domingo, 20 de novembro de 2022

O SERVO VEIO PARA SERVIR A TODOS

 


Mc. 10.23-45

Introdução: Jesus não só ensinou o que significa ser servo, mas também serviu de modelo. Naquela época, os judeus aguardavam um Messias poderoso, um chefe militar, um rei que os libertasse da opressão romana. No entanto, várias profecias já haviam declarado que o Messias viria sob a forma de servo. Ele libertaria o povo do pecado, não de Roma. Ele viria para servir, curar os enfermos, alimentar os famintos, ajudar os pobres. Por isso, muitos ficaram confusos com as atitudes de Jesus.

 I FAMÍLIA E DIVÓRCIO

1-Armadiha Maldosa (Mc. 10.2)

Essa pergunta dos fariseus era uma armadilha  para Jesus.

Se Ele apoiasse o divórcio, apoiaria o procedimento dos fariseus; e eles duvidavam que Jesus fizesse isso.

Entretanto, se Jesus falasse contra o divórcio, algumas  pessoas na multidão poderiam ficar contra Ele, por terem usado a lei do divórcio em seu beneficio.

Mais importante ainda, Jesus poderia atrair a ira de Herodes, que já havia mandado executar João Batista por este ter combatido o divórcio e o adultério ( Mc.6.17-28).

A questão apresentada pelos fariseus foi sobre um dos assuntos debatidos naquele dia.

Os escribas que seguiam Hillel defendiam que um homem podia se divorciar de sua esposa por qualquer motivo.

Os seguidores de Shammai, por outro lado, insistiam que o divórcio só era legal em caso de adultério. 

Experimentarem. 

A mesma palavra grega pode significar "tentar" e "experimentar".

Sua pergunta foi apresentada com motivação dissimulada de experimentar a Cristo.

 2-Aula Profunda (Mc.10.7)

Jesus repreendeu os fariseus por suas falsas tradições.

Ele, então, compassivamente curou uma criança possuída por um demônio, assim como um homem que era surdo e tinha um problema de fala.

 Ele alimentou quatro mil pessoas perto do Mar da Galileia e viajou para Betsaida, onde curou um cego em etapas.

O homem irá deixar seus pais, unir-se à sua mulher e ter uma vida maravilhosa com ela.

Jesus praticamente usa quase todo o texto de Gênesis 2.24 da Septuaginta sobre o casamento.

Uma só carne representa um elo sexual que une totalmente o homem e a mulher; esse vínculo é comparado ao de irmãos de sangue.

 Jesus revela que o propósito original de Deus para o casamento não pode ser desfeito pelo homem.

 E, nesse caso, não há exceção.

 A exceção de Mateus 19.9 pode ser a descrição de um conceito do judaísmo (compare com Apocalipse 18).

 3-Coração Endurecido (Mc. 10.9)

Deus permitiu o divórcio como uma concessão, devido à propensão que o povo tinha para o pecado.

O divórcio não era aprovado, mas foi instituído para proteger a parte ofendida em uma situação difícil.

Infelizmente, os fariseus usaram o texto  em Dt.24.1 para aprovar o divórcio.

Jesus explicou que essa não era a intenção de Deus, pelo contrário, Ele (Deus) queria que as pessoas casadas considerassem seu casamento um compromisso permanente.

Não se case com a opção de separar-se.

Seu casamento terá chances de ser uma união feliz, se desde o inicio você se comprometer com sua durabilidade.

Não tenha um coração duro como o desses fariseus, mantenha a firme determinação de permanecer com seu cônjuge com a ajuda de Deus.

II CRIANÇAS E RICOS

1-A Indignação de Jesus (Mc.10.14)

Quando se lê esta passagem bíblica algumas pessoas têm certa dificuldade de compreensão, pois acreditam que apenas as crianças em sentido estrito, que possuíram o reino de Deus.

É mencionado inclusive que Jesus fica indignado com a ação dos discípulos.

Quando Jesus afirma ser ele o Caminho, a verdade e a vida, não o fez em um  intuito pessoal mas, em relação direta e absoluta a mensagem da qual ele era portador por delegação de Deus.

A densidade e eternidade do evangelho desafiam inclusive hodiernamente, um número incontável de pessoas.

Pois ultrapassa, ultrapassará e ultrapassou no contexto em que foi primeiramente professado, os paradigmas da ética e espiritualidade até então conhecidos pela humanidade.

Ao pedir Jesus que as crianças se aproximassem dele, esta ação alberga uma amplitude de significados.

Em um primeiro momento, poderíamos dizer que as crianças simbolizam as pessoas de pouca ou nenhuma fé, que ainda precisam de alimento sólido para prosseguir na busca da emancipação dos desejos mais elevados.

Continuando nesta seara, podemos dizer também que as nossas crianças precisam do alimento espiritual tanto quanto o do corpo.

É preciso que os pais sejam os primeiros a darem o exemplo da busca pelo aprendizado da boa nova não apenas em questões teóricas, mas, sobretudo, na prática diária.

E que elas não interiorizem atitudes de egoísmo e torpeza; uma vez que é no lar, ou melhor, deveria ser no lar evangelizado, in lócus que proporcionaria à criança a consciência cristã de fato. 

 2- Riquezas e autojustiça (Mc.10.20)

Esse homem queria ter a certeza ter a certeza de alcançar a vida eterna, por essa razão, perguntou o deveria fazer.

