At.6.1-57 –
At.7.54-60
Introdução: Quando lemos a respeito da Igreja Primitiva, somos
informado sobre os milagres, a solidariedade, a generosidade e a comunhão dos
cristãos e podemos desejar ter feito
parte desta Igreja Perfeita. Nenhuma
igreja foi ou será perfeita até que Cristo e seus seguidores estejam
unidos em sua segunda vinda.
I DESAFIOS À EXPANSÃO
1-Distribuição de Alimentos (At. 6.1)
1. Mas
na verdade, a Igreja Primitiva tinha problemas, assim como temos hoje.
2. À medida que a Igreja crescia, aumentavam as
necessidades e os problemas a serem resolvidos, ou seja, a demanda de trabalho
era enorme para os apóstolos.
3. Contudo, eles sabiam que para que o fluir de Deus continuasse na Igreja eles precisavam continuar
dedicados à Palavra de
Deus e a oração.
4. Foi dessa necessidade que surgiu o ministério dos
diáconos (do grego antigo ministro, servo, ajudante).
5. Os apóstolos se
reuniram oraram e nomearam a princípio sete diáconos para auxiliar no
ministério.
6. De agora em diante, as questões funcionais da Igreja
passavam a ser responsabilidade deles.
7.
Um dos
diáconos que mais se destacou na Igreja Primitiva foi Estevão: “homem cheio de fé e do Espírito Santo”.
8. Ele era poderoso em Deus.
9. Anunciava o
Evangelho de Jesus Cristo e Deus por meio dele operava sinais
extraordinários.
2-A Instituição dos Diáconos (At. 6.2)
1. A medida que a Igreja Primitiva crescia, suas
necessidades aumentavam.
2. Uma delas era organizar a distribuição de alimentos
para os pobres.
3. Os apóstolos precisavam concentrar-se na pregação,
então escolheram diáconos par administrar o problema, isto, é,
a distribuição de alimentos.
4. Cada cristão tinha uma função vital a desempenhar na
Igreja.
5. É necessitamos de uma estrutura para não deixamos
ninguém desamparado.
6. Não temos que termos posição social elitista diante dos
irmãos, mais sim para servir, por isso somos ministros (servo ) e dedicamos
nossos ministérios ( servindo) aos nossos irmãos.
7. Eles não foram escolhidos por sua posição social, ou
para agradar alguém, foram colocadas características próprias para cumprir a
missão de servir as mesas.
3- Implementação e resultados (At. 67)
1. Crescia a palavra de Deus. O que o Jesus Cristo tinha feito na vida das
pessoas estava espalhando-se em toda a região.
2. Homens e mulheres tornaram-se discípulos submissos ao
senhorio de Cristo.
3. Eles não estavam envergonhados da fé que professavam;
ao contrário, com grande coragem suportavam o testemunho da verdade do
evangelho que mudara suas vidas.
4. Aquilo que
Jesus havia prometido estava se cumprindo.
5. Por causa dos salvos que partilhavam com os outros as
boas-novas, a Igreja experimentou grande e extraordinário crescimento.
6. Os que vieram a conhecer a Cristo não guardaram tal
conhecimento para si, mas saíram e partilharam com os outros.
7. Em outras palavras, os problemas podem surgir para
prejudicar, mas, no fim, tomadas as devidas providências, Deus será
Glorificado.
8. O Evangelho de Cristo é infinitamente mais poderoso
para nos unir do que qualquer
diferença sociocultural para nós
separar.
II
O DIÀCONO ONTEM E HOJE
1-Servo (At.6.2)
1. Os apóstolos sabiam que a resolução do problema
carecia de apoio e atenção.
2. Embora os
apóstolos fossem sensíveis o bastante para reconhecer a natureza da questão,
eles também foram cuidadosos para reconhecer as prioridades estabelecidas pela
vontade de Deus sobre os líderes da Igreja.
3. Eles não podiam
deixar de fazer aquilo que Deus os vocacionara para fazer — pregar e ensinar a
Palavra de Deus, e conduzir a Igreja em oração — a fim de servir as mesas.
