sexta-feira, 5 de setembro de 2025

ESTADO CAÓTICO DE JERUSALÉM E DE JUDÁ

 


Jr.52.1-20

Introdução: O Relato de Jeremias 52 é muito semelhante ao de 2Rs.24-18e os versículos finais que falam de JOAQUIM(Jr.52.31-34) são praticamente idênticos a 2Rs.25.27-30, texto que encerra a história de Israel de Gênesis 12 a 2Rs.25.

 I O CAOS POLÍTICO E A CAPITURA DO REI

1-Falência moral da liderança (Jr.52.2)

1.      Fez o que era mau aos olhos do Senhor.

2.      A síndrome do pecado-calamidade-julgamento continuava a operar.

3.      O insensato Zedequias, embora estivesse vendo a tragédia do cativeiro babilônico, causado pela idolatria de Judá, não alterou em nada sua conduta pessoal.

4.      Ele rejeitou o bom exemplo de Josias, que fez muitas reformas e restaurou o yahwismo (adoração a YHAWE), preferiu seguir o mau exemplo do abominável MANASSÉS.

5.      Manassés estabeleceu o mau exemplo; Jeoaquim reiterou esse mau exemplo; e Zedequias seguiu na mesma linha estúpida.

6.      “Quão espantoso é tudo isso.

7.      Nenhum desses reis aceitou a palavra de advertência provida pelos julgamentos de Deus, de embora tivessem caído, cada qual segundo seu antecessor pecaminoso.     

 2-Cidade sitiada e povo em miséria (Jr.52.6)

1.      A cidade sitiada- O cerco estendeu-se do nono anodo governo de Zedequias e foi até o seu décimo primeiro ano de governo, tendo perdurado cerca de ano e meio.

2.      Quanto mais tempo ele demorasse, mais sofrimento traria: fome e temor.

3.      Isso foi seguido por matanças e deportação.

4.      “Os babilônios levantaram o cerco por algum tempo, e então marcharam conta o faraó Hofra, que estava vindo ajudar os judeus (Jr.28.5; Ez.17.17; Ez.30.20).

5.      “Jerusalém foi situada e, após terríveis privações (2Rs.25.3; Dt.28.52-57; Lm.4.10), caiu no décimo primeiro ano do rei Zedequias (587 ou 588. a C)

6.      O rei Zedequias foi torturado e levado para a Babilônia, onde morreu (Jr.52.11)

 3-Zedequias é capturado e punido (Jr.52.11)

1.      Vazou os olhos de Zedequias, atou-o com duas cadeias de bronze e foi levado para Babilônia.

2.      O rei Zedequias foi transportado a cidade de Babilônia, embora não fosse capaz de vê-la, pois tinha sido cegado (teve os olhos vazado).

3.      A Septuaginta adiciona que ele foi posto a trabalhar em um moinho, em trabalho forçado como escravo, já que era um prisioneiro.

4.      Tratamento dado a reis estrangeiros, por parte dos assírios, era brutal e vergonhoso.

5.      Assurbanipal, orgulhava-se de que tinha posto um rei da Arábia em correntes, amarrado a cachorros.

6.      A barbárie desses reis é muito cruel, eles pagaram o preço por sua crueldade, Deus não tem o culpado por inocente.    

 II A DESTRUIÇÃO DE JERUSALÉM

1-A triste destruição do Templo (Jr.52.12-13)

1.      No décimo dia do quinto mês, Nebuzaradã veio a Jerusalém, cerca de quatro semanas depois que a cidade de Jerusalém foi invadida, Nabucodonosor mandou Nebuzaradã comandante de sua guarda imperial, incendiar Jerusalém.

2.      Esse oficial liderou sua tropa para incendiar cada edifício importante de Jerusalém, inclusive o templo e o palácio real, que tinha ficado de pé por quase quatro séculos.

3.      De acordo com um antigo costume, esse homem era instrumento de execuções importantes, o que explica a conexão entre as duas funções.

4.      Foi assim que o glorioso templo de Salomão foi reduzido a nada, porque, YAHWEH deixará de ser objeto da adoração em Jerusalém.         

 2-Os muros em ruínas (Jr.52.14)

1.      Derrubou muros em redor de Jerusalém.

2.      AS muralharas eram agentes comuns de proteção das cidades antigas.

3.      Porquanto, naqueles tempos, não havia jeito de voar por cima delas e deixar cair de paraquedas.

4.      A entrada nas cidades precisava ser obtida no solo e através das muralhas.

5.      Quanto mais rica fosse uma cidade, mais altas e espessas eram as muralharas protetoras. 

6.      As muralhas de Jerusalém foram demolidas e não havia poder para reconstruí-las.

7.      Por conseguinte, a cidade ficou indefesa.

8.      Terminado o cativeiro, Neemias reconstruiu a muralhas da cidade e o seu templo, sendo

9.      messa a informação que nos é dada no Livro que tem seu nome e também no livro de Esdras.

 3-O saque dos utensílios sagrados (Jr.52.17)

1.      A altura duma coluna era de dezoito (18) côvado (dimensões)

2.      As Altura das colunas era, aproximadamente de 8.30m.

3.      Além disso, o capitel que havia no alto delas adicionava mais 1,35m.

4.      Jeremias, porém, fala em cerca de 2,30m

5.      Três, no presente capítulo, provavelmente é um erro de transcrição.

6.      Cinco côvado(2,30M) era a verdadeira dimensão

7.      A obra de rede- Alguma espécie de adorno do tipo trançado enfeitava o capitel (do latim-caput-cabeça- forma o membro mais alto de uma coluna ou pilastra).

