quinta-feira, 10 de julho de 2025

O SERMÃO DO TEMPLO

 


Jr.7.1-20

Introdução: O profeta ficou em pé, ao lado de um dos portões que davam para o átrio do Templo, e ali pregou para o povo que passava. Jeremias apresentou 4 acusações de Deus contra o povo de Judá. “De nada adianta sua adoração(vv.1.15). Por acreditar nas mentiras dos falsos profetas, o povo pensava que poderia viver em pecado e, ainda assim, ia ao templo e adorar a um Deus Santo.

 I A FALSA SEGURANÇA NO TEMPO

1-O Engano de confiar no Templo (Jr.7.4).

1.      Jeremias 7: 4Não confie em palavras mentirosas.

2.      Não se lisonjeie com a opinião de que você pode estar seguro e feliz em outros termos que não os que Deus aponta. 

3.      Dizendo: O templo do Senhor, etc., são estes – Tanto quanto dizer, Deus colocou seu nome aqui, Jeremias 7:10, e escolheu esses edifícios imponentes como o local de sua residência peculiar, e que razão existe?

4.      Acreditar que ele jamais a abandonará e a abandonará para ser destruída por estranhos e idólatras?

5.      Assim, Jeremias 18:18, eles expressam sua confiança de que a lei não pereceria dos sacerdotes, nem conselho dos sábios, nem palavra do profeta. 

6.      E diz que Miquéias 3:11 se apoia no Senhor, dizendo: O Senhor não está entre nós? 

7.      Nenhum mal pode vir sobre nós. 

8.      Estas foram as palavras mentirosas nas quais eles confiaram e contra a confiança nas quais o profeta aqui os adverte solenemente.

9.      Targum sugere que a razão do tríplice repetição das palavras, O templo do Senhor, era porque todo judeu era obrigado a visitar o templo três vezes por ano.

10.   Mas parece mais provável que sejam assim repetidos, para expressar as alegrias confiantes e reiteradas do templo, que estavam na boca do povo, e sua extrema veemência e presunção irracional.

 2-Covil de salteadores (Jr.7.11)

1.      Jeremias 7:11 expressa a frustração de Deus com o povo de Israel, que considerava o templo um refúgio seguro, mesmo praticando abominações. 

2.      O versículo diz: "Tornou-se, pois, esta casa, que se chama pelo meu nome, uma caverna de salteadores aos vossos olhos?

3.      Eis que eu, eu mesmo, vi isso, diz o Senhor." 

4.      Depois, acrescenta: Esta casa, chamada pelo meu nome, é um covil de ladrões? 

5.      Esta é a conclusão da passagem, que contém uma amplificação de seus vícios.

6.      Pois o Profeta havia permitido que os judeus fizessem um julgamento, como se estivesse discutindo um assunto obscuro ou duvidoso:

7.      “Eis que sois vós mesmos juízes no seu próprio caso; é certo você roubar, assassinar e cometer adultério? e depois entrar neste templo e se vangloriar de que a impunidade é concedida a você quanto a todos os seus males?

8.      Isso de fato deveria ter sido suficiente; mas como a obstinação e o estupor dos judeus eram tão grandes, que eles não teriam cedido sem serem mais plenamente e de várias maneiras provados culpados, o Profeta acrescenta esta frase: Esta casa é chamada pelo meu nome, um covil? de ladrões? 

3-A intercessão inútil de Jeremias (Jr.7.16)

1.      O versículo Jeremias 7:16 (e os seguintes) expressa a recusa de Deus em ouvir as orações do povo de Judá devido à sua contínua desobediência e idolatria, apesar das advertências do profeta. 

2.      Deus instrui Jeremias a não interceder por eles, pois seus pecados são graves e sua obstinação impede a resposta divina. 

3.      "Mas a você, Jeremias, não ore por este povo nem faça súplicas ou pedidos em favor dele, nem interceda por ele junto a mim, pois eu não o ouvirei.

4.      Deus ordena a Jeremias que fique na porta do templo e diga ao povo de Judá que se arrependa.

5.      Jeremias profetizou que eles sofreriam nas mãos de uma nação conquistadora, mas que chegaria o dia em que Israel seria reunida e se tornaria outra vez o povo do Senhor.

