quarta-feira, 26 de novembro de 2025

CARACTERISTICA DE UMA IGREJA VERDADEIRA

 


1 Ts.1.1-10

Introdução: A permanência de Paulo e seus companheiros em Tessalônica foi curta devido a perseguição dos judeus (At 17.1-10). Apesar do pouco tempo entre os tessalonicenses, surgiu entre eles uma igreja que se tornou firme e se desenvolvia de forma saudável.

 I A CARTA

1-Autoria e data (1 Ts.1.1a)

1.      Paulo foi a autoria da carta, que escreveu ao Tessalonicenses por volta do ano 51 d.C. em Tessalônica.

2.      Depois de algum tempo, Paulo envia até eles Timóteo, com o propósito de confirmá-los na fé e exortá-los, bem como obter notícias sobre o estado da fé deles.

3.      As notícias que Paulo recebeu por meio de Timóteo foram bastante confortadoras, a ponto dele, ao escrever esta carta (possivelmente a primeira epístola de autoria de Paulo, escrita em cerca de 50 ou 51 d.C.), manifestar alívio pelo estado em que aquela igreja se encontrava (1Ts 3.1-10). 

4.       Apesar das perseguições e do pouco tempo de fé, essa igreja apresentava evidências de ser uma genuína Igreja de Cristo.

5.      Havia nela características que a identificava e a distinguia como uma igreja saudável.

 

2-A Cidade e a Igreja (1 Ts.1.1)

1.      Paulo entrou debaixo da orientação do Espírito de Deus.

2.      De Filipos dirigiu-se a Tessalônica, distante 150 km.

3.       Era uma cidade de maioria grega, tendo entre os seus cidadãos alguns convertidos ao judaísmo. Eram os chamados “gregos devotos” (At 17.4).

4.      O apóstolo escolhia os lugares mais estratégicos para que o evangelho se propagasse com maior velocidade.

5.      É o caso de Tessalônica, a maior, mais influente e a capital da Macedônia.

6.      Enquanto viajava, ele passou por outras cidades (Anfípolis e Apolônia), mas foi em Tessalônica que se estabeleceu e pregou por mais tempo (At 17.2).

7.       Não significa, obviamente, que as demais fossem indignas do Evangelho.

8.      Paulo alcançava as maiores cidades e as transformava em centros de evangelismo na região.

9.      Tessalônica, modernamente, tem o nome de Salonica e é a segunda maior cidade da Grécia, com 250 mil habitantes.

3-O Tema (1 Ts.1.10

1.       O tema (1.10) E para guardardes dos céus o seu Filho, a quem Ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura.

2.      Embora houvesse outros objetivos, o tema principal da carta aos Tessalonicenses é “esperança diante da volta do Senhor Jesus”.

3.      Todos os seus cinco capítulos fazem referência à volta de Cristo e à importância desse evento para os santos (1.10; 2.19; 3.13; 4.13-18; 5.1-11,23).

4.       De fato, o tema do retorno do Senhor Jesus é superlativo para o salvo.

5.      Essa é a nossa esperança.

6.       Como bem afirma o hino 300 da Harpa Cristã: “Nossa esperança é Sua vinda; o Rei dos reis vem nos buscar…”.

7.      A importância dessa carta alcança os nossos dias e aquece os nossos corações.

8.      Essa esperança pertence ao povo de Deus.

9.       O mundo não a tem.

10.     Qual a esperança do mundo?

11.     Qual a esperança do não salvo ao morrer?

12.     Não existe.

13.    É bem verdade, como veremos posteriormente, que os ensinamentos de Paulo sobre a vinda de Cristo geraram alguns problemas, mas graças a isso temos essa carta.

-II AS MARCAS DA IGREJA

1-Fé (1 Ts.1.3 a)

1.      Reconhecimento de Paulo: Paulo e seus companheiros (Silvano e Timóteo) constantemente davam graças a Deus pelo testemunho dos tessalonicenses, mencionando-os em suas orações.

2.      O fato de ele lembrar-se continuamente demonstra o impacto e a visibilidade dessa fé ativa.

3.      Contexto dos Três Pilares: Este versículo faz parte de uma tríade fundamental na epístola e na teologia paulina: a fé operosa (trabalho), o amor abnegado (esforço) e a esperança perseverante (firmeza).

