At.13. e 15
Introdução: Na lição de hoje, “acompanharemos” o apóstolo Paulo em suas
emocionantes viagens missionárias. A Igreja Primitiva cumpriu a Grande Comissão
enviando Paulo e Barnabé para a obra que o Senhor os chamara. Assim, Paulo
alcançou as nações de sua época. Nós, como Igreja do Senhor, também devemos
fazer a nossa parte, pois ainda existem muitas nações e povos que precisam ser
alcançados com o Evangelho de Cristo. Atualmente na “Janela 10x40” existem
milhares de pessoas que se encontram em trevas espirituais. Como elas ouvirão o
Evangelho se não há quem pregue? (Rm 10.14). E como pregarão, se a Igreja do
Senhor não enviar e sustentar os missionários? (Rm 10.15). Ouçamos a voz do
Espírito Santo, pois Ele continua a falar à sua Igreja: “Separai meus servos
para a obra que os tenho chamado”.
1-Obra do Espírito (At.13.2)
1.
“E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o
Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho
chamado” (At
13.2).
2.
A
expansão da igreja é um processo que envolve a ação do Espírito Santo e a
obediência irrestrita do crente ao mandato evangelístico de Jesus.
3. O Espírito Santo comissiona os missionários.
4. O Evangelho avança entre os gentios.
5. A
vocação universal da Igreja.
1. A
primeira viagem missionária é protagonizada por Saulo/Paulo.
2. Pedro
e os Doze praticamente desaparecem da narrativa lucana e Paulo vai triunfando
como homem separado para a obra, vocacionado pelo próprio Espírito Santo (Atos
13.1).
3. “Paulo
ganha maior destaque, pois ele recebe a alcunha de ‘apóstolo dos gentios’”.
4. “É
sobre ele, judeu helenizado de Tarso, com formação rabínica e farisaica, que
recai a responsabilidade de pregar às cidades gregas e à capital do Império”.
5. O
centro da atenção deixa de ser Jerusalém e, agora, claramente é Antioquia da
Síria, a terceira cidade mais importante do império romano superada por Roma e
Alexandria; dela a missão parte.
3-Triunfante (At.13.11)
1. É
verdade que o evangelho deveria alcançar os gentios, bem como os judeus.
2. O primeiro registro explícito sobre gentios
que se uniram à fé em larga escala se refere a Antioquia.
3. Podemos
afirmar que a primeira igreja gentílica foi fundada em Antioquia.
4. Surpreendentemente, havia nessa região muitos
judeus.
5. A igreja havia crescido rapidamente e se tornado o primeiro
centro cristão importante fora da Judeia, chegando até ultrapassar a igreja de
Jerusalém.
6. Com o apoio dos cristãos locais de Antioquia, Paulo saiu para
realizar três viagens missionárias.
7. O que Jesus almejava estava acontecendo em relação ao
cristianismo: uma religião mundial, na qual o evangelho seria espalhado para
“cada nação, e tribo, e língua, e povo”. Ap 14:6.
II LIÇÕES DA PRIMEIRA
VIAGEM
1-A urgência da tarefa (At.13.2)
1. A
igreja de Antioquia foi a primeira a fazer missões transculturais.
2. Barnabé
foi o companheiro de Paulo na sua primeira viagem missionária, conforme a
orientação do Espírito Santo à igreja (At 13.2).
3. O
objetivo deles era estabelecer igrejas nesses lugares.
4. Começaram em Chipre; em seguida foram a Perge
e Panfília, prosseguindo direto para Antioquia da Pisídia e Galácia do Sul.
5. A
primeira viagem missionária durou cerca de dois anos (entre 46 e 48 d.C).
6. A
expansão da igreja é um processo que envolve a ação do Espírito Santo e a
obediência irrestrita do crente ao ide evangelístico de Jesus.
2-O Evangelho desfaz as trevas (At.13.12)
1. Jejum e
especialmente oração eram práticas vitais dos cristãos, conforme registrado em
Atos (2.42; 3.1; 4.24; 6.4; 10.31; 14.23; 28.8).
2. Reconhecendo
que o Espírito Santo separou Barnabé e Paulo, a imposição de mãos foi uma
certificação oficial do chamado do Espírito (vs. 2) e à missão que estavam para
realizar (vs. 4; cf. 14.23; 1Tm 4.14).
3. Enviados pelo
Espírito de Deus, desceram a Selêucia e dali, navegaram para Chipre.
