terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

JOSÉ; OS SONHOS QUE VÊM DE DEUS



Gên. 37.5-10~
Introdução: Em uma casa onde há filhos uma verdade é que uns adquirem mais afinidade com o pai e outros com a mãe. Não que Rebeca amasse mais a Jacó do que a Esaú, não que Jacó amasse mais José do que seus outros filhos, mas a verdade é que os filhos se unem mais a um de seus pais. Então era José aquele que mais amava o pai, aquele que mais agradava o velho Jacó.


I  NA CASA DO PAI
1-Alvo de ódio e inveja(Gn.37.5)
·        Aprouve a Deus que a José fosse lhe dado uma nome diferente de seus irmãos, ou seja, Yossef, que significa “Descobridor de coisas ocultas”.
·        Percebendo Jacó que José era o que mais lhe agradava e lhe buscava o bem, Jacó dá a José uma túnica.
·        Na verdade não foi feita por Jacó, mas segundo os sábios judeus, era uma túnica que foi dada a Isaque por seu pai  Abraão como um símbolo da marca da promessa.
·         Um adolescente de elevada ética. José nunca comungou com os desvios morais dos irmãos.
·         Mesmo arriscando-se às mais duras e inesperadas represálias, delatava-os ao seu velho pai.
·        Ao começar a ser invejado por seus irmãos José começou a correr perigo, pois um invejoso é capaz de fazer algo só para prejudicar a pessoa que inveja.
·        A Bíblia não detalha os malfeitos dos irmãos de José.
·         Mas dá a entender que eram atos condenáveis e repugnantes aos olhos de Jacó.
·         A integridade deve ser cultivada na infância, para que floresça na adolescência e frutifique na velhice. Que os nossos políticos aprendam essa lição com o jovem hebreu.
·        Quando sonhamos sem percebermos qualquer coisa ao nosso redor, algo acontece que são os invejosos maquinando pensamentos horripilantes a nosso respeito.
·        Algo que corrói o invejoso por dentro, pois invejar é o mesmo que desejar ter o que o outro tem, ou desejar que o outro não tenha assim como ele não tem.
·        Sim! A inveja é um sentimento maldito e típico de uma qualidade de Satanás.
·        A exemplo de Jesus que também provocou a inveja de seus irmãos.


2-Seus sonhos (Gn. 37.9)
·         Contudo, ele narrou seu segundo sonho, que pareceu mais perturbador ainda, pois, de acordo com José, até mesmo o sol e a lua — supostamente seu pai e sua mãe (embora esta já tivesse falecido, de acordo com Gn 35.16-20) — iam curvar-se diante dele.
·        As onze estrelas seriam os seus irmãos. 
·        Neste trecho, até mesmo o pai se sentiu insultado por causa da atitude de José.
·         Ele podia ter contado a respeito de seu sonho com mais cuidado.
·         Resultado: Seus irmãos, pois, o invejava, seu pai, porém, guardava este negócio no seu coração.
·        Apesar de no princípio ter interpretado as palavras de seu filho como uma afronta, Jacó considerou que os sonhos de José eram um claro anúncio de Deus (Conf. Lc 2.19). 


3-Sua Imaturidade (Gn.37.3)
·        José era um jovem ainda em formação, pois ainda não havia alcançado alguma experiência em sua vida.
·        José podia ter usado um pouco mais de tato e prudência quando viu a resposta da sua família a respeito de seus sonhos.
·        Isso fez com que ele muitas vezes agisse com certa ingenuidade, e como tal, provocasse a inveja de seus irmãos.
·        E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de varias cores.
·        No caso de Jacó, está escrito que a razão deste amor em maior dose por José.
·        O grande amor da vida de Jacó chamava-se Raquel; foi por Raquel que Jacó aceitou a ideia de trabalhar por sete anos e que acabaram virando catorze. (Gn. 29.27).
·        Mas Jacó amava mais a Raquel do que a Lia (vs.30) e continuou servindo a Labão por outros sete anos.
·        Raquel ao conceber (Gn. 30.23,24) declarou: Deus me tirou o vexame e deu ao seu filho o nome de José.
·        Quando o amor está mais presente do que outras circunstâncias, tudo é suportável.
·        José era o fruto de um grande amor.
·        Os demais eram somente frutos de simples relações sexuais.
·         E isto faz a diferença.
·        José era imaturo com relação aos seus irmãos, mas, o diferencial era que Deus era com ele.
·        DEUS NÃO DÁ SONHOS SOMENTE ÀS PESSOAS MADURAS E PREPARADAS, MAS ELE PREPARA AQUELES  E AQUELAS A QUEM ELE DÁ SONHOS.