4.      Juntos, esses três elementos caracterizam uma vida cristã madura e exemplar, mesmo em meio a sofrimentos e perseguições.

5.      Em resumo, 1 Tessalonicenses 1:3a ensina que a fé autêntica é demonstrada através de obras e ações, sendo a base para uma vida de amor e esperança perseverante em Cristo. 

 2-Amor e Esperança (1 Ts.1.3 b)

1.      Amor e Esperança (1.3b) Da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo.

2.      O apóstolo soma à palavra amor a abnegação.

3.      O amor nas Escrituras nunca se limita a um sentimento, mas à ação.

4.      As pessoas não salvas vivem para si mesmas.

5.      O crente é chamado a um amor abnegado.

6.       Amor abnegado“, diz um comentarista, traz a ideia de trabalho exaustivo e labor intenso.

7.       Nosso amor a Cristo e ao próximo não é verborrágico, mas de atitudes e ações concretas.

8.       Essas duas virtudes juntas, com a anterior, lembram-nos 1 Coríntios a famosa trilogia apresentada em  1 Coríntios 13.13: fé, esperança e amor:

9.      Lá a ênfase está no amor, aqui na esperança da volta de Jesus.

10.     Devemos observar nas três virtudes mencionadas que a ênfase está naquilo que resulta delas, ou seja, uma fé que produz obras, um amor que se doa exaustivamente e uma esperança que produz firmeza e perseverança

 3-Poder do Espirito Santo (1 Ts.1.5)

1.       Poder do Espírito Santo (1.5) Porque o nosso evangelho não chegou até vós tão somente em palavra, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção, assim como sabeis ter sido o nosso procedimento entre vós e por amor de vós.

2.      Paulo foi um pregador que confiava no poder do Espírito Santo.

3.      Ele pregava, mas sabia que, sem o poder de Deus, suas palavras não teriam o poder de converter ninguém.

4.       Ninguém é salvo pela eloquência ou pela sabedoria humana.

5.       Sem a ação do Espírito de Deus, não existirá conversão autêntica.

6.      Pode haver adesão numérica. Somente o Espírito Santo pode aplicar a obra da salvação no coração do pecador.

7.      Tão importante quanto a obra de Jesus na cruz é a do Espírito Santo iluminando a mente do pecador.

8.      Como disse Spurgeon: “É mais fácil ensinar um leão a ser vegetariano do que converter um pecador sem o poder do Espírito Santo”.

9.      O homem sem Cristo está morto em seus pecados e somente um poder maior do que a morte pode salvá-lo.

10.    Esse poder vem do Espírito Santo.

11.     Conhecimento é importante, mas não é suficiente.

 III A VERDADEIRA CONVERSÃO

1-Abandono dos ídolos (1.9a) 

1.      Pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus.

2.      As pessoas em geral testemunharam a mudança ocorrida nos tessalonicenses e o abandono dos ídolos.

3.      A conversão deles foi verdadeira e completa.

4.       Não há salvação sem arrependimento e mudança de vida.

5.      Arrependimento, ser autêntico, abrange duas coisas: tristeza por causa do pecado e um desejo por completa mudança de vida.

6.      Jesus Cristo precisa ser aquele em torno do qual organizamos nossa vida, agenda, prioridades, esperanças e anseios.

7.       Se isso for direcionado a outro nome ou coisa, tornamo-nos idólatras.

8.      Nem toda idolatria implica em adorar imagens físicas ou estátuas, seja de que material for.

9.       Por isso, João não diz: “filhinhos, guardai–vos das estátuas”, mas sim: “filhinhos, guardai-vos dos ídolos” (1Jo 5.21).

10.    Ídolos nem sempre são representados como objetos físicos diante dos quais nos prostramos.

11.    A idolatria moderna é bem mais sutil e perigosa.

12.    Nunca tivemos tantos ídolos como na atualidade.

13.    Os ídolos modernos são disfarçados, porém cumprem o mesmo papel que no passado: tomar o lugar de Deus como o único a ser adorado.

