Jo. 1.1-18
Introdução: Em João 1 temos
o começo desse entendimento. O Evangelho de João é diferente dos outros
Evangelhos. Podemos perguntar: por que foi necessários termos 4 biografias de
Jesus diferentes nos 4 evangelhos? A resposta é simples: Jesus não era uma
pessoa comum, Ele era o filho de Deus! Sendo filho de Deus, tem muito mais
aspectos a serem observados do que um mero ser humano teria. Jesus era
homem e também era Deus que se fez homem!
1-O
Verbo é Eterno e Divino (Jo. 1.1).
1. João 1: 1 “No princípio era aquele que é a Palavra. Ele
estava com Deus, e era Deus.”.
2. Implicação prática: Conhecer a
Deus é conhecer a Palavra, Amar a Deus é amar a Palavra, Crer em Deus é crer na
Palavra, se encher de Deus é se encher da Palavra. Deus e a Palavra são um.
3.
Se eu envio
uma carta, envio minha palavra, se falo com alguém envio a minha voz, mas não
sou eu, é a minha escrita e a minha voz, assim funciona com o homem.
4.
Com Deus, é
diferente, quando Ele fala, ele se torna uma extensão Dele mesmo, recebemos do
próprio Deus.
5.
Ele se
propaga no que Ele fala.
6.
A Bíblia não é
Deus, é papel, letra preta em papel branco.
7.
Mas quando a
Palavra queima no coração… ai sim é Deus.
8.
Deus falando conosco, quando oramos falamos
com Deus, porém quando lemos a Bíblia é Deus falando conosco, o Espírito Santo
se projetando em nós, por isso a importância de se ruminar (pensar muito e
refletir) a Palavra.
1. Todas as
coisas foram feitas por Ele- Afirma-se que a “criação” foi efetuada pelo “Verbo”, ou
o Filho de Deus.
2. Em Gênesis 1: 1,
diz-se que o Ser que criou os céus e a terra era Deus.
3. No Salmo 102: 25-28,
este trabalho é atribuído ao Senhor.
4. A “Palavra”, ou o Filho de Deus, é, portanto,
apropriadamente chamada de “Deus”.
5. O trabalho de “criação” é uniformemente atribuído nas
Escrituras a Segunda Pessoa da Trindade.
6. Veja Colossenses 1:16; Hebreus 1: 2, Hebreus
1:10.
7. Por isso, evidentemente, entende-se que ele era o
agente, ou a causa eficiente, pela qual o universo foi feito.
8. Não há prova superior de onipotência que a obra da
criação; e, portanto, Deus frequentemente apela a esse trabalho para provar que
Ele é o Deus verdadeiro, em oposição aos ídolos.
3-O
Verbo é Vida e Luz (Jo. 1.4,5).
1.
No princípio desse evangelho, está escrito: “Nele estava à vida, e esta era a luz dos homens.
2. A luz brilha nas trevas, e
as trevas não a derrotaram” (Jo 1.4,5).
3. Em Jesus está a vida, a
qual como uma luz, pode tirar os homens das trevas em que vivem.
4. O evangelho de João sempre
foi o favorito de muitas pessoas.
5. Em certo nível, é o
evangelho mais simples de todos; em outro nível, o mais profundo.
6. Dá a impressão de ter sido
escrito por alguém que era um amigo muito íntimo de Jesus e que passou o resto
de sua vida meditando cada vez mais a respeito do que Jesus fez, falou e
realizou, bem como orando sobre essas coisas de todos os ângulos possíveis e ajudando
os outros a entendê-lo.
7. Ao longo dos séculos,
diversas pessoas acharam que a leitura desse evangelho tornava a figura de
Jesus real para elas — uma figura cheia de calor, luz e promessa.
8. Na verdade, esse é um dos
grandes livros da literatura mundial; e parte de sua grandeza reside na forma
como revela seus segredos não só aos eruditos, mas também aos que vêm a ele com
humildade e esperança.
II ATITUDES QUANTO AO VERBO
1-O Arauto do Verbo (Jo. 1.6-9).
1. Houve um homem
chamado João, que foi enviado por Deus
para falar a respeito da luz. Ele veio para que por meio dele todos pudessem
ouvir a mensagem e crer nela.
2. João não era a luz, mas
veio para falar a respeito da luz, a luz verdadeira que veio ao mundo e ilumina
todas as pessoas.
3. No exato momento em que a “Palavra” (Logos) juntamente
com as palavras “... a luz
resplandece nas trevas” entra na história humana, João
introduz o testemunho de João Batista.
4. Este era seu antigo mestre, antes que conhecesse
Jesus.
5. Lembremos: O Evangelista, quando jovem, seguiu ao
Batista impressionado com a mensagem escatológica dele (anunciando a iminente
separação dos fiéis verdadeiros dos falsos).
6. Quando João chegou a conhecer Jesus, ele abandonou o
Batista.
7. O “Movimento Batista”, caracterizado pelo “batismo do arrependimento
para perdão dos pecados”, continuava existindo paralelamente ao de Jesus, mesmo
após a morte de seu fundador.
8. Nas cidades de
Alexandria e mesmo em Éfeso, onde o apóstolo João passou seus últimos anos de
vida, ainda havia discípulos da “seita Batista” quando o velho apóstolo se
propôs a escrever seu Evangelho.
1.
Esta passagem em outras
versões da Bíblia10 Estava ele no mundo, e o mundo foi feito por
intermédio dele, e o mundo não o conheceu. 11 Veio para
o que era seu, e os seus não o receberam. 10 estava no mundo, e o mundo foi
feito por ele e o mundo não o conheceu. 11 Veio para o que era seu, e os seus
não o receberam.
