quinta-feira, 11 de setembro de 2025

UM LIVRO VALIOSO

 


Lm.1.1-18

Introdução: O Livro de Lamentações vai direto ao tema com uma apresentação comovente da catástrofe que assolou a cidade de Jerusalém no início do século 60 aC., quando a cidade foi conquistada pelo babilônios depois de um cerco prolongado.  

 I O LIVRO DE LAMENTAÇÕES

1-Lamento de “A a Z (Lm. 1.1).

1.      Estudos sobre Lamentações 1 destacam o sofrimento de Jerusalém após a sua destruição, focando na desolação, na perda e na busca por consolo, e como o autor (tradicionalmente atribuído a Jeremias) retrata a justiça e a ira de Deus devido à desobediência do povo.

2.      O capítulo serve como um alerta sobre as consequências de se afastar de Deus, sendo também um lembrete de que Deus é amor e misericórdia, mesmo em meio a um castigo justo. 

3.      O uso da forma poética de acrósticos e a personificação de Jerusalém são elementos centrais para expressar a dor da comunidade em tempos de crise e a importância de voltar-se a Deus.

4.      Contexto Histórico e Temático-Destruição e Cativeiro: Lamentações 1 descreve a cidade de Jerusalém como uma cidade outrora populosa e grande que se tornou desolada, solitária e como uma viúva, devido à sua queda e ao seu povo enviado para o cativeiro babilônico.

 2-Teologia da dor e do lamento (Lm.2.11)

1.      O capítulo 2 do  livro de Lamentações trata das tristes consequências de Jerusalém e o cativeiro dos Judeus.

2.      Neste capítulo, o versículo 11 fala das reações daqueles que sofreram a destruição do Templo de Jerusalém.

3.      O versículo diz “O Senhor fez o que quis, desencadeou o seu ardente zelo, derramou o fogo da Sua ira e extinguiu Jerusalém”.

4.      A destruição de Jerusalém foi uma tragédia para os Judeus, pois foi a destruição de um lugar sagrado para eles e sua única conexão com Deus.

5.      A destruição de Jerusalém foi tão devastadora que os Judeus não puderam acreditar no que aconteceu.

6.      O versículo 11 expressa a incredulidade, tristeza e impotência daqueles que sofreram a destruição, que afirmam que o Senhor fez o que quis, desencadeou o seu ardente zelo e derramou o fogo da Sua ira, o que resultou na destruição de Jerusalém.

7.      O versículo 11 dá a entender que a destruição de Jerusalém foi intencional.

8.      O Senhor fez o que quis, desencadeou o seu ardente zelo e derramou o fogo da Sua ira.

9.      Estas são ações que são frequentemente associadas a vingança ou punição em resposta a alguma forma de pecado ou desobediência.

10.    O Senhor não foi indiferente ao que aconteceu em Jerusalém, mas tomou medidas para punir o povo pelos seus pecados.

11.    O versículo 11 também dá a entender que os Judeus foram impotentes diante do destino de Jerusalém.

12.    O Senhor derramou o seu ardente zelo e extinguiu Jerusalém, o que significa que não havia nada que eles pudessem fazer para impedir a destruição.

13.    Este sentimento de impotência aumentou ainda mais a tristeza e o sentimento de perda dos Judeus.

 3- O valor do lamento cristão (Lm.3.29)

1.      Estudos sobre Lamentações 3.29 ("Ponha a sua boca no pó; talvez ainda haja esperança") enfatizam a necessidade de humildade e arrependimento diante de Deus, a fim de encontrar esperança mesmo em tempos de desespero e exílio. 

2.      O versículo, escrito pelo profeta Jeremias no contexto da queda de Jerusalém e do cativeiro babilônico, descreve um ato de prostração em que se deve reconhecer a própria indignidade e buscar o perdão divino para uma possível restauração. 

3.      Interpretação e Contexto-Jeremias e o Povo de Judá: O livro de Lamentações expressa a dor de Jeremias pela destruição de Jerusalém e pelo cativeiro do povo, que se afastou de Deus devido aos seus pecados. 

