terça-feira, 2 de dezembro de 2025

A INTEGRIDADE DO PREGADOR DO EVANGELHO

 


1 Ts.2.1-20

Introdução: Integridade é imprescindível e necessária a todos, especialmente a quem prega ou ensina as Escrituras. Ser íntegro é fazer a coisa certa pelos motivos certos a qualquer tempo.

 I A INTEGRALIDA DE PAULO

1-Justa motivação (1 Ts.2.3)

1.       O estudo de 1 Tessalonicenses 2:3 focas na integridade e sinceridade do ministério de Paulo, contrastando sua conduta com a de falsos mestres.

2.        A passagem enfatiza que sua pregação não foi motivada por engano, intenção imunda ou fraude, mas sim por um desejo sincero de agradar a Deus e compartilhar o evangelho, um testemunho que é corroborado por Deus, que "prova os nossos corações". 

Pontos-chave do estudo

1.       Integridade no ministério: Paulo demonstra que sua pregação foi genuína e não teve segundas intenções, como ganância ou busca por reconhecimento humano.

2.       Motivação para agradar a Deus: O apóstolo ressalta que a motivação principal do evangelho não é agradar as pessoas, mas sim a Deus, que sonda os corações.

Exemplo de sinceridade: 

·        A passagem serve como um modelo de como os líderes cristãos devem se comportar, agindo com a mesma pureza de coração e compromisso com a verdade que Paulo demonstra em sua pregação.

1.       Testemunho de Deus: Paulo invoca a Deus como testemunha de sua sinceridade, mostrando que não havia dissimulação em suas palavras ou ações.

2.       Não buscar glória dos homens: Ele deixa claro que a busca por glória dos homens não era uma motivação para seu trabalho, mas sim a confiança de que Deus o havia aprovado para a tarefa de pregar o evangelho.

3.       Comparação com um pai e seus filhos: A forma como ele e sua equipe se portaram é comparada ao cuidado de uma mãe com seus filhos, demonstrando um profundo afeto e dedicação aos tessalonicenses, ainda que isso exigisse grande esforço. 

Implicações práticas

1.       Para os cristãos: O versículo nos chama a avaliar nossas próprias motivações, especialmente ao compartilhar a fé, para garantir que estejamos agindo com sinceridade e amor, e não com interesses pessoais.

2.       Para a liderança na igreja: Ele serve como um alerta e um exemplo para líderes, incentivando-os a manter a integridade e a focar na edificação espiritual dos fiéis, em vez de buscar o reconhecimento e a glória humana.

3.       Para a pregação: A mensagem nos lembra que a pregação deve ser autêntica e baseada na verdade do evangelho, e não em discursos manipuladores ou lisonjeiros. 

 2-Não buscou aplausos (1 Ts.2.4)

1.       1 Tessalonicenses 2:4 focas na aprovação de Deus para pregar o evangelho e na integridade de quem o prega, que deve falar para agradar a Deus, e não aos homens.

2.        Estudar este versículo pode levar a reflexões sobre a autoridade divina da mensagem, a importância da correção de intenções (buscar a glória de Deus em vez de honra humana) e o comportamento ético dos mensageiros do evangelho. 

Análise e pontos de estudo:

1.       Aprovação para o serviço: O versículo 4 começa afirmando que os apóstolos foram "aprovados por Deus" para receber e entregar o evangelho.

2.       Isso sugere que a missão não é baseada em aprovação humana, mas sim em um chamado e capacitação divina.

3.       Direcionamento da pregação: A pregação deve ser direcionada a Deus, que "prova os nossos corações".

4.       O objetivo não é agradar às pessoas ou buscar reconhecimento público, mas sim ser fiel à mensagem de Deus.

5.       Sinceridade e integridade: O contexto do capítulo 2, com os versículos 5 e 6, reforça essa ideia ao afirmar que o ministério de Paulo não foi marcado por linguagem de bajulação, intenções gananciosas ou busca de glória humana.

