segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

A PRIMEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA

 


At.13. e 15

 

Introdução: Na lição de hoje, “acompanharemos” o apóstolo Paulo em suas emocionantes viagens missionárias. A Igreja Primitiva cumpriu a Grande Comissão enviando Paulo e Barnabé para a obra que o Senhor os chamara. Assim, Paulo alcançou as nações de sua época. Nós, como Igreja do Senhor, também devemos fazer a nossa parte, pois ainda existem muitas nações e povos que precisam ser alcançados com o Evangelho de Cristo. Atualmente na “Janela 10x40” existem milhares de pessoas que se encontram em trevas espirituais. Como elas ouvirão o Evangelho se não há quem pregue? (Rm 10.14). E como pregarão, se a Igreja do Senhor não enviar e sustentar os missionários? (Rm 10.15). Ouçamos a voz do Espírito Santo, pois Ele continua a falar à sua Igreja: “Separai meus servos para a obra que os tenho chamado”.

 I UMA OBRA  GLORIOSA

1-Obra do Espírito (At.13.2)

1.      E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado” (At 13.2).

2.      A expansão da igreja é um processo que envolve a ação do Espírito Santo e a obediência irrestrita do crente ao mandato evangelístico de Jesus.

3.      O Espírito Santo comissiona os missionários.

4.      O Evangelho avança entre os gentios.

5.      A vocação universal da Igreja.


 2-Abrangente (At.13.4)

1.      A primeira viagem missionária é protagonizada por Saulo/Paulo.

2.      Pedro e os Doze praticamente desaparecem da narrativa lucana e Paulo vai triunfando como homem separado para a obra, vocacionado pelo próprio Espírito Santo (Atos 13.1).

3.      “Paulo ganha maior destaque, pois ele recebe a alcunha de ‘apóstolo dos gentios’”.

4.      “É sobre ele, judeu helenizado de Tarso, com formação rabínica e farisaica, que recai a responsabilidade de pregar às cidades gregas e à capital do Império”.

5.      O centro da atenção deixa de ser Jerusalém e, agora, claramente é Antioquia da Síria, a terceira cidade mais importante do império romano superada por Roma e Alexandria; dela a missão parte.

  

3-Triunfante (At.13.11)

1.      É verdade que o evangelho deveria alcançar os gentios, bem como os judeus.

2.       O primeiro registro explícito sobre gentios que se uniram à fé em larga escala se refere a Antioquia.

3.      Podemos afirmar que a primeira igreja gentílica foi fundada em Antioquia.

4.       Surpreendentemente, havia nessa região muitos judeus.

5.      A igreja havia crescido rapidamente e se tornado o primeiro centro cristão importante fora da Judeia, chegando até ultrapassar a igreja de Jerusalém.

6.      Com o apoio dos cristãos locais de Antioquia, Paulo saiu para realizar três viagens missionárias.

7.      O que Jesus almejava estava acontecendo em relação ao cristianismo: uma religião mundial, na qual o evangelho seria espalhado para “cada nação, e tribo, e língua, e povo”. Ap 14:6.

  

II LIÇÕES DA PRIMEIRA VIAGEM

1-A urgência da tarefa (At.13.2)

1.      A igreja de Antioquia foi a primeira a fazer missões transculturais.

2.      Barnabé foi o companheiro de Paulo na sua primeira viagem missionária, conforme a orientação do Espírito Santo à igreja (At 13.2).

3.      O objetivo deles era estabelecer igrejas nesses lugares.

4.       Começaram em Chipre; em seguida foram a Perge e Panfília, prosseguindo direto para Antioquia da Pisídia e Galácia do Sul.

5.      A primeira viagem missionária durou cerca de dois anos (entre 46 e 48 d.C).

6.      A expansão da igreja é um processo que envolve a ação do Espírito Santo e a obediência irrestrita do crente ao ide evangelístico de Jesus.

  

2-O Evangelho desfaz as trevas (At.13.12)

1.      Jejum e especialmente oração eram práticas vitais dos cristãos, conforme registrado em Atos (2.42; 3.1; 4.24; 6.4; 10.31; 14.23; 28.8).

2.      Reconhecendo que o Espírito Santo separou Barnabé e Paulo, a imposição de mãos foi uma certificação oficial do chamado do Espírito (vs. 2) e à missão que estavam para realizar (vs. 4; cf. 14.23; 1Tm 4.14).