14.    Nossa sociedade eleva pessoas questionáveis à condição de ídolos.

15.    Como já dito, o coração humano sem Cristo é uma fábrica de ídolos.

16.    O poder econômico é o grande ídolo de nossa geração e o mais adorado no mundo. Homens matam, morrem, sacrificam a vida, a família e a alma no altar de Mamom.

17.   Quando alguém se converte, o dinheiro deixa de ser a fonte da sua identidade e realização e torna-se apena

 -2-Servir ao Deu vivo (1 Ts.1.9 b)

1.      Para servirdes o Deus vivo e verdadeiro

2.      Uma das palavras para identificarmos um cristão autêntico é conversão.

3.      Mas daí surge uma pergunta: converteu-se do que para o que?

4.      Nesta carta, Paulo diz que os tessalonicenses se converteram dos ídolos para servirem ao Deus vivo e verdadeiro.

5.       O contraste é proposital.

6.      Os ídolos que dantes serviam não tinham vida (totalmente incapazes de alguma coisa) e eram deuses falsos.

7.      Agora, eles servem ao Deus vivo e verdadeiro.

8.       Ninguém é salvo para a ociosidade, daí Paulo dizer que eles foram salvos para servir a Deus.

9.      Alguém ilustrou isso dizendo que o reino de Deus é como um navio onde não há lugar para passageiros ou turistas, apenas para a tripulação.

10.    Conversão conduz ao serviço.

11.    Como se espera que o crente aguarde o retorno de Cristo? Servindo!

 3-Livramento da Ira (1 Ts.10) -

1.      E para guardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura

2.      O apóstolo conclui este, como fará com todos os demais capítulos: falando da volta de Cristo.

3.      O crente deve aguardar com alegria esse glorioso momento.

4.      A segunda coisa dita é que estamos livres da ira vindoura.

5.      A expressão “ira vindoura” é interpretada por alguns como uma referência às dores e angústias que sobrevirão aos habitantes da terra роr ocasião da volta de Jesus.

6.      Essa vinda não significará terror para o crente.

7.       Ele não tem do que se preocupar.

8.       Já estará na glória com o seu Senhor.

9.       Outros veem essa expressão como uma referência à ira de Deus sobre o pecado, a qual foi derramada sobre Cristo na cruz.

10.   Dela, todos os que Nele creem já estão livres, pois nenhuma condenação há para os que creem em Jesus.

11.    Para os incrédulos ela permanece, conforme Jo. 3.36: “…o que, todavia, desobedece ao Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.


Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)

quarta-feira, 19 de novembro de 2025

VIVENDO COM SABEDORIA

 


Cl.4.1-18

Introdução: Paulo antes de suas saudações. Paulo tem um conjunto de instruções aos colossenses, referindo-se à sua vida de oração e seu testemunho “aos que estão de fora. Do mesmo modo que inicio a carta com uma oração de ação de graça e intercessão, agora encoraja os colossenses a tomarem parte dos mesmos ministérios.

 I VIDA DE ORAÇÃO

1-Perseverança (Cl.4.2a)

1.      Estudos sobre Colossenses 4:2a focam na exortação de Paulo para que os crentes perseverem na oração com vigilância e ações de graças.

2.      A passagem enfatiza a importância da oração como base para a missão cristã, incentivando a busca constante por Deus, o estado de alerta espiritual e a gratidão.

3.      Esses estudos ressaltam que a oração é fundamental para que a mensagem do evangelho seja divulgada. 

Principais temas abordados em estudos de Colossenses 4:2a:

1.      Perseverança e vigilância: A exortação para "perseverai" e "velando" indica a necessidade de uma oração constante e atenta, não apenas em momentos específicos.

2.      Ações de graças: A gratidão deve ser um componente fundamental da vida de oração, acompanhando as petições e súplicas.

3.      Poder da comunicação com Deus: A passagem é vista como uma descrição da oração como um meio de diálogo e interação com Deus, especialmente no contexto da missão cristã.

4.      Oração para a proclamação do evangelho: O versículo incentiva os crentes a orarem para que Deus abra portas para a mensagem e para que o "mistério de Cristo" seja manifestado abertamente, como um foco central da missão.

