Jó 1.1-12 e 2.1-10
Introdução: Em Jó
23, Jó continua a lutar com a intensa dor e confusão que está
experimentando, expressando seu desejo de se encontrar com Deus e buscar
respostas para suas perguntas. Jó insiste que é inocente de qualquer delito e
que seu sofrimento é imerecido, mas também reconhece que não consegue entender
os caminhos de Deus.
I O LIVRO DE JÓ
1-O Valor do Livro (Jó 23.10)
1.
As
palavras de Jó no capítulo 23 são uma expressão poderosa do desejo humano de
entender as razões do sofrimento e encontrar sentido em meio à dor.
2.
Apesar
de sua angústia e confusão, Jó mantém sua fé em Deus e sua crença de que a
justiça acabará por prevalecer.
3.
Suas
palavras também oferecem um lembrete da importância da perseverança e da
confiança diante da adversidade.
4.
No
geral, Jó 23 é um capítulo que destaca a complexidade e profundidade do livro
de Jó.
5.
Mostra
a intensidade das emoções que podem surgir diante do sofrimento, bem como a
importância de manter a fé e a esperança nessas situações.
6.
A
recusa de Jó em desistir de sua busca por compreensão e sua confiança
inabalável em Deus servem como uma inspiração poderosa para aqueles que
enfrentam provações difíceis em suas próprias vidas.
7. 23.1, 2 - Jó diz que está em
amargura, por causa de seu sofrimento e das falsas acusações de seus amigos. A
expressão ainda hoje provavelmente quer dizer até agora.
23.3 Mais do que qualquer outra
coisa, Jó desejava encontrar o Senhor.
8. No
tribunal divino, ele estava certo de que encontraria justiça, pois o Reino de
Deus está fundamentado na justiça divina.
9. 23.4-9 Depois de expor muitos
argumentos persuasivos, Jó encerrará sua defesa perante Deus, pois sabe que Ele
será justificado. Jó deseja saber e entender, em vez de vencer o debate.
10. Acima
de tudo, ele busca restabelecer sua comunhão com Deus.
23.10-12 Quando Jó afirma: prove-me, e sairei como o ouro, ele emprega
uma metáfora para expressar sua confiança no fato de ser puro e sem culpa. Isto
pode ser uma resposta às palavras cáusticas de Elifaz (Jó 22.24,25).
11. Ao
declarar que guardou o caminho de Deus, Jó refuta a acusação de Elifaz de ter
seguido o caminho do iníquo (Jó 22.15).
2-Autoria e Data (Jó. 1.1).
1. AUTOR: É desconhecido; possivelmente Jó.
2. Alguns
sugerem Moisés, Salomão ou Eliú.
3. DATA:
Desconhecida, registra fatos que ocorreram provavelmente durante o tempo dos
patriarcas, aproximadamente 2000-1800 a.C.
4. PANOMARAMA:
A terra de Uz, provavelmente localizada a nordeste da Palestina, próximo à
terra deserta entre Damasco e o Rio Eufates.
5. O
VERSÌCULO CHAVE: “E disse o Senhor a Satanás: “Observaste o meu servo Jó”“? Porque ninguém há na terra semelhante a
ele, homem sincero e reto, temente a Deus, desviando-se do mal e que ainda
retém a sua sinceridade, havendo-me tu incitado contra ele para consumi-lo sem causa
“Jó2”. 3.
6. É
aceito que Jó tenha vivido antes ou depois de Abraão.
7. Isto
por que nas analise, existem dois indícios desses fatos: 1º - O modelo
patriarcal de vida, que Jó praticava, pois ele agia como pai-sacerdote. 2º- A
idade de Jó já avançada reporta para a época patriarcal, que tinha longevidade
(Jó. 42.16,17).
3-O Tema Jó. 3.25)
1. Pois a coisa que eu
temia grandemente veio sobre mim – Antes que esse dilúvio de miséria fosse
derramado sobre mim, eu estava de fato sob grandes e fortes apreensões.
2. Das quais não podia
explicar, de algo ou outro que me acontecesse; algo extremamente doloroso e
aflitivo; algo tão ruim, ou pior, que a própria morte.
3. Pois eu considerei a variedade das
providências de Deus, a mutabilidade deste mundo vaidoso, as enfermidades e
contingências às quais a natureza humana é responsável na vida atual, à justiça
de Deus e a pecaminosidade de toda a humanidade.
4. E agora é evidente que
esses meus medos não foram em vão, pois são justificados pelas minhas
calamidades atuais.
5. Posso dizer, portanto,
que nunca desfrutei de nenhuma tranquilidade sonora desde que nasci; e,
consequentemente, não valeu a pena viver, pois todos os meus dias foram maus e
cheios de problemas e angústias, tanto pelo medo das misérias ou pelo
sofrimento delas.
II O PRIMEIRO ATAQUE DE
SATANÁS A JÓ
1-As Qualidades de Jó (Jó. 1.1-13).
1. O
significado do nome Jó é “perseguido” ou “afligido”.
2. Seu
caráter é descrito como o mais excelente.
3. Ele era
perfeito, o que obviamente não significa que ele era sem pecado, ou sem nenhuma
falha em seu caráter.
4. Ele era
um homem de todo o coração com um caráter sólido bem equilibrado.
5. Em suas
relações com os outros, ele era justo, sempre correto e fazendo a coisa certa.
6. Ele
temia a Deus, andando no temor de Deus, o que prova que ele era um filho de
Deus.
7. Portanto,
ele evitou o mal em todas as formas.
8. Esta
breve descrição de Jó mostra que ele era um homem incomum.
