quarta-feira, 10 de outubro de 2018

O EXEMPLO DO GOVERNO DE JOSÉ NO EGITO



Gên.41.46-49
Introdução: A história de José é um drama cheio de traições, conflitos familiares, mentiras e injustiça e  é, ao mesmo tempo, uma das mais belas demonstrações do significado do perdão e da confiança de um homem nos desígnios de Deus.

I DEUS CONDUZ JOSÉ AO EGITO
1-Vendido aos Ismaelitas
·        José foi traído por seus irmãos com a idade de 17 anos; ele viajou com os Ismaelitas até o Egito e lá foi vendido como escravo para um dos oficiais de guerra e capitão da guarda de Faraó: Potifar.
·        Muita gente conhece a história bíblica de José, um dos filhos de Jacó que foi, por causa da inveja dos irmãos, vendido como escravo ao Egito.
·        Pouca gente olha para o lado político da história.
·        José foi abençoado por Deus e acabou ajudando Faraó a combater uma crise econômica, guardando cereal durante a época de prosperidade para usar na época de “vacas magras”.
·        Deus sempre conduziu a vida de José.
·        A inveja de seus irmãos proporcionou a sua venda como escravo aos Ismaelitas, mercadores.
·        A venda de José estava nos planos de Deus para o seu servo.

2- Na casa de Potifar
·        Prover-nos de bons exemplos é uma abordagem pela qual o Senhor decidiu instilar em nós um sentido de sermos bons modelos.
·        Exemplos são efetivos para inspirar-nos a fazer uma mudança.
·         Por exemplo, se um amigo acabou de perder cem reais, pode-se raciocinar: "Se ele pôde perder cem reais, certamente poderei perder meus cinquenta."
·         Exemplos bíblicos não estão registrados meramente para ser leitura interessante; eles foram escritos para nosso aprendizado (1 Coríntios 10:11).
·         A história de José na casa de Potifar registrada em Gênesis 39:1-12 provê algumas lições interessantes.
·        No versículo 2, o texto afirma: "O Senhor era com José que veio a ser homem próspero..." Ainda que isto se refira a tornar-se materialmente próspero, José era também, certamente, bem sucedido espiritualmente.
·         Uma das lições que pode ser aprendida conforme a história se desenvolve é que até mesmo uma pessoa espiritualmente bem sucedida não está isenta da tentação.
·         Paulo adverte: "Aquele, pois, que pensa estar em pé, veja que não caia" (1 Coríntios 10:12).
·         Precisamos estar sempre em guarda contra as manobras de Satanás.
·        O Senhor abençoou a casa do egípcio por amor de José" (versículo 5).
·        Uma segunda lição a ser aprendida é que até mesmo aqueles que estão fora do Senhor podem ser abençoados simplesmente por terem algum contato com aquele que está no Senhor.
·        O trabalhador eficiente e bem apessoado pode ser instrumento útil para levar muitos a Cristo.
·        A esposa crente que é casada com um descrente pode ter uma profunda influência para sempre sobre seu esposo (1 Pedro 3:1-2).
·        Os cristãos orarão frequentemente por não cristãos, até mesmo por inimigos.
·        A influência de quem está no Senhor transcende o círculo somente de cristãos.

3-Diante de Faraó
·        José ficou por muitos anos esquecido naquela masmorra monstruosa, mas Deus, em sua infinita misericórdia, iniciou o plano que tinha na vida do seu servo.
·        Permitiu que o rei tivesse dois sonhos que ninguém conseguiria interpretar, a não ser um homem cheio de  capacidade e  sabedoria dada por Deus, como José era.
·        Quando Deus falou com José em sonhos ele tinha dezessete anos de idade, logo após foi vendido pelos seus irmãos, não podemos afirmar com precisão quanto tempo ele ficou na casa de Potifar, e nem na prisão.
·        Depois que José interpretou o sonho do copeiro ele ficou mais dois anos na prisão, porém podemos afirmar com total segurança que todos os anos que José esteve como escravo foi de treze anos “E José era da idade de trinta anos quando se apresentou a Faraó, rei do Egito”.
·        Deus em sua infinita sabedoria passou todo esse tempo preparando José para uma causa nobre que era cumprir a promessa que fez a Abraão de fazer dele uma grande nação.