4.      A Expressão "Pôr a boca no pó": Esta frase representa uma atitude de submissão total a Deus, humilhação diante da sua santidade e reconhecimento da própria culpa. 

5.      A Incerteza do "Talvez": A palavra "talvez" indica uma esperança condicionada ao arrependimento sincero e ao clamor por misericórdia, não uma certeza automática. 

6.      Principais Temas nos Estudos: Arrependimento e Humildade: É fundamental para alcançar o perdão e a restauração divina. 

7.      O sofrimento pode levar à dependência total de Deus, incentivando a oração e a busca pela sua graça. 

8.      A Graça e a Misericórdia de Deus: Apesar do juízo e da tristeza, o Senhor não despreza o povo para sempre. 

9.      As misericórdias do Senhor são a base da esperança, e Ele se compadece daqueles que se humilham. 

10.    A Esperança em Cristo: O novo testamento da esperança está em Jesus Cristo, que levou os pecados do povo e morreu na cruz para que houvesse perdão e esperança para todos que se arrependem. 

11.    Como Aplicar o Versículo-Admitir os Próprios Erros: Cada pessoa deve examinar os próprios caminhos, reconhecer os seus pecados e se afastar das escolhas que levam ao afastamento de Deus. 

12.    Buscar a Oração: O arrependimento genuíno e a confissão dos pecados são o caminho para uma vida transformada e para receber a graça de Deus. 

13.    Confiar nas Misericórdias Divinas: Nos momentos de maior dificuldade, a esperança reside na lembrança da fidelidade e do amor do Senhor, como ensina o profeta Jeremias. 

14.    A INCERTEZA DO TALVEZ 1 – Descrição da miséria de Sião, (Lamentações 3.29) - “Ponha a sua boca no pó; talvez ainda haja esperança”. ... fielmente, com todo o seu coração e com toda a sua...

 II A SOLIDÃO DE UMA CIDADE EM RUÍNAS

1- Jerusalém desolada qual viúva (Lm.1.1)

1.      A Ira de Deus: O capítulo reconhece que essa aflição foi causada por Deus devido à multidão das transgressões do povo de Judá. 

2.      Justiça Divina: Ao mesmo tempo, o texto exalta a justiça do Senhor, que, apesar da Sua misericórdia, não falha em punir a desobediência e a rebelião contra os Seus mandamentos. 

3.      Aspectos Literários -Jeremias como autor: Embora o texto não se identifique, a tradição atribui a autoria a Jeremias, o profeta que lamentou a desolação e a ruína do povo e da cidade. 

4.      Estrutura Poética: O capítulo, assim como os outros poemas do livro, utiliza a estrutura de acróstico, com versos que começam com letras do alfabeto hebraico em ordem. Isso confere ordem à expressão do pesar e do sofrimento. 

5.      Personificação de Jerusalém: Jerusalém é personificada como uma mulher solitária e enlutada, que chora amargamente, buscando consolo sem sucesso entre os seus "amantes", que a abandonaram. 

6.      Lições e Mensagens- As Consequências do Afastamento de Deus: O capítulo é um poderoso alerta sobre os sofrimentos que advêm quando as pessoas se afastam dos caminhos do Senhor. 

7.      A Busca por Misericórdia: Em meio à dor e ao sofrimento, os versos incitam o povo a reconhecer a sua própria vulnerabilidade e a buscar a compaixão de Deus. 

8.      A Importância da Oração: A dor expressa em Lamentações 1 é canalizada em oração, com o povo clamando a Deus e derramando suas lágrimas diante do Senhor, reconhecendo que Ele é justo. Lamentações 1 - Reavivados Por Sua Palavra

 2- O peso do abandono (Lm.1.4)

1.      Estudos sobre Lamentações 1:4 focam na desolação de Sião (Jerusalém) após a conquista babilônica, descrevendo a perda da beleza, a interrupção das festas e o gemido dos sacerdotes, como resultado direto do pecado e da rebeldia do povo contra a justiça divina.

