quarta-feira, 20 de outubro de 2021

O SERMÃO DO MONTE

 

Mt.5.1-20

Introdução: Jesus no Sermão da Montanha deixou bem patenteado como deve ser a vida e o relacionamento de seus seguidores (discípulos) nas suas jornadas aqui na terra. Cada bem Aventurança focaliza uma situação da vida e do convívio com outras pessoas, seja do credo religioso ou contrário. As porfias, e situações que possam denegrir o Reino de Deus, tanto aqui na terra como no céu.  

 I  JESUS, MESTRE E LEGISLADOR

1- Os Grandes discursos de Jesus ( Mt.5.1)

1.      A multidão estava presente no início e no final do Sermão do Monte, proferido por Jesus (o mesmo termo aparece em Mateus 7.28).

2.       Esse versículo também subentende que Jesus deixou a multidão.

3.       Certamente Ele se afastou do povo para ensinar Seus discípulos.

4.       Mas aonde quer que fosse para ensinar Seus discípulos, a multidão o seguia.

5.      Assentando-se.

6.      Era normal um mestre ou rabino ficar sentado enquanto ensinava, tendo seus alunos ao redor.

7.      Um monte.

8.       Provavelmente uma colina bem alta no litoral norte do mar da Galileia, que deve ter servido como um anfiteatro natural.

9.      Discípulos.

10.    Além da multidão que o seguia e ouvia Seus ensinamentos, Jesus tinha muitos discípulos.

11.     Porém, dentre todos eles, escolheu apenas doze para receber poder e instruções especiais.

 2-Jesus, o sumo Legislador (Mt.5.2).

1.      Jesus os ensinava.

2.       O Sermão do Monte descrito por Mateus (cap. 5—7) é um pouco diferente do sermão pregado à multidão em Lucas 6.

3.      A essência desse sermão provavelmente foi pregada muitas vezes durante o ministério terreno de Jesus.

4.      O Sermão do Monte foi pregado com a intenção de mostrar o tipo de vida que os verdadeiros filhos do Reino devem levar.

5.       Foi um ensinamento para aqueles que disseram sim ao convite de Jesus e se arrependeram  de seus pecados (Mt. 4.17).

6.      É bem provável que eles tivessem dúvida sobre a verdadeira natureza da justiça e do Reino de Deus.

7.      Por essa razão, Jesus procurou esclarecer o tema central da Lei e a natureza da verdadeira religião no Reino de Deus (Mq 6.8).

8.      Desse modo, Ele esmiuçou a Lei, para mostrar que sua essência é boa (Mt 5.17).

 

3- O primeiro grande discurso (Mt. 5.2)

1.      No entanto Jesus garantiu a seus discípulos  que seriam recompensados, mas talvez não nesta vida.

2.      Pode haver ocasiões  em que seguir a Jesus traga grandes popularidade.

3.      Aqueles que não viverem  de acordo com as palavras  de Jesus neste sermão poderão, para a própria desgraça, usar a mensagem de Deus somente para promover  seus interesses pessoais.

4.      Grandes multidões seguiam Jesus.

5.      Ele era o principal assunto da cidade, todos queriam vê-lo.

6.      Os discípulos, os companheiros mais intimo deste homem popular, certamente foram tentados  a sentirem-se importantes, orgulhosos e possesivos.

7.      Estar com Jesus não apenas lhes garantia prestigio, mas também poderia constituir-se  numa oportunidade para receber dinheiro e poder.

 II BEM- AVENTURANÇA

1-Humildade consolo e mansidão (Mt.5.3)

1.      Bem-aventurados os pobres de espírito. A ideia de Deus abençoar os humildes e resistir aos soberbos também pode ser encontrada em Provérbios 3.34 e Tiago 4-6.

2.      Bem-aventurados os pobres de espírito. A ideia de Deus abençoar os humildes e resistir aos soberbos também pode ser encontrada em Provérbios 3.34 e Tiago 4-6.

3.      Jesus começou seu sermão com palavras  que parecem contradizer-se.

4.      Mas o modo  de vida de Deus normalmente contradiz o mundo.

5.      Se você deseja viver para Deus deve estar pronto para dizer e fizer o que parece estranho para o mundo.

6.      Deve estar disposto a dar quando outros tomam amar enquanto outros odeiam ajudar enquanto outros abusam.

7.      Abrindo mão de seus direitos e benefícios  a fim de servir  os outros, um dia receberá tudo o que Deus tem reservado para você.

8.      As bem-aventuranças do latim beatus, que significa abençoado englobam três elementos: 1- um discurso de bênção, 2 -a qualidade de vida do discípulo 3-e a razão pela qual alguém é considerado abençoado.

9.      O princípio da bênção é encontrado no termo bem-aventurado, que introduz cada uma das bem-aventuranças.

10.    Em grego, literalmente significa oh, a felicidade do... (SI 1.1). Era, na verdade, uma forma de saudar alguém, de desejar-lhe bênçãos.

 2-Justiça, misericórdia e pureza (Mt.5.6)    

1.      Esses futuros herdeiros da terra recebem agora todo direito à herança de Deus, embora ainda tenham fome e sede de justiça.

2.       Eles têm um senso muito forte de justiça, que já é por si uma evidência do novo nascimento espiritual.

3.       Aqueles que são pobres e necessitados em sua espiritualidade reconhecem o quanto estão famintos e sedentos pela justiça que somente Deus pode dar.

