2 CORÍNTIOS 2: O
BOM PERFUME DE CRISTO
2 Co.2.1-17
Introdução: Em meio com a
santidade da igreja, Paulo é movido por um amor pastoral que os corrige para o
aperfeiçoamento de suas vidas. Para isso, foi necessário explicar-lhes em que circunstâncias e com que intenções foi tão severo na carta anterior(1
Co.5.9).
I AMOR E CORREÇÃO
1-Firmeza contra o
pecado (2 Co.2.1-2)
1- Pela
vontade de Deus- O Ministério Público é um chamado, um privilegio
gracioso, não uma posição ganha por merecimento (cf.At.9.15).
2- Nesse
sentido, todo, todo o servir, leigo ou pastoral, deve ser à missão de Deus e
não a nós próprio.
3- Timóteo
– Um cristão de ascendência judaico grega a quem Paulo conheceu em sua segunda
viagem missionária (At.16).
4- Um
colaborador fiel no ministério.
5- O
ministério de Paulo aos coríntios foi doloroso e trouxe tristeza.
6- Sendo
ele representante de Cristo, Paulo chama os coríntios ao arrependimento (cf. 1
Co.5-6;10), por causa da intencional desobediência deles ao Evangelho de
Cristo.
7- No
entanto, também para essa igreja há graça e paz provinda de Deus, nosso Pai, e
Senhor Jesus Cristo, o qual os estabeleceu e sustém mais uma vez como santos de
Deus.
8- Assim
como os coríntios, também devemos admitir e nos arrepender de uso errado que
fazemos e de nossa negligencia em relação ao Ministério da Palavra.
2-Iniciativa de
Reconciliação (2 Co.2.3)
1- Mesmo
assim, Jesus é continuamente gracioso conosco por meio de um perdão que é tão
real como o próprio Jesus.
2- Assim
como Ele foi gracioso comas pessoas
indignas e até mesmo arrogantes de Corinto e os restaurou. como santos, ele
pode vir até cada um de nós exatamente no lugar onde nós estamos.
3- Escrevi-vos{...}tristezas- Ele
lhes escreveu na confiança de que fariam o que era necessário para benefício
deles e o consolo dele.
4- A
coisa particular de referida aqui era o caso de uma pessoa incestuosa sobre
quem ele escreveu na primeira epistola (1 Co.5).
3-Correção por Amor (2
Co.2.4)
1- Angustia
do coração- Paulo lhes garante que não tinha a intenção de entristecê-los, mas
testifica o seu amor por eles, que lhes escrevia com muita angústia e aflição
em seu próprio coração e com uma grande afeição por eles.
2- Mesmo
nas repreensões, admoestações e atos de disciplinas, os ministros fiéis
demonstram o seu amor.
3- As
censuras necessárias e o exercício da disciplina na igreja para com os
infratores são uma tristeza para o obreiro de espirito temo e são administradas
com pesar.
4- A
fim de defender a integridade da igreja de Cristo (cf.1 Co.5,1-2), o
transgressor deve ser castigado até um grau que possa produzir uma mudança
espiritual verdadeira e uma reforma em sua vida.
5- Contudo,
o individuo não deve ser castigado tão duramente a ponto de não sentir nenhuma possibilidade
de esperança ou oportunidade de ser restaurado à comunidade da igreja(v.7).
II DISPONIBILIDADE PARA O
PERDÃO
1-Amor e Disciplina (2
Co.5-6)
1. Quanto
ao perdão, Paulo confiava no julgamento da congregação dos coríntios.
2. A
presença de Cristo era um tema comum nessa epístola.
3. Todas
as nossas ações não são realizadas em sigilo, mas na presença de Cristo, o
Senhor da igreja.
4. Se
tanto Paulo como Cristo já haviam perdoado o ofensor, os crentes coríntios
deveriam fazer o mesmo (cf. Mt. 16.19; Jo.20.23).
5. Isso
para que Satanás não alcançasse vantagem sobre nós.
6. Satanás pode obter uma vitória contra nós
persuadindo-nos a não executar a disciplina da igreja de modo algum ou
convencendo-nos a permanecer duros e sem perdoar depois de da igreja ter
acontecido uma mudança no coração do pecador.
7. O
apóstolo estava relutante em acusar toda a igreja, especialmente tendo em vista
que eles haviam se corrigido nesse assunto, seguindo as diretrizes que ele lhes
dera anteriormente.
2- O Perdão que restaura
(2 Co.2.7)
1. Então,
ao contrário – Por outro lado: pelo contrário.
2. Ou
seja, em vez de continuar a punição.
3. Visto
que a punição foi suficiente e respondeu a todos os propósitos de prestar seu
testemunho contra a ofensa e de trazê-lo ao arrependimento, você deve novamente
admiti-lo à sua comunhão.
4. Perdoa-lhe
– Ele roga-lhes que o perdoem, que o liberem da censura da igreja, porque não
poderiam revogar a culpa ou ofensa contra Deus, e para confortá-lo, pois em
muitos casos o consolo dos penitentes depende de sua reconciliação não somente
com deus, mas com os homens a quem escandalizou ou maltratou.
5. Paulo
ensina a prática do perdão conforme Jesus ilustrou pela parábola do servo
impiedoso (Mt.18.23-35).
6. Talvez
ele tenha lembrado do início de sua conversão, quando embora fosse um mestre
excepcional precisou fugir às escondidas para não ser morto pelos seus antigos
aliados (At.9.25).
7. Procurando
acolhida entre os apóstolos de Jesus, sentiu-se rejeitado por causa de seu
passado de perseguidor de cristão (At.9.26).