2.       O versículo ilustra a dor e o sofrimento decorrentes da desobediência, destacando a justiça de Deus e a necessidade de arrependimento, ao mesmo tempo que o livro como um todo contém uma mensagem de esperança na restauração divina. 

3.      Interpretação do Versículo: Desolação dos caminhos de Sião: O luto e o gemido descrevem a ruína da cidade, simbolizada pela perda de sua beleza e esplendor. 

4.      Ausência nas festas: A interrupção das reuniões solenes e a falta de comparecimento às festas demonstram a impossibilidade de celebração e a desolação do povo. 

5.      Gemido dos sacerdotes: A angústia dos líderes religiosos reflete a gravidade da situação e a responsabilidade dos líderes nos fracassos espirituais do povo. 

6.      Aflição das virgens e amargura da cidade: A tristeza da população mais jovem e a própria amargura de Jerusalém expressam a profunda dor e o sofrimento causados pela destruição e pelo exílio. 

7.      Contexto Histórico e Teológico: Causas da desgraça: As caldâmias enfrentadas por Jerusalém não são acidentais, mas consequências do pecado e da desobediência do povo a Deus, levando ao juízo divino. 

8.      Justiça Divina: O texto ressalta a justiça de Deus que age contra a rebeldia e a injustiça de seu povo, exigindo um retorno à fidelidade. 

9.      Mensagem de esperança: Apesar da dor e do lamento, o livro de Lamentações oferece uma mensagem de esperança, encorajando a busca pela misericórdia de Deus e a confiança na restauração futura. 

10.    Aplicações: Reflexão sobre as escolhas: O livro convida a refletir sobre a importância de nossas decisões e como elas afetam nossa vida e a relação com o divino, evitando caminhos que afastam de Deus.

11.    Clamor por misericórdia: O estudo de Lamentações 1:4 nos chama a reconhecer nossas vulnerabilidades e a buscar a misericórdia de Deus, especialmente em tempos de dificuldades.

 3-Culpa e justiça reconhecida (Lm.1.18)

1.      Estudos sobre o capítulo 1 do Livro de Lamentações, particularmente o versículo 18, focam no reconhecimento da justiça divina em resposta ao pecado de Jerusalém e na confissão da rebelião do povo contra os mandamentos de Deus.

2.      Que levou ao cativeiro e à devastação da cidade.

3.       O versículo "Justo é o Senhor, pois me rebelei contra o seu mandamento; ouvi, pois, todos os povos, e vede a minha dor; as minhas virgens e os meus jovens foram levados para o cativeiro.

4.      " Destaca o reconhecimento da retidão de Deus e serve como um apelo a outras nações para que testemunhem a sua tragédia. 

 III O JUÍZO QUE VEM DO ALTO

1-O Senhor derrama sua ira (Lm.2.1)

1.      Como cobriu o Senhor de nuvens-Jerusalém é de novo personificada como uma mulher, pois é filha de Sião.

2.      Esta mulher já estava andando nas nuvens, mas agora estava debaixo de uma nuvem de condenação.

3.      Ela foi precipitada do céu à terra, foi humilhada e esmigalhada.

4.      O céu era bom demais para ela, embora ela tivesse elevadas pretensões.

5.      Ter sido ela destruída na terra, mediante queda, estava de acordo com seu estado pecaminoso

 2-O altar desprezado (Lm.2.7)

1.      Rejeitou o Senhor e seu altar- YAHWEH(Adonai) foi o poder destruidor por trás das potências humanas que destruíram Jerusalém e o templo.

