sexta-feira, 11 de outubro de 2024

2 CORÍNTIOS 2: O BOM PERFUME DE CRISTO

 


2 CORÍNTIOS 2: O BOM PERFUME DE CRISTO

2 Co.2.1-17

Introdução: Em meio com a santidade da igreja, Paulo é movido por um amor pastoral que os corrige para o aperfeiçoamento de suas vidas. Para isso, foi necessário  explicar-lhes em que circunstâncias  e com que intenções  foi tão severo na carta anterior(1 Co.5.9).   

 

I AMOR E CORREÇÃO

1-Firmeza contra o pecado (2 Co.2.1-2)

1-      Pela vontade de Deus- O Ministério Público é um chamado, um privilegio gracioso, não uma posição ganha por merecimento (cf.At.9.15).

2-      Nesse sentido, todo, todo o servir, leigo ou pastoral, deve ser à missão de Deus e não a nós próprio.

3-      Timóteo – Um cristão de ascendência judaico grega a quem Paulo conheceu em sua segunda viagem missionária (At.16).

4-      Um colaborador fiel no ministério.

5-      O ministério de Paulo aos coríntios foi doloroso e trouxe tristeza.

6-      Sendo ele representante de Cristo, Paulo chama os coríntios ao arrependimento (cf. 1 Co.5-6;10), por causa da intencional desobediência deles ao Evangelho de Cristo.

7-      No entanto, também para essa igreja há graça e paz provinda de Deus, nosso Pai, e Senhor Jesus Cristo, o qual os estabeleceu e sustém mais uma vez como santos de Deus. 

8-      Assim como os coríntios, também devemos admitir e nos arrepender de uso errado que fazemos  e de nossa negligencia  em relação ao Ministério da Palavra.

 

2-Iniciativa de Reconciliação (2 Co.2.3)

1-      Mesmo assim, Jesus é continuamente gracioso conosco por meio de um perdão que é tão real como o próprio Jesus.

2-      Assim como Ele foi   gracioso comas pessoas indignas e até mesmo arrogantes de Corinto e os restaurou. como santos, ele pode vir até cada um de nós exatamente no lugar onde nós estamos.

3-      Escrevi-vos{...}tristezas- Ele lhes escreveu na confiança de que fariam o que era necessário para benefício deles e o consolo dele.

4-      A coisa particular de referida aqui era o caso de uma pessoa incestuosa sobre quem ele escreveu na primeira epistola (1 Co.5).

  

3-Correção por Amor (2 Co.2.4)

1-      Angustia do coração- Paulo lhes garante que não tinha a intenção de entristecê-los, mas testifica o seu amor por eles, que lhes escrevia com muita angústia e aflição em seu próprio coração e com uma grande afeição por eles.

2-      Mesmo nas repreensões, admoestações e atos de disciplinas, os ministros fiéis demonstram o seu amor.

3-      As censuras necessárias e o exercício da disciplina na igreja para com os infratores são uma tristeza para o obreiro de espirito temo e são administradas com pesar.

4-      A fim de defender a integridade da igreja de Cristo (cf.1 Co.5,1-2), o transgressor deve ser castigado até um grau que possa produzir uma mudança espiritual verdadeira e uma reforma em sua vida.

5-      Contudo, o individuo não deve ser castigado tão duramente  a ponto de não sentir nenhuma possibilidade de esperança  ou oportunidade  de ser restaurado à comunidade  da igreja(v.7).      

 

II DISPONIBILIDADE PARA O PERDÃO

1-Amor e Disciplina (2 Co.5-6)

1.      Quanto ao perdão, Paulo confiava no julgamento da congregação dos coríntios.

2.      A presença de Cristo era um tema comum nessa epístola.

3.      Todas as nossas ações não são realizadas em sigilo, mas na presença de Cristo, o Senhor da igreja.

4.      Se tanto Paulo como Cristo já haviam perdoado o ofensor, os crentes coríntios deveriam fazer o mesmo (cf. Mt. 16.19; Jo.20.23).

5.      Isso para que Satanás não alcançasse vantagem sobre nós.

6.       Satanás pode obter uma vitória contra nós persuadindo-nos a não executar a disciplina da igreja de modo algum ou convencendo-nos a permanecer duros e sem perdoar depois de da igreja ter acontecido uma mudança no coração do pecador.

7.      O apóstolo estava relutante em acusar toda a igreja, especialmente tendo em vista que eles haviam se corrigido nesse assunto, seguindo as diretrizes que ele lhes dera anteriormente.

 

2- O Perdão que restaura (2 Co.2.7)

1.      Então, ao contrário – Por outro lado: pelo contrário.

2.      Ou seja, em vez de continuar a punição.

3.      Visto que a punição foi suficiente e respondeu a todos os propósitos de prestar seu testemunho contra a ofensa e de trazê-lo ao arrependimento, você deve novamente admiti-lo à sua comunhão.

4.      Perdoa-lhe – Ele roga-lhes que o perdoem, que o liberem da censura da igreja, porque não poderiam revogar a culpa ou ofensa contra Deus, e para confortá-lo, pois em muitos casos o consolo dos penitentes depende de sua reconciliação não somente com deus, mas com os homens a quem escandalizou ou maltratou.

5.      Paulo ensina a prática do perdão conforme Jesus ilustrou pela parábola do servo impiedoso (Mt.18.23-35).

6.      Talvez ele tenha lembrado do início de sua conversão, quando embora fosse um mestre excepcional precisou fugir às escondidas para não ser morto pelos seus antigos aliados (At.9.25).

7.      Procurando acolhida entre os apóstolos de Jesus, sentiu-se rejeitado por causa de seu passado de perseguidor de cristão (At.9.26).   

