quinta-feira, 12 de novembro de 2020

A EXPANSÃO DA IGREJA E O MARTÍRIO DE ESTEVÃO

 


At.6.1-57 – At.7.54-60

Introdução: Quando lemos a respeito da Igreja Primitiva, somos informado sobre os milagres, a solidariedade, a generosidade e a comunhão dos cristãos e podemos  desejar ter feito parte  desta Igreja Perfeita. Nenhuma igreja foi ou será perfeita até que Cristo e seus seguidores estejam unidos  em sua segunda vinda.

 

I DESAFIOS À EXPANSÃO

1-Distribuição de Alimentos (At. 6.1)

1.      Mas na verdade, a Igreja Primitiva tinha problemas, assim como temos hoje.

2.      À medida que a Igreja crescia, aumentavam as necessidades e os problemas a serem resolvidos, ou seja, a demanda de trabalho era enorme para os apóstolos. 

3.      Contudo, eles sabiam que para que o fluir de Deus continuasse na Igreja eles precisavam continuar dedicados à Palavra de Deus e a oração.

4.      Foi dessa necessidade que surgiu o ministério dos diáconos (do grego antigo ministro, servo, ajudante).

5.       Os apóstolos se reuniram oraram e nomearam a princípio sete diáconos para auxiliar no ministério.

6.      De agora em diante, as questões funcionais da Igreja passavam a ser responsabilidade deles.

7.      Um dos diáconos que mais se destacou na Igreja Primitiva foi Estevão: “homem cheio de fé e do Espírito Santo”.

8.      Ele era poderoso em Deus.

9.       Anunciava o Evangelho de Jesus Cristo e Deus por meio dele operava sinais extraordinários.

 

2-A Instituição dos Diáconos (At. 6.2)

1.      A medida que a Igreja Primitiva crescia, suas necessidades  aumentavam.

2.      Uma delas era organizar a distribuição de alimentos para os pobres.

3.      Os apóstolos precisavam concentrar-se na pregação, então  escolheram  diáconos par administrar o problema, isto, é, a distribuição de alimentos.

4.      Cada cristão tinha uma função vital a desempenhar na Igreja.

5.      É necessitamos de uma estrutura para não deixamos ninguém desamparado.

6.      Não temos que termos posição social elitista diante dos irmãos, mais sim para servir, por isso somos ministros (servo ) e dedicamos nossos ministérios ( servindo) aos nossos irmãos.

7.      Eles não foram escolhidos por sua posição social, ou para agradar alguém, foram colocadas características próprias para cumprir a missão de servir as mesas.

 

3- Implementação e resultados (At. 67)

1.      Crescia a palavra de Deus. O que o Jesus Cristo tinha feito na vida das pessoas estava espalhando-se em toda a região.

2.      Homens e mulheres tornaram-se discípulos submissos ao senhorio de Cristo.

3.      Eles não estavam envergonhados da fé que professavam; ao contrário, com grande coragem suportavam o testemunho da verdade do evangelho que mudara suas vidas.

4.       Aquilo que Jesus havia prometido estava se cumprindo.

5.      Por causa dos salvos que partilhavam com os outros as boas-novas, a Igreja experimentou grande e extraordinário crescimento.

6.      Os que vieram a conhecer a Cristo não guardaram tal conhecimento para si, mas saíram e partilharam com os outros.

7.      Em outras palavras, os problemas podem surgir para prejudicar, mas, no fim, tomadas as devidas providências, Deus será Glorificado.

8.      O Evangelho de Cristo é infinitamente mais poderoso para nos unir do que qualquer  diferença  sociocultural para nós separar.   

 

II O DIÀCONO ONTEM E HOJE

1-Servo (At.6.2)

1.      Os apóstolos sabiam que a resolução do problema carecia de apoio e atenção.

2.       Embora os apóstolos fossem sensíveis o bastante para reconhecer a natureza da questão, eles também foram cuidadosos para reconhecer as prioridades estabelecidas pela vontade de Deus sobre os líderes da Igreja.