6.      Relembre aos alunos que Deus chamou Jeremias como profeta para advertir o povo de Judá de que, a menos que se arrependesse, seria conquistado por outra nação.

7.      Peça a um aluno que leia Jeremias 7:1–2 em voz alta.

8.      Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique onde o Senhor disse que Jeremias deveria ficar para declarar a mensagem do Senhor.

 II O LAMENTO DO PROFETA E A GLÓRIA DO HOMEM

1-Passou a sega, findou o verão (Jr.8.20).

1.      Em Jeremias 8:20, o profeta lamenta a situação do povo de Israel, que, apesar do tempo de colheita (simbolizando o tempo da graça e salvação), não foi salvo, expressando a ideia de que a oportunidade passou e o tempo para a salvação se esgotou. 

2.      O profeta Jeremias levantou a sua voz de lamento e dor profunda pela catástrofe que se abateu sobre todo o Israel, quando o exército babilônico invadiu Jerusalém, provocando destruição, mortes e o exílio do povo.

3.      Era o final do verão, a época da colheita tinha passado e o povo continuava faminto e sem salvação.

4.      Israel não tinha atentado para a voz dos profetas e não se converteu dos seus pecados e por isso, sofria as terríveis consequências da sua desobediência e rebeldia contra o Senhor.

5.      Hoje, o Senhor nos dá a oportunidade de nos convertermos a Ele e de sermos salvos.

6.      Você já aproveitou a oportunidade que Deus te deu para a sua salvação?

7.      “Passou a sega, findou o verão e nós não estamos salvos”.

8.      Esse foi o lamento do profeta Jeremias. Israel perdeu o tempo da visitação do Senhor, não deu ouvidos aos avisos dos profetas de Deus, fechou o seu coração e deixou passar o tempo da sua conversão.

9.      E por isso, agora estava sofrendo as terríveis consequências dos seus pecados.

10.   Já não havia mais “bálsamo em Gileade”, isto é, a Palavra de Deus para curar as suas feridas. 

 2-Não há bálsamo em Gileade? (Jr.8.22)

1.      Jeremias 8:22 expressa o lamento do profeta Jeremias pela condição espiritual do povo de Judá, que, apesar de ter acesso à cura (o "bálsamo de Gileade"), não busca a restauração espiritual. 

2.      A passagem utiliza a metáfora do bálsamo de Gileade, conhecido na antiguidade por suas propriedades medicinais, para ilustrar a disponibilidade da cura divina que o povo rejeita. 

  1. O Bálsamo de Gileade era uma resina preciosa, conhecida por suas propriedades medicinais e curativas.
  2. Na Bíblia, é mencionado como símbolo da cura divina e do consolo espiritual (Jeremias 8:22; Jeremias 46:11).
  3. Assim como o bálsamo físico era usado para tratar feridas e aliviar dores, o Bálsamo de Gileade representa o poder de cura de Deus para as feridas da alma e do coração.

6.      O profeta Jeremias lamenta a condição do povo de Israel, que estava espiritualmente doente e ferido (Jeremias 8:18-22).

7.      Em sua angústia, Jeremias se pergunta: “Não há bálsamo em Gileade? Não há médico?” (Jeremias 8:22a).

8.      No entanto, ele reconhece que o verdadeiro Bálsamo de Gileade está disponível nas mãos de Deus para curar as feridas espirituais do Seu povo (Jeremias 8:22b).

9.      Assim como Jeremias encontrou consolo e esperança no Bálsamo de Gileade, nós também podemos encontrar cura em Deus.

10.   Deus nos convida a trazer nossas feridas e dores a Ele em oração, confiando em Seu poder de cura e restauração (Salmo 147:3).

3-Gloriar-se em conhecer o Senhor (Jr.9.23-24)

1.      Jeremias 8:23-24, em português, trata da lamentação do profeta Jeremias sobre a condição espiritual do povo de Judá, que se desviou de Deus, ignorando seus juízos e preferindo a morte à vida. 

1.      O trecho destaca a cegueira espiritual do povo, que, apesar de se considerar sábio e conhecedor da lei, não reconhece a importância do arrependimento e da obediência a Deus. 