1. Pois
não ignoramos seus artifícios – conhecemos seus planos, pensamentos,
esperteza, habilidade.
2. Não
ignoramos o grande número de estratagemas que ele usa constantemente para nos
ferir e destruir as almas das pessoas.
3. Ele
é cheio de ardis; e Paulo teve uma ocasião abundante para se familiarizar
com os meios que havia usado para derrotar seus planos e destruir a igreja.
4. A
igreja, em todos os momentos, foi sujeita à influência desses artifícios, bem
como de cristãos individuais.
5. E
a igreja, portanto, assim como os cristãos individuais, deve estar
constantemente em guarda contra essas armadilhas.
6. Mesmo
os melhores e mais puros esforços da igreja são frequentemente pervertidos,
como no caso de administrar disciplina, para os piores resultados.
7. E
pela imprudência e falta de sabedoria; pela frieza ou zelo
superaquecido; pelas pretensões a grande pureza e amor à verdade; e
por um espírito severo, severo e censurador, Satanás frequentemente tira
proveito da igreja e avança seus próprios desígnios sombrios e travessos.
III TRIUNFO E PERFUME DE
CRISTO
1-Jesus nos Conduz em
Triunfo (2 Co.2.14)
1. v.
14 Agora, graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo, e faz manifesto
o cheiro de seu conhecimento por meio de nós em todo o lugar.
2. Na
antiguidade, os generais vitoriosos desfilavam em suas capitais até o palácio
do rei, trazendo após si prisioneiros, tesouros e mais despojos das guerras.
3. Ele
tinha muito para fazer sempre que vinha e teve um bom sucesso em seu trabalho,
Deus manifestava o sabor do Seu conhecimento por intermédio dele em todo lugar
aonde ia.
4. Os
triunfos do fiel estão todos em Cristo.
5. Em
nós mesmos somos fracos e não temos alegria e nem vitória; mas em Cristo podemos
regozijarmos e triunfar.
6. Os
verdadeiros fiéis têm razões constantes para triunfar em Cristo porque são mais
dos vencedores em Cristo que os amou (Rm.8.37).
1. “Porque
nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como
nos que se perdem” (v.15).
2. Aquele
que possuía um profundo zelo quanto às leis e tradições judaicas, tornou-se em
zeloso servo de Deus e rico em obras de misericórdia para com aqueles que
dantes perseguia.
3. Sensível à necessidade dos irmãos e
transparente para com todos, Paulo revelava cada vez mais um caráter semelhante
ao de seu Mestre.
4. Repreendia,
corrigia, exortava, mas sempre com brandura e com o objetivo de edificar o
corpo de Cristo.
5. Seu
amor a Deus era claramente notado em seu genuíno interesse pela felicidade e
salvação de seus semelhantes.
6. Apesar
da dúvida que a igreja de Corinto manifestou quanto ao seu ministério, o
apóstolo mostrou a real motivação de não ter seguido o plano que outrora
planejara em visitá-la, devido ao seu estado emocional.
7. Paulo
se negou a ir ter com seus irmãos “em tristeza” (v.1), provavelmente por
motivo de perseguições sofridas por membros da própria igreja de Corinto.
8. Porém,
também descartou a possibilidade de ser um empecilho para que estes, observadas
as devidas disciplinas (v.6), não fossem ignorados pelos demais.
9. Pelo
contrário, Paulo enfatizou a importância da igreja em perdoar ao transgressor
“e confortá-lo” (v.8.) em amor.
3-O Perfume de Vida ou
de Morte (2 Co.2.15-17)
1. Paulo
iniciou a descrição do seu ministério em termos de um cortejo triunfal romano.
2. Apesar
das dificuldades que ele havia experimentado como ministro do evangelho
viajante, Paulo sabia que o seu trabalho estava apropriadamente descrito como
um cortejo de vitória.
3. Paulo
via a si mesmo como uma parte do cortejo da vitória de Deus.
4. Assim
como um general da Antiguidade liderava uma parada vitoriosa quando voltava à
sua própria cidade, com os cativos que havia conquistado seguindo atrás, Paulo
sabia que Deus o estava usando a fim de alcançar a vitória por meio do
evangelho.
5. Todos
os que participam espalhando as boas-novas de Cristo marcham no cortejo de
triunfo do seu grande Rei, à medida que as forças do inimigo se desmoronam
enquanto ele avança.
6. Retrocessos
momentâneos (como os que Paulo experimentou em Trôade) são temporais - os olhos
da fé veem o progresso implacável do reino de Deus. Deus sempre "nos
conduz em triunfo".
7. A
doçura da sabedoria de Cristo traz bem-estar ao coração dos crentes. É Deus que
sempre está nos conduzindo vitoriosamente em Cristo e por meio dos crentes,
Deus está exalando, em todo lugar, aquela fragrância do seu conhecimento, sendo
nós considerados para com Deus o bom perfume de Cristo.
8. O
fato de que nós somos uma fragrância doce para Deus significa que ele se
regozija em nós e em nossa vida. Esse é um cumprimento dos sacrifícios do
Antigo Testamento, dos quais a fumaça exalava um "aroma agradável ao
Senhor" (Lv.1.17).
9. É
esse um aroma de vida. Os crentes verdadeiros exalam um perfume agradável, não
somente em termos de seu relacionamento com Deus, mas também em suas interações
com aqueles ao seu redor.
10. Por
outro lado, a vida dos crentes amedronta os incrédulos, que reconhecem que
falta neles mesmos a doçura do aroma espiritual - uma advertência a respeito do
julgamento iminente (Fp.1.28).
Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)
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