3.      Enviados pelo Espírito de Deus, desceram a Selêucia e dali, navegaram para Chipre.

4.      Selêucia era o porto da cidade de Antioquia, distante 25 km a oeste de Antioquia e cerca de 8 km ao norte do rio Orontes.

5.       Já Chipre era uma ilha próxima à costa da Fenícia (atual Síria), habitada em sua maioria por gregos, mas também havia muitos judeus ali.

6.      Eles então chegaram a Salamina.

7.       Eles navegaram cerca de 210 km na direção sudoeste, para a cidade de Salamina, que ficava na costa leste de Chipre.

8.       Salamina era a cidade mais importante da província de Chipre nesse tempo, cuja capital era Pafos, que ficava no outro extremo da ilha, aproximadamente 145 km a sudoeste.

  

3- A Liderança na Missão (At.13.16)

1.      Saulo e Barnabé pregam em Chipre.

2.      O escritor passou a usar o nome Paulo (que foi mencionado em 13:9) em vez de Saulo.

3.      O nome de Paulo é geralmente colocado antes dos seus companheiros.

4.      Eles saíram de Chipre e navegaram para Perge da Panfília (13:13).

5.      Paulo e Barnabé continuaram até Antioquia da Pisídia (13:14).

6.      Paulo e Barnabé entraram numa sinagoga num sábado, e os chefes da sinagoga lhes permitiram que falassem (13:14-15).

7.      Paulo pregou, começando com a história do povo judaico no Velho Testamento, chegando ao assunto da salvação através de Cristo (13:16-41)

8.      Paulo traçou a história do Velho Testamento do êxodo até o reinado de Davi (13:17-23).

 

III CONCÍLIO DE JERUSALÉM

1-Salvação é para todos (At.15.1)

1.      Discussões em Antioquia (v. 1,2).

2.       À medida que cada vez mais crentes incircuncisos entravam na igreja.

3.      Os temores dos cristãos judaizantes aumentaram, pois o Reino, rejeitado pela maioria dos judeus, estava sendo povoado rapidamente pelos convertidos entre os gentios.

4.       Isso parecia contrário às promessas e alianças especiais do AT, e os judaizantes começaram a fazer campanha a favor da circuncisão de todos os gentios convertidos, para que pudessem pertencer à assembleia de Israel.

5.      Por outro lado, Paulo e Barnabé tinham sido fortalecidos por revelações de Deus.

6.      Suas convicções em uma nova época em que a igreja era universal e espiritual e de forma nenhuma poderia ser sujeita às exigências legalistas do judaísmo.

 

2-Judaísmo  versus Evangelho (At.15.9)

1.      Síria que a circuncisão era necessária para a salvação, e a tensão resultante foi aguda.

2.      Os líderes concluíram que era necessário agir rapidamente a fim de evitar uma divisão que separaria a igreja em dois ramos.

3.      A delegação enviada a Jerusalém (v. 1-5).

4.      O nome “concílio de Jerusalém” é totalmente inadequado para a discussão entre os líderes de Antioquia.

5.      Os apóstolos e anciãos em Jerusalém acerca da posição dos gentios que creram.

6.      Líderes das duas grandes igrejas discutiram amplamente a questão e fizeram recomendações para a sua área.

7.      O que é bem diferente do conceito moderno de um concílio ecumênico.

8.       A delegação de Antioquia era formada por Paulo, Barnabé, junto com outros, certamente irmãos da liderança da igreja.

  

3-Dependência do Espírito Santo (At.15.28)

1.      Para campos mais distantes, a produção da carta não seria útil, pois a autoridade apostólica de Paulo precisava ser defendida contra qualquer ideia de autoridade subordinada derivada de Jerusalém.

2.      A colaboração do testemunho do Espírito Santo.

3.      E dos apóstolos foi normal para a época e se refere à recomendação acerca das exigências ou coisas “convenientes” na época da transição.

4.      Quando a igreja se expandiu amplamente pelas terras dos gentios e os componentes judaicos se tornaram uma minoria, a questão deixou de ter validade.

5.      Com relação a “coisas duvidosas”, podemos aprender tudo que é necessário dos escritos de Paulo, especialmente I Co 8 e 10, com Rm 14.

6.      Ao longo da toda a  sua história, a Igreja  lutou contra distorções  da  fé verdadeira e contra  tentativas de acréscimo de elementos  não  cristãos à sua prática.

7.      Esta luta agora é nossa.

Pr.Carlos Borges (CABB)

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