II ELEVAÇÃO AO GOVERNO
1-Os sonhos Interpretados
·        "E eis que subiam do rio sete vacas, formosas à vista e gordas de carne, e pastavam no prado. E eis que subiam do rio após elas outras sete vacas, feias à vista e magras de carne; e paravam junto às outras vacas na praia do rio. E as vacas feias à vista e magras de carne, comiam as sete vacas formosas à vista e gordas. Então acordou Faraó. Depois dormiu e sonhou outra vez, e eis que brotavam de um mesmo pé sete espigas cheias e boas. E eis que sete espigas miúdas, e queimadas do vento oriental, brotavam após elas. E as espigas miúdas devoravam as sete espigas grandes e cheias. Então acordou Faraó, e eis que era um sonho" (Gênesis, 41:2-7).
·        Um sonho dessa magnitude nenhum sábio e nem adivinhadores seriam capazes de dar a interpretação, somente um homem cheio do Espírito de Deus seria capaz de dar o seu significado.
·        O copeiro falou com o seu senhor quando ele estava na prisão teve um sonho interpretado por um hebreu, exatamente aconteceu como José havia dito.
·        "Então mandou Faraó chamar a José, e o fizeram sair logo do cárcere; e barbeou-se e mudou as suas roupas e apresentou-se a Faraó "Gênesis, 41:14.
·         Introduziram José na presença do rei, então o rei começou falar sobre sonho horrendo e aterrorizador que tivera José pacientemente ouvia.
·        O rei ouviu pacientemente todas as palavras que José falava e, maravilhou-se diante de tanta sabedoria "E esta palavra foi boa aos olhos de Faraó, e aos olhos de todos os seus servos" Gênesis, 41:37. 
·        O rei olha para seus súditos e não consegue ver alguém que possuísse as qualidades específicas para o cargo, Faraó virando-se para José e falou não há outro homem além de você "E disse Faraó a seus servos: Acharíamos um homem como este em quem haja o espírito de Deus? Depois disse Faraó a José: Pois que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão entendido e sábio como tu" (Gênesis,41:38-40 , Idem, 41:46, Idem, 41:49).

2-Sabia sugestão de José
·        José disse ao rei que os dois sonhos, que tivera são apenas um, o Senhor trará sete anos de fome: "E eis que vêm sete anos, e haverá grande fartura em toda a terra do Egito E depois deles levantar-se-ão sete anos de fome, e toda aquela fartura será esquecida na terra do Egito" Idem, 41:29.
·        Assim vê Josefo "O rei, admirado da inteligência e sabedoria de José" Josefo, 2004,p. 72. José humildemente aconselhou ao rei achar um homem dotado de inteligência que fosse capaz de ajuntar o máximo possível de alimento nos sete anos de fartura, para quando chegassem os sete de fome o Egito tivesse alimento suficiente para sobreviverem nesse período.
·        Imagine um mero escravo diante de um rei que tinha poder de morte e de vida em suas mãos, creio eu que José tinha total certeza que tinha chegado sua hora, pois considerou em seu coração que se conseguisse fazer a interpretar do sonho com certeza o rei mudaria sua história.

3-A assunção de José
·        O rei ouviu pacientemente todas as palavras que José falava e, maravilhou-se diante de tanta sabedoria "E esta palavra foi boa aos olhos de Faraó, e aos olhos de todos os seus servos" Gênesis, 41:37. 
·        O rei olha para seus súditos e não consegue ver alguém que possuísse as qualidades específicas para o cargo, Faraó virando-se para José e falou não há outro homem além de você "E disse Faraó a seus servos: Acharíamos um homem como este em quem haja o espírito de Deus? Depois disse Faraó a José: Pois que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão entendido e sábio como tu" (Gênesis,41:38-40 , Idem, 41:46, Idem, 41:49).
·        Que incrível o testemunho de um rei pagão em respeito ao servo do Senhor, José era um mero escravo e tornou-se o segundo homem mais poderoso de todo o Egito, o rei colocou um anel em sua mão que simboliza autoridade, vestes novas que representa mudança de posição.
·        Assim, José começou uma árdua tarefa em ajuntar alimento necessário para os anos de fome que viriam naquela região, construíram vários celeiros para o armazenamento dos trigos, José conseguiu ajuntar uma quantidade monstruosa de mantimentos.
·         Assim ajuntou José muitíssimo trigo, como a areia do mar, até que cessou de contar; porquanto não havia numeração.

