Introdução: O presente capítulo começa de forma espetacular comparando os crentes a cartas vivas de Deus para os homens! Nós somos essas cartas vivas, não escritas com tinta e papel ou em tábuas e pedras, mas com carne e sangue. Paulo reagia aos que exigiam cartas de recomendação, pois foi através da pregação de Paulo que Deus manifestou a salvação entre os Coríntios.
1-Cartas Conhecidas de
Todos (2 Co.3.1-2)
1. Os
inimigos de Paulo usavam cartas de recomendação para apoiar a própria causa.
2. Paulo
reagiu referindo-se aos próprios coríntios como sendo a sua "carta
viva" de recomendação.
3. Ambas
as perguntas nesse versículo primeiro são retóricas e implicam a resposta
"não".
4. De
modo geral, Paulo não fazia pouco das cartas de recomendação (At 15.25-26;
18.27; 1Co 16.10-11), mas aparentemente seus oponentes haviam apresentado à
igreja de Corinto algumas cartas de recomendação fraudulentas.
5. Paulo
mostrou que a sua carta era muito superior, porque ele era recomendado pela
mudança de vida dos cristãos coríntios (vs. 2).
6.
Essa
afirmação indica que Paulo e seus companheiros de trabalho tinham grande afeto
pela igreja de Corinto.
7. A
leitura alternativa, "seus corações", apesar de apoiada por poucos
dos manuscritos antigos, é também possível e faz sentido no contexto.
8. Assumindo
essa última leitura, Paulo estava alertando os coríntios a reconhecerem que a
existência deles como igreja constituía uma carta muito mais efetiva de
recomendação para ele (2.17; 1Co 9.2).
1. Paulo
indicou que ela já havia começado a se cumprir mesmo durante o seu próprio
ministério.
2. Por essa razão, o seu ministério ultrapassava
até mesmo o de Moisés (vs. 6-16).
3. A
partir do vs. 4 ao 4.4.6, veremos a nova e gloriosa aliança.
4. Paulo
continuou a descrever a natureza do seu ministério focalizando a glória
associada ao seu trabalho.
5. A
referência do vs. 4 é à confiança de Paulo diante de Deus de que o seu
ministério era autêntico e de que os coríntios eram a sua "carta de
recomendação" (vs. 1) que provava isso. Entretanto, a confiança de Paulo
não vinha dele mesmo, mas "por intermédio de Cristo".
6. Infelizmente,
os inimigos de Paulo valorizavam mais a habilidade mundana do que a competência
que vem somente de Deus.
7. A
nossa suficiência vem de Deus, ou seja, toda habilidade e todo poder no
ministério vem de Deus.
1. Por
isso que ele nos capacitou, na nova aliança, a sermos ministros.
2. O novo relacionamento legal que Deus
estabeleceu com o seu povo por meio de Jesus Cristo e por meio da morte de
Cristo.
3. Apesar
de Deus não ter dado a lei mosaica como um mero conjunto de letras para
operarem sem o trabalho interior do Espírito (Dt.6.6).
4. O
legalismo judaico havia reduzido a lei a pouco mais do que um código externo.
5. Como
resultado, os legalistas judeus se baseavam nas meras leis escritas, as quais
exigiam perfeita obediência, mas não davam poder para obedecer.
6. Os
que tentavam desmoraliza-lo em Corinto queriam acrescentar ao Evangelho os
ritos, costumes e interditos mosaicos.
7. O
alerta de Paulo é para o fato de que a letra da lei mosaica manifesta o pecado
sem nunca nos justificar, por isso é que a letra nos mata, pois nunca teve o
propósito de nos apresentar limpo (justificado) diante de Deus.
1-A Letra mata, o
Espírito Vivifica (2 Co.3.7-8)
1. Paulo
queria que os coríntios entendessem a razão da Nova Aliança, cujo grande sinal
é a conversão à vontade de Deus (Ef.5.1-2).
2. Através
do ministério do Espírito Santo, Paulo faz uma referência à lei instituída no AT
como um sistema punitivo e que era incapaz de promover a salvação, não era
suficiente para nos livrar da condenação.
3. Paulo
tinha a intenção de fazer um paralelo, analisando os dois sistemas, provando
que no AT o culpado era logo sentenciado (em caso de adultério e descumprir a
guarda do sábado).
4. Já
na Nova Aliança, pelo Sangue de Jesus, o pecador tem o seu perdão garantido,
dai a expressão, a letra (Lei) mata e o Espírito (Santo) vivifica.
5. A
Lei foi instituída por Moisés, que permaneceu diante de Deus e a glória divina
resplandeceu em seu rosto (Êx.34.28-30).