4.      Ter fome significa estar necessitado, que se relaciona com ter sede também; os nascidos de novo têm fome e sede (um desejo interior veemente) de justiça de Deus.

5.       Essa fome e sede continuam por toda a vida, embora eles sejam sempre saciados por Deus, que supre todas as suas necessidades espirituais diárias.

6.       Essa fome e sede de justiça é o resultado de uma vida regenerada.

 3-Pasificadores e perseguidos (Mt.5.9)

1.      Os pacificadores são aqueles que têm paz com Deus e vivem em paz com todos os homens (Rm 5.1).

2.      São chamados de pacificadores não porque foram regenerados pela sociedade, mas sim pelo poder transformador do evangelho.

3.       São pacificadores porque têm em si mesmos a paz de Deus.

4.      Receberam a paz de Cristo e se tornaram os embaixadores que levam Sua mensagem de paz a este mundo oprimido.

5.       Somente eles serão chamados filhos de Deus.

6.      Por meio das bem-aventuranças, Jesus deixa bastante claro que somente aqueles que demonstram as qualidades de uma vida transformada são cidadãos de Seu Reino.

 

III A PRATICA DA JUSTIÇA

1- Sal e Luz,, o cumprimento da Lei (Mt.5.17)

1.      Quando Jesus fala de sal e luz, precisamos entender esse contexto, pois a finalidade do sal e salgar para não deixar estragar, e a luz serve para clarear, dissipar a escuridão. Então o sal nos diz respeito a nós que temos que impedir que o pecado reine (podridão).

2.      Nossa vida de ser como sal, se o sal não serve para salgar, e jogado fora e pisado pelos homens.

3.      Isto significa que o crente quando não exerce a qualidade de sal ( bom testemunho), as pessoas zombam e escarne da sua religiosidade.

1.      Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas.

2.       Jesus refutou a acusação dos fariseus de que Ele estava anulando a Lei.

3.       A Lei serviu de aio (G1 3.19; Ef 2.15; Hb 7.12), mas é eterna (Mt 5.18; Rm 3.31; 8.4).

4.      Como base da aliança com Israel, a Lei foi cumprida na cruz, e um novo sacerdócio foi estabelecido.

5.      Como um conjunto de princípios morais e espirituais, a Lei é eterna.

6.      Cumprir (pleroo) significa satisfazer, expandir, completar, não dar fim (teleo).

7.      Muito tem sido escrito sobre como Cristo cumpriu a Lei do Antigo Testamento (G1 3.15-18). Ele o fez de várias maneiras: (1) obedeceu a ela de modo perfeito e ensinou seu significado corretamente (compare com Mt 5.19,20); (2) um dia cumprirá todo o projeto e as profecias do Antigo Testamento; e (3) preparou um caminho para a salvação que se ajusta a todos os requisitos e exigências do Antigo Testamento (Rm3.21,31).

 

2- Padrão Novo e Melhor (Mt.5.20)

1.      A justiça dos escribas e fariseus era basicamente exterior e determinada pelas ações.

2.       Cristo, todavia, disse que Deus exige mais do que isso.

3.      Algo que deve ter abalado os discípulos, já que os supostos atos de justiça dos fariseus e mestres da Lei eram considerados muito superiores aos das pessoas comuns.

4.      Na verdade, porém, a única justiça que satisfaz o padrão de Deus é a pela fé em Jesus Cristo (Rm 3.21,22).

5.      As palavras de Cristo também eram uma “declaração de guerra” contra o sistema legalista dos fariseus.

6.      Não eram as boas obras, como eles ensinavam, que engrandeciam alguém aos olhos de Deus, e muito menos o legalismo o levaria a entrar no céu.

7.       A fim de ir bem fundo em Sua mensagem, Jesus usou uma série de contrastes entre o aparente cumprimento da Lei e a motivação interior desejada por Deus.

 3-A Oração (Mt.6.9,7,8)

1.      Aqueles que oram com propósitos errados já receberam o seu galardão — assim como aqueles que praticam boas obras, mas com intenções indevidas (Mt 6.2).

2.      A partir dos propósitos de oração (Mt 6.1-6), Jesus voltou-se para os métodos de oração.

3.      O propósito da oração determina como alguém ora (Mt 26.39,42,44).

4.      Não há nada de errado em repetir uma oração.

5.      Jesus está falando aqui da repetição de palavras vazias.

6.      Não é o tamanho da oração, mas, sim, o seu poder, que agrada a Deus.

7.      O próprio Jesus orou a noite inteira antes da crucificação e em outras ocasiões fez breves orações, na maioria das vezes.

8.      Ele não está criticando longas orações aqui, embora não haja nada de especialmente espiritual nelas.

9.      Ele está simplesmente dizendo que a oração deve expressar um desejo sincero do coração, não apenas um monte de palavras.

10.    Deus não se impressiona com palavras, mas com o verdadeiro clamor de um coração necessitado.

11.    Orareis assim não significa usar as mesmas palavras, mas sim seguir esse modelo de oração.

12.    As pessoas geralmente reduzem essa oração a uma recitação vazia — justamente o que o Senhor disse para não fazermos (Mt 6.7).

13.    A oração aqui é composta por seis pedidos.

14.    Os três primeiros são para que venha o Reino (Mt 6.9,10), e os três últimos para que Deus supra as necessidades de Seu povo até que o Reino seja plenamente estabelecido (Mt 6.11-13).

      Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)

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