9. Ou seja,
próprio Senhor deu testemunho desse fato, pois disse a Satanás: “Não
há ninguém semelhante a ele na terra”.
10. Além disso, grande
bênção repousava sobre ele e sobre sua casa.
11. Sua família era
composta por sete filhos e três filhas.
12. De gado ele tinha
sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas
jumentas e uma família muito grande.
13. Ele foi em todos os
sentidos, em seu caráter, em sua enorme riqueza, o maior homem dos filhos do
oriente.
14. Sua era a posição de
um príncipe entre os homens com uma família principesca.
15. Segue-se então uma
cena agradável, uma amostra de como ele se comportou.
2-O Diálogo no céu e o desafio (Jó. 1.8-10).
1. Dessa conversa,
aprendemos algo importante sobre Satanás: - Ele é responsável perante Deus.
2. Todos os seres
angelicais, bons ou maus, são compelidos a apresentarem-se diante de Deus.
3. Deus sabia que
Satanás planejava atacar Jó.
4. Satanás pode estar
em apenas um local de cada vez.
5. Seus demônios
(auxiliares na maldade) o auxiliam em seu trabalho, mas como um ser criado, ele
é limitado.
6. Satanás não pode ler
os nossos pensamentos ou prever o futuro (essas cartomantes que estão sob a
égide de Satanás, não pode ter credibilidade nas suas previsões).
7. Se Satanás fosse
capaz de ler nossos pensamentos, ele saberia que Jó iria ceder à pressão.
8. Satanás nada pode
fazer sem a permissão de Deus.
3-O Inicio das aflições de Jó (Jó. 1.20,21).
1. Na primeira etapa
das provas de Satanás, Jó perdeu as posses e a família (filhos e filhas), mas
reagiu de forma justa para com Deus, ao reconhecer-lhe a soberania e a
autoridade de Deus sobre todas as cosias.
2. Satanás perdeu esse
primeiro round.
3. Jó passou no teste e
provou que as pessoas podem amar a Deus quem Ele é, e não pelo que Ele dá.
4. Jó não escondeu seu
desgosto.
5. Ele não havia
perdido a fé em Deus, ao contrário, suas emoções demonstraram que ele era
humano, e que amava a família.
6. Deus criou nossas
emoções, e não é pecado ou inapropriado expressá-las como fez Jó.
7. Portanto se
sofrermos uma grande perda, ou decepções ou mágoas, admitamos nossos
sentimentos a nós mesmos e aos outros, e permita a eles senti-los como
solidariedade.
8. Ninguém
poderia ter resistido a esse surpreendente golpe surpresa ou reagido
adequadamente a ele, mas Jó demonstrou seu lado extraordinário.
9. As
Escrituras apresentam o seguinte registro: “Então Jó se levantou, rasgou o seu manto,
rapou a sua cabeça e, lançando-se em terra, adorou”.
10. Essa foi
à primeira reação de Jó depois de ouvir que ele havia perdido seus filhos e
toda a sua propriedade.
11. Acima de
tudo, ele não parecia surpreso, ou em pânico, muito menos expressava raiva ou
ódio.
12. Você vê,
então, que em seu coração ele já havia reconhecido que esses desastres não
foram um acidente, nem que provinham da mão do homem, muito menos era o
recebimento de retribuição ou punição.
III O SEGUNDO ATAQUE
1-O Segundo dialogo no céu (Jó 2.3-6)
1. Pode Satanás
persuadir Deus a modificar seus planos?
2. A principio Deus
havia dito que não queria danos físicos a Jó, mas então decidiu permiti-lo.
3. Satanás não pode
persuadir Deus a agir contra seu caráter.
4. Deus e completamente
e eternamente bom.
5. Porém Deus estava
disposto a concordar com o plano de Satanás, pois conhecia o final da história
de Jó.
6. Deus não pode ser
enganando por Satanás
2- A Resposta de Jó ao segundo ataque (Jó.2. 7-10).
1. Muitos pensam que,
por crerem em Deus, Ele os livrará dos problemas.
2. Assim, quando
ocorrem as calamidades, questionam a bondade e a justiça divina.
3. Mas a mensagem de Jó
é que não desistamos de Deus quando Ele permite que tenhamos experiências
ruins.
4. A fé em Deus não
garante prosperidade pessoal, e a falta de fé não é sinônimo de problemas nesta
vida.
5. Se assim fosse, as
pessoas creriam em Deus apenas para enriquecimento próprio.
6. Deus e capaz de nos
resgatar do sofrimento, mas pode também permitir que sofrimento ocorra por
motivos além da nossa compreensão.
7. A estratégia de Satanás
é fazer com que duvidamos de Deus neste exato momento.
8. Se sempre soubermos
os motivos de nossos sofrimento, nossa fé não terá espaço para crescer.
3-A chegada e reação dos Amigos (Jó. 2.11-13).
1. Elifaz, Bildade e
Zofar não eram apenas amigos de Jó, mas também conhecidos por sua sabedoria.
2. Ao final, porém, sua
sabedoria demonstrou-se limitada e incompleta.
3. Ao saber das
dificuldades de Jó, três dos seus amigos foram apoiá-lo.
4. Mas tarde, vemos que
as suas palavras de conforto não ajudaram – mas pelo menos tentaram.
5. Deus os repreendeu
pelo que falaram, mas não pelo que fizeram – esforçaram-se para ajudar alguém
que estava em necessidade.
6. Infelizmente, quando
foram, fizeram um trabalho ruim, não confortaram Jó, pois tinham orgulho dos
seus próprio conselhos, e estavam insensíveis às necessidades do amigo.
7. Quando alguém
estiver em necessidade, auxilie esta pessoa, mas seja sensível ao confortá-la.
Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)