2 Tm 4.1-5
Introdução: Você já deve ter ouvido este versículo: “Há um caminho que
ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte.” (Provérbios
14:12) O significado dele é simples. Deus esta dizendo através de
Salomão, que existem ideias e ideais que aparentam ter boas intenções e muitas
vezes parecem que estão dentro da vontade de Deus, contudo, estas ideias e
ideais resultam em mortes físicas e espirituais.
I O PADRÃO NAS IDEOLOGIAS
1- O seu surgimento
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A lição de hoje alerta sobre o perigo das
ideologias contrárias a palavra de Deus e a sua vontade.
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Mas antes de tudo, o que é Ideologia? A maior
parte dos dicionários define o termo ‘ideologia’, como um conjunto de ideias,
convicções e princípios filosóficos, sociais e políticos que caracterizam um
individuam ou um grupo coletivo.
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A origem do termo ocorreu com Destutt de Tracy, [4] que criou a palavra e lhe deu o
primeiro de seus significados: ciência das ideias.
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Posteriormente, concluíram que esta palavra
ganharia um sentido novo quando Napoleão chamou De Tracy e seus seguidores
de "ideólogos" no sentido de "deformadores da realidade".
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No entanto, os pensadores da Antiguidade
Clássica e da Idade Média já entendiam ideologia como o
conjunto de ideias e opiniões de uma sociedade.
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O propósito da ideologia é fazer com que a
conduta pessoal, moral, espiritual e financeira estejam alinhadas as premissas,
pressupostos e preconceitos inerentes à ideologia seguida pelo individuo ou
grupo social.
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Em outras
palavras, a ideologia fornece ao individuo, uma consciência exterior ou lente
para que este interprete a realidade do mundo e da vida, conforme prega a sua
ideologia.
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Isso significa que se acredito em uma cosmovisão
ou ideologia, pautarei a minha vida por ela, isso significa que minhas opiniões
e comportamentos exemplificam o que penso e a forma como vejo a vida.
2- Regimes totalitários
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Com o fim da Primeira Guerra Mundial, a Europa
teve de enfrentar uma de suas piores crises econômicas.
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O uso do
território europeu como principal palco de batalha acarretou na redução dos
setores produtivos e inseriu a população de todo continente em um delicado
período de pobreza e miséria.
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Além dos
problemas de ordem material, os efeitos da Grande Guerra também incidiram de
forma direta nos movimentos políticos e ideologias daquela época.
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Apresentando essa perspectiva com ares de
renovação, tais partidos conseguiram se aproximar dos trabalhadores,
profissionais liberais e integrantes da burguesia.
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A partir
de então, alguns governos começaram a presenciar a ascensão de regimes
totalitários que, por meio de golpe ou do apoio de setores influentes, passaram
a controlar o Estado.
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Observamos dessa forma o abandono às liberdades
políticas, e as ideologias sendo enfraquecidas por um governo de caráter
autoritário.
3-Regime Democrático
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A democracia é um regime político que, por se
basear na vontade do povo, tende a gerar melhores condições de vida para a
população.
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No
entanto, não é um sistema político isento de defeitos: basta lembrar que Adolf
Hitler ascendeu ao poder absoluto na Alemanha por via eleitoral e conduziu em
seguida o país a um violento e desnecessário conflito mundial.
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Tal defeito da democracia já era apontado pelo
grego Platão, Sócrates e Aristóteles nos séculos V e IV a.C.
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Segundo eles, a vontade do povo podia
ocasionalmente ir contra as normas éticas, muitas vezes dirigida por políticos
manipuladores, redundando em injustiça.
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Apesar de seus defeitos, a democracia é o
sistema político predominante no mundo atualmente e o que apresenta melhores
resultados quanto à harmonia social e à qualidade de vida da população.
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Um dos maiores obstáculos à existência de
regimes democráticos duradouros são os golpes de estado, que se caracterizam
por serem tomadas do poder abruptas por minorias, muitas vezes respaldadas no
apoio das forças armadas.
·
Talvez a frase que melhor qualifique o regime
democrático seja a que foi proferida pelo ex-primeiro-ministro inglês Winston
Churchill em 1947 em um discurso na câmara dos comuns britânica: a
democracia é a pior forma de governo, salvo todas as demais formas que têm sido
experimentadas de tempos em tempos.
·
Ou seja, seria um regime cheio de defeitos,
porém, ainda assim, seria melhor do que todas as outras formas alternativas de
regime político.
II OS EFEITOS DA IDEOLOGIA
1-Oposição a Deus
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O povo, desde sua libertação do Egito operada
por Yahweh (Jeová), vivia na organização dos “juízes” (homens escolhidos por
Deus para libertar o povo durante as dificuldades e para julgar os conflitos
segundo a Torah (Lei Mosaica)).
·
Sendo
povo de Deus, é óbvio que quem deveria para sempre os dirigir e os governar era
Senhor.
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O Todo-Poderoso era o Monarca Soberano de seu
povo – o Único Rei de Israel.
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Contudo,
aprouve ao povo, em um ato de pura rebeldia, repudiar o Senhor.
·
E nessa
loucura, requisitaram um rei. Pleitearam que um homem, um ser humano mortal, ao
invés do Criador do universo, dominasse sobre eles.
·
Deus, em sua
infinita misericórdia, concede o desejo, mas estabelece as regras da monarquia.
Permite a instituição desse modelo humano de governo porque faria surgir da
linhagem davídica o Rei, o Redentor e o Salvador: Jesus Cristo – Deus
encarnado.
·
Todavia, a
escolha do povo trouxe consequências catastróficas. A história dos reis de Judá
e Samaria é a história da decadência e ruína do povo santo.