8.      Era um adorno feito artisticamente em bronze, incluía os frutos, com seus ramos e brotos.

9.      O trecho de Jeremias 52.23-nos fornece os números: “Havia noventa e seis romãs aos lados; todas as romãs todas sobre a obra de rede ao redor eram cem”

 III O COLAPSO SOCIAL E ESPERANÇA

1-A morte dos líderes (Jr.52.24)

1.      O capítulo 52 do livro de Jeremias começa com o profeta Jeremias, o mensageiro de Deus, chamando atenção ao reino de Judá e a Babilônia ao destruírem o reino de Judá.

2.      Emílio, o filho de Hilquias, era o último dos reis de Judá que governou o reino.

3.      Devido a sua falta de fé em Deus e a sua rebelião contra o Senhor, Judá foi destruída por Nabucodonosor, rei da Babilônia.

4.      Jeremias escreveu sobre este acontecimento e descreveu detalhadamente a destruição de Judá e de Jerusalém.

5.      No versículo 24 do capítulo 52, Jeremias descreve a captura do rei Emílio pelos babilônicos e como ele foi levado para Babilônia.

6.      O versículo 24 de Jeremias 52 diz: “E o rei de Babilônia os repreendeu e os puniu, e foi lhe dado o preço do seu pecado.

7.       Emílio, o rei de Judá, foi levado para Babilônia, e os seus servos e as suas princesas, e todos os príncipes da terra de Judá.

8.      E ele (rei da Babilônia) os prendeu com grilhões e os levou para Babilônia”.

9.      Jeremias 52:24 é uma passagem importante que nos ensina a temer a Deus, a obedecer aos Seus mandamentos e a viver de acordo com o Seu plano.

10.   Não devemos seguir o exemplo do rei Emílio e desobedecer a Deus, pois, ao fazê-lo, estaremos sujeitos a sofrer as consequências das nossas ações.

 2-O exílio e a terra devastada (Jr.52.30)

1.      Jeremias 52:30 detalha mais uma deportação de judeus para a Babilónia, registando a numeração de 745 judeus que foram levados por Nebuzaradã, comandante da guarda imperial, no 23.º ano do reinado de Nabucodonosor, totalizando 4.600 judeus exilados no livro. 

2.      Este versículo insere-se no contexto do capítulo 52 que descreve a queda de Jerusalém, a destruição do Templo e a deportação dos habitantes de Judá, servindo como um relato final do livro de Jeremias. 

3.      Queda de Jerusalém: Este capítulo descreve os eventos que levaram à conquista e destruição de Jerusalém e do Templo. 

4.      O Cativeiro: O capítulo detalha a deportação dos judeus para a Babilónia, o que levou o povo a uma situação de exílio. 

5.      Reinado de Nabucodonosor: A narração centra-se nos anos do reinado do rei babilónico Nabucodonosor, mostrando o seu poder sobre Judá. 

6.      Significado de Jeremias 52:30-Exílio Final: O versículo marca a conclusão do número total de judeus deportados, fornecendo a somatória de 4.600 judeus nas três deportações descritas no capítulo.

7.      Ação do Comandante: O texto aponta para Nebuzaradã como a figura responsável pela última deportação de 745 indivíduos, evidenciando o poder do império babilónico sobre o povo de Judá.

8.      Lições e Aplicações- Impacto das Ações: O capítulo de Jeremias 52, incluindo o versículo 30, serve como um lembrete de que as ações de indivíduos e de nações têm um impacto não só sobre si, mas também sobre as pessoas ao seu redor, levando a um dia de prestação de contas a Deus. 

 3- Um fio de esperança (Jr.52.31)

1.      Jeremias 52:31 narra um ato de bondade do rei babilónico Evil-Merodaque para com o ex-rei de Judá, Joaquim, libertando-o da prisão após 37 anos de cativeiro, concedendo-lhe um lugar de honra à mesa do rei e uma pensão vitalícia. 

2.      Este evento marca um momento de alívio e restauração para Joaquim, e é visto como um cumprimento parcial da profecia de Jeremias, que previa a sua exclusão da mão de Deus, apesar de ter sido entregue aos seus inimigos. 

3.      Análise Detalhada -Contexto Histórico: O versículo descreve o 37º ano do exílio do rei Joaquim, que começou com a sua deportação para a Babilônia.

4.      A Intervenção de Evil-Merodaque: Ao se tornar rei da Babilônia, Evil-Merodaque libertou Joaquim da prisão no 25º dia do décimo segundo mês.

5.      A Bondade Real: A ação do rei babilónico foi marcada pela bondade, concedendo a Joaquim um lugar de honra à sua mesa, um tratamento privilegiado em relação a outros reis presentes em Babilônia, e uma pensão diária que durou pelo resto da sua vida.

6.      Cumprimento da Profecia: Este ato de misericórdia, após anos de exílio, cumpre em parte a profecia de Jeremias 22:24-27, que previa o exílio de Joaquim. No entanto, o versículo mostra que Deus não o abandonou completamente, concedendo-lhe graça no cativeiro.

7.      Implicações Teológicas - A Soberania de Deus: Mesmo em meio a um desastre nacional e exílio, Deus mantém o controlo e pode mostrar misericórdia, como evidenciado pelo tratamento concedido a Joaquim. 

8.      A Esperança na Adversidade: O versículo oferece uma mensagem de esperança, mostrando que mesmo as situações mais difíceis podem ter um desfecho positivo, com a restauração e o alívio concedidos por Deus ou através dos seus instrumentos. 

9.      A Consequência do Pecado e a Misericórdia: Embora o povo de Judá tenha sofrido as consequências do seu desvio de Deus, Jeremias 52:31 aponta para a capacidade de Deus de estender a Sua graça e demonstrar compaixão, Jeremias 52: Deus é bom!


Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)

 

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