2.      Jeremias lamenta a condição do povo, que, apesar de possuir a lei de Deus (representada pela "lei do Senhor"), não a pratica e ignora os juízos divinos.

3.      Versículo 24:O profeta questiona a razão pela qual o povo se afasta continuamente de Deus, preferindo a apostasia à obediência.

4.      Lamentação sobre a cegueira espiritual: O povo se vangloria de sua sabedoria e conhecimento da lei, mas age como se não soubesse o que está fazendo. 

5.      Eles são comparados a animais, como a cegonha, a rola, o grou e a andorinha, que conhecem seus tempos e movimentos, enquanto o povo de Judá não conhece o juízo do Senhor.

6.      Aposta na morte em vez da vida: A comparação com a morte, afirmando que a morte é preferível à vida, demonstra o estado de desesperança e a rejeição à proposta de restauração oferecida por Deus. 

III O CONTRASTE ENTRE DEUS E OS ÍDOLOS

1-A insensatez da idolatria (Jr.10.5)

1.      Em Jeremias 10:3-5, ele afirma: “Porque os costumes dos povos são vaidade; pois um cortador de madeira corta uma árvore do bosque, com a obra das mãos do artífice.

2.      Com prata e ouro se adornam; com pregos e martelos se firmam, para que não se movam.” Essa descrição enfatiza a fragilidade dos ídolos e a irracionalidade de confiar em algo que foi criado pelas mãos humanas.

3.      O capítulo 10 de Jeremias se insere em um período crítico da história de Judá, durante o final do século VII a.C., quando a nação estava enfrentando a decadência moral e espiritual.

4.      Este foi um tempo em que a idolatria e a adoração a deuses estrangeiros estavam em ascensão, refletindo a infidelidade do povo em relação ao Senhor.

5.      O profeta Jeremias, chamado por Deus, é incumbido de advertir o povo sobre os perigos da idolatria e a necessidade de retornar à verdadeira adoração.

6.      Durante esse período, o povo de Judá estava cercado por nações que praticavam a idolatria, e muitos israelitas começaram a adotar essas práticas, acreditando que poderiam encontrar segurança e prosperidade em ídolos. 

 2-A Grandeza do Deus vivo (Jr.10.6)

1.      Assim, ao estudarmos o contexto histórico de Jeremias 10, somos levados a refletir sobre a importância de confiar em Deus e evitar as distrações da idolatria.

2.      A mensagem de arrependimento e retorno à verdadeira adoração é um convite para que todos nós busquemos restaurar nosso relacionamento com o Senhor, lembrando que Ele é a única fonte de segurança e esperança.

3.      No capítulo 10 de Jeremias, a denúncia da idolatria é um tema central que destaca a futilidade e a insensatez de adorar ídolos.

4.      prata e ouro se adornam; com pregos e martelos se firmam, para que não se movam.” Essa descrição enfatiza a fragilidade dos ídolos e a irracionalidade de confiar em algo que foi criado pelas mãos humanas.

 3-Não cabe ao homem determinar o seu caminho (Jr.10.23)

1.      Eu sei, ó Senhor, que não é do homem o seu caminho, nem do homem que caminha, o dirigir os seus passos.

2.      Castiga- me, ó Senhor, mas com medida, não na tua ira, para que me não reduzas a nada.

3.      Derrama a tua indignação sobre as nações que te não conhecem e sobre as gerações que não invocam o teu nome; porque devoraram a Jacó; devoraram-no, consumiram-no e assolaram a sua morada. (Jr 10.23-25 — ARC).

4.      Há, entre os leitores da Bíblia, duas grandes perguntas, entre outras.
A primeira é: como saber o que nos compete e o que compete a Deus na tarefa da vida?

5.      A segunda é: Deus realmente se ira contra as pessoas, como tantas vezes lemos na sua Palavra?
Estas duas indagações moravam nas mentes dos israelitas contemporâneos de Jeremias (século VI a.C.).

6.      Suas razões guardam distâncias e semelhanças com as nossas.
Havia entre os israelitas um sentimento de inalcançabilidade.

7.      Como Deus estava com eles, nada lhes poderia acontecer.

Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)