2- Relativização Moral
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O
relativismo é uma corrente que nega toda verdade absoluta e perene assim como
toda ética absoluta, ficando a critério de cada indivíduo definir a sua verdade
e o seu bem.
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Opões-lhes o fundamentalismo, que afirma
peremptoriamente a existência de algumas verdades e algumas normas fundamentais.
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O
indivíduo se torna o padrão ou a medida de todas as coisas.
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Tal
atitude está baseada em fatores diversos, entre os quais o historicismo: com
efeito, a história mostra que tudo
evolui e se tornam obsoletas coisas que em tempos passados eram plenamente
válidas.
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A Igreja
rejeita o relativismo, mas também não aceita o fundamentalismo: ao lado de
verdades e normas perenes, existem outras, de caráter contingente e mutável.
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Ao
cristão toca o dever de testemunhar ao mundo de hoje que a profissão de fé e a Moral Cristã nada têm de obscurantista e de recusa dos
autênticos valores da civilização contemporânea.
3-A Deificação do Homem
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Jesus disse que uma vida boa nada tem a ver em
ser rico, por esta razão, guarde-se da cobiça (o desejo pelo que não tem).
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Isto é exatamente o oposto do que a sociedade
normalmente diz.
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Aos empresários gastam milhões de dinheiro com
publicidades e comerciais, a fim de levar os clientes a pensarem que se
comprarem os produtos anunciados, serão mais felizes, e estarão satisfeito e confortáveis.
·
O homem rico da parábola do Rico e o Lázaro
morreu sem antes de pudesse desfrutar do que estava guardando em seus grandes
celeiros.
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Vivemos em uma sociedade egoísta, materialista e
desfalcada do amor ao próximo.
·
As igrejas (denominações) que estão surgindo,
com lideranças que estão mais em busca dos bens materiais, e transmitem aos
congregados, o mesmo conceito de que ser rico é ser abençoado por Deus.
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As benções de Deus não estão relacionadas com
bens materiais, a prosperidade do salvo, está mais ligada a obediências a Deus
e a sua Palavra do que as especulações ou buscas frenéticas por bens materiais
e financeiros.
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As buscas por bens financeiros levou Judas a
trair o Mestre, e vende-lo por 30 moedas de prata, preço de um escravo, o que
prova que ele não valorizou o seu Mestre.
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O que se percebe é a sutileza do adversário
influenciando as pessoas a se tornarem um semideus, com seus orgulhos,
vaidades, presunção, arrogância, a se assemelharem ao “anjo Caído”, como está
registrado em Ez. 28.
III A IGREJA E A SUA MENSAGEM
1-Mensagem eterna
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A fé é exigente. A fé não pode ficar presa. A fé
não é estagnada. A fé se concretiza em ações. “Tive fome e me destes de comer”.
Tive sede e me destes de beber.
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Estava nu
e me vestistes. “Estava doente e encarcerado e fostes me visitar” (Mt
25,31-46). Assim disse Jesus que deveríamos agir. Tiago, em sua carta,
afirma que “sem obras, a fé é morta” (Tg 2,17b.).
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“A quem iremos Senhor? Tu tens palavras de Vida
eterna”. Aqueles primeiros que encontraram Jesus procuravam palavras e gestos
de encorajamento para o nosso desânimo. Para a falta de fé. Assim, irmãos e
irmãs, somente Jesus pode nos garantir palavras de mudança. Somente ele tem
palavras de Vida; e de vida eterna. “Por melhor que seja alguém, chega o dia em
que há de faltar, só o Deus vivo a palavra mantêm, e jamais ele a de falhar”.
2- Mensagem para o homem todo
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A vida eterna é vida sem fim, não limitada mais
pelo tempo. Jesus oferece a vida eterna a todo aquele que crê nele como seu
salvador. A grande esperança de todo cristão é a ressurreição para a vida
eterna.
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“Buscai primeiro o Reino de Deus, e tudo mais
vos será acrescentado” (Mt 6,33). Buscar o reino é buscar vida eterna. E quem
pode dar vida se não Jesus; “eu sou o caminho, a verdade e a VIDA” (Jo. 14,6.
Grifo meu). Em seguida, “eu vim para que todos tenham vida” (Jo 10,10b.). E dar
vida é gerar vida. É fazer com que o outro tenha vida.
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Muitas vezes, procuramos Jesus entre os mortos.
Não temos a coragem de reconhecer que ele está no meio de nós, vivo. “Porque
procurai dentre os mortos àquele que está vivo?” (Jo. 24,5d). Jesus vive. E de
que forma vive? Vive através de sua Igreja. Vive através dos cristãos
batizados. Vive naqueles que buscam e promovem a paz (Mt. 5,9a). Vive naqueles
que são perseguidos por causa da justiça (Mt. 5 10). Vive nos misericordiosos
(Mt 5,7).
3-Mensagem não ideológica
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Quero evidenciar a pretensão abominável de
muitos lideres religiosos amantes de si mesmos que apoiam políticos e partidos
com interesses exclusivamente financeiros, ou que promovem os seus próprios
amigos na política esperando facilidades quanto as suas pretensões neste mundo.
·
Estes
líderes transformam seus seguidores em currais eleitorais, implantam o medo,
satirizam e demonizam os seus opositores políticos, tudo com a intenção de
direcionarem o voto dos seus fiéis.
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Dizem que ‘não cai uma folha de uma árvore se
Deus não quiser’, ou ‘que toda autoridade foi constituída por Deus’, ou ‘que
tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus’, porém não creem no que
dizem.
Pr. Carlos Borges(CABB)
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