6.       Ética e comportamento: A pregação é acompanhada pelo exemplo de vida.

7.       Paulo e Silas, por exemplo, se portaram de maneira "piedosa, justa e irrepreensível", tratando os irmãos como um pai trata seus filhos (versículos 10-12). 

 3-Não buscou o lucro (1 Ts.2.5)

1.       1 Tessalonicenses 2:5-6 é um versículo que destaca a integridade de Paulo e seus companheiros ao pregar o evangelho, afirmando que não usaram palavras lisonjeiras, motivos gananciosos ou busca por glória de homens.

2.        Um estudo sobre este versículo foca na honestidade e motivação pura por trás do ministério, contrastando-o com o que seria buscar aprovação humana ou vantagens pessoais.

3.        O versículo é frequentemente usado para enfatizar a importância de uma liderança cristã autêntica e centrada em Cristo. 

Pontos principais de estudo

1.               Integridade no ministério: Paulo se utiliza de Deus como testemunha para afirmar que seu ministério foi caracterizado pela sinceridade.

2.               Ele e seus companheiros não usaram "palavras lisonjeiras" nem agiram com "intuitos gananciosos".

3.               Motivação correta: A motivação não era a busca por glória ou aprovação humana, nem mesmo da própria igreja ou de outros.

4.               O foco era a mensagem de Deus e o bem-estar espiritual dos crentes.

5.               Poder de Deus no crente: O fato de Paulo poder usar sua própria vida como exemplo de conduta santa, justa e irrepreensível demonstra como a vida de um cristão pode ser um testemunho vivo da transformação que Cristo opera.

6.                Ele não se envergonhava de sua vida e a apresentava como prova da verdade do evangelho que pregava.

7.               Exemplo de liderança: Este versículo serve como um modelo de liderança cristã autêntica, mostrando que a verdadeira autoridade vem de uma vida vivida em obediência a Deus e não de uma busca por poder ou popularidade.

8.               É um convite para que outros cristãos também vivam de maneira a atrair outros a seguirem Jesus. 

 II METÁFORAS ESCLARECEDORA

1-Uma mãe carinhosa (1 Ts.2.7)

1.       1 Tessalonicenses 2:7 fala sobre a bondade e o cuidado paternal que o apóstolo Paulo e seus companheiros tinham para com os tessalonicenses, comparando-se a uma mãe que cuida dos próprios filhos.

2.       Os estudos bíblicos destacam que essa atitude de Paulo contrasta com uma postura mais impositiva que eles poderiam ter adotado como apóstolos, sendo um exemplo de um ministério focado em abnegação, amor e serviço.

3.       A passagem enfatiza a conduta irrepreensível, justa e santa dos mensageiros, que trabalharam arduamente para não serem um peso, buscando agradar a Deus e fortalecer a fé da igreja. 

Pontos chave do estudo sobre 1 Tessalonicenses 2:7

1.       Bondade e cuidado materno: Paulo compara a si e seus companheiros a uma "ama que cria seus filhos".

2.       Isso mostra que, apesar de sua autoridade como apóstolos, eles optaram por uma abordagem gentil e carinhosa ao ministrar aos tessalonicenses, demonstrando profunda afeição.

3.       Abnegação e serviço: Embora tivessem o direito de exigir sustento, eles trabalharam "noite e dia" para não sobrecarregar a igreja, preferindo não ser um peso financeiro. Essa atitude demonstra um ministério baseado no sacrifício e no serviço, não na busca por benefícios pessoais.

4.       Exemplo de conduta: O apóstolo enfatiza que a conduta deles foi "santa, e justa, e irrepreensivelmente" diante dos crentes.

5.       Essa justificativa era necessária para combater as falsas acusações e fortalecer a fé da igreja, mostrando que o ministério não foi conduzido com engano ou interesse próprio.

