Mc. 10.23-45
Introdução: Jesus não só
ensinou o que significa ser servo, mas também serviu de modelo. Naquela época,
os judeus aguardavam um Messias poderoso, um chefe militar, um rei que os
libertasse da opressão romana. No entanto, várias profecias já haviam declarado
que o Messias viria sob a forma de servo. Ele libertaria o povo do pecado, não
de Roma. Ele viria para servir, curar os enfermos, alimentar os famintos,
ajudar os pobres. Por isso, muitos ficaram confusos com as atitudes de Jesus.
1-Armadiha Maldosa (Mc. 10.2)
Essa pergunta dos fariseus era uma armadilha para Jesus.
Se Ele apoiasse o divórcio, apoiaria o procedimento dos
fariseus; e eles duvidavam que Jesus fizesse isso.
Entretanto, se Jesus falasse contra o divórcio,
algumas pessoas na multidão poderiam
ficar contra Ele, por terem usado a lei do divórcio em seu beneficio.
Mais importante ainda, Jesus poderia atrair a ira de
Herodes, que já havia mandado executar João Batista por este ter combatido o
divórcio e o adultério ( Mc.6.17-28).
A questão
apresentada pelos fariseus foi sobre um dos assuntos debatidos naquele dia.
Os escribas
que seguiam Hillel defendiam que um homem podia se divorciar de sua esposa por
qualquer motivo.
Os
seguidores de Shammai, por outro lado, insistiam que o divórcio só era legal em
caso de adultério.
Experimentarem.
A mesma
palavra grega pode significar "tentar"
e "experimentar".
Sua pergunta
foi apresentada com motivação dissimulada de experimentar a Cristo.
Jesus
repreendeu os fariseus por suas falsas tradições.
Ele,
então, compassivamente curou uma criança possuída por um demônio, assim como um
homem que era surdo e tinha um problema de fala.
Ele alimentou quatro mil pessoas perto do Mar
da Galileia e viajou para Betsaida, onde curou um cego em etapas.
O homem irá deixar seus
pais, unir-se à sua mulher e ter uma vida maravilhosa com ela.
Jesus praticamente usa
quase todo o texto de Gênesis 2.24 da Septuaginta sobre o casamento.
Uma só carne representa
um elo sexual que une totalmente o homem e a mulher; esse vínculo é comparado
ao de irmãos de sangue.
Jesus revela que o
propósito original de Deus para o casamento não pode ser desfeito pelo homem.
E, nesse caso, não há exceção.
A exceção de Mateus 19.9 pode ser a descrição
de um conceito do judaísmo (compare com Apocalipse 18).
Deus permitiu o divórcio
como uma concessão, devido à propensão que o povo tinha para o pecado.
O divórcio não era
aprovado, mas foi instituído para proteger a parte ofendida em uma situação
difícil.
Infelizmente, os
fariseus usaram o texto em Dt.24.1 para
aprovar o divórcio.
Jesus explicou que essa
não era a intenção de Deus, pelo contrário, Ele (Deus) queria que as pessoas
casadas considerassem seu casamento um compromisso permanente.
Não se case com a opção
de separar-se.
Seu casamento terá
chances de ser uma união feliz, se desde o inicio você se comprometer com sua
durabilidade.
Não tenha um coração
duro como o desses fariseus, mantenha a firme determinação de permanecer com
seu cônjuge com a ajuda de Deus.
II CRIANÇAS E RICOS
1-A Indignação de Jesus (Mc.10.14)
Quando
se lê esta passagem bíblica algumas pessoas têm certa dificuldade de
compreensão, pois acreditam que apenas as crianças em sentido estrito, que
possuíram o reino de Deus.
É
mencionado inclusive que Jesus fica indignado com a ação dos discípulos.
Quando
Jesus afirma ser ele o Caminho, a verdade e a vida, não o fez em um intuito pessoal mas, em relação direta e
absoluta a mensagem da qual ele era portador por delegação de Deus.
A
densidade e eternidade do evangelho desafiam inclusive hodiernamente, um número
incontável de pessoas.
Pois
ultrapassa, ultrapassará e ultrapassou no contexto em que foi primeiramente
professado, os paradigmas da ética e espiritualidade até então conhecidos pela
humanidade.
Ao pedir Jesus
que as crianças se aproximassem dele, esta ação alberga uma amplitude de
significados.
Em um primeiro momento, poderíamos dizer que as crianças
simbolizam as pessoas de pouca ou nenhuma fé, que ainda precisam de alimento
sólido para prosseguir na busca da emancipação dos desejos mais elevados.
Continuando nesta seara, podemos dizer também que as
nossas crianças precisam do alimento espiritual tanto quanto o do corpo.
É preciso que os pais sejam os primeiros a darem o
exemplo da busca pelo aprendizado da boa nova não apenas em questões teóricas,
mas, sobretudo, na prática diária.
E que elas não interiorizem atitudes de egoísmo e
torpeza; uma vez que é no lar, ou melhor, deveria ser no lar evangelizado, in lócus que proporcionaria à criança a
consciência cristã de fato.
Esse homem queria ter a certeza ter a certeza de alcançar
a vida eterna, por essa razão, perguntou o deveria fazer.
