At. 2.42; At 3.16
Introdução: É comum durante o livro de atos o evangelista Lucas
nos escrever a respeito de acontecimentos vivenciados na igreja primitiva. Acredito
que um dos motivos era poder dar inspiração as igrejas que viriam a ser
fundadas e com eficiência conseguiu. Hoje mais de dois mil anos depois ainda
temos esta primeira igreja como imagem de como devemos ser. Incessante pensar
também antes de nos aprofundamos um pouco mais, na unidade que esta igreja tinha, sendo
sustentada pelo fervor do Espírito Santo. Diversas atividades e ações que
faziam, não esperavam uma recompensa e somente o bem-estar de cada um!
I A PRIMEIRA IGREJA
1- Perseveravam na Doutrina (At.2.42a)
1. Doutrina dos
apóstolos, visto que os apóstolos foram os homens que conviveram com Jesus.
2. Em seu
ministério, alunos do próprio Cristo, tiveram ensinamentos singulares que com
certeza tinham muito a transmitir.
3. Aqueles que sempre estão perto do Senhor
Jesus, sempre vai ter um coração, cheio de alegria de falar sobre a salvação da
cruz do calvário.
4. É tão importante você saber mais sobre como
falar de Jesus.
5. Há quem
despreze doutrina, mas ela é essencial.
6. É a doutrina
decorrente do ensino bíblico e teológico que forma e organiza nossas crenças e
convicções.
7.
Crença é diferença de fé.
8.
Crença- é o conjunto de convicções
de algo que é verdadeiro e certo em elementos racionais.
9. Fé- É
a confiança que nos faz andar com Deus, por causa do que Deus diz.
10. Sem
a doutrina, a nossa fé pode ser deficiente, insuficiente ou
equivocada, daí a importância do ensino doutrinário.
11. Precisamos
mais do que nunca de cristãos que sejam firmes nas doutrinas
bíblicas e não adeptos das crenças
e esquisitices evangélicas.
2- Perseveraram na Comunhão (At.2.42b)
1.
Comunhão, (grego. koinonia significa
“compartilhar” ou “fazer com que compartilhem”).
2.
A palavra koinõnia,
vocábulo grego para a palavra Comunhão,
tem como raiz a palavra Comum..
3.
Significa, portanto, ter coisas ou interesses comum e partilhado.
4.
Não era apenas um partilhar das mesmas
expressão de fé, mas um profundo e
real interesse no bem-estar completo do
outro.
5.
A palavra que melhor define a operação da
comunhão é família.
6.
A igreja é a família de Deus.
7.
Por isso, seus membros chamam uns aos outros de
irmãos.
8.
Nos dá a ideia de todos reunidos nesta nova
igreja estavam sempre unidos com o mesmo propósito.
9.
Havia um laço que os mantinha cada dia mais
unidos que era Jesus Cristo, ou até mesmo uma certa liturgia que eles tinham ao
qual todos participavam.
3-No
partir do Pão e nas Orações (At. 2.42c)
1.
Partir do pão, o “pão”
neste versículo está demonstrando a santa ceia simbolizante que
todos daquela igreja está em um só corpo unidos que é o do Messias.
2.
Oração era uma pratica comum na Igreja de Atos.
3.
Uma igreja cheia do Espírito Santo ora
fervorosamente.
4.
Um púlpito com unção está conectado com bancos
cheios de oração.
5.
Orações, as orações constantemente estavam
presentes entre os membros daquela igreja.
6.
A expressão “perseverar”
implica continuar, não desistir, mais permanecer.
7.
A igreja estava praticando aquilo que Jesus
repetidamente havia ensinado e que, agora , o Espírito Santo lhes lembrava (Lc.
11.9-10).
8.
Essa igreja tem muito a nos ensinar sobre a
vida de oração.
9.
Pedro e João subiam constantemente juntos ao
templo na hora da oração.
10. Orar fazia e
ainda faz parte do avivamento genuíno, um dos segredos daquela igreja estava
nos joelhos!
11. Se quisermos
realmente um avivamento hoje em dia, devemos dobrar nossos
joelhos e fazer uma oração poderosa, pode ser até mesmo a que Jesus nos
ensinou.
II O
PRIMEIRO MILAGRE
1- Um coxo conhecido (At.3.2)
1. Porta
formosa era uma entrada do Templo, não na cidade.
2. Era
uma das entradas preferidas, muitos passavam
por ela a caminho da adoração.
3. O
homem coxo escolheu mendigar onde pudesse ser visto pela maioria das pessoas.
4. Na
religião judaica, dar dinheiro aos mendigos era uma atitude considerada
louvável.
5. Por
isso, o mendigo sabiamente se colocou onde as pessoas piedosas, a caminho da
adoração no Templo, poderiam vê-lo.
6. Ele
era um pedinte frequente, todos os que passavam por ali, viriam ele pedindo
esmola, não era alguém desconhecido dos frequentadores da oração naquele
Templo.
2- Uma cura notória (At.3.6,7)
1. Uma das marcas da Igreja primitiva era
a oração, principalmente na liderança.
2. Com isso, certo dia Pedro e João como de
costume estava indo para o Templo orar e foram abordados na entrada, por um
homem aleijado que lhe pediu esmola.
3. A resposta de Pedro é um clássico no cristianismo: “Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho,
isto lhe dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno,
ande”.
4. Dois homens simples, mas cheios do poder de Deus.
5. Sem condições
financeiras, mas profundamente espirituais.
