segunda-feira, 27 de maio de 2024

A CURA DO FILHO DO OFICIAL E DO PARALITICO DE BETESDA

 


Jo. 5.1-18

Introdução: A cura do filho do Oficial do rei ocorre quando Jesus estava pela segunda vez em Caná. O Mestre voltou de Jerusalém para a Galileia, para a cidade do casamento, onde havia anteriormente realizado o seu primeiro milagre, transformando água em vinho.

 I JESUS CURA O FILHO DO OFICIAL ROMANO

1- A Fé Baseada em Milagres (Jo. 4.46-48).

1.      Vivia, naquela época em Cafarnaum, um alto funcionário, ligado à casa civil ou militar de Herodes Antipas, cuja atividade não se pode determinar.

2.      Muitos especulam que se tratava de Cusa, intendente de Herodes, que era marido de Joana, uma das piedosas mulheres galileias que passaram a acompanhar o Mestre em suas viagens missionárias.

3.      E o evangelista João descreve que ele tinha um filho, que estava gravemente enfermo, acometido por uma violenta febre maligna.

4.      Cafarnaum está situada em uma região tropical e pantanosa, que no verão e ainda mais no outono, fica cheia de insetos e mosquitos.

5.      Eram muitos os casos de vítimas fatais que essa febre, disseminada por esses vetores, fazia.

6.      E a febre chegou a um ponto tal, que o pai do menino, o oficial do rei, temia que seu filho estivesse à beira da morte.

7.      Mas a notícia da volta de Jesus para Caná, havia se espalhado por toda a Galileia.

8.      E chegou ao conhecimento do oficial do rei, em Cafarnaum. Um fio de esperança se acende no seu coração.

9.      Este pai aflito, não poupa esforços e parte em uma jornada de aproximadamente 60 Km, pelo longo e estreito caminho que subia e levava até Caná, onde o Mestre estava.

 2-A Fé na Palavra de Jesus (Jo. 4.49-52).

1.      A vontade de Jesus era que seus discípulos acreditassem nas suas palavras, como samaritana fez, não houve milagre em Samaria, mas eles creram na pregação e no testemunho de Jesus.

2.      E o oficial do rei, em seu muito amor paterno, supera aquela prova inicial de fé, não se abate com a dura resposta do Mestre e continua humildemente rogando por seu filho querido.

3.      “Disse-lhe o nobre: Senhor desce, antes que meu filho morra.” João 4:49.

4.      E Jesus o submete a mais uma prova de fé.

5.      “Disse-lhe Jesus: Vai, o teu filho vive. E o homem creu na palavra que Jesus lhe disse, e partiu.” João 4:50.

6.      Estava o Mestre a despertar a fé genuína no coração daquele nobre.

 3-A Fé Contagiante (Jo. 4.53).

1.      Era preciso realmente fé, pois ele havia vindo de tão longe, pensando com suas categorias humanas de pensamentos, de que Jesus viria junto com ele, e entraria de forma triunfal em sua casa, e após uma linda oração, entregaria o seu filho restaurado em seus braços.

2.      É emocionante ver como uma palavra de Jesus tem o poder de transformar a morte em vida. Uma única palavra traz o impossível se tornar possível.

3.      Igualmente, no curso da nossa existencialidade, humana, passamos dificuldades semelhantes. É difícil e longo o caminho da provação. Chegamos a andar tanto por esse caminho, que nos sentimos, por vezes, esgotados.

4.      Somos tentados a querer ver, para depois crer.

5.      Mas é preciso ter fé e acreditar primeiro. Por mais absurdas que pareçam as circunstâncias, basta somente uma palavra de Jesus e todo sofrimento vai embora.

6.      Mas é necessário pedir, clamar, buscar a Deus em orações e súplicas, e confiar na palavra de Jesus, pois ele tem o poder, ele tem todo o poder.

 II JESUS NO TANQUE DE BETESDA

1- O divino Conhecimento de Jesus (Jo. 5.6).

1.      Depois de 38 anos, o problema daquele homem tinha se tornado um estilo de vida.

2.      Ninguém jamais o ajudou.

3.      Ele não tinha esperança de ser curado nem desejo algum de ajudar a si próprio.

4.      A situação dele parecia não ter jeito.

5.      Mas não importa o quão preso você se sinta a sua enfermidade.

6.      Deus pode ministrar às sua mais profunda necessidade.

7.      Não deixe que os problemas ou as dificuldades o façam perder a esperança.

8.      Deus pode ter uma obra especial para você realizar apesar de sua condição ou até por causa dela.

 2-A Divina Compaixão de Jesus (Jo. 5.6ª).