6.       Motivação e propósito: Paulo afirma que o objetivo principal era agradar a Deus, que sonda os corações, e não a busca por glória humana.

7.        A passagem mostra que a intenção era genuína e focada no bem-estar da igreja e na propagação do Evangelho de Deus.

8.       Exemplo para a liderança atual: Esse versículo serve como um poderoso modelo para pastores e líderes cristãos hoje, mostrando a importância de um ministério que seja tanto autêntico quanto amoroso, sempre pautado pela ética e pelo serviço ao Senhor e à igreja. 

 2-Um trabalhador incansável (1 Ts.2.9)

1.       O estudo bíblico de 1 Tessalonicenses 2:9 focas no exemplo de labor diligente e abnegação do apóstolo Paulo, que trabalhava dia e noite para pregar o evangelho de Deus sem ser um fardo financeiro para a comunidade de Tessalônica. 

2.       O versículo diz: “Porque, vos recordais, irmãos, do nosso labor e fadiga; e de como, noite e dia labutando para não vivermos à custa de nenhum de vós, vos proclamamos o evangelho de Deus." (1 Tessalonicenses 2:9) 

Contexto e Significado

1.       Labor e Fadiga: Paulo, Silas e Timóteo (mencionados no início da carta) trabalharam arduamente, provavelmente fazendo tendas (sua profissão, Atos 18:3), para sustentar a si mesmos.

2.       A palavra grega para "labor" implica esforço esgotante.

3.       Trabalhando Noite e Dia: Esta expressão enfatiza a intensidade do esforço de Paulo.

4.       Ele não apenas trabalhava em seu ofício, mas também dedicava tempo integral à pregação e ao ensino do evangelho, muitas vezes após um dia inteiro de trabalho secular.

5.       Para Não Sermos Pesados a Nenhum de Vós: A motivação principal de Paulo era a pureza e a integridade do seu ministério.

6.        Ele queria evitar qualquer suspeita de que estava pregando por ganho financeiro ou explorando os novos convertidos.

7.       Anunciando o Evangelho de Deus: O objetivo final do seu trabalho manual era possibilitar a proclamação desimpedida da mensagem de salvação. 


3-Um pai exemplar (1Ts. 2.11)

1.       O estudo de 1 Tessalonicenses 2:11 se concentra na maneira como o apóstolo Paulo e seus colaboradores tratavam os crentes, agindo como um pai que cuida dos seus filhos, com o objetivo de que vivam de forma digna de Deus.

2.       Isso envolve o uso de exortação, consolo e testemunho, buscando não agradar as pessoas, mas a Deus, que prova os corações, conforme mencionado em outros versículos do mesmo capítulo. 

Análise de 1 Tessalonicenses 2:11

1.       Tratamento parental: Paulo compara a relação com os tessalonicenses à de um pai com seus filhos.

2.       Isso implica em cuidado, orientação e disciplina amorosa.

3.       É uma analogia para uma liderança que busca o bem-estar espiritual a longo prazo da igreja.

4.       Motivação do ministério: O versículo, junto com os seguintes, enfatiza a pureza de intenções de Paulo e seus companheiros.

5.       Eles não buscavam agradar pessoas, mas a Deus, que é o verdadeiro juiz e provador do coração.

6.       Isso também os diferenciava de pessoas que buscavam ganho ou reconhecimento humano.

7.       O propósito: O objetivo de tal relacionamento é que os crentes vivam de maneira digna de Deus.

8.       Isso aponta para uma vida de santidade e obediência que glorifique a Deus e o seu chamado.

9.       Ação em conjunto: A exortação e o consolo são apresentados como ações que devem ocorrer juntas, em consonância com o testemunho do evangelho.

10.     A vida do crente deve estar em harmonia com a mensagem que ele anuncia. 

 III PERMANECENDO FRMES

1-O exemplo de Timóteo (1.Ts.3.2)

1.       Envio de Timóteo: Paulo, incapaz de ir pessoalmente, envia Timóteo para que servisse como um meio de fortalecer a fé dos tessalonicenses, demonstrando o cuidado que tinham por eles.

