sexta-feira, 4 de setembro de 2020

DOM DE PROFECIA E ORDEM NO CULTO


1 Co. 14.1-40
Introdução: Os coríntios tinham muitos problemas relacionados com o uso dos dons espirituais. Em resposta, Paulo observou que os dons eram temporários, durando até completar a revelação do Novo Testamento (13:8-13). Ele também lhes disse como usar esses dons durante a era na qual eles ainda estavam em vigor.


I DOM DE PROFECIA
1- Incentivado a buscar(1 Co.14.1)
1.      Tudo para edificação (14:1-19). A meta das reuniões cristãs tinha sido sempre a edificação, o desenvolvimento espiritual dos irmãos.
2.       A profecia edificava os coríntios porque ensinava, consolava e exortava.
3.       Mas falar em línguas (i. e., em outras línguas) nos cultos em Corinto não edificava porque somente Deus e a pessoa que falava sabiam o que estava sendo dito.
4.       O único modo pelo qual falar em línguas estrangeiras poderia edificar os coríntios era se alguém as traduzisse para a língua que falavam; de outro modo era como uma trombeta soando uma advertência ininteligível, inútil.
5.       Paulo não estava "rebaixando" as línguas porque ele não podia falá-las; ele podia.
6.       Mas sabia que as reuniões da igreja fortaleceriam os irmãos somente quando os presentes entendessem a linguagem que estava sendo falada.



2-As línguas edificam quem fala (1 Co.14.2)
1.      O dom de falar  em línguas( idioma desconhecido) era uma preocupação da igreja coríntia  porque o uso desse  dom causava desordem na adoração.
2.      Falar em línguas é um dom legítimo do Espírito Santo, mas os crentes  coríntios  o estavam usando como um sinal de superioridade  espiritual, e não como um meio de alcançar a unidade espiritual.
3.      Os dons espirituais somente são benéficos quando usados  adequadamente, visando ajudar todos os membros da igreja.
4.      Não devemos  exercitá-los somente para nos sentirmos bem.
5.      Paulo fez varias observações referente a falar em línguas: 1- Um dom espiritual de Deus (14.2); 2-É um dom desejável, embora não seja um requisito da fé (12.28-31) ; 3- É menos importante do que a Profecia e o ensino (14.4).
6.      Embora o próprio Paulo falasse em línguas, enfatizava a Profecia, porque  esta beneficia a igreja inteira, enquanto falar em línguas  beneficia principalmente o locutor(quem fala).
7.      A adoração  pública deve ser compreensível e edificante para a igreja como um todo.


3-As Profecias edifica a igreja ( 1 Co.14.3)
1.      Paulo logo de inicio nos da a impressão de colocar as coisa em uma balança, onde parecia que os irmão daquela igreja, estavam buscando com muito zelo muitos dons, sendo que deveriam, buscar ou seguir com mais zelo, o amor, a caridade.
2.       E que colocado todos os dons numa balança, o principal para o crescimento da igreja não era o “falar em línguas”, mas o “profetizar”.
3.      v.3 -Mas o que o que profetiza  fala aos homens  para edificação, exortação e consolação1Co.14.3).
4.      O que mais traz honra para o ministro é aquilo que mais causa  a edificação da igreja e não o que demonstra  seus dons para a uma maior vantagem  pessoal.
5.      Ele age em uma esfera estreita quando  visa a si mesmo, porém, o seu espírito  e caráter  aumenta em proporção à sua utilidade, quer dizer, sua própria  intenção  e esforço par ser útil.
6.      Paulo prefere que o cristão coríntio exerça este dom no meio dos coríntios, em vez de falar língua estranha, por meio do qual o cristão simplesmente edifica-se a si mesmo.
7.      Profetiza é maior [...] anão ser que também interprete.
8.      Quando for interpretado, o dom de falar línguas será proveitoso para a igreja.


II MAIS UTIL NO CULTO
1-Profecia é mais útil (1Co.14.5)
1.      Paulo na sua didática traz algumas considerações que devemos observar no nosso tempo, os tempos mudam, mas, não a Palavra de Deus.
2.      A preocupação de Paulo tem sentido, pois muitos que tiveram o dons de falar em línguas estavam usando esse “beneficio espiritual” para se colocaram acima dos demais.
3.      Este tipo de procedimento, não ajuda a obra de Deus, mas cria instabilidade espiritual, com porfias (pessoas que se acham mais espirituais), divisões (grupos partidários), e outras situações que faz o povo de Deus perder sua visão do reino de Deus.
9.      A igreja não é  não é um Reality Show( onde são mostradas as realidades de cada pessoa no cotidiano), onde as pessoas se reúnem para mostrar suas “ qualidades pessoas” ou seus “ conceitos pessoas.”
10.    Entenda que Paulo sabia que o dom de falar em língua estranha com Deus edificava a pessoa que falava.
11.     Paulo não queria que uma única pessoa crescesse espiritualmente dentro da igreja.
12.    Ele queria que a igreja crescesse como um todo.
13.    Muito ao contrário do que vemos hoje em dia, onde, pessoas com mais dons ou com alguns dons específicos, tem todas as opções de crescimento enquanto que outros são mantidos na total obscuridade por toda a vida.
14.    Paulo sabia que a verdadeira obra de Deus era a edificação de uma igreja forte e um igreja forte era forma por um povo forte espiritualmente e não por meia dúzias de pessoas  “cheias de dons”.

