domingo, 13 de fevereiro de 2022

A TORRE DE BABEL

 


Gn.11.1-9

Introdução: Depois disseram: "Vamos, façamos para nós uma cidade e uma torre cujo cimo atinja os céus. Tornemos assim célebre o nosso nome, para que não sejamos dispersos pela face de toda a terra."
Gênesis 11:4

I UM SIMBOLO DE REBELIÃO

1-Ajuntar-se em vez de espalhar-se (Gn. 11.4)

1.      O propósito de seus corações agora é mais plenamente expresso.

2.      “Vamos construir uma cidade e uma torre cujo topo possa estar no céu.”

3.      Uma cidade é um recinto fortificado ou guarda para defesa contra a violência da criação bruta.

4.      Uma torre cujo topo pode estar no céu para escapar da possibilidade de um dilúvio periódico.

5.       Esta é a linguagem do orgulho no homem, que deseja não saber nada acima de si mesmo e ultrapassar o alcance de uma providência dominante.

6.       “E vamos nos tornar um nome.”

7.      Um nome indica distinção e preeminência.

8.       Tornar-nos um nome, portanto, não é tanto o clamor da multidão como os poucos, com Ninrode à frente deles, que só poderiam esperar o que não é comum, mas distinto.

9.      No entanto, aqui está artisticamente inserido na exclamação popular, pois as pessoas tendem a imaginar até a glória do déspota que se reflete em si mesmas.

 2-Um Grande Nome (Gn. 11.4)

1.      A torre de Babel foi um a grande conquista humana, uma maravilha do mundo.

2.      No entanto, era um monumento para engrandecer as pessoas, e não a Deus.

3.      Podemos construir  monumentos  para nós mesmos(rupas caras, grandes mansões, carros luxuosos, empregos importantes) a fim de chamar atenção para as nossas realizações.

4.      Estas coisas podem não estar erradas em si mesmas, mas quando as realizarmos para promover nossa identidade e valor, elas tomam o lugar de Deus em nossa vida.

5.      Quando as águas do dilúvio baixaram e os sobreviventes saíram da arca, Deus ordenou que eles se multiplicassem e povoassem a terra (Gênesis 9:1).

6.      Mas Gênesis 11 mostra que a humanidade novamente voltou a desobedecer à ordem de Deus.

7.      Havia apenas uma linhagem e uma única língua falada sobre a terra.

8.      É inútil especular que língua era essa.

9.      O importante é entender que a humanidade partiu para o Oriente como um só povo e habitou na planície de Sinar (Gênesis 11:2).

10.    Ali os homens combinaram de edificar uma cidade e uma torre, cujo topo pudesse alcançar o céu.

11.    Foi grande contra censo, não queriam obedecer a Deus, mas queriam ir ao céu.

12.    Hoje muitos estão na mesma situação está na igreja (denominação), não obedecem a Palavra de Deus, porém almejam ir para o céu.

3-Babilônia (Gn.11.2)

1.      A terra de Sinar, uma região da antiga Babilônia, fica na Mesopotâmia (Gn 10.10).

2.      Está localizada em uma parte do atual Iraque.

3.      Tradicionalmente, os estudiosos apontam a região como o local onde ficava o jardim do Éden. 

4.      O uso dos tijolos na construção de edificações já era um procedimento comum nesse período.

5.      A utilização de enormes pedras, pesando várias toneladas, veio mais tarde.

6.      As imensas construções de tempos posteriores, que usavam blocos, eram tão bem-feitas e encaixava-se tão perfeitamente que dispensavam o uso de argamassa.

7.      Houve um fruto proibido do qual o homem não podia participar (sob pena de morte), assim também agora para os habitantes da terra , depois do dilúvio, havia um fruto proibido, ao qual deveriam resistir.

8.      Esse fruto era construir, movidos pelo orgulho, uma edificação que invadisse o santuário de Deus.

9.      A lição dada aqui é que só podemos nos aproximar de Deus de acordo com Suas condições, e não segundo as condições ditadas pelos homens.

10.    As condições humanas, pois, constituem outro fruto proibido para nós. 

 II CONSEQUENCIA DA REBELIÃO

1-Centralizar o homem (Gn.11.4)

1.      E disseram: Eis, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus.

2.       Pode ser que essa torre cujo cume toque nos céus seja um modo de resgatar a lembrança que as pessoas tinham das montanhas do Oriente, onde outrora viveram e adoraram seus deuses nas alturas.

3.       Elas haviam migrado para as planícies [de Sinar] e queriam ficar famosas como os nefilins (os gigantes ou homens poderosos) eram antes do Dilúvio.

4.       E isso que vemos nas atitudes daquelas pessoas.

5.       E façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra. Motivadas pelo orgulho e pela arrogância, essas pessoas pretendiam, com a edificação da torre, fazer com que seus nomes ficassem famosos.

6.      Temiam ser dispersas, pelas circunstâncias ou pelo Senhor, e não alcançar a grandiosidade de sua ambição. 

7.      Então, desceu o Senhor para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam. Esse é um modo de falar da onisciência de Deus (Gn 18.21). 