5.      Oração como fundamento da missão: Estudo de Colossenses 4:2-6  apontam para a oração como um pilar essencial da obra missionária, pois é através dela que a igreja entende a direção e o propósito de Deus para a evangelização. 

 2-Vigilância (Cl.4.4.2b)

1.      O versículo Colossenses 4:2b enfatiza que a oração deve ser acompanhada por uma atitude de vigilância e, crucialmente, de ação de graças (gratidão). 

Análise e Significado

1.      Contexto: O apóstolo Paulo, escrevendo da prisão, instrui a igreja de Colossos a ser diligente na oração, especialmente porque enfrentavam desafios e falsas doutrinas.

2.      "Perseverai na oração": A oração não deve ser um ato ocasional, mas uma prática constante e persistente na vida do cristão.

3.      "Velando nela": Isso implica estar alerta, vigilante e consciente do propósito da oração. Significa orar com seriedade, sem distração e com um senso de urgência espiritual, reconhecendo as necessidades espirituais e as oportunidades.

4.      "Com ação de graças": Este é o ponto central do versículo 4:2b. A gratidão deve permear toda a vida de oração. Isso envolve:

v  Reconhecimento da soberania de Deus: Expressar gratidão a Deus por quem Ele é e por Seu controle sobre todas as coisas, independentemente das circunstâncias.

v  Fé na provisão de Deus: Agradecer antecipadamente pelas respostas às orações e confiar que Deus agirá de acordo com Sua vontade e tempo.

v  Atitude positiva e de louvor: A gratidão ajuda a combater a ansiedade e a dúvida, promovendo uma atitude de louvor e confiança, mesmo em meio às dificuldades, como as enfrentadas por Paulo na prisão.

v  Integralidade: A ação de graças é uma parte vital e intrínseca da oração eficaz, unindo a súplica à adoração.  

3-Intercessão (Cl.4.3-4)

1.      Estudos sobre Colossenses 4:3-4 destacam a importância da oração contínua para a divulgação do evangelho, focando em pedidos por portas abertas para a mensagem e clareza para falar sobre o "mistério de Cristo".

2.      O versículo enfatiza a colaboração entre crentes, onde o envio de missionários como Aristarco, Marcos e outros é incentivado, e a oração por parte da igreja é um componente vital para o avanço da missão cristã. 

3.      Oração por oportunidades: A passagem enfatiza a necessidade de orar para que Deus abra "portas" para a pregação da mensagem cristã.

4.      Clareza na mensagem: Há um pedido para que a mensagem seja entregue de forma clara e eficaz, manifestando o "mistério de Cristo" como é necessário.

5.      Colaboração e apoio: Paulo incentiva os cristãos a orarem uns pelos outros, e a passarem instruções para que colaboradores como Aristarco e Marcos sejam acolhidos ao se encontrarem com os crentes.

6.      Missão comunitária: O estudo de Colossenses 4 como um todo, inclusive os versículos 3-4, ressalta a importância da unidade e do apoio mútuo na missão cristã, onde cada pessoa contribui de acordo com seus dons.

7.      Oração missionária: Há um foco na oração como um elemento fundamental da missão da igreja. Paulo, preso, pede que a igreja interceda por ele, para que ele possa falar abertamente sobre o evangelho. 

 II SABEDORIA PRÁTICA

1-Caminhando com sabedoria (Cl.4.5a)

1.      Estudos sobre Colossenses 4.5a focam na exortação de Paulo para que os cristãos "sejam sábios no procedimento para com os que estão de fora".

2.      O versículo enfatiza a necessidade de sabedoria ao interagir com não-crentes, aproveitando as oportunidades para evangelismo com uma conduta correta e uma vida íntegra.

3.       A passagem também sugere a importância de abordar diferentes pessoas de maneiras distintas, dependendo do seu "nível de receptividade" ao evangelho. 

4.      Sabedoria no procedimento: O estudo da passagem destaca a importância de um comportamento sábio e cuidadoso em relação aos de fora, ou seja, pessoas que não são da fé cristã.

5.      Aproveitar as oportunidades: O versículo incentiva os cristãos a estarem atentos e a aproveitar todas as oportunidades para compartilhar o evangelho.