2.      Mas agora Adonai substitui o nome YAHWEH, o que ocorreu 13 vezes neste livro.

3.      Mas o sentido em coisa alguma se altera pelo uso de nome divinos diferentes.

4.      O altar do Senhor estava no templo, mas por causa da apostasia de Judá esse lugar foi desprezado pelo ser divino e entregue para ser destruído pelos babilônios   

3-Um povo em pranto (Lm.2.19)

1.      Levanta-te, clama de noite- O choro não podia cessar nem mesmo à noite.

2.      A mulher teria de ergue-se e derramar suas lágrimas como se fosse um rio.

3.      Deveria continuar chorando nas várias vigílias da noite e levar suas lágrimas à presença de Adonai.

4.       Em meio à destruição ainda há lugar para oração

5.      A chamada é urgente: Levantar-se de madrugada, derramar o coração como água, clamar por misericórdia.

Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)

 

sexta-feira, 5 de setembro de 2025

ESTADO CAÓTICO DE JERUSALÉM E DE JUDÁ

 


Jr.52.1-20

Introdução: O Relato de Jeremias 52 é muito semelhante ao de 2Rs.24-18e os versículos finais que falam de JOAQUIM(Jr.52.31-34) são praticamente idênticos a 2Rs.25.27-30, texto que encerra a história de Israel de Gênesis 12 a 2Rs.25.

 I O CAOS POLÍTICO E A CAPITURA DO REI

1-Falência moral da liderança (Jr.52.2)

1.      Fez o que era mau aos olhos do Senhor.

2.      A síndrome do pecado-calamidade-julgamento continuava a operar.

3.      O insensato Zedequias, embora estivesse vendo a tragédia do cativeiro babilônico, causado pela idolatria de Judá, não alterou em nada sua conduta pessoal.

4.      Ele rejeitou o bom exemplo de Josias, que fez muitas reformas e restaurou o yahwismo (adoração a YHAWE), preferiu seguir o mau exemplo do abominável MANASSÉS.

5.      Manassés estabeleceu o mau exemplo; Jeoaquim reiterou esse mau exemplo; e Zedequias seguiu na mesma linha estúpida.

6.      “Quão espantoso é tudo isso.

7.      Nenhum desses reis aceitou a palavra de advertência provida pelos julgamentos de Deus, de embora tivessem caído, cada qual segundo seu antecessor pecaminoso.     

 2-Cidade sitiada e povo em miséria (Jr.52.6)

1.      A cidade sitiada- O cerco estendeu-se do nono anodo governo de Zedequias e foi até o seu décimo primeiro ano de governo, tendo perdurado cerca de ano e meio.

2.      Quanto mais tempo ele demorasse, mais sofrimento traria: fome e temor.

3.      Isso foi seguido por matanças e deportação.

4.      “Os babilônios levantaram o cerco por algum tempo, e então marcharam conta o faraó Hofra, que estava vindo ajudar os judeus (Jr.28.5; Ez.17.17; Ez.30.20).

5.      “Jerusalém foi situada e, após terríveis privações (2Rs.25.3; Dt.28.52-57; Lm.4.10), caiu no décimo primeiro ano do rei Zedequias (587 ou 588. a C)

6.      O rei Zedequias foi torturado e levado para a Babilônia, onde morreu (Jr.52.11)

 3-Zedequias é capturado e punido (Jr.52.11)

1.      Vazou os olhos de Zedequias, atou-o com duas cadeias de bronze e foi levado para Babilônia.

2.      O rei Zedequias foi transportado a cidade de Babilônia, embora não fosse capaz de vê-la, pois tinha sido cegado (teve os olhos vazado).

3.      A Septuaginta adiciona que ele foi posto a trabalhar em um moinho, em trabalho forçado como escravo, já que era um prisioneiro.

4.      Tratamento dado a reis estrangeiros, por parte dos assírios, era brutal e vergonhoso.

5.      Assurbanipal, orgulhava-se de que tinha posto um rei da Arábia em correntes, amarrado a cachorros.

6.      A barbárie desses reis é muito cruel, eles pagaram o preço por sua crueldade, Deus não tem o culpado por inocente.    

 II A DESTRUIÇÃO DE JERUSALÉM

1-A triste destruição do Templo (Jr.52.12-13)

1.      No décimo dia do quinto mês, Nebuzaradã veio a Jerusalém, cerca de quatro semanas depois que a cidade de Jerusalém foi invadida, Nabucodonosor mandou Nebuzaradã comandante de sua guarda imperial, incendiar Jerusalém.

