Gên. 37.5-10~
Introdução: Em uma casa onde
há filhos uma verdade é que uns adquirem mais afinidade com o pai e outros com
a mãe. Não que Rebeca amasse mais a Jacó do que a Esaú, não que Jacó amasse
mais José do que seus outros filhos, mas a verdade é que os filhos se unem mais
a um de seus pais. Então era José aquele que mais amava o pai, aquele que mais
agradava o velho Jacó.
I NA CASA DO PAI
1-Alvo de ódio e inveja(Gn.37.5)
·
Aprouve
a Deus que a José fosse lhe dado uma nome diferente de seus irmãos, ou seja,
Yossef, que significa “Descobridor de
coisas ocultas”.
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Percebendo Jacó que José era o que mais lhe
agradava e lhe buscava o bem, Jacó dá a José uma túnica.
·
Na verdade não foi feita por Jacó, mas segundo
os sábios judeus, era uma túnica que foi dada a Isaque por seu pai Abraão como um símbolo da marca da promessa.
·
Um adolescente de elevada
ética. José
nunca comungou com os desvios morais dos irmãos.
·
Mesmo arriscando-se às
mais duras e inesperadas represálias, delatava-os ao seu velho pai.
·
Ao começar a ser invejado por seus irmãos José
começou a correr perigo, pois um invejoso é capaz de fazer algo só para
prejudicar a pessoa que inveja.
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A Bíblia não detalha os malfeitos dos irmãos de José.
·
Mas dá a entender que
eram atos condenáveis e repugnantes aos olhos de Jacó.
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A integridade deve ser
cultivada na infância, para que floresça na adolescência e frutifique na
velhice. Que os nossos políticos aprendam essa lição com o jovem hebreu.
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Quando sonhamos sem percebermos qualquer coisa
ao nosso redor, algo acontece que são os invejosos maquinando pensamentos
horripilantes a nosso respeito.
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Algo que corrói o invejoso por dentro, pois
invejar é o mesmo que desejar ter o que o outro tem, ou desejar que o outro não
tenha assim como ele não tem.
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Sim! A inveja é um sentimento maldito e típico
de uma qualidade de Satanás.
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A exemplo de Jesus que também provocou a inveja
de seus irmãos.
2-Seus sonhos (Gn. 37.9)
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Contudo,
ele narrou seu segundo sonho, que pareceu mais perturbador ainda, pois, de
acordo com José, até mesmo o sol e a lua — supostamente seu pai e sua mãe
(embora esta já tivesse falecido, de acordo com Gn 35.16-20) — iam curvar-se
diante dele.
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As onze estrelas seriam os seus irmãos.
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Neste
trecho, até mesmo o pai se sentiu insultado por causa da atitude de José.
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Ele podia ter contado a respeito de seu sonho
com mais cuidado.
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Resultado: Seus irmãos, pois, o invejava, seu
pai, porém, guardava este negócio no seu coração.
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Apesar de no
princípio ter interpretado as palavras de seu filho como uma afronta, Jacó
considerou que os sonhos de José eram um claro anúncio de Deus (Conf. Lc
2.19).
3-Sua Imaturidade (Gn.37.3)
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José era um jovem ainda em formação, pois ainda
não havia alcançado alguma experiência em sua vida.
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José podia ter usado um pouco mais de tato e
prudência quando viu a resposta da sua família a respeito de seus sonhos.
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Isso fez com que ele muitas vezes agisse com
certa ingenuidade, e como tal, provocasse a inveja de seus irmãos.
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E Israel amava a José mais do que a todos os
seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de varias
cores.
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No caso de Jacó, está escrito que a razão deste
amor em maior dose por José.
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O grande amor da vida de Jacó chamava-se Raquel;
foi por Raquel que Jacó aceitou a ideia de trabalhar por sete anos e que
acabaram virando catorze. (Gn. 29.27).
·
Mas Jacó amava mais a Raquel do que a Lia
(vs.30) e continuou servindo a Labão por outros sete anos.
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Raquel ao conceber (Gn. 30.23,24) declarou: Deus me tirou o vexame e deu ao seu filho o
nome de José.
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Quando o amor está mais presente do que outras
circunstâncias, tudo é suportável.
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José era o fruto de um grande amor.
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Os demais eram somente frutos de simples
relações sexuais.
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E isto
faz a diferença.
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José era imaturo com relação aos seus irmãos,
mas, o diferencial era que Deus era com ele.
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DEUS NÃO
DÁ SONHOS SOMENTE ÀS PESSOAS MADURAS E PREPARADAS, MAS ELE PREPARA AQUELES E AQUELAS A QUEM ELE DÁ SONHOS.
II NO EGITO COMO ESCRAVO
1-Tentado e caluniado (Gn.39.7)
·
José era
bisneto de Abraão, amigo de Deus.
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À semelhança de seu pai, Jacó, e do avô, Isaque, era um homem de profundas
experiências com o Senhor.
·
A seu modo, era um profeta e um especialista
em sonhos.
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Entretanto, agindo de forma tão íntegra, adestrava-se a viver
no palácio do Faraó, onde a corrupção fazia parte dos protocolos, ritos e
liturgias oficiais.