6.      Conduta correta e íntegra: Antes mesmo de falar com os de fora, é fundamental que os cristãos vivam de maneira correta e íntegra, servindo de exemplo.

7.      Receptividade: A forma de abordar as pessoas deve considerar o estágio em que elas se encontram no processo de aceitação da fé, o que exige uma evangelização personalizada.

8.      Intenção de falar do Reino: O propósito de se ter sabedoria e aproveitar as oportunidades é falar sobre o Reino de Deus e a salvação em Jesus Cristo.

9.      Oposição ao gnosticismo: O contexto histórico da carta de Paulo a Colossos indica que essa exortação também se dirigia contra a heresia gnóstica, que separava o conhecimento espiritual da vida prática e valorizava um tipo de sabedoria secreta, contrastando com a sabedoria prática ensinada em Colossenses. 

 2-Aproveitando as oportunidades (Cl.4.5b)

1.      Colossenses 4:5b exorta os cristãos a "aproveitarem ao máximo cada oportunidade" (ou, em algumas traduções, a "remirem o tempo") na sua conduta e testemunho diante de pessoas não cristãs. 

Contexto

2.      O versículo 5 completo diz: "Portai-vos com sabedoria para com os que estão de fora; aproveitai as oportunidades" (ARA) ou "Sejam sábios no seu trato com os de fora; aproveitem ao máximo todas as oportunidades" (NVI).

3.      A segunda parte (4.5b) complementa a primeira, que trata da necessidade de uma conduta sábia em relação aos incrédulos ("os de fora"). 

Principais pontos de estudo

1.      Mordomia do Tempo: O termo "aproveitar as oportunidades" ou "remir o tempo" (do grego exagorazo) não se refere apenas a uma gestão eficiente do tempo em geral, mas especificamente a um uso intencional e redentor do tempo para propósitos espirituais.

2.      Significa comprar ou resgatar o tempo das distrações ou do desperdício, investindo-o em ações que glorifiquem a Deus e impactem os outros.

3.      Testemunho Cristão: A principal aplicação prática é o testemunho eficaz do Evangelho.

4.      Os cristãos são incentivados a estarem atentos e prontos para momentos em que podem demonstrar o amor e a graça de Cristo através de suas ações e palavras.

5.       O comportamento exemplar (ser honesto, trabalhador e digno de respeito) abre portas para que a mensagem de Cristo seja ouvida.

6.      Sabedoria e Discernimento: A conduta com "os de fora" requer sabedoria divina, não mundana.

7.       Isso envolve discernir o momento certo e a maneira adequada de falar, para que a mensagem do evangelho não seja prejudicada.

8.      Intencionalidade na Conversa: O versículo seguinte (4.6) complementa este, instruindo que a "palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como responder a cada um".

9.      A ideia é que o cristão deve estar preparado para responder às perguntas e anseios das pessoas de fora de forma respeitosa, atrativa e relevante. 

 3-Palavras temperadas (Cl.4.6)   

1.      Estudos sobre Colossenses 4:6 focam na instrução de Paulo para que a palavra dos cristãos seja sempre "agradável, temperada com sal" e que saibam responder a cada um de forma apropriada.

2.      Isso enfatiza a importância de usar palavras que edifiquem, sejam sábias, gentis e eficazes, refletindo a condição do coração e glorificando a Deus.

3.      A passagem também pode ser interpretada como um chamado à comunicação graciosa e com bom senso, considerando o momento e o ouvinte. 

4.      Quando falamos com sabedoria e graça, somos capazes de tocar o coração das pessoas e refletir o amor de Deus em nossas interações.

5.      Ao temperar nosso falar com sal, buscamos trazer sabor e preservação em nossas conversas.

6.      O sal, na época de Paulo, era usado tanto para dar sabor aos alimentos como para conservá-los.

7.      Assim, nossa fala deve ser agradável e enriquecedora, fortalecendo nossos relacionamentos e compartilhando a mensagem do evangelho de forma eficiente e amorosa.

III COMUNHÃO ATIVA

1-Cooperação (Cl.4.7-9)

1.      Estudos sobre Colossenses 4.7-9 destacam o envio de Tíquico por Paulo para informar os colossenses sobre a situação do apóstolo e suas circunstâncias, além do envio de Onésimo.

