento espiritual que seus professores deixaram de lhes dar; – e isso antes e depois da morte de seu Mestre.

4.      Consequentemente, quando eles continuaram com Jesus o tempo necessário para esse fim, ele os enviou por duas e duas para a Judéia sobre o importante trabalho de preparar as pessoas para sua recepção, que era o verdadeiro pastor.

5.      Por isso, ele os chamou de apóstolos, ou seja, “Pessoas enviadas”.

6.      Mas seu nome era mais particularmente aplicável a eles, e seu ofício foi elevado à perfeição, após a ascensão de Cristo, quando ele os enviou a todo o mundo com a doutrina do Evangelho, que ele lhes permitiu pregar por inspiração; dando-lhes poder ao mesmo tempo para confirmá-lo pelos milagres mais surpreendentes

      Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)