2.       Propósito do envio: O objetivo principal era que Timóteo pudesse "fortalecê-los e dar-lhes ânimo na fé", prevenindo que fossem abalados pelas tribulações que enfrentavam.

3.       A luta contra a tribulação: O versículo reconhece que a vida cristã envolve tribulações, mas destaca que o crente não deve ser desanimado por elas, pois sua fé é o que o torna forte.

4.       A importância do encorajamento: O envio de Timóteo é um exemplo prático de como a igreja deve se apoiar, encorajar e fortalecer mutuamente, especialmente em tempos difíceis.

5.       Ações do tentador: Paulo sabia que o tentador usaria as dificuldades para tentar fazer com que o trabalho deles fosse inútil.

6.       Por isso, enviou Timóteo para verificar a fé dos tessalonicenses e protegê-los de sucumbir às tentações. 

 

2-As tribulações da Igreja (1 Ts.3.3)

1.       "Para que ninguém se comova por estas aflições": Paulo expressa sua preocupação (que o levou a enviar Timóteo) de que as perseguições pudessem desanimar ou afastar os novos convertidos da fé.

2.       A palavra "comova" implica ser abalado, perturbado ou desencorajado a ponto de vacilar na fé.

3.      "porque vós mesmas sabeis que para isso fomos ordenados": Esta é a parte central do ensino. Paulo lembra aos tessalonicenses (e a nós) que as aflições não são um acidente, um castigo inesperado, ou um sinal de que Deus os abandonou. Pelo contrário, elas são parte do plano ou "ordem" estabelecida por Deus para a vida cristã. 

Pontos Chave para Estudo

1.       A Universalidade da Aflição: A Bíblia consistentemente ensina que os seguidores de Cristo enfrentarão tribulações (João 16:33).

2.       O versículo 3:3 reforça que isso é uma condição normal, não excepcional, da vida de fé.

3.       Preparação e Expectativa: Paulo já havia predito que eles seriam afligidos enquanto estava com eles (1 Ts.3:4).

4.        Isso mostra a importância da pregação que prepara os novos crentes para as dificuldades, em vez de prometer uma vida sem problemas.

5.       Firmeza na Fé: O objetivo do ensino de Paulo é encorajar a perseverança.

6.       Saber que as provações têm um propósito divino ajuda o crente a suportá-las com coragem e a não perder a esperança.

7.       Propósito de Deus: As aflições servem para fortalecer a fé, desenvolver a paciência e a maturidade espiritual. Elas fazem parte daquilo que Deus quer para Seus filhos. 

8.       Este versículo oferece grande consolo e realismo, lembrando aos cristãos que a perseguição e a dificuldade são caminhos pelos quais a fé é provada e purificada, e não razões para desespero.

 3-A oração de Paula (1 Ts.3.12)

Pontos-chave do estudo

1.       Crescimento do amor: A oração é para que o amor entre os crentes não apenas aumente, mas "transborde", assim como o amor dos apóstolos por eles.

2.        Isso sugere um amor que é tanto em quantidade quanto em qualidade, demonstrando um crescimento contínuo.

3.       Santificação e preparação: A meta final é que os corações sejam fortalecidos para serem "irrepreensíveis em santidade" diante de Deus.

4.        A santidade é um processo que está intimamente ligado ao crescimento do amor.

5.       Foco no futuro: A oração direciona a esperança dos crentes para a "vinda de nosso Senhor Jesus com todos os seus santos", incentivando-os a viver de maneira consistente com essa expectativa.

6.   Amor como prática: A passagem não se refere a um amor apenas teórico, mas a um amor que se expressa na prática, especialmente na comunidade, onde a santidade é vivida e demonstrada.