Afirmou que nem uma vez sequer havia desobedecido a qualquer uma das leis que Jesus mencionou (Mc. 10.19).

Talvez tivesse observado até a versão da lei adaptada pelos fariseus (repleta de defeitos).

Mas Jesus carinhosamente esquadrinhou o orgulho do jovem rico com um desafio que revelou as verdadeiras motivações dele: Vai vende tudo quanto tens, e dá aos pobres “.

Esse desafio expôs a barreira que poderia impedi-lo de entrar no Reino: seu amor ao dinheiro.

A riqueza sustentava o orgulho que o jovem  sentia por tudo aquilo que provavelmente conquistara com o próprio esforço.

Ironicamente, a atitude dele o tornava incapaz de obedecer ao primeiro mandamento: Amar a Deus todas as coisas, não deixar que algo fosse mais importante que Deus (Êx. 20.3).

Jesus, disposto a torná-lo sensível à dor secreta de sua mente, tocou-a gentilmente, para mostrar que ainda lhe faltava muita coisa, e de modo algum chegara àquele campo de virtude que ele ostentava, mas era mundano.

Mentiu em um alto grau. 

 3-Amor ao dinheiro e encorajamento (Mc. 10.27)   

“Jesus olhou para eles e respondeu: “Para o homem é impossível, mas para Deus não; todas as coisas são possíveis para Deus”.
Marcos 10:27.

A salvação vem do Senhor através da soberana iniciativa divina, e não por esforços humanos.

O poder de Deus é ilimitado. Se você já enfrentou algum desastre natural, sabe que o poder da natureza é esmagador e provoca medo.

Deus, no entanto, tem poder absoluto sobre ela.

Posso então sugerir que não queremos realmente experimentar a plena grandeza do poder de Deus?

Basta dizer que Deus tem muito mais poder que o necessário para satisfazer-lhe as necessidades e livrá-la de sua dificuldade.

Ele tem poder mais que suficiente para resgatá-lo de suas circunstâncias e ajudá-lo a fazer coisas que não poderia sem ele.

Se Deus é tão poderoso que pode criar algo do nada ou dar vida aos mortos, pense então no que ele pode fazer em sua vida.

 III O MAIOR É O QUE SERVE

1- Exemplo de humildade (Mc. 10.32)

Naquele tempo, Jesus e os discípulos iam a caminho, subindo para Jerusalém. Jesus ia à frente.

Os discípulos estavam espantados, e aqueles que iam atrás estavam com medo.

Jesus chamou de novo os Doze à parte e começou a dizer-lhes o que estava para acontecer com Ele: «Eis que estamos a subir para Jerusalém, e o Filho do Homem vai ser entregue aos sumos sacerdotes e aos doutores da Lei.

Estes condená-lo-ão à morte e entregá-lo-ão aos pagãos.

Vão escarnecê-lo, cuspir n'Ele, vão torturá-lo, e matá-lo.

E depois de três dias Ele ressuscitará».

Jesus chamou-os e disse: «Sabeis como aqueles que se dizem governadores das nações têm poder sobre elas, e os seus dirigentes exercem sobre elas a sua autoridade.

Mas entre vós não deverá ser assim: quem de vós quiser ser grande, deve tornar-se o vosso servidor, e quem de vós quiser ser o primeiro, deverá tornar-se o servo de todos. 

 2-Ânsia pelo poder (Mc.10.37)

Havia evidencias de que os discípulos , como a maioria dos judeus, tinham uma ideia errada sobre  Reino do Messias.

Pensavam que Jesus estabeleceria  um reino terreno e libertaria Israel da opressão romana, por isso Tiago  e João desejaram lugares  de honra nesse reino.

Jesus perguntou: “O que quereis que vos conceda?”.

 Eles responderam: «Quando estiveres na glória, deixa-nos sentar um à tua direita e o outro à tua esquerda».

 Jesus então disse-lhes: «Não sabeis o que estais a pedir. Acaso podeis beber o cálice que Eu vou beber?

 Podeis ser batizados com o baptismo com que Eu vou ser batizado?

 Eles responderam: «Podemos».

Jesus então disse-lhes: «Ides beber o cálice que Eu vou beber e ser batizados com o batismo com que Eu vou ser batizado.

Mas não depende de Mim conceder o lugar à minha direita ou esquerda.

 É Deus quem dará esses lugares àqueles para os quais Ele os reservou».

 Quando os outros dez discípulos ouviram isto, começaram a ficar com raiva de Tiago e João.

Mas o Reino de Jesus não é desse mundo.

Ele não está entronizado em palácios, mas no coração de seus seguidores.

Os discípulos  só entenderam isto após a ressurreição de Jesus.     

 3-Modelo de discípulo (Mc.10.52)

Bartimeu: Um cego esperando um milagre.

Jesus: Um Senhor que ouvir o clamor de seu servo.

Uma multidão: Aquilo que queria impedir Bartimeu de chegar até seu milagre.

Esse clamor incomodou a multidão, porém chamou a atenção de Jesus, então, Cristo chamando-o pergunta: Que queres que eu te faça?. Simples pergunta para uma simples resposta: Mestre, que eu tenha vista.

E logo aquela fé de Bartimeu o curou e salvou da condenação eterna.

Pr. Capl. Carlos Borges (CABB). 


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