2.      Esse oficial liderou sua tropa para incendiar cada edifício importante de Jerusalém, inclusive o templo e o palácio real, que tinha ficado de pé por quase quatro séculos.

3.      De acordo com um antigo costume, esse homem era instrumento de execuções importantes, o que explica a conexão entre as duas funções.

4.      Foi assim que o glorioso templo de Salomão foi reduzido a nada, porque, YAHWEH deixará de ser objeto da adoração em Jerusalém.         

 2-Os muros em ruínas (Jr.52.14)

1.      Derrubou muros em redor de Jerusalém.

2.      AS muralharas eram agentes comuns de proteção das cidades antigas.

3.      Porquanto, naqueles tempos, não havia jeito de voar por cima delas e deixar cair de paraquedas.

4.      A entrada nas cidades precisava ser obtida no solo e através das muralhas.

5.      Quanto mais rica fosse uma cidade, mais altas e espessas eram as muralharas protetoras. 

6.      As muralhas de Jerusalém foram demolidas e não havia poder para reconstruí-las.

7.      Por conseguinte, a cidade ficou indefesa.

8.      Terminado o cativeiro, Neemias reconstruiu a muralhas da cidade e o seu templo, sendo

9.      messa a informação que nos é dada no Livro que tem seu nome e também no livro de Esdras.

 3-O saque dos utensílios sagrados (Jr.52.17)

1.      A altura duma coluna era de dezoito (18) côvado (dimensões)

2.      As Altura das colunas era, aproximadamente de 8.30m.

3.      Além disso, o capitel que havia no alto delas adicionava mais 1,35m.

4.      Jeremias, porém, fala em cerca de 2,30m

5.      Três, no presente capítulo, provavelmente é um erro de transcrição.

6.      Cinco côvado(2,30M) era a verdadeira dimensão

7.      A obra de rede- Alguma espécie de adorno do tipo trançado enfeitava o capitel (do latim-caput-cabeça- forma o membro mais alto de uma coluna ou pilastra).

8.      Era um adorno feito artisticamente em bronze, incluía os frutos, com seus ramos e brotos.

9.      O trecho de Jeremias 52.23-nos fornece os números: “Havia noventa e seis romãs aos lados; todas as romãs todas sobre a obra de rede ao redor eram cem”

 III O COLAPSO SOCIAL E ESPERANÇA

1-A morte dos líderes (Jr.52.24)

1.      O capítulo 52 do livro de Jeremias começa com o profeta Jeremias, o mensageiro de Deus, chamando atenção ao reino de Judá e a Babilônia ao destruírem o reino de Judá.

2.      Emílio, o filho de Hilquias, era o último dos reis de Judá que governou o reino.

3.      Devido a sua falta de fé em Deus e a sua rebelião contra o Senhor, Judá foi destruída por Nabucodonosor, rei da Babilônia.

4.      Jeremias escreveu sobre este acontecimento e descreveu detalhadamente a destruição de Judá e de Jerusalém.

5.      No versículo 24 do capítulo 52, Jeremias descreve a captura do rei Emílio pelos babilônicos e como ele foi levado para Babilônia.

6.      O versículo 24 de Jeremias 52 diz: “E o rei de Babilônia os repreendeu e os puniu, e foi lhe dado o preço do seu pecado.

7.       Emílio, o rei de Judá, foi levado para Babilônia, e os seus servos e as suas princesas, e todos os príncipes da terra de Judá.

8.      E ele (rei da Babilônia) os prendeu com grilhões e os levou para Babilônia”.

9.      Jeremias 52:24 é uma passagem importante que nos ensina a temer a Deus, a obedecer aos Seus mandamentos e a viver de acordo com o Seu plano.

10.   Não devemos seguir o exemplo do rei Emílio e desobedecer a Deus, pois, ao fazê-lo, estaremos sujeitos a sofrer as consequências das nossas ações.