7.       Oração e ação: A oração de Paulo reflete a prática cristã: pedir a Deus por crescimento e, ao mesmo tempo, agir como canal desse amor, servindo e demonstrando amor uns aos outros e ao próximo. 

O que isso significa na prática

1.      Abençoar a comunidade: O versículo nos convida a interceder ativamente para que o amor cresça em nossas igrejas, famílias e grupos.

2.      Ser um canal de amor: A oração pede que Deus use você como instrumento do Seu amor. Demonstre esse amor concretamente na sua vida diária.

3.      Viver em santidade: A santidade não é algo isolado, mas se manifesta na vida cotidiana, especialmente nas interações com outras pessoas, as quais podem ser frustrantes, mas também gloriosas.

4.      Manter a esperança: A passagem nos lembra de viver com a esperança da volta de Jesus, o que deve motivar um comportamento de santidade e amor. 

 Pr. Capl. Carlos Boorges  (CABB)

quarta-feira, 26 de novembro de 2025

CARACTERISTICA DE UMA IGREJA VERDADEIRA

 


1 Ts.1.1-10

Introdução: A permanência de Paulo e seus companheiros em Tessalônica foi curta devido a perseguição dos judeus (At 17.1-10). Apesar do pouco tempo entre os tessalonicenses, surgiu entre eles uma igreja que se tornou firme e se desenvolvia de forma saudável.

 I A CARTA

1-Autoria e data (1 Ts.1.1a)

1.      Paulo foi a autoria da carta, que escreveu ao Tessalonicenses por volta do ano 51 d.C. em Tessalônica.

2.      Depois de algum tempo, Paulo envia até eles Timóteo, com o propósito de confirmá-los na fé e exortá-los, bem como obter notícias sobre o estado da fé deles.

3.      As notícias que Paulo recebeu por meio de Timóteo foram bastante confortadoras, a ponto dele, ao escrever esta carta (possivelmente a primeira epístola de autoria de Paulo, escrita em cerca de 50 ou 51 d.C.), manifestar alívio pelo estado em que aquela igreja se encontrava (1Ts 3.1-10). 

4.       Apesar das perseguições e do pouco tempo de fé, essa igreja apresentava evidências de ser uma genuína Igreja de Cristo.

5.      Havia nela características que a identificava e a distinguia como uma igreja saudável.

 

2-A Cidade e a Igreja (1 Ts.1.1)

1.      Paulo entrou debaixo da orientação do Espírito de Deus.

2.      De Filipos dirigiu-se a Tessalônica, distante 150 km.

3.       Era uma cidade de maioria grega, tendo entre os seus cidadãos alguns convertidos ao judaísmo. Eram os chamados “gregos devotos” (At 17.4).

4.      O apóstolo escolhia os lugares mais estratégicos para que o evangelho se propagasse com maior velocidade.

5.      É o caso de Tessalônica, a maior, mais influente e a capital da Macedônia.

6.      Enquanto viajava, ele passou por outras cidades (Anfípolis e Apolônia), mas foi em Tessalônica que se estabeleceu e pregou por mais tempo (At 17.2).

7.       Não significa, obviamente, que as demais fossem indignas do Evangelho.

8.      Paulo alcançava as maiores cidades e as transformava em centros de evangelismo na região.

9.      Tessalônica, modernamente, tem o nome de Salonica e é a segunda maior cidade da Grécia, com 250 mil habitantes.

3-O Tema (1 Ts.1.10

1.       O tema (1.10) E para guardardes dos céus o seu Filho, a quem Ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura.

2.      Embora houvesse outros objetivos, o tema principal da carta aos Tessalonicenses é “esperança diante da volta do Senhor Jesus”.

3.      Todos os seus cinco capítulos fazem referência à volta de Cristo e à importância desse evento para os santos (1.10; 2.19; 3.13; 4.13-18; 5.1-11,23).