2. O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por
intermédio dele, mas o mundo não o conheceu.
3. A partir daqui, o Evangelista passa a falar do Verbo
no tempo passado.
4. O Verbo estava no mundo.
Para os helenistas, mundo (lit. cosmos) era
“ordem universal”.
5. João usa o termo “cosmos” para o “Tudo” que fora
criado desde o Princípio, incluindo a humanidade.
6. O Verbo, pelo qual tudo veio a existir, estava
presente nesse cosmos.
7. João já está falando claramente de “alguém”, embora
ainda não o tenha apresentado.
8. Fala da inexplicável inimizade entre “Ele” e seu
“cosmo”; não questiona nem especula sobre o “porque” dessa incompatibilidade.
9. Simplesmente a criação não “conheceu” seu criador.
1. Deus não tem outro meio de
mostrar-se ao ser humano a não ser por sua Palavra, escrita ou encarnada.
2. Logo, a raça humana só pode
achegar-se a Deus por meio do Verbo, “que se tornou carne e habitou entre nós”
(1.14 – ARA).
3. Jesus não é apenas o
caminho para a casa do Pai.
4. João quer que nós
entendamos que Jesus é Deus em carne humana.
5. Mateus e Lucas nos dão as
características históricas e João nos dá os elementos celestiais e as
características sobrenaturais.
6. A mensagem é sobre a
divindade de Cristo
7. Nestas palavras “o verbo se
fez carne”, vemos a declaração resumida da encarnação-Deus tornando-se homem.
8. O Eterno entrou no tempo.
9. O Invisível se tornou
visível.
10. “Verbo” em grego significa
“Logos” e para a mente do grego, logos era a força mais poderosa do Universo
(poder criativo, fonte de sabedoria, conhecimento, inteligência).
11. João está dizendo que esta
é uma pessoa e Ele se tornou um homem, Deus que veio ao mundo através do menino
Jesus.
1- O Verbo tem primazia ((Jo. 1.15).
1. O evangelista agora
retorna ao testemunho de João Batista.
2. Ele havia declarado que a Palavra se encarnou
e agora apela ao testemunho de João para mostrar que, assim encarnado, ele era
o Messias.
3. É superior a mim.
4. A maioria dos críticos
supõe que as palavras traduzidas como “preferidas” estejam relacionadas a “tempo”
e não a “dignidade”.
5. O que significa que,
embora ele o tenha procurado publicamente, sendo seis meses mais novos que João,
bem como iniciando seu trabalho depois de João, ainda assim ele já existia
muito antes dele.
6. A maioria, no entanto,
entendeu isso mais corretamente, como nossos tradutores parecem ter feito, como
significado, Ele merecia mais honra do que eu.
1.
“Porque todos nós temos recebido da sua plenitude e graça sobre graça.
Porque a lei foi dada por meio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio
de Jesus Cristo.”
2. O apóstolo João faz esta afirmação
definitiva quanto à diferença entre a Lei e a Graça de Deus.
3.
Ele
está revelando aqui, pelo Espírito Santo, que são duas maneiras totalmente distinta
de Deus agir a favor do homem.
4.
A Lei- A Lei
foi dada por Moisés para revelar o quanto o homem é pecador e merecedor de
condenação.
5.
Por isso, na
Antiga Aliança, as pessoas deveriam cumprir a Lei com base em obras humanas,
que incluíam as festas anuais (Páscoa, Tabernáculos e Pentecostes), sacrifícios
de animais e a dependência do ministério dos sacerdotes levíticos – tudo para
que vivessem debaixo da bênção de Deus.
6.
É importante
enfatizar que todas estas “obras da Lei”
apontavam para o Messias, que viria para cumpri-las em sua vida, morte e
ressurreição.
7.
Esta é a razão
pela qual o Senhor Jesus Cristo declarou: “Está consumado”, quando
estava sendo crucificado na cruz.
8.
A Graça - A
Graça é Deus agindo a favor dos homens unicamente através da pessoa e dos
méritos de Jesus Cristo. Ou seja, não existe qualquer mérito humano.
9.
Assim, a Graça
anula as obras da Lei baseadas em esforços humanos.
10.
Para que
recebamos a revelação do infinito amor de Deus, que salva e justifica (absolve
de toda condenação), liberta, restaura cura e abençoa unicamente através da fé
em Jesus Cristo, conforme o apóstolo Paulo declara em Gálatas 2:16:
11.
Uma última observação é necessária: a
Graça de Deus, em Cristo, jamais nos dá o direito de vivermos no pecado.
12.
Esta realidade é precisamente revelada no
capítulo 6 de Romanos:
13.
“Sabendo,
contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em
Jesus Cristo, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos
justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois por obras da lei
ninguém será justificado.”
1.
João 1:18 diz: “Aquele
que crê nele não é condenado; mas aquele que não crê já está condenado, porque
não acreditou no nome do unigênito Filho de Deus”.
2.
Este versículo
nos mostra um importante princípio bíblico: a necessidade de crer no Filho
de Deus para não ser condenado, Hb. 4.12
“Pois
a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois
gumes; ela penetra ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e
julga os pensamentos e intenções do coração.”
3. Por que a Palavra
funciona? Por que a Palavra é algo vivo?
4. Em João 1 temos
o começo desse entendimento.
5. O Evangelho de João
é diferente dos outros Evangelhos. Podemos perguntar: por que foram necessários
termos 4 biografias de Jesus diferentes nos 4 evangelhos? A resposta é simples:
Jesus não era uma pessoa comum, Ele era o filho de Deus! Sendo filho de Deus,
tem muito mais aspectos a serem observados do que um mero ser
humano teria. Jesus era homem e também era Deus que se fez homem!
Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)
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