3.       Eles não podiam deixar de fazer aquilo que Deus os vocacionara para fazer — pregar e ensinar a Palavra de Deus, e conduzir a Igreja em oração — a fim de servir as mesas.

4.      Era preciso fazer algo para suprir as necessidades dos cristãos carentes.

5.      O trabalho de administrar e distribuir assistência aos necessitados teria de ser contínuo, portanto, um ministério de serviço, diferenciado do ministério da Palavra.

6.      A palavra serviço aqui e ministério (v. 4) é a mesma palavra traduzida em português, em outros contextos, por diácono.

 

2-Requisitos Bíblicos (At.6.3)

1.      Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões. 

2.      Os líderes da Igreja incluíram toda a congregação no processo de escolha.

3.       O conselho local das comunidades judaicas normalmente consistia de sete homens conhecidos como os sete da cidade.

4.       Os tais eram conhecidos pelo seu comportamento exemplar na comunidade.

5.      No caso dos diáconos escolhidos para servir à Igreja, eles deviam ser escolhidos entre as pessoas de boa reputação, e entre os cheios do Espírito Santo e de sabedoria.

6.       A vida desses homens deveria ser condizente com a fé que professavam.

7.      Eles sabiam qual era a vontade de Deus e estavam comprometidos em levar seu testemunho até o fim de suas vidas (Ef 5.15-18).

8.      Assim, eles eram confiáveis para assumir tal responsabilidade e autoridade.

 

3-Solucionador de Problemas (At.6.1)

1.      Havia outro problema interno na Igreja Primitiva.

2.      Os judeus de origem hebraica falavam hebraico.

3.      Os judeus helenistas falavam grego.

4.      Estes judeus de outras parte do mundo provavelmente se converteram  ao cristianismo no Pentecostes.

5.      Os cristãos que falavam grego reclamaram que suas viúvas não eram tratadas  de forma igual.

6.      Talvez esse favoritismo não fosse intencional, a causa seria a barreira causada pelo idioma.

7.      Para corrigir a situação, os apóstolos constituíram sete homens responsáveis que falavam grego como responsáveis  pelo programa de distribuição de alimentos.

9.      Isto resolveu o problema e permitiu que os apóstolos mantivesse  seu foco no ensino  e na pregação das Boas Novas de Jesus.

 

III O SERMÃO DO MARTÍRIO DE ESTEVÃO

1--O Sermão de Estevão (At.7.1-50).

1.      Crescia a palavra de Deus - O que o Jesus Cristo tinha feito na vida das pessoas estava espalhando-se em toda a região.

2.       Homens e mulheres tornaram-se discípulos submissos ao senhorio de Cristo.

3.       Eles não estavam envergonhados da fé que professavam; ao contrário, com grande coragem suportavam o testemunho da verdade do evangelho que mudara suas vidas.

4.       Aquilo que Jesus havia prometido estava se cumprindo.

5.      Por causa dos salvos que partilhavam com os outros as boas-novas, a Igreja experimentou grande e extraordinário crescimento.

6.       Os que vieram a conhecer a Cristo não guardaram tal conhecimento para si, mas saíram e partilharam com os outros.

7.       Grande parte dos sacerdotes.

8.       Calcula-se que havia em Jerusalém ao menos oito mil sacerdotes.

9.      Lucas não está fazendo menção aqui aos que atacaram a fé (At 4.1,2; 5.17,18).

10.     A maioria desses sacerdotes não era das mais altas famílias sacerdotais.

11.    Eles tinham vocações comuns que lhes permitiam servir no templo periodicamente — caso semelhante ao de Zacarias, o pai de João Batista.

12.    Tratava-se de homens humildes, sacerdotes dedicados a Deus que se tornaram obedientes à fé, que reconheciam ser Jesus o Cristo.

13.     O significado do serviço deles no templo foi elevado porque eles entenderam a verdade por trás dos rituais que executavam.