4.       De fato, o tema do retorno do Senhor Jesus é superlativo para o salvo.

5.      Essa é a nossa esperança.

6.       Como bem afirma o hino 300 da Harpa Cristã: “Nossa esperança é Sua vinda; o Rei dos reis vem nos buscar…”.

7.      A importância dessa carta alcança os nossos dias e aquece os nossos corações.

8.      Essa esperança pertence ao povo de Deus.

9.       O mundo não a tem.

10.     Qual a esperança do mundo?

11.     Qual a esperança do não salvo ao morrer?

12.     Não existe.

13.    É bem verdade, como veremos posteriormente, que os ensinamentos de Paulo sobre a vinda de Cristo geraram alguns problemas, mas graças a isso temos essa carta.

-II AS MARCAS DA IGREJA

1-Fé (1 Ts.1.3 a)

1.      Reconhecimento de Paulo: Paulo e seus companheiros (Silvano e Timóteo) constantemente davam graças a Deus pelo testemunho dos tessalonicenses, mencionando-os em suas orações.

2.      O fato de ele lembrar-se continuamente demonstra o impacto e a visibilidade dessa fé ativa.

3.      Contexto dos Três Pilares: Este versículo faz parte de uma tríade fundamental na epístola e na teologia paulina: a fé operosa (trabalho), o amor abnegado (esforço) e a esperança perseverante (firmeza).

4.      Juntos, esses três elementos caracterizam uma vida cristã madura e exemplar, mesmo em meio a sofrimentos e perseguições.

5.      Em resumo, 1 Tessalonicenses 1:3a ensina que a fé autêntica é demonstrada através de obras e ações, sendo a base para uma vida de amor e esperança perseverante em Cristo. 

 2-Amor e Esperança (1 Ts.1.3 b)

1.      Amor e Esperança (1.3b) Da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo.

2.      O apóstolo soma à palavra amor a abnegação.

3.      O amor nas Escrituras nunca se limita a um sentimento, mas à ação.

4.      As pessoas não salvas vivem para si mesmas.

5.      O crente é chamado a um amor abnegado.

6.       Amor abnegado“, diz um comentarista, traz a ideia de trabalho exaustivo e labor intenso.

7.       Nosso amor a Cristo e ao próximo não é verborrágico, mas de atitudes e ações concretas.

8.       Essas duas virtudes juntas, com a anterior, lembram-nos 1 Coríntios a famosa trilogia apresentada em  1 Coríntios 13.13: fé, esperança e amor:

9.      Lá a ênfase está no amor, aqui na esperança da volta de Jesus.

10.     Devemos observar nas três virtudes mencionadas que a ênfase está naquilo que resulta delas, ou seja, uma fé que produz obras, um amor que se doa exaustivamente e uma esperança que produz firmeza e perseverança

 3-Poder do Espirito Santo (1 Ts.1.5)

1.       Poder do Espírito Santo (1.5) Porque o nosso evangelho não chegou até vós tão somente em palavra, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção, assim como sabeis ter sido o nosso procedimento entre vós e por amor de vós.

2.      Paulo foi um pregador que confiava no poder do Espírito Santo.

3.      Ele pregava, mas sabia que, sem o poder de Deus, suas palavras não teriam o poder de converter ninguém.

4.       Ninguém é salvo pela eloquência ou pela sabedoria humana.

5.       Sem a ação do Espírito de Deus, não existirá conversão autêntica.

6.      Pode haver adesão numérica. Somente o Espírito Santo pode aplicar a obra da salvação no coração do pecador.

7.      Tão importante quanto a obra de Jesus na cruz é a do Espírito Santo iluminando a mente do pecador.

8.      Como disse Spurgeon: “É mais fácil ensinar um leão a ser vegetariano do que converter um pecador sem o poder do Espírito Santo”.