II  NO EGITO COMO ESCRAVO
1-Tentado e caluniado (Gn.39.7)
·        José era bisneto de Abraão, amigo de Deus.
·        À semelhança de seu pai, Jacó, e do avô, Isaque, era um homem de profundas experiências com o Senhor.
·        A seu modo, era um profeta e um especialista em sonhos.
·        Entretanto, agindo de forma tão íntegra, adestrava-se a viver no palácio do Faraó, onde a corrupção fazia parte dos protocolos, ritos e liturgias oficiais.
·        Ele não entrou em desespero e se esforçou em fazer o melhor que podia no trabalho.
·        Desse modo, agiu de uma maneira que Deus podia abençoar e logo ganhou o favor de seu novo amo.
·        Potifar percebeu que esse servo era abençoado por seu Deus, e que essas bênçãos faziam sua casa prosperar.
·        Aos poucos, José ganhou a confiança de Potifar a ponto de ser encarregado de tudo o que havia em sua casa. — Gênesis 39:3-6.
·        José valorizava a lealdade; a esposa de Potifar, não.
·        Lemos: “A esposa de seu amo começou a levantar seus olhos para José e a dizer: ‘Deita-te comigo.” (Gênesis 39:7).
·        Como José disse, seu amo confiava nele.
·         Potifar havia entregado tudo o que possuía aos cuidados de José, menos sua esposa.


2-Preso Injustamente(Gn.39.20)
·        Às vezes, os egípcios acorrentavam os prisioneiros pelos cotovelos com os braços para trás; no caso de outros, eles colocavam coleiras de ferro.
·         José deve ter sofrido muito com esses maus-tratos — ainda mais sem ter feito nada de errado!
·        O relato diz que José “continuou ali na casa da prisão”.
·        Ele ficou anos naquele lugar horrível! - José nem mesmo sabia se sairia dali algum dia.
·        Os dias se transformaram em semanas, depois em meses. 
·        O que o ajudou a não entrar em desespero?
·        José foi vendido como escravo; Deus o abençoou e ele foi promovido a um cargo de confiança, na casa de um importante oficial do faraó e capitão da guarda.
·        José foi falsamente acusado de estupro; Deus o abençoou e ele conheceu pessoas muito influentes na prisão.


3-Deus era com ele (Gn. 39.21)
·        O que o ajudou a não entrar em desespero?
·        “Deus continuava com José e estendia-lhe benevolência.” (Gênesis 39:21)
·        Nenhuma cela, corrente ou masmorra pode impedir que os servos de Deus recebam seu amor leal. (Romanos 8:38, 39).
·         Podemos imaginar José abrindo seu coração a seu querido Pai celestial e daí sentindo a paz e tranquilidade que só “o Deus de todo o consolo” pode dar. (2 Coríntios 1:3, 4; Filipenses 4:6, 7) .
·        De que outra maneira Deus ajudou José?
·         Ele fez com que José continuasse tendo “favor aos olhos do oficial principal da casa da prisão”.
·        José, por seu caráter ímpar, foi usado por Deus de modo ímpar.


III NO EGITO COMO VICE REI
1- Exaltado (Gn.41.40)
·        Agora, chega o momento decisivo na vida de José, e os sonhos que ele havia tido quando ainda morava em casa vão se cumprir (37.5-10).
·        Depois de dois anos na prisão, ele é chamado para explicar os sonhos do rei do Egito, o que ele pode fazer porque o Senhor está com ele (v. 16).
·        José se torna a segunda mais alta autoridade em todo o Egito.
·        O Egito foi afligido por sete anos de seca; Deus utilizou esse tempo para confirmar a habilidade que José tinha para lidar com dificuldades.
·         Ele será o salvador não somente dos egípcios, mas também de pessoas de outros países (vs. 56-57; Sl 105.16-22).
·        Todos os sofrimentos de José faziam parte do caminho que o levariam ao governo do Egito.
·         Quando nasceu seu filho Efraim, José disse: “Deus me fez crescer na terra da minha aflição” (Gn.41.51-52).
·         Todos querem crescer, mas não suportam a aflição. Murmuram, blasfemam, fogem, abandonam o lugar determinado por Deus.
·        Logo, não crescem.  Entre os filhos de Jacó, José foi o que mais sofreu.
·        Em compensação, foi o mais usado por Deus.


2- Liberando Perdão(Gn.50.17)
·        Não é de se admirar que os irmãos de José sentissem medo após a morte de Jacó.
·        A culpa transforma o homem em covarde.
·         Se eles tivessem realmente considerado o caráter de José, teriam visto que ele estava acima de qualquer vingança.
·        José perdoou livremente seus irmãos.
·        Deus o tinha colocado em uma posição de absoluto poder sobre eles [vs.19].
·         Ele não dependia e nem necessitava deles.
·        A única coisa que o motivava era o exemplo de Deus, que livremente perdoa os pecadores [Efésios 4:32].

3- Cuidando da família (Gn. 50.21)
·        Portanto, a sua atitude deveria ser de cooperar com o propósito que Deus tinha de salvar e proteger seus irmãos (Gn 50.21).
·         Estas são apenas algumas, das inúmeras lições que podemos aprender com o estudo da história desse personagem bíblico, cuja biografia ocupa a terça parte do livro de Gênesis.
·        José foi um personagem tão importante e de caráter tão nobres, que a maioria dos estudantes da Bíblia reconhece em José e em sua missão muitos paralelismos com a vida e a missão de Jesus.
Pr. Carlos Borges (CABB).

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