quarta-feira, 17 de abril de 2024

O VERBO DE DEUS PREEXISTENTE HUMANIZADO

 


Jo. 1.1-18

Introdução: Em João 1 temos o começo desse entendimento. O Evangelho de João é diferente dos outros Evangelhos. Podemos perguntar: por que foi necessários termos 4 biografias de Jesus diferentes nos 4 evangelhos? A resposta é simples: Jesus não era uma pessoa comum, Ele era o filho de Deus! Sendo filho de Deus, tem muito mais aspectos a serem observados do que um mero ser humano teria. Jesus era homem e também era Deus que se fez homem!

 I JESUS O VERBO DIVINO

1-O Verbo é Eterno e Divino (Jo. 1.1).

1.      João 1: 1 “No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus.”.

2.       Implicação prática: Conhecer a Deus é conhecer a Palavra, Amar a Deus é amar a Palavra, Crer em Deus é crer na Palavra, se encher de Deus é se encher da Palavra. Deus e a Palavra são um.

3.      Se eu envio uma carta, envio minha palavra, se falo com alguém envio a minha voz, mas não sou eu, é a minha escrita e a minha voz, assim funciona com o homem.

4.      Com Deus, é diferente, quando Ele fala, ele se torna uma extensão Dele mesmo, recebemos do próprio Deus.

5.      Ele se propaga no que Ele fala.

6.      A Bíblia não é Deus, é papel, letra preta em papel branco.

7.      Mas quando a Palavra queima no coração… ai sim é Deus.

8.       Deus falando conosco, quando oramos falamos com Deus, porém quando lemos a Bíblia é Deus falando conosco, o Espírito Santo se projetando em nós, por isso a importância de se ruminar (pensar muito e refletir) a Palavra.

 2-O Verbo é Criador (Jo. 1.3).

1.      Todas as coisas foram feitas por Ele- Afirma-se que a “criação” foi efetuada pelo “Verbo”, ou o Filho de Deus.

2.      Em Gênesis 1: 1, diz-se que o Ser que criou os céus e a terra era Deus.

3.      No Salmo 102: 25-28, este trabalho é atribuído ao Senhor.

4.      A “Palavra”, ou o Filho de Deus, é, portanto, apropriadamente chamada de “Deus”.

5.      O trabalho de “criação” é uniformemente atribuído nas Escrituras a Segunda Pessoa da Trindade.

6.      Veja Colossenses 1:16Hebreus 1: 2Hebreus 1:10.

7.      Por isso, evidentemente, entende-se que ele era o agente, ou a causa eficiente, pela qual o universo foi feito.

8.      Não há prova superior de onipotência que a obra da criação; e, portanto, Deus frequentemente apela a esse trabalho para provar que Ele é o Deus verdadeiro, em oposição aos ídolos.

 

3-O Verbo é Vida e Luz (Jo. 1.4,5).

1.      No princípio desse evangelho, está escrito: “Nele estava à vida, e esta era a luz dos homens.

2.      A luz brilha nas trevas, e as trevas não a derrotaram” (Jo 1.4,5). 

3.      Em Jesus está a vida, a qual como uma luz, pode tirar os homens das trevas em que vivem.

4.      O evangelho de João sempre foi o favorito de muitas pessoas.

5.      Em certo nível, é o evangelho mais simples de todos; em outro nível, o mais profundo.

6.      Dá a impressão de ter sido escrito por alguém que era um amigo muito íntimo de Jesus e que passou o resto de sua vida meditando cada vez mais a respeito do que Jesus fez, falou e realizou, bem como orando sobre essas coisas de todos os ângulos possíveis e ajudando os outros a entendê-lo.

7.      Ao longo dos séculos, diversas pessoas acharam que a leitura desse evangelho tornava a figura de Jesus real para elas — uma figura cheia de calor, luz e promessa.

8.      Na verdade, esse é um dos grandes livros da literatura mundial; e parte de sua grandeza reside na forma como revela seus segredos não só aos eruditos, mas também aos que vêm a ele com humildade e esperança.

  

II ATITUDES QUANTO AO VERBO

1-O Arauto do Verbo (Jo. 1.6-9).

1.      Houve um homem chamado João, que foi enviado por Deus para falar a respeito da luz. Ele veio para que por meio dele todos pudessem ouvir a mensagem e crer nela.

2.      João não era a luz, mas veio para falar a respeito da luz, a luz verdadeira que veio ao mundo e ilumina todas as pessoas.

3.      No exato momento em que a “Palavra” (Logos) juntamente com as palavras “... a luz resplandece nas trevas” entra na história humana, João introduz o testemunho de João Batista.

4.      Este era seu antigo mestre, antes que conhecesse Jesus.

5.      Lembremos: O Evangelista, quando jovem, seguiu ao Batista impressionado com a mensagem escatológica dele (anunciando a iminente separação dos fiéis verdadeiros dos falsos).

6.      Quando João chegou a conhecer Jesus, ele abandonou o Batista.

7.      O “Movimento Batista”, caracterizado pelo “batismo do arrependimento para perdão dos pecados”, continuava existindo paralelamente ao de Jesus, mesmo após a morte de seu fundador.

8.       Nas cidades de Alexandria e mesmo em Éfeso, onde o apóstolo João passou seus últimos anos de vida, ainda havia discípulos da “seita Batista” quando o velho apóstolo se propôs a escrever seu Evangelho.

 2- A Rejeição e a Aceitação (Jo. 1.10,11).

1.      Esta passagem em outras versões da Bíblia10 Estava ele no mundo, e o mundo foi feito por intermédio dele, e o mundo não o conheceu. 11 Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. 10 estava no mundo, e o mundo foi feito por ele e o mundo não o conheceu. 11 Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.