2.      Tíquico é descrito como um "amado irmão e servo fiel e companheiro no Senhor", uma referência que demonstra a confiança e o companheirismo no ministério.

3.       O texto também é visto como um ponto onde a missão compartilhada entre Paulo e Tíquico é celebrada, sublinhando a importância da comunicação e da união no corpo de Cristo. 

Pontos principais dos estudos

1.      Envio de mensageiros: Paulo envia Tíquico e, provavelmente, Onésimo para Colossos com informações sobre a situação de Paulo e para que pudessem relatar a situação dos colossenses para ele.

2.      Motivação: O propósito era manter os crentes informados e fortalecidos, superando a distância geográfica, e reforçar os laços da comunidade cristã.

3.      Descrição de Tíquico: A descrição de Tíquico como "amado irmão e servo fiel" enfatiza sua confiabilidade e seu papel como um companheiro no ministério de Paulo.

4.      Contexto de comunicação: Os versículos mostram a importância da comunicação e da informação dentro da igreja, especialmente quando o apóstolo estava preso.

5.      Missão compartilhada: A linguagem utilizada celebra a missão compartilhada entre Paulo, Tíquico e os colossenses, mostrando que o trabalho cristão é uma iniciativa conjunta.

6.      Colossenses 4.7-9 - O Envio de Tíquico e de Onésimo

2-Encorajamento (Cl.4.10-14)

1.       Parceria no Evangelho: A passagem enfatiza a importância do trabalho em equipe e da interdependência no ministério. Paulo não estava sozinho; ele contava com uma rede de colaboradores leais e dedicados.

2.       Oração como Luta e Serviço: Epafras exemplifica a oração como uma atividade intensa e laboriosa, um verdadeiro serviço espiritual para o bem da igreja.

3.       Encorajamento Mútuo: Os companheiros de Paulo, como Justo, eram uma fonte de "alívio" e encorajamento, mostrando a importância do apoio fraterno na comunidade cristã.

4.       Reconciliação e Segundas Chances: A menção positiva de Marcos, após desentendimentos anteriores, ilustra a graça, o perdão e a oportunidade de crescimento e restauração nos relacionamentos.

5.       Diversidade de Dons e Chamados: Havia um companheiro de prisão (Aristarco), um médico (Lucas), e um evangelista (Marcos), todos usando seus diferentes dons e posições para o Reino de Deus. 

 3-Compromisso (Cl.4.15-18

1.      Colossenses 4:15-18 conclui a carta de Paulo com saudações pessoais, instruções práticas e uma bênção final, enfatizando a importância da comunhão, do serviço diligente e da circulação das epístolas entre as igrejas. 

Análise Versículo por Versículo

1.      v. 15 - Saudações a Laodiceia e a Ninfa: Paulo estende saudações aos irmãos na cidade vizinha de Laodiceia e a uma mulher chamada Ninfa, em cuja casa a igreja local se reunia.

2.      Isso destaca o modelo de igreja doméstica na comunidade cristã primitiva e a importância da hospitalidade.

3.      v. 16 - Intercâmbio de Cartas: Paulo instrui que, após a leitura da carta aos Colossenses, eles a façam circular para ser lida também na igreja de Laodiceia, e que leiam a carta que viria de Laodiceia.

4.      Isso demonstra a prática da troca de correspondências apostólicas e a unidade das igrejas na região.

5.      v. 17 - Instrução a Arquipo: É dada uma exortação direta a Arquipo para que cumpra fielmente o ministério (serviço) que recebeu no Senhor.

6.      Isso serve como um lembrete de responsabilidade e diligência no serviço cristão, não apenas para Arquipo, mas para todos os crentes.

7.      v. 18 - Saudação e Lembrete Pessoal: Paulo conclui a carta com uma saudação escrita de próprio punho (o restante provavelmente foi ditado a um escriba), o que autentica a epístola.

8.      Ele pede que se lembrem das suas prisões, um apelo por oração e solidariedade, e oferece uma oração final pela graça de Deus sobre eles. 

Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)