4. Selêucia era o
porto da cidade de Antioquia, distante 25 km a oeste de Antioquia e cerca de 8
km ao norte do rio Orontes.
5. Já Chipre era uma ilha próxima à costa da
Fenícia (atual Síria), habitada em sua maioria por gregos, mas também havia
muitos judeus ali.
6. Eles então
chegaram a Salamina.
7. Eles navegaram cerca de 210 km na direção
sudoeste, para a cidade de Salamina, que ficava na costa leste de Chipre.
8. Salamina era a cidade mais importante da
província de Chipre nesse tempo, cuja capital era Pafos, que ficava no outro
extremo da ilha, aproximadamente 145 km a sudoeste.
3- A Liderança na Missão (At.13.16)
1. Saulo e
Barnabé pregam em Chipre.
2. O escritor passou a usar o nome
Paulo (que foi mencionado em 13:9) em vez de Saulo.
3. O nome de Paulo é geralmente
colocado antes dos seus companheiros.
4. Eles saíram de Chipre e
navegaram para Perge da Panfília (13:13).
5. Paulo e Barnabé continuaram até
Antioquia da Pisídia (13:14).
6. Paulo e Barnabé entraram numa
sinagoga num sábado, e os chefes da sinagoga lhes permitiram que falassem
(13:14-15).
7. Paulo pregou, começando com a história do povo judaico no
Velho Testamento, chegando ao assunto da salvação através de Cristo (13:16-41)
8. Paulo traçou a história do Velho Testamento do êxodo até o
reinado de Davi (13:17-23).
III CONCÍLIO DE JERUSALÉM
1-Salvação é para todos (At.15.1)
1. Discussões em
Antioquia (v. 1,2).
2. À medida
que cada vez mais crentes incircuncisos entravam na igreja.
3. Os temores dos cristãos judaizantes aumentaram, pois o
Reino, rejeitado pela maioria dos judeus, estava sendo povoado rapidamente
pelos convertidos entre os gentios.
4. Isso parecia
contrário às promessas e alianças especiais do AT, e os judaizantes começaram a
fazer campanha a favor da circuncisão de todos os gentios
convertidos, para que pudessem pertencer à assembleia de Israel.
5. Por outro lado, Paulo e Barnabé tinham sido
fortalecidos por revelações de Deus.
6. Suas convicções em uma nova época em que a igreja
era universal e espiritual e de forma nenhuma poderia ser sujeita às
exigências legalistas do judaísmo.
2-Judaísmo versus Evangelho (At.15.9)
1. Síria que a circuncisão era necessária para a
salvação, e a tensão resultante foi aguda.
2. Os líderes concluíram que era necessário agir
rapidamente a fim de evitar uma divisão que separaria a igreja em dois ramos.
3. A delegação enviada a Jerusalém (v. 1-5).
4. O nome “concílio de Jerusalém” é totalmente inadequado
para a discussão entre os líderes de Antioquia.
5. Os apóstolos e anciãos em Jerusalém acerca da
posição dos gentios que creram.
6. Líderes das duas grandes igrejas discutiram amplamente
a questão e fizeram recomendações para a sua área.
7. O que é bem diferente do conceito moderno de um
concílio ecumênico.
8. A delegação
de Antioquia era formada por Paulo, Barnabé, junto com outros,
certamente irmãos da liderança da igreja.
3-Dependência do
Espírito Santo (At.15.28)
1. Para campos mais distantes, a produção da carta não
seria útil, pois a autoridade apostólica de Paulo precisava ser
defendida contra qualquer ideia de autoridade subordinada derivada de Jerusalém.
2. A colaboração do testemunho do Espírito Santo.
3. E dos apóstolos foi normal para a época e
se refere à recomendação acerca das exigências ou coisas
“convenientes” na época da transição.
4. Quando a igreja se expandiu amplamente pelas
terras dos gentios e os componentes judaicos se tornaram uma minoria, a
questão deixou de ter validade.
5. Com relação a “coisas duvidosas”, podemos aprender
tudo que é necessário dos escritos de Paulo, especialmente I Co 8 e 10,
com Rm 14.
6. Ao longo da toda a
sua história, a Igreja lutou
contra distorções da fé verdadeira e contra tentativas de acréscimo de elementos não
cristãos à sua prática.
7. Esta luta agora é nossa.
Pr.Carlos Borges (CABB)
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