III O GOVERNO DE JOSÉ
1-Reconhecendo o terreno
·        Em uma das maiores reviravoltas de toda a Bíblia, José, quem estava, até o final do capítulo 40 do Gênesis, esquecido na prisão, agora se torna o Governador do Egito, estando abaixo apenas de Faraó.
·        E isto acontece em uma velocidade impressionante.
·        E José não apenas interpreta os Sonhos de Faraó, mas também se torna o primeiro economista do mundo, ao conceituar o trade cycles, a teoria dos ciclos econômicos (a recorrente flutuação entre a expansão e a depressão econômica em um país).
·        Os sonhos de Faraó traziam um aviso de sete anos de abundância, que seriam seguidos por sete anos de escassez.
·        Após diagnosticar o problema, José imediatamente sugere uma ação muito apropriada para resolvê-lo: Estocar o excesso de produção nos anos de fartura, e então usar estas reservas nos anos de fome.
·        Faraó ouve a sabedoria de José e imediatamente o convida a programar a sua estratégia, dando a José todo o controle da economia Egípcia.
·        E José vai de escravo prisioneiro à Governador do Egito em apenas um lance!
·        Somente agora, muitos anos e capítulos depois, é que ficamos sabendo de uma informação surpreendente: um sonho, repetido em diferentes imagens, não é simplesmente um sonho, é uma mensagem enviada por Deus, sobre um futuro que está firmemente decidido a acontecer.

2-Definindo estratégia
·        O Faraó pediu a sua ajuda, entregando-lhe a governança do país, o qual se transformou no primeiro planejador que conhecemos, quando passou os sete anos de fartura, preparando a nação para os sete anos de escassez que viriam a seguir.
·        Se os nossos administradores conhecessem essa história, o exemplo de José poderia ter sido seguido quando planejou em longo prazo, para que as vacas magras não tivessem reflexo no Egito.
·        Lições de José do Egito para organizar a empresa
·        Deus lhe mostrou que haveria uma época de prosperidade e uma de crise e de “vacas magras” (Gn. 41:15-32).
·         Com base em toda essa informação, José sugeriu um “plano econômico” que salvou a população local e vizinha da fome absoluta e, ao mesmo tempo, transferiu a renda e a propriedade do povo para os cofres de Faraó (Gn. 41:33-37, 56-57).
·         José conseguiu planejar a economia porque o próprio Deus lhe deu a informação necessária.

3-Governo Bem sucedido
·        Informação estratégica, Planejamento, Paciência, Liderança, Organização, na somatória do problema encontrado, José foi com a ajuda de Deus organizando as coisas sem perder o foco de um grande administrador.
·        O Faraó, satisfeito com a interpretação de José, dá a ele um anel de seu dedo e o nomeia Governador do Egito.
·        Com a amizade construída com os demais prisioneiros durante o período em que esteve na cadeia, José aprendeu bastante sobre a política do país, e sabia da divisão existente no Egito, que era separado como baixo Egito e alto Egito, tendo dois governantes.
·        José ordena a construção de celeiros para armazenar os alimentos produzidos nos sete anos de fartura, e nos sete anos seguintes de seca, José passa a vender os alimentos a valores altíssimos para o alto Egito, conquistando assim, riquezas suficientes para comprar quase que a totalidade do território do alto Egito, e entregar a seu Faraó, um território muito maior ao final dos catorze anos.
·        Ao saber sobre José, seu pai ofereceu sacrifícios a Deus e foi ao Egito encontrá-lo.
·        Ao se reencontrarem, José chorou abraçado a seu pai, que se sentia realizado por ter reencontrado se filho.
·        Após o reencontro, José deu à sua família uma propriedade em uma das melhores localizações do Egito e lá trabalharam e viveram.
·        Em suma: Provérbios 28:12,28-Quando os justos triunfam, há grande glória; quando os ímpios tomam o poder, o povo corre em busca de um lugar para se esconder.…
                  
                  Pr. Carlos Borges(CABB)        


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