2.      O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu.

3.      A partir daqui, o Evangelista passa a falar do Verbo no tempo passado.

4.      O Verbo estava no mundo.
Para os helenistas, mundo (lit. cosmos) era “ordem universal”.

5.      João usa o termo “cosmos” para o “Tudo” que fora criado desde o Princípio, incluindo a humanidade.

6.      O Verbo, pelo qual tudo veio a existir, estava presente nesse cosmos.

7.      João já está falando claramente de “alguém”, embora ainda não o tenha apresentado.

8.      Fala da inexplicável inimizade entre “Ele” e seu “cosmo”; não questiona nem especula sobre o “porque” dessa incompatibilidade.

9.      Simplesmente a criação não “conheceu” seu criador.

 3- A encarnação do Verbo (Jo. 1.14).

1.      Deus não tem outro meio de mostrar-se ao ser humano a não ser por sua Palavra, escrita ou encarnada.

2.      Logo, a raça humana só pode achegar-se a Deus por meio do Verbo, “que se tornou carne e habitou entre nós” (1.14 – ARA).

3.      Jesus não é apenas o caminho para a casa do Pai.

4.      João quer que nós entendamos que Jesus é Deus em carne humana.

5.      Mateus e Lucas nos dão as características históricas e João nos dá os elementos celestiais e as características sobrenaturais.

6.      A mensagem é sobre a divindade de Cristo

7.      Nestas palavras “o verbo se fez carne”, vemos a declaração resumida da encarnação-Deus tornando-se homem.

8.      O Eterno entrou no tempo.

9.      O Invisível se tornou visível.

10.    “Verbo” em grego significa “Logos” e para a mente do grego, logos era a força mais poderosa do Universo (poder criativo, fonte de sabedoria, conhecimento, inteligência).

11.    João está dizendo que esta é uma pessoa e Ele se tornou um homem, Deus que veio ao mundo através do menino Jesus.

 III O TESTEMUNHO DO VERBO

1- O Verbo tem primazia ((Jo. 1.15).

1.      O evangelista agora retorna ao testemunho de João Batista.

2.       Ele havia declarado que a Palavra se encarnou e agora apela ao testemunho de João para mostrar que, assim encarnado, ele era o Messias.

3.      É superior a mim.

4.      A maioria dos críticos supõe que as palavras traduzidas como “preferidas” estejam relacionadas a “tempo” e não a “dignidade”.

5.      O que significa que, embora ele o tenha procurado publicamente, sendo seis meses mais novos que João, bem como iniciando seu trabalho depois de João, ainda assim ele já existia muito antes dele.

6.      A maioria, no entanto, entendeu isso mais corretamente, como nossos tradutores parecem ter feito, como significado, Ele merecia mais honra do que eu.

 2- O Verbo traz Graça e o Fim da Lei (Jo. 1.16,17).

1.      “Porque todos nós temos recebido da sua plenitude e graça sobre graça. Porque a lei foi dada por meio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo.”

2.      O apóstolo João faz esta afirmação definitiva quanto à diferença entre a Lei e a Graça de Deus.

3.      Ele está revelando aqui, pelo Espírito Santo, que são duas maneiras totalmente distinta de Deus agir a favor do homem. 

4.      A Lei- A Lei foi dada por Moisés para revelar o quanto o homem é pecador e merecedor de condenação.

5.      Por isso, na Antiga Aliança, as pessoas deveriam cumprir a Lei com base em obras humanas, que incluíam as festas anuais (Páscoa, Tabernáculos e Pentecostes), sacrifícios de animais e a dependência do ministério dos sacerdotes levíticos – tudo para que vivessem debaixo da bênção de Deus.

6.      É importante enfatizar que todas estas “obras da Lei” apontavam para o Messias, que viria para cumpri-las em sua vida, morte e ressurreição.

7.      Esta é a razão pela qual o Senhor Jesus Cristo declarou: “Está consumado”, quando estava sendo crucificado na cruz.

8.      A Graça - A Graça é Deus agindo a favor dos homens unicamente através da pessoa e dos méritos de Jesus Cristo. Ou seja, não existe qualquer mérito humano.

9.      Assim, a Graça anula as obras da Lei baseadas em esforços humanos.

10.    Para que recebamos a revelação do infinito amor de Deus, que salva e justifica (absolve de toda condenação), liberta, restaura cura e abençoa unicamente através da fé em Jesus Cristo, conforme o apóstolo Paulo declara em Gálatas 2:16: 

11.    Uma última observação é necessária: a Graça de Deus, em Cristo, jamais nos dá o direito de vivermos no pecado.

12.     Esta realidade é precisamente revelada no capítulo 6 de Romanos:

13.    “Sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Jesus Cristo, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois por obras da lei ninguém será justificado.”

 3-O Verbo é o Revelador do Pai (Jo. 1.18).

1.      João 1:18 diz: “Aquele que crê nele não é condenado; mas aquele que não crê já está condenado, porque não acreditou no nome do unigênito Filho de Deus”.

2.      Este versículo nos mostra um importante princípio bíblico: a necessidade de crer no Filho de Deus para não ser condenado, Hb. 4.12 “Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e intenções do coração.”

3.      Por que a Palavra funciona? Por que a Palavra é algo vivo?

4.      Em João 1 temos o começo desse entendimento.

5.      O Evangelho de João é diferente dos outros Evangelhos. Podemos perguntar: por que foram necessários termos 4 biografias de Jesus diferentes nos 4 evangelhos? A resposta é simples: Jesus não era uma pessoa comum, Ele era o filho de Deus! Sendo filho de Deus, tem muito mais aspectos a serem observados do que um mero ser humano teria. Jesus era homem e também era Deus que se fez homem!

               Pr. Capl. Carlos  Borges (CABB)          


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