 2-O exílio e a terra devastada (Jr.52.30)

1.      Jeremias 52:30 detalha mais uma deportação de judeus para a Babilónia, registando a numeração de 745 judeus que foram levados por Nebuzaradã, comandante da guarda imperial, no 23.º ano do reinado de Nabucodonosor, totalizando 4.600 judeus exilados no livro. 

2.      Este versículo insere-se no contexto do capítulo 52 que descreve a queda de Jerusalém, a destruição do Templo e a deportação dos habitantes de Judá, servindo como um relato final do livro de Jeremias. 

3.      Queda de Jerusalém: Este capítulo descreve os eventos que levaram à conquista e destruição de Jerusalém e do Templo. 

4.      O Cativeiro: O capítulo detalha a deportação dos judeus para a Babilónia, o que levou o povo a uma situação de exílio. 

5.      Reinado de Nabucodonosor: A narração centra-se nos anos do reinado do rei babilónico Nabucodonosor, mostrando o seu poder sobre Judá. 

6.      Significado de Jeremias 52:30-Exílio Final: O versículo marca a conclusão do número total de judeus deportados, fornecendo a somatória de 4.600 judeus nas três deportações descritas no capítulo.

7.      Ação do Comandante: O texto aponta para Nebuzaradã como a figura responsável pela última deportação de 745 indivíduos, evidenciando o poder do império babilónico sobre o povo de Judá.

8.      Lições e Aplicações- Impacto das Ações: O capítulo de Jeremias 52, incluindo o versículo 30, serve como um lembrete de que as ações de indivíduos e de nações têm um impacto não só sobre si, mas também sobre as pessoas ao seu redor, levando a um dia de prestação de contas a Deus. 

 3- Um fio de esperança (Jr.52.31)

1.      Jeremias 52:31 narra um ato de bondade do rei babilónico Evil-Merodaque para com o ex-rei de Judá, Joaquim, libertando-o da prisão após 37 anos de cativeiro, concedendo-lhe um lugar de honra à mesa do rei e uma pensão vitalícia. 

2.      Este evento marca um momento de alívio e restauração para Joaquim, e é visto como um cumprimento parcial da profecia de Jeremias, que previa a sua exclusão da mão de Deus, apesar de ter sido entregue aos seus inimigos. 

3.      Análise Detalhada -Contexto Histórico: O versículo descreve o 37º ano do exílio do rei Joaquim, que começou com a sua deportação para a Babilônia.

4.      A Intervenção de Evil-Merodaque: Ao se tornar rei da Babilônia, Evil-Merodaque libertou Joaquim da prisão no 25º dia do décimo segundo mês.

5.      A Bondade Real: A ação do rei babilónico foi marcada pela bondade, concedendo a Joaquim um lugar de honra à sua mesa, um tratamento privilegiado em relação a outros reis presentes em Babilônia, e uma pensão diária que durou pelo resto da sua vida.

6.      Cumprimento da Profecia: Este ato de misericórdia, após anos de exílio, cumpre em parte a profecia de Jeremias 22:24-27, que previa o exílio de Joaquim. No entanto, o versículo mostra que Deus não o abandonou completamente, concedendo-lhe graça no cativeiro.

7.      Implicações Teológicas - A Soberania de Deus: Mesmo em meio a um desastre nacional e exílio, Deus mantém o controlo e pode mostrar misericórdia, como evidenciado pelo tratamento concedido a Joaquim. 

8.      A Esperança na Adversidade: O versículo oferece uma mensagem de esperança, mostrando que mesmo as situações mais difíceis podem ter um desfecho positivo, com a restauração e o alívio concedidos por Deus ou através dos seus instrumentos. 

9.      A Consequência do Pecado e a Misericórdia: Embora o povo de Judá tenha sofrido as consequências do seu desvio de Deus, Jeremias 52:31 aponta para a capacidade de Deus de estender a Sua graça e demonstrar compaixão, Jeremias 52: Deus é bom!


Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)