4. Era preciso fazer algo para suprir as necessidades dos
cristãos carentes.
5. O trabalho de administrar e distribuir assistência aos
necessitados teria de ser contínuo, portanto, um ministério de serviço,
diferenciado do ministério da Palavra.
6. A palavra serviço aqui e ministério (v. 4) é a mesma
palavra traduzida em português, em outros contextos, por diácono.
2-Requisitos Bíblicos (At.6.3)
1. Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões.
2. Os líderes da Igreja incluíram toda a congregação no
processo de escolha.
3. O conselho
local das comunidades judaicas normalmente consistia de sete homens conhecidos
como os sete da cidade.
4. Os tais eram
conhecidos pelo seu comportamento
exemplar na comunidade.
5.
No caso dos
diáconos escolhidos para servir à Igreja, eles deviam ser escolhidos entre as
pessoas de boa reputação, e entre os
cheios do Espírito Santo e de sabedoria.
6. A vida desses
homens deveria ser condizente com a fé que professavam.
7.
Eles sabiam
qual era a vontade de Deus e estavam
comprometidos em levar seu testemunho
até o fim de suas vidas (Ef 5.15-18).
8. Assim, eles
eram confiáveis para assumir tal responsabilidade
e autoridade.
3-Solucionador de Problemas (At.6.1)
1. Havia outro problema interno na Igreja Primitiva.
2. Os judeus de origem hebraica falavam hebraico.
3. Os judeus helenistas falavam grego.
4. Estes judeus de outras parte do mundo provavelmente se
converteram ao cristianismo no
Pentecostes.
5. Os cristãos que falavam grego reclamaram que suas
viúvas não eram tratadas de forma igual.
6. Talvez esse favoritismo não fosse intencional, a causa
seria a barreira causada pelo idioma.
7. Para corrigir a situação, os apóstolos constituíram
sete homens responsáveis que falavam grego como responsáveis pelo programa de distribuição de alimentos.
9. Isto resolveu o problema e permitiu que os apóstolos
mantivesse seu foco no ensino e na pregação das Boas Novas de Jesus.
III
O SERMÃO DO MARTÍRIO DE ESTEVÃO
1--O Sermão de Estevão (At.7.1-50).
1. Crescia a palavra de Deus - O que o Jesus Cristo tinha feito na vida das
pessoas estava espalhando-se em toda a região.
2. Homens e
mulheres tornaram-se discípulos submissos ao senhorio de Cristo.
3. Eles não
estavam envergonhados da fé que professavam; ao contrário, com grande coragem
suportavam o testemunho da verdade do evangelho que mudara suas vidas.
4. Aquilo que
Jesus havia prometido estava se cumprindo.
5. Por causa dos salvos que partilhavam com os outros as
boas-novas, a Igreja experimentou grande e extraordinário crescimento.
6. Os que vieram a
conhecer a Cristo não guardaram tal conhecimento para si, mas saíram e
partilharam com os outros.
7. Grande parte
dos sacerdotes.
8. Calcula-se que
havia em Jerusalém ao menos oito mil sacerdotes.
9. Lucas não está fazendo menção aqui aos que atacaram a fé
(At 4.1,2; 5.17,18).
10. A maioria desses
sacerdotes não era das mais altas famílias sacerdotais.
11. Eles tinham vocações comuns que lhes permitiam servir
no templo periodicamente — caso semelhante ao de Zacarias, o pai de João
Batista.
12. Tratava-se de homens humildes, sacerdotes dedicados a
Deus que se tornaram obedientes à fé, que reconheciam ser Jesus o Cristo.
13. O significado
do serviço deles no templo foi elevado porque eles entenderam a verdade por
trás dos rituais que executavam.
2-A Rejeição do Espírito Santo (At.7.51-53)
1. Na epístola aos
efésios está escrito: “Não entristeçam o
Espírito Santo de Deus,
com o qual vocês foram selados para o dia da redenção”.