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Ele não entrou em desespero e se esforçou em
fazer o melhor que podia no trabalho.
·
Desse modo, agiu de uma maneira que Deus podia
abençoar e logo ganhou o favor de seu novo amo.
·
Potifar percebeu que esse servo era abençoado
por seu Deus, e que essas bênçãos faziam sua casa prosperar.
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Aos poucos, José ganhou a confiança de Potifar a
ponto de ser encarregado de tudo o que havia em sua casa. — Gênesis 39:3-6.
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José valorizava a lealdade; a esposa de Potifar,
não.
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Lemos: “A
esposa de seu amo começou a levantar seus olhos para José e a dizer: ‘Deita-te
comigo.” (Gênesis
39:7).
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Como José disse, seu amo confiava nele.
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Potifar
havia entregado tudo o que possuía aos cuidados de José, menos sua esposa.
2-Preso Injustamente(Gn.39.20)
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Às vezes, os egípcios acorrentavam os
prisioneiros pelos cotovelos com os braços para trás; no caso de outros, eles
colocavam coleiras de ferro.
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José deve
ter sofrido muito com esses maus-tratos — ainda mais sem ter feito nada de
errado!
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O relato diz que José “continuou ali na casa da
prisão”.
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Ele ficou anos naquele lugar horrível! - José nem mesmo sabia se sairia dali algum dia.
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Os dias se transformaram em semanas, depois em
meses.
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O que o ajudou a não entrar em desespero?
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José foi vendido como escravo; Deus o abençoou e
ele foi promovido a um cargo de confiança, na casa de um importante oficial do
faraó e capitão da guarda.
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José foi falsamente acusado de estupro; Deus o
abençoou e ele conheceu pessoas muito influentes na prisão.
3-Deus era com ele (Gn. 39.21)
·
O que o ajudou a não entrar em desespero?
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“Deus
continuava com José e estendia-lhe benevolência.” (Gênesis
39:21)
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Nenhuma cela, corrente ou masmorra pode impedir
que os servos de Deus recebam seu amor leal. (Romanos 8:38, 39).
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Podemos
imaginar José abrindo seu coração a seu querido Pai celestial e daí sentindo a
paz e tranquilidade que só “o Deus de todo o consolo” pode dar. (2 Coríntios 1:3, 4; Filipenses 4:6, 7)
.
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De que outra maneira Deus ajudou José?
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Ele fez com
que José continuasse tendo “favor aos olhos do oficial principal da casa
da prisão”.
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José, por seu caráter ímpar, foi usado por Deus
de modo ímpar.
III NO EGITO COMO VICE REI
1- Exaltado (Gn.41.40)
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Agora,
chega o momento decisivo na vida de José, e os sonhos que ele havia tido quando
ainda morava em casa vão se cumprir (37.5-10).
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Depois
de dois anos na prisão, ele é chamado para explicar os sonhos do rei do Egito,
o que ele pode fazer porque o Senhor está
com ele (v. 16).
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José
se torna a segunda mais alta autoridade em todo o Egito.
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O Egito foi afligido por sete anos de seca; Deus
utilizou esse tempo para confirmar a habilidade que José tinha para lidar com
dificuldades.
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Ele será o salvador não somente dos egípcios,
mas também de pessoas de outros países (vs. 56-57; Sl 105.16-22).
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Todos os sofrimentos de José faziam parte do
caminho que o levariam ao governo do Egito.
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Quando
nasceu seu filho Efraim, José disse: “Deus
me fez crescer na terra da minha aflição” (Gn.41.51-52).
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Todos
querem crescer, mas não suportam a aflição. Murmuram, blasfemam, fogem,
abandonam o lugar determinado por Deus.
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Logo, não crescem. Entre os filhos de Jacó, José foi o que mais
sofreu.
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Em compensação, foi o mais usado por Deus.
2- Liberando
Perdão(Gn.50.17)
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Não é de se admirar que os irmãos de José
sentissem medo após a morte de Jacó.
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A culpa transforma o homem em covarde.
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Se eles
tivessem realmente considerado o caráter de José, teriam visto que ele estava
acima de qualquer vingança.
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José perdoou livremente seus irmãos.
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Deus o tinha colocado em uma posição de absoluto
poder sobre eles [vs.19].
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Ele não
dependia e nem necessitava deles.
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A única coisa que o motivava era o exemplo de
Deus, que livremente perdoa os pecadores [Efésios 4:32].
3- Cuidando da família (Gn. 50.21)
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Portanto, a sua atitude deveria ser de cooperar
com o propósito que Deus tinha de salvar e proteger seus irmãos (Gn 50.21).
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Estas são
apenas algumas, das inúmeras lições que podemos aprender com o estudo da
história desse personagem bíblico, cuja biografia ocupa a terça parte do livro
de Gênesis.
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José foi um personagem tão importante e de
caráter tão nobres, que a maioria dos estudantes da Bíblia reconhece em José e
em sua missão muitos paralelismos com a vida e a missão de Jesus.
Pr. Carlos Borges (CABB).
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