6. Os apóstolos deram aquele homem algo que o
dinheiro não pode dar.
7. Deus é assim ele é poderoso para fazer
infinitamente mais, além do que pedimos ou pensamos.
8. O homem que foi curado era um adulto de
quarenta anos.
9. Há muito tempo ele mendigava naquele lugar
e era conhecido de todos.
10. Ao ser curado ele entrou no Templo
saltando e louvando a Deus em voz alta.
11. Isso causou espanto em todos, além de
muita “estranheza”.
12. Afinal, o que houve? Era o que todos se
perguntavam.
13. Pedro e João explicam o episódio e revelam
que a fonte de poder para tal operação é o Nome
de Jesus Cristo
3- Um culto Genuíno (At.3.8)
1.
Lucas, depois de historiar o primeiro sermão da
Igreja de Cristo, no primeiro dia da sua organização e resultado do primeiro
apelo aos pecadores, passa a narrar a história de um dos primeiros milagres da
igreja.
2.
“Muitas maravilhas e sinais se faziam”, cap.
2.43.
3.
A cura do coxo na porta do templo está
acentuada porque foi feita no templo, e porque salienta o glorioso fruto do
ministério de curas.
4.
O que o mundo carece hoje é ver o mesmo Cristo
do primeiro século ainda “fazendo bem e
curando todos os oprimidos do diabo.”
5.
O “esfarrapado” coxo não podia entrar no templo
para a adoração, a Lei o impedia.
6. Hoje,
acontece o inverso, existem muitos coxos espirituais nas igrejas, porque não
creem no poder do nome de Jesus!
7. A
incredulidade os impede de verem milagre acontecer, porque Jesus é o mesmo
ontem, hoje e eternamente (Hebreus 13.8).
III PREGAÇÃO E COLHEITA
1-
Pedro após Pentecostes (At.2.14-4.4).
1. Pedro
foi um discípulo instável durante o ministério de Jesus, pois permitiu que o
desafio de testemunhar fosse motivo
de queda, pois até negou que o conhecia (Jo.18.15-18,
25-27).
2. Cinquenta dias após o sábado da semana da
Páscoa, e, portanto, domingo, era considerado o Dia de Pentecoste (Levíticos
23.15,16).
3. Pentecostes era o nome que se dava a Festa
das Semanas, também chamada Festa da Colheita ou, ainda, Festa dos Primeiros
Frutos (Deuteronômio 16.10).
4. Na ocasião os apóstolos estavam reunidos
em um só lugar, quando de repente um vento muito forte encheu toda a casa.
5. A multidão ficou completamente perplexa
com o ocorrido.
6. Mas alguns zombadores os acusaram de
embriaguez.
7. A promessa do derramamento do Espírito Santo feita por
Joel (Joel 2.28), a qual Jesus Cristo lhes ordenou que aguardasse, começou naquele dia.
2-Primeira Mensagem e Colheita
(At.2.14-41)
1. A vida dos primeiros cristãos era marcada
pela comunhão.
2. Embora simples, era um estilo de vida onde
todos tinham tudo em comum e não lhes faltava nada.
3. Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos,
não eram apenas ouvintes, mas sim praticantes, a consequência disso é que
sinais prodígios e maravilhas eram manifestados através dos apóstolos devido à
poderosa presença de Deus entre eles.
4. A humanidade é inclinada para a
incredulidade.
5. Mas, temos de lidar com a
incompreensão.
6. Mas a Palavra de Deus se cumpre
fielmente.
7. Aproximadamente três mil pessoas se
tornaram crentes quando Pedro pregou as
Boas Novas a respeito de Cristo ( o
filho de Deus).
8. Esses novos cristãos se uniram aos
demais, foram ensinados pelos
apóstolos e incluídos nas reuniões de oração e na comunhão com os
santos.
9. Precisamos estar em grupos para que
possamos aprender a Palavra de Deus.
3-Segunda
Pregação e colheita (At.3.11-14).
1. Pedro
fez o seu primeiro milagre e pregou o seu segundo sermão no lugar mais
apropriado, o templo, que havia sido a principal instituição religiosa de
Israel.
2. Pois
foi o lugar aonde Deus veio habitar com o seu povo e perdoar os pecados deles.
1. O público era constituído totalmente de judeus e se
encontrava no pátio do templo — o centro visível da vida religiosa.
2. A cristologia é messiânica, com associações próximas
com o AT, o que é natural nesse estágio.
3. A origem do poder (3.12,13).
4. Pedro se volta
em um momento da perplexidade do povo para os primórdios da raça — o
chamado de Abraão e a aliança de Deus com ele.
5. O poder por meio do nome de Jesus estava
diretamente relacionado com os propósitos do Deus de Abraão.
6. Os apóstolos
testemunharam de Cristo primeiramente em Jerusalém, conforme foram instruídos,
realizando milagres e pregando o evangelho de Cristo; porém, sofreram muitas
perseguições.
7. A igreja
cresceu em Jerusalém e com esse crescimento sobrevieram discórdias internas.
8. Mesmo assim, a igreja permaneceu firme e
continuou a crescer em número em Jerusalém.
9. Lucas passa a
registrar acontecimentos que ocorreram à medida que o testemunho apostólico se
propagava para as regiões circunvizinhas de Jerusalém.
10. Esses relatos
nos informam sobre o sucesso apostólico no primeiro estágio de sua comissão
para propagar o evangelho a todo o mundo.
Pr. Carlos Borges (CABB)
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