2-Linguagem com interpretação ( 1 Co. 14.13-15)
1.      A meta das reuniões cristãs tinha sido sempre a edificação, o desenvolvimento espiritual dos irmãos.
2.       A profecia edificava os coríntios porque ensinava, consolava e exortava.
3.       Mas falar em línguas (i. e., em outras línguas) nos cultos em Corinto não edificava porque somente Deus e a pessoa que falava sabiam o que estava sendo dito.
4.       O único modo pelo qual falar em línguas estrangeiras poderia edificar os coríntios era se alguém as traduzisse para a língua que falavam.
5.      De outro modo era como uma trombeta soando uma advertência ininteligível, inútil.
6.      Todavia, falar em línguas humanas estrangeiras, sem que houvesse interpretação, também seria um tipo de oração dirigida a Deus e não ao povo, uma vez que "ninguém o entende" e em espírito, fala mistérios.
7.      Essa expressão admite duas interpretações: (1)   Até mesmo aquele que fala não entende o que está dizendo. (2)   Essa frase deveria ser traduzida como "no Espírito", enfatizando a inspiração divina que envolve a pronúncia de mistérios.

3-Prova da Presença de Deus ( 1 Co 14.25)
1.      O modo como os coríntios falavam em línguas não ajudava ninguém.
2.      Os crentes não entenderam o que estava sendo dito( o que  as pessoas estavam falando).
3.      Os incrédulos pensavam que as pessoas que falavam em línguas eram loucas.
8.      Falar em línguas deve ser um sinal para os incrédulos como foi em At.2.
9.      O falar em línguas deve ser acompanhado do dom de interpretação.
10.    Dessa forma os incrédulos serão convencido de uma realidade espiritual e motivados a progredir na fé cristã.
11.    Neste ponto, Paulo passa da discussão teológica para a aplicação na congregação.
12.     Tendo mostrado que o fato de eles falarem em línguas tinha valor limitado para a igreja e ainda era prejudicial a ela, Paulo mostra vividamente o que o modo desordenado de falarem em línguas estava causando aos incrédulos.
13.     Toda vez que a igreja se reunia, os indoutos ou infiéis participavam da reunião, e os coríntios estavam falando em línguas (possivelmente sem interpretação), esses cristãos pareciam loucos.
14.    No entanto, quando esses não cristãos ouviam os cristãos profetizarem na congregação, a mensagem os convencia, de modo que, lançando-se sobre seu rosto, eles adoravam a Deus.

III ORDEM NO CULTO
1-Participação de todos. (1 Co.14.26
1.      Paulo, agora, apresenta aos coríntios um exemplo de como deveria ser conduzida a reunião de uma igreja local.
2.       Se cada um de vós trouxer para o culto a habilidade especial que Deus vos deu e tudo for feito para edificação, a igreja como um todo será beneficiada.
3.       Salmo, provavelmente, refere-se a um salmo cantado do Antigo Testamento (compare com Cl 3.16; Ef 5.19).
4.       E muito provável que o ensino consistisse de uma apresentação de alguma verdade do Antigo Testamento ou ensinamento dos apóstolos.
5.       Embora o apóstolo tenha procurado cortar o excesso, ele ainda reconhece que havia um lugar apropriado para o dom de línguas (tem língua) com interpretação.
6.      Aquele que recebe uma revelação pode ser o profeta que fala a palavra de Deus (v. 29-32).

2-Participação com Ordem (1 Co.14.27,28)
1.      O apóstolo apresenta algumas diretrizes que tinham por objetivo manter o dom de línguas sob controle e, não obstante, permitir ao Espírito de Deus usar o dom por meio da igreja.
2.      Ele limita a três o número de manifestações desse dom em uma reunião da igreja e diz que elas devem ser em ordem (por sua vez), e cada uma dessas manifestações deve ser interpretada.
3.       Antes de falarem em línguas, eles precisam ter certeza de que há algum intérprete ou de que quem fala em línguas irá interpretar (compare os versículos 5 e l3 ).
4.      Se não houver intérprete, esteja calado. 
5.      Se ninguém é capaz de interpretar o que é dito, então, quem fala línguas não deve falar.
6.      A palavra grega usada para calado (sigao) significa não dizer nada.

3-Decência e ordem (1 Co.14.28-40)
1.      Por mais benéfico que seja profetizar, até aqui Paulo procura ordenar a atividade.
2.      Há pouco tempo em um culto e há muito a ser feito.
3.      Os outros julguem indica que ninguém, nem mesmo uma pessoa exercendo um dom da graça, está isento de julgar a igreja (1 Co 6.5; 11.29,31).
4.      Esse julgamento poderia ser feito pelos outros profetas presentes.
5.      Revelada, sem dúvida, mostra que profetizar é mais do que consideramos pregar ou falar sobre os textos das Escrituras.
6.      Assemelha-se à profecia do Antigo Testamento, na qual Deus dá a revelação a um servo para que ele a entregue ao povo de Deus.
7.      Cale-se o primeiro é similar à admoestação no versículo 28 com relação a quem fala em línguas.
8.       Quem fala em línguas não deve interromper o outro.
9.      Todas as coisas devem ser feitas com ordem (v. 40).
 Pr. Carlos Borges (CABB)

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