6. Paulo
faz menção desse fato, porque no passado a perfeição e santidade se
manifestavam por alguns instantes.
1. Paulo
contrasta a glória dos Dez Mandamentos com a glória da Nova Aliança.
2. Se
a lei que leva a morte era gloriosa, quão glorioso é o plano de Deus, que nos
dá vida por intermédio de seu Espírito.
3. O
sacrifício de Jesus é muito superior ao sistema sacrificial do AT. (cf.
Hb.8-10).
4. O
cristianismo é superior ao judaísmo do AT. E a qualquer outra religião terrena.
5. Pelo
fato de o plano de Deus ser muito superior a qualquer outro, não ousamos
rejeitá-lo ou trata-lo com casualidade.
1. Quando
Moisés desceu do monte Sinai com os Dez Mandamentos, sua face esta
iluminada(brilhava), pelo fato dele ter estado na presença de Deus
(Êx.34.29-30).
2. Moisés
precisou colocar um véu sobre seu rosto para que as pessoas não se apavorassem
devido a intensidade do brilho.
3. Esse
véu ilustra o desvanecimento do antigo sistema e o encobrimento da mente das
pessoas por causa do seu orgulho.
4. No
entanto Moisés mantinha o véu para que o povo não pudesse ver que a glória de
Deus estava desaparecendo.
5. Neste
versículo, Paulo está dizendo que para as pessoas que ainda não aceitaram a
Cristo, é como se o véu ainda estivesse lá.
1-A Escravidão Legalista
(2 Co.3.14-15)
1. Alguns
em Corinto, ainda estavam com a mente embotada, pois não conseguiam enxergar no
sacrifício da cruz o plano perfeito pelo qual a sabedoria de Deus promoveu a
salvação através de seu Filho Jesus.
2. Eles
não conseguiram ver nos escritos do AT. as profecias que apontavam para o
surgimento do Messias (Jesus Cristo).
3. Isso
fizeram que os judeus se apegassem ao legalismo mosaico com a única forma de
crença, e não conseguiam ver além da AT.
4. Quando
Jesus surgiu no cenário, então começou a luta do legalismo (Torá) com o
verdadeiro cristianismo, alguns foram presos, outros sacrificados.
5. O
próprio Jesus teve que tirar o véu da ignorância religiosa, que os fariseus
mantinham sobre as pessoas.
1. Agora,
porém, após a conclusão da obra de salvação, Deus está empreendendo
pessoalmente a construção de um “templo”, que concretiza aquilo que todas as
religiões do mundo almejam.
2. Nesse templo imenso, que se estende pelo mundo
todo, que não consiste de matéria inanimada, mas de “pedras vivas”.
3. O
Deus santo e vivo de fato habita pelo Espírito Santo.
4. Esse
templo existe concreta e realmente quando pessoas são salvas pela palavra da
cruz e presenteadas com o Espírito Santo.
5. Em
seguida Paulo observa pessoas na obra que não apenas empregam material
imprestável nesse templo, mas que “destroem o santuário de Deus”.
6. Paulo
não diz nada específico.
7. Porém
podemos olhar para Gl.1.6-9).
8. Paulo
tolerou muitos equívocos, fraquezas e erros nas igrejas, também em Corinto,
tentando com amável paciência ajudar as igrejas a sair deles.
9. Mas
quando “outro evangelho” era trazido, Paulo não tolerava.
10. Então
proferia seu “anátema”.
11. Pois
neste caso realmente se tenta, nos termos da presente carta, lançar um
fundamento diferente, não alicerçando a igreja de modo único e nítido sobre
Jesus Cristo, o Crucificado, mas sobre “sabedoria” humana, realizações humanas,
grandeza humana
1. Paulo
encerra agora a análise da “sabedoria” iniciada em 1Co 1.17 com a expressão
“não com sabedoria de discurso”.
2. Ainda
que a mensagem do Rei que morreu no madeiro do criminoso seja “sabedoria de
Deus” para os “perfeitos”, ela permanece ao mesmo tempo “loucura” para toda a
sabedoria deste mundo.
3. Por
isso, o resultado de toda a explicação precisa ser implacável: “Se alguém
pensa ser um sábio entre vós no presente século, torne-se um louco, para
que se torne um sábio”.
4. Nesse
ponto “ninguém se iluda”.
5. Os
coríntios desejam ser “sábios”, ainda mais os líderes de suas fileiras.
6. Paulo
adverte: “Não se iludam”.
7. A
verdadeira sabedoria divina somente existe mediante o preço específico de ser
louco para este mundo.
Pr. Capl. Carlos Borges (CABB).