 3- O Desígnio de Satanás (2 Co.2.8-11)

1.      Pois não ignoramos seus artifícios – conhecemos seus planos, pensamentos, esperteza, habilidade. 

2.      Não ignoramos o grande número de estratagemas que ele usa constantemente para nos ferir e destruir as almas das pessoas.

3.       Ele é cheio de ardis; e Paulo teve uma ocasião abundante para se familiarizar com os meios que havia usado para derrotar seus planos e destruir a igreja.

4.      A igreja, em todos os momentos, foi sujeita à influência desses artifícios, bem como de cristãos individuais. 

5.      E a igreja, portanto, assim como os cristãos individuais, deve estar constantemente em guarda contra essas armadilhas. 

6.      Mesmo os melhores e mais puros esforços da igreja são frequentemente pervertidos, como no caso de administrar disciplina, para os piores resultados.

7.      E pela imprudência e falta de sabedoria; pela frieza ou zelo superaquecido; pelas pretensões a grande pureza e amor à verdade; e por um espírito severo, severo e censurador, Satanás frequentemente tira proveito da igreja e avança seus próprios desígnios sombrios e travessos.

 

III TRIUNFO E PERFUME DE CRISTO

1-Jesus nos Conduz em Triunfo (2 Co.2.14)

1.      v. 14 Agora, graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo, e faz manifesto o cheiro de seu conhecimento por meio de nós em todo o lugar.

2.      Na antiguidade, os generais vitoriosos desfilavam em suas capitais até o palácio do rei, trazendo após si prisioneiros, tesouros e mais despojos das guerras.

3.      Ele tinha muito para fazer sempre que vinha e teve um bom sucesso em seu trabalho, Deus manifestava o sabor do Seu conhecimento por intermédio dele em todo lugar aonde ia.

4.      Os triunfos do fiel estão todos em Cristo.

5.      Em nós mesmos somos fracos e não temos alegria e nem vitória; mas em Cristo podemos regozijarmos e triunfar.

6.      Os verdadeiros fiéis têm razões constantes para triunfar em Cristo porque são mais dos vencedores em Cristo que os amou (Rm.8.37). 

 2-Triunfo e Perfume de Cristo (2 Co. 2.14-15)

1.      “Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem” (v.15).

2.      Aquele que possuía um profundo zelo quanto às leis e tradições judaicas, tornou-se em zeloso servo de Deus e rico em obras de misericórdia para com aqueles que dantes perseguia.

3.       Sensível à necessidade dos irmãos e transparente para com todos, Paulo revelava cada vez mais um caráter semelhante ao de seu Mestre.

4.      Repreendia, corrigia, exortava, mas sempre com brandura e com o objetivo de edificar o corpo de Cristo.

5.      Seu amor a Deus era claramente notado em seu genuíno interesse pela felicidade e salvação de seus semelhantes.

6.      Apesar da dúvida que a igreja de Corinto manifestou quanto ao seu ministério, o apóstolo mostrou a real motivação de não ter seguido o plano que outrora planejara em visitá-la, devido ao seu estado emocional.

7.      Paulo se negou a ir ter com seus irmãos “em tristeza” (v.1), provavelmente por motivo de perseguições sofridas por membros da própria igreja de Corinto.

8.      Porém, também descartou a possibilidade de ser um empecilho para que estes, observadas as devidas disciplinas (v.6), não fossem ignorados pelos demais.

9.      Pelo contrário, Paulo enfatizou a importância da igreja em perdoar ao transgressor “e confortá-lo” (v.8.) em amor.

 

3-O Perfume de Vida ou de Morte (2 Co.2.15-17)

1.      Paulo iniciou a descrição do seu ministério em termos de um cortejo triunfal romano.

2.      Apesar das dificuldades que ele havia experimentado como ministro do evangelho viajante, Paulo sabia que o seu trabalho estava apropriadamente descrito como um cortejo de vitória.

3.      Paulo via a si mesmo como uma parte do cortejo da vitória de Deus.

4.      Assim como um general da Antiguidade liderava uma parada vitoriosa quando voltava à sua própria cidade, com os cativos que havia conquistado seguindo atrás, Paulo sabia que Deus o estava usando a fim de alcançar a vitória por meio do evangelho.

5.      Todos os que participam espalhando as boas-novas de Cristo marcham no cortejo de triunfo do seu grande Rei, à medida que as forças do inimigo se desmoronam enquanto ele avança.

6.      Retrocessos momentâneos (como os que Paulo experimentou em Trôade) são temporais - os olhos da fé veem o progresso implacável do reino de Deus. Deus sempre "nos conduz em triunfo".

7.      A doçura da sabedoria de Cristo traz bem-estar ao coração dos crentes. É Deus que sempre está nos conduzindo vitoriosamente em Cristo e por meio dos crentes, Deus está exalando, em todo lugar, aquela fragrância do seu conhecimento, sendo nós considerados para com Deus o bom perfume de Cristo.

8.      O fato de que nós somos uma fragrância doce para Deus significa que ele se regozija em nós e em nossa vida. Esse é um cumprimento dos sacrifícios do Antigo Testamento, dos quais a fumaça exalava um "aroma agradável ao Senhor" (Lv.1.17).

9.      É esse um aroma de vida. Os crentes verdadeiros exalam um perfume agradável, não somente em termos de seu relacionamento com Deus, mas também em suas interações com aqueles ao seu redor.

10.   Por outro lado, a vida dos crentes amedronta os incrédulos, que reconhecem que falta neles mesmos a doçura do aroma espiritual - uma advertência a respeito do julgamento iminente (Fp.1.28).

  

Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)

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