2-Gera Oposição a Deus (Gn.11.6)

1.      Aqui vemos que o Senhor se mostra preocupado com a potencialidade da humanidade de tornar-se tão pervertida quanto era antes do Dilúvio.

2.      Deus tomaria providências para que isto não acontecesse. 

3.      Eis, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro. 

4.      O uso do verbo no plural aqui é similar ao que vemos em Gênesis 1.26-28.

5.      O plural majestático enfatiza a magnitude daquele que fala.

6.      As variedades de língua, cultura, valores e clãs começaram neste ponto.

7.      Se não fosse pela arrogância dos homens, essa divisão não seria necessária.

8.      Um dia, os povos de todas as culturas e línguas vão unir-se para celebrar a graça manifesta pelo Filho de Deus, elevando, juntos, suas vozes para adorar o Cordeiro (Ap 5.8-14). 

 3-Atrai Juízo (Gn.11.8)

1.      Assim, o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra.

2.       Há três grandes julgamentos de pecados cometidos pela humanidade na primeira parte de Gênesis (Gn 1—11).

3.      O primeiro é a expulsão do Éden (Gn 3); o segundo é o Dilúvio (Gn 6—9), e o terceiro é a dispersão das pessoas de Babel (Lc 1.51). 

4.      Há um trocadilho com o nome Babel que nenhuma pessoa que soubesse os idiomas antigos ignoraria.

5.       Isso porque o termo vem de uma raiz primitiva [balai] que significa confundir.

6.       Em hebraico, a palavra badal soa similar ao nome da cidade, babel.

7.      A principal cidade do antigo paganismo (a Babilônia) é meramente um lugar de confusão, porque ali o Senhor confundiu as línguas.

8.      Assim, Babel e Babilônia servem como um símbolo na Bíblia para atividades direcionadas contra Deus pelas nações do mundo (Ap 17). 

 III ENSINAMENTOS

1-Somos uma só raça (Gn.11.6)

1.      A humanidade é uma só, não há raça superior, todos nós somos descendentes de Adão e Eva.

2.      Pode haver línguas diferentes, fruto da rebelião na Torre de Babel.

3.      O orgulho humano provoca a ira de Deus, pois Deus é um Deus de união e não de desunião.

4.      Porém o nosso adversário é um exímio promotor da desunião e rebelião contra Deus.

5.      O que podemos aprender com a Torre de Babel?

6.      A história da Torre de Babel é uma passagem bíblica, e diz respeito à comunicação entre os povos.

7.      Inclusive, Babel é posteriormente associada com a Babilônia, nomenclatura usada em toda a bíblia como um símbolo de orgulho e rebeldia contra Deus.

8.      Babel passou a ser sinónimo de confusão e a simbolizar o castigo divino sobre a arrogância, orgulho e paganismo humanos.

 2- Um indicio da Trindade (Gn.11.7)

1.      A resolução de Deus de confundir seus empreendedores.

2.      Ele viu o orgulho deles, mas é capaz de derrotá-los.

3.      Quando os ímpios dizem: “Deixemos de lado os elos dele e quebremos os seus cordões”, eles estão apenas forjando suas próprias correntes.

4.      Deus zomba da tentativa impotente, e faz com que pareça tão tolo quanto ímpio.

5.      O método que Deus adotou: ele confundiu a língua deles; um método perfeitamente eficaz para impedir seu desígnio: eles não podiam mais se unir em conselhos, nem obedecer a ordens.

6.      Sempre que ele quer, pode desapontar tão facilmente os artifícios dos iníquos, como agora dividia a língua deles.

7.       Foi uma misericórdia que ele não os tenha visitado mais: dissera: Vamos descer e consumi-los completamente, ele tinha sido justo; mas ele mistura misericórdia com julgamento neste mundo: é no próximo, onde o impenitente terá julgamento sem misericórdia.

 3-É Melhor Obedecer (Gn.11.9)

1.      Uma desobediência clara ao mandamento de Deus, que era: “povoar a terra”, “multiplicar-se” (Gênesis 9:1,7)

2.      Contudo, mais uma vez o ser humano foi de encontro ao que o Senhor Deus havia dito e fez o que achava que devia fazer.

3.      Os líderes do povo lhe chamaram para seguir um outro caminho e eles foram.

4.      Mas para dar certo, seus planos precisavam principalmente de sincronia linguística e geográfica.

5.      Eles moravam no mesmo lugar e falavam o mesmo idioma.

6.      Para mostrar Sua soberania, o Senhor espalhou novos idiomas entre eles e não puderam mais se comunicar de maneira absoluta.

7.      Consequentemente, os grupos se espalharam pela terra de acordo com sua interação linguística.

8.      OBEDECER É MELHOR DO QUE SACRIFICAR, POIS MANDA QUEM PODE E OBEDECE QUEM TEM JUÍZO.

          Pr.Capl. Carlos Borges

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