9.      O homem sem Cristo está morto em seus pecados e somente um poder maior do que a morte pode salvá-lo.

10.    Esse poder vem do Espírito Santo.

11.     Conhecimento é importante, mas não é suficiente.

 III A VERDADEIRA CONVERSÃO

1-Abandono dos ídolos (1.9a) 

1.      Pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus.

2.      As pessoas em geral testemunharam a mudança ocorrida nos tessalonicenses e o abandono dos ídolos.

3.      A conversão deles foi verdadeira e completa.

4.       Não há salvação sem arrependimento e mudança de vida.

5.      Arrependimento, ser autêntico, abrange duas coisas: tristeza por causa do pecado e um desejo por completa mudança de vida.

6.      Jesus Cristo precisa ser aquele em torno do qual organizamos nossa vida, agenda, prioridades, esperanças e anseios.

7.       Se isso for direcionado a outro nome ou coisa, tornamo-nos idólatras.

8.      Nem toda idolatria implica em adorar imagens físicas ou estátuas, seja de que material for.

9.       Por isso, João não diz: “filhinhos, guardai–vos das estátuas”, mas sim: “filhinhos, guardai-vos dos ídolos” (1Jo 5.21).

10.    Ídolos nem sempre são representados como objetos físicos diante dos quais nos prostramos.

11.    A idolatria moderna é bem mais sutil e perigosa.

12.    Nunca tivemos tantos ídolos como na atualidade.

13.    Os ídolos modernos são disfarçados, porém cumprem o mesmo papel que no passado: tomar o lugar de Deus como o único a ser adorado.

14.    Nossa sociedade eleva pessoas questionáveis à condição de ídolos.

15.    Como já dito, o coração humano sem Cristo é uma fábrica de ídolos.

16.    O poder econômico é o grande ídolo de nossa geração e o mais adorado no mundo. Homens matam, morrem, sacrificam a vida, a família e a alma no altar de Mamom.

17.   Quando alguém se converte, o dinheiro deixa de ser a fonte da sua identidade e realização e torna-se apena

 -2-Servir ao Deu vivo (1 Ts.1.9 b)

1.      Para servirdes o Deus vivo e verdadeiro

2.      Uma das palavras para identificarmos um cristão autêntico é conversão.

3.      Mas daí surge uma pergunta: converteu-se do que para o que?

4.      Nesta carta, Paulo diz que os tessalonicenses se converteram dos ídolos para servirem ao Deus vivo e verdadeiro.

5.       O contraste é proposital.

6.      Os ídolos que dantes serviam não tinham vida (totalmente incapazes de alguma coisa) e eram deuses falsos.

7.      Agora, eles servem ao Deus vivo e verdadeiro.

8.       Ninguém é salvo para a ociosidade, daí Paulo dizer que eles foram salvos para servir a Deus.

9.      Alguém ilustrou isso dizendo que o reino de Deus é como um navio onde não há lugar para passageiros ou turistas, apenas para a tripulação.

10.    Conversão conduz ao serviço.

11.    Como se espera que o crente aguarde o retorno de Cristo? Servindo!

 3-Livramento da Ira (1 Ts.10) -

1.      E para guardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura

2.      O apóstolo conclui este, como fará com todos os demais capítulos: falando da volta de Cristo.

3.      O crente deve aguardar com alegria esse glorioso momento.

4.      A segunda coisa dita é que estamos livres da ira vindoura.

5.      A expressão “ira vindoura” é interpretada por alguns como uma referência às dores e angústias que sobrevirão aos habitantes da terra роr ocasião da volta de Jesus.

6.      Essa vinda não significará terror para o crente.

7.       Ele não tem do que se preocupar.

8.       Já estará na glória com o seu Senhor.

9.       Outros veem essa expressão como uma referência à ira de Deus sobre o pecado, a qual foi derramada sobre Cristo na cruz.

10.   Dela, todos os que Nele creem já estão livres, pois nenhuma condenação há para os que creem em Jesus.

11.    Para os incrédulos ela permanece, conforme Jo. 3.36: “…o que, todavia, desobedece ao Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.


Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)