1.      Vendo Jesus a este deitado, e sabendo, que já havia muito tempo que ali jazia. Como Ele sem dúvida visitou o local apenas para realizar esta cura, Ele sabia onde encontrar o Seu paciente, e toda a sua história precedente (Jo 2:25).

2.      Queres sarar? 

3.      Alguém poderia duvidar que um homem doente gostasse de ser curado, ou que os enfermos chegassem ali, e este homem havia retornado repetidas vezes, apenas na esperança de uma cura?

4.      Mas nosso Senhor fez a pergunta, primeiro, para prender a atenção sobre si mesmo.

5.      Fazendo-o detalhar o seu caso, para aprofundar nele o sentimento de total impotência; e ainda, com uma pergunta tão singular, para gerar em seu coração desamparado a esperança de uma cura.

 3-Consequencia do Pecado (Jo. 5.14).

1.      O homem parece ter ido imediatamente ao templo – talvez um privilégio do qual ele houvesse sido privado por muito tempo.

2.      Os que são curados da doença devem procurar o santuário de Deus e agradecer-lhe por sua misericórdia.

3.      Compare as anotações em Isaías 38:20.

4.      Não há nada mais impróprio, quando somos levantados de um leito de dor, do que esquecer Deus, nosso benfeitor, e deixar de elogiá-lo por suas misericórdias.

5.      Jesus avisa ao homem curado que não volte a pecar, mostrando assim que é possível ao ser humano resistir ao pecado.

6.      Depois Jesus o encontrou no templo, e disse-lhe.

7.       Olha, já estás curado; não peques mais, para que não te suceda coisa pior.

8.      Retirou-se, então, o homem, e contou aos judeus que era Jesus quem o curara.

 III JESUS CURA UM PARLÍTICO

1-Uma Pergunta Maravilhosa (Jo. 5.6).

1.      Serás curado?  Cristo, ao fazer esta pergunta, planejou excitar nesta pessoa fé, esperança e um desejo maior de ser curado.

2.      Ele desejava que ele refletisse sobre seu estado miserável, para que ele estivesse mais bem preparado para receber uma cura e valorizá-la quando ela surgisse.

3.      Endereços desse tipo são sempre adequados dos pregadores do Evangelho, para que os corações, tanto os endurecidos quanto os pecadores desanimadores, possam ser despertados para desejar e esperar a salvação.

4.      Você deseja ser curado?

5.      Você sabia que está sob o poder de uma doença mais inveterada e perigosa?

6.      Nesse caso, existe um remédio – recorra imediatamente ao médico.

7.      Perguntas desse tipo são frequentemente feitas no segredo de nossas almas, pelas inspirações do Espírito de Deus. Felizes aqueles que prestam atenção neles e dão as respostas certas.

 2-Uma Ordem Poderosa (Jo. 5.8).

1.      Levanta-te, toma teu leito. Como no caso do paralítico (Marcos 2:9), Cristo não questiona a fé do homem.

2.      Cristo sabia que tinha fé; e a tentativa do homem de se levantar e carregar seu leito depois de 38 anos de impotência foi uma confissão aberta de fé.

3.      Seu leito provavelmente era apenas um tapete ou uma esteira, ainda comum no Oriente.

4.      Não é necessário discutir se este milagre pode ser o mesmo que a cura do paralítico que desceu pelo telhado (Mateus 9Marcos 2Lucas 5).

5.     Tempo, lugar, detalhes e contexto são todos diferentes, especialmente o fato importante de que este milagre foi feito no sábado.

 3- Uma Advertência Preventiva (Jo. 5.10-16).

1.      É o sábado. Era dever de todos manterem a santidade do sábado, e, portanto, ele justa e adequadamente acusam o homem.

2.      Mas, quando a desculpa oferecida pelo homem não os satisfaz, eles já começam a ser culpados; pois, quando a razão era conhecida, ele deveria ter sido absolvido.

3.      Foi uma violação do sábado, como dissemos carregar um fardo; mas Cristo, que colocou o fardo sobre seus ombros, o dispensa por sua própria autoridade.

4.      Portanto, somos ensinados por este exemplo a evitar todo julgamento precipitado, até que a razão de cada ação seja totalmente conhecida.

5.      O que quer que contradiga a palavra de Deus merece ser condenado sem hesitação; mas, como frequentemente acontece que há erros nesse assunto, devemos primeiro indagar com modéstia e calma, que nossa decisão possa ser sã e sóbria.

6.      Pois, uma vez que os judeus, prejudicados pelas más disposições, não têm paciência para indagar, fecham a porta contra o julgamento e a moderação; mas, se tivessem se ensinado, não apenas a ofensa teria sido removida, mas teriam sido conduzidas ainda mais, com grande vantagem, ao conhecimento do Evangelho.

Pr. Capl. Carlos Borges

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