2. Livrem-se de
toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade.”
(Ef 4:30,31).
3. Resistir ao
Espírito Santo é recusar, de forma consciente, a sua vontade divina transmitida
por Ele.
4. Entristecemos o
Espírito Santo quando estimulamos as obras da carne por meio da conversação
maligna e corrupta, da linguagem impura e pecaminosa.
5.
Ademais,
muitos entristecem o Espírito Santo quando se esquecem de que Ele nos convence
do pecado, levando-nos próximos à justiça e ao juízo, e assim, quando não
aceitamos a correção do Espírito e insistimos em praticar coisas que
entristecem o Espírito de Deus, Ele se entristece, afinal, Ele
é uma Pessoa.
1. Dura
cerviz - É o mesmo que coração endurecido; é obstinado (persistente,
teimoso), e não cede – é o caráter
generalizado da nação israelita (Dt.9.6-13).
2. Incircunciso
de coração e de Ouvido: O coração e o ouvido deles não são piedosos e
nem estão entregues a Deus.
3. Homens
de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao
Espírito Santo; assim vós sois como vossos pais.
4. Os homens da Bíblia não são
pensadores e teóricos, que desenvolvem sistemas de visão de mundo ou teológicos
sobre Deus, mas são testemunhas do Deus vivo, por meio dos quais Ele atua.
5. Porque a graça de Deus, por
sua vez, tampouco é mera intenção amigável dele, e sim uma ação poderosa de
socorro.
6. A
igreja cresceu em Jerusalém e com esse crescimento sobrevieram discórdias
internas.
7. Mesmo
assim, a igreja permaneceu firme e continuou a crescer em número em Jerusalém.
3-O Martírio de Estevão (At. 7.54-60).
1. Estêvão
era um membro da Igreja de Jerusalém, e aparece na narrativa bíblica no livro
de Atos dos Apóstolos.
2. Ao
ouvirem essas graves acusações feitas por Estêvão àqueles homens ficaram
completamente enfurecidos.
3. Mesmo
assim, Estêvão fez uma grandiosa declaração que ficaria perpetuada nas páginas
da Bíblia. Ele disse: “Eis que vejo os céus abertos e o Filho do
Homem em pé à destra de Deus” (Atos 7.56).
4. Estêvão sabia que Jesus era o seu advogado.
5. Isso
não significava que ele seria livrado da morte, mas que a justiça de Deus
vindicaria não somente seu sangue, mas o sangue de todos os mártires
(Apocalipse 6.10,11).
6. Então
aqueles homens agarram Estêvão, o levaram para fora da cidade e o apedrejaram.
7. O texto de Atos nos diz que as vestes dos
executantes de Estêvão foram deixadas aos pés de um jovem chamado Saulo, que
consentia na morte de Estêvão (Atos 7.58-60).
8. Estêvão
aparece muito rapidamente na narrativa bíblica.
9. Não sabemos nenhuma informação biográfica
sobre ele, ou qualquer outro detalhe que faz com que seja possível conhecermos
um pouco melhor sua origem.
10. No
entanto, o curto relato sobre ele no livro de Atos é suficiente para termos a
certeza do tipo de homem que Estêvão foi.
11. Quando
olhamos para seu testemunho diante de uma morte iminente, percebemos que aquela
discussão citada sobre sua origem, se ele era da Palestina ou da Dispersão, não
faz qualquer sentido.
12. Isso porque Estêvão era um cidadão do
céu.
13. Ele
amava mais a sua pátria celestial do que suas tradições e origem terrena.
14. Ele
amava mais a vida de seu Mestre, do que sua própria vida.
15. É
impossível não percebermos as semelhanças entre as acusações sofridas por
Estêvão, bem como sua própria morte, e as acusações depositadas sobre Jesus e
sua morte no Calvário.
16. Estêvão foi condenado à morte por falsas
acusações, tal como Jesus também o foi (cf. Mateus 26:59-61; Marcos 14:58).
Pr.Carlos Borges (CABB)
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