 

 

2-A Rejeição do Espírito Santo (At.7.51-53)

1.      Na epístola aos efésios está escrito: “Não entristeçam o Espírito Santo de Deus, com o qual vocês foram selados para o dia da redenção”.

2.      Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade.” (Ef 4:30,31).

3.      Resistir ao Espírito Santo é recusar, de forma consciente, a sua vontade divina transmitida por Ele.

4.      Entristecemos o Espírito Santo quando estimulamos as obras da carne por meio da conversação maligna e corrupta, da linguagem impura e pecaminosa.

5.       Ademais, muitos entristecem o Espírito Santo quando se esquecem de que Ele nos convence do pecado, levando-nos próximos à justiça e ao juízo, e assim, quando não aceitamos a correção do Espírito e insistimos em praticar coisas que entristecem o Espírito de Deus, Ele se entristece, afinal, Ele é uma Pessoa.

1.      Dura cerviz - É o mesmo que coração endurecido; é obstinado (persistente, teimoso), e não cede – é o caráter  generalizado da nação israelita (Dt.9.6-13).

2.      Incircunciso de coração e de Ouvido: O coração e o ouvido deles não são piedosos e nem estão entregues  a Deus.

3.      Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim vós sois como vossos pais.

4.      Os homens da Bíblia não são pensadores e teóricos, que desenvolvem sistemas de visão de mundo ou teológicos sobre Deus, mas são testemunhas do Deus vivo, por meio dos quais Ele atua.

5.      Porque a graça de Deus, por sua vez, tampouco é mera intenção amigável dele, e sim uma ação poderosa de socorro.

6.      A igreja cresceu em Jerusalém e com esse crescimento sobrevieram discórdias internas.

7.      Mesmo assim, a igreja permaneceu firme e continuou a crescer em número em Jerusalém.

 

3-O Martírio de Estevão (At. 7.54-60).

1.      Estêvão era um membro da Igreja de Jerusalém, e aparece na narrativa bíblica no livro de Atos dos Apóstolos.

2.      Ao ouvirem essas graves acusações feitas por Estêvão àqueles homens ficaram completamente enfurecidos.

3.      Mesmo assim, Estêvão fez uma grandiosa declaração que ficaria perpetuada nas páginas da Bíblia. Ele disse: “Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem em pé à destra de Deus” (Atos 7.56).

4.       Estêvão sabia que Jesus era o seu advogado.

5.      Isso não significava que ele seria livrado da morte, mas que a justiça de Deus vindicaria não somente seu sangue, mas o sangue de todos os mártires (Apocalipse 6.10,11).

6.      Então aqueles homens agarram Estêvão, o levaram para fora da cidade e o apedrejaram.

7.       O texto de Atos nos diz que as vestes dos executantes de Estêvão foram deixadas aos pés de um jovem chamado Saulo, que consentia na morte de Estêvão (Atos 7.58-60).

8.      Estêvão aparece muito rapidamente na narrativa bíblica.

9.       Não sabemos nenhuma informação biográfica sobre ele, ou qualquer outro detalhe que faz com que seja possível conhecermos um pouco melhor sua origem.

10.    No entanto, o curto relato sobre ele no livro de Atos é suficiente para termos a certeza do tipo de homem que Estêvão foi.

11.    Quando olhamos para seu testemunho diante de uma morte iminente, percebemos que aquela discussão citada sobre sua origem, se ele era da Palestina ou da Dispersão, não faz qualquer sentido.

12.     Isso porque Estêvão era um cidadão do céu.

13.    Ele amava mais a sua pátria celestial do que suas tradições e origem terrena.

14.    Ele amava mais a vida de seu Mestre, do que sua própria vida.

15.    É impossível não percebermos as semelhanças entre as acusações sofridas por Estêvão, bem como sua própria morte, e as acusações depositadas sobre Jesus e sua morte no Calvário.

16.     Estêvão foi condenado à morte por falsas acusações, tal como Jesus também o foi (cf. Mateus 26:59-61; Marcos 14:58).

Pr.Carlos Borges (CABB)

Nenhum comentário:

Postar um comentário