Afirmou que nem uma vez sequer havia desobedecido a
qualquer uma das leis que Jesus mencionou (Mc. 10.19).
Talvez tivesse observado até a versão da lei adaptada
pelos fariseus (repleta de defeitos).
Mas Jesus carinhosamente esquadrinhou o orgulho do jovem
rico com um desafio que revelou as verdadeiras motivações dele: ”Vai
vende tudo quanto tens, e dá aos pobres “.
Esse desafio expôs a barreira que poderia impedi-lo de
entrar no Reino: seu amor ao dinheiro.
A riqueza sustentava o orgulho que o jovem sentia por tudo aquilo que provavelmente
conquistara com o próprio esforço.
Ironicamente, a atitude dele o tornava incapaz de
obedecer ao primeiro mandamento: Amar a Deus todas as coisas, não deixar que
algo fosse mais importante que Deus (Êx. 20.3).
Jesus, disposto a torná-lo
sensível à dor secreta de sua mente, tocou-a gentilmente, para mostrar que
ainda lhe faltava muita coisa, e de modo algum chegara àquele campo de virtude
que ele ostentava, mas era mundano.
Mentiu em um alto
grau.
“Jesus olhou
para eles e respondeu: “Para o homem é impossível, mas para Deus não; todas as
coisas são possíveis para Deus”.
Marcos 10:27.
A salvação vem do Senhor através da soberana iniciativa divina, e não
por esforços humanos.
O poder de Deus é
ilimitado. Se você já enfrentou algum desastre natural, sabe que o poder da
natureza é esmagador e provoca medo.
Deus, no entanto, tem
poder absoluto sobre ela.
Posso então sugerir que
não queremos realmente experimentar a plena grandeza do poder de Deus?
Basta dizer que Deus tem
muito mais poder que o necessário para satisfazer-lhe as necessidades e
livrá-la de sua dificuldade.
Ele tem poder mais que
suficiente para resgatá-lo de suas circunstâncias e ajudá-lo a fazer coisas que
não poderia sem ele.
Se Deus é tão poderoso que
pode criar algo do nada ou dar vida aos mortos, pense então no que ele pode
fazer em sua vida.
1- Exemplo de
humildade (Mc. 10.32)
Naquele tempo,
Jesus e os discípulos iam a caminho, subindo para Jerusalém. Jesus ia à frente.
Os discípulos
estavam espantados, e aqueles que iam atrás estavam com medo.
Jesus chamou de
novo os Doze à parte e começou a dizer-lhes o que estava para acontecer com
Ele: «Eis
que estamos a subir para Jerusalém, e o Filho do Homem vai ser entregue aos
sumos sacerdotes e aos doutores da Lei.
Estes
condená-lo-ão à morte e entregá-lo-ão aos pagãos.
Vão
escarnecê-lo, cuspir n'Ele, vão torturá-lo, e matá-lo.
E depois de três
dias Ele ressuscitará».
Jesus chamou-os
e disse: «Sabeis como aqueles que se dizem governadores das nações têm poder
sobre elas, e os seus dirigentes exercem sobre elas a sua autoridade.
Mas entre vós
não deverá ser assim: quem de vós quiser ser grande, deve
tornar-se o vosso servidor, e quem de vós quiser ser o primeiro, deverá
tornar-se o servo de todos.
Havia evidencias de que os
discípulos , como a maioria dos judeus, tinham uma ideia errada sobre Reino do Messias.
Pensavam que Jesus
estabeleceria um reino terreno e
libertaria Israel da opressão romana, por isso Tiago e João desejaram lugares de honra nesse reino.
Jesus perguntou:
“O que quereis que vos conceda?”.
Eles responderam: «Quando estiveres na glória,
deixa-nos sentar um à tua direita e o outro à tua esquerda».
Jesus então disse-lhes: «Não sabeis o que estais a pedir. Acaso podeis beber o cálice
que Eu vou beber?
Podeis ser batizados com o baptismo com que Eu
vou ser batizado?
Eles responderam: «Podemos».
Jesus então
disse-lhes: «Ides beber o cálice que Eu
vou beber e ser batizados com o batismo com que Eu vou ser batizado.
Mas não depende
de Mim conceder o lugar à minha
direita ou esquerda.
É Deus
quem dará esses lugares àqueles para os quais Ele os reservou».
Quando os outros dez discípulos ouviram
isto, começaram a ficar com raiva de Tiago e João.
Mas o Reino de Jesus não é
desse mundo.
Ele não está entronizado
em palácios, mas no coração de seus seguidores.
Os discípulos só entenderam isto após a ressurreição de
Jesus.
Bartimeu: Um cego esperando um milagre.
Jesus: Um Senhor que ouvir o
clamor de seu servo.
Uma multidão: Aquilo que queria impedir
Bartimeu de chegar até seu milagre.
Esse
clamor incomodou a multidão, porém chamou a atenção de Jesus, então, Cristo
chamando-o pergunta: Que queres que eu te faça?. Simples
pergunta para uma simples resposta: Mestre, que eu tenha vista.
E
logo aquela fé de Bartimeu o curou e salvou da condenação eterna.
Pr. Capl. Carlos Borges (CABB).
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