Ef.6.10-18
Espiritualmente falando, sabemos o que a armadura de
Deus representa para o cristão, pois o Espírito já nos revelou através de
Paulo. Um fator importantíssimo é entender que esta armadura é de Deus (não é
humana!), e deve ser vestida em seu conjunto, sem deixarmos nenhuma parte
de fora, pois a Palavra nos exorta: “Revesti-vos de toda a armadura
de Deus” (Ef 6:11)! Também é importante entendermos o que ganhamos e
em que sentido nós somos protegidos obedecendo ao Senhor, vestindo-nos e
revestindo-nos de sua armadura!
Precisamos da cobertura de toda a armadura de Deus, assim como um
soldado romano, da época de Paulo, precisava armar-se para a batalha: nenhuma
parte, ou membro do corpo, podia ficar descoberto! Essa armadura era um
conjunto de armas metálicas que protegia o corpo dos guerreiros:
Sl 15:1-2; Sl 91:4; Pv 12:17; Is 45:19b; Jo
8:32; Rm 2:2; Ef 4:15; 1 Jo 2:4.
1.
Cinturão
é uma cinta larga, geralmente de couro, em que se penduram armas ou
ferramentas.
2.
O cinto também é um símbolo de proteção
(protege as partes geradoras de vida!).
3.
Na luta
contra as trevas, se não estamos cingidos com a verdade, nos falta uma parte
essencial da armadura!
4.
E se
não estamos falando e vivendo a verdade, ficamos estéreis, infrutíferos para o
Senhor (Jo 15:8).
1.
Gn
18:19; Sl 45:7; Ef 4:24; Ap 19:8.
2.
Couraça
é uma armadura defensiva que cobre o peito e as costas (onde ficam os órgãos
vitais).
3.
O homem
cujas práticas são pautadas na justiça é uma pessoa íntegra em sua conduta!
4.
Quando
a Palavra fala de “justiça”, fala da justiça de fato: a justiça de Deus, pois a
justiça humana não passa de “trapo de imundícia”
(Is 64:6)!
1.
“Calcem
sapatos que possam fazê-los andar depressa ao pregarem a boa nova da paz com
Deus” (BV).
2.
Is
52:7; Is 9:6: O Evangelho da Paz é o Evangelho do Reino, ou seja, a
proclamação do governo de Cristo! “O teu Deus reina!” é a mensagem!
3.
Este
evangelho é de paz porque na medida em que nos submetemos ao governo de Cristo,
e esse governo vai aumentando em nós, temos a paz de Cristo governando os
nossos corações.
4.
Os pés
são a base do corpo; dão sustento e levam o corpo ao seu destino.
5.
Os pés representam nosso andar!
6.
Calçar os pés com a preparação do evangelho da
paz representa o “ide” de Jesus.
7.
Mas não só isso; quer dizer que devemos ir
preparados, treinados no evangelho do reino, sem pervertermos o evangelho de
Cristo, andando nEle, em santidade de vida (Mt 28:18-20; Gl 1:6-7, 11).
1.
A fé
revela nossa limitação e incapacidade, e por isso mesmo, nossa confiança em
Deus, que tudo pode!
2.
Além disso, a fé nos protege dos dardos
inflamados do maligno; justifica-nos (Rm 5:1); agrada a Deus (Hb 11:6); o justo
vive por ela (Hb 10:38); se expressa em obras (o fruto revela a árvore) (Tg
2:17).
3.
Vale
lembrar que, numa batalha em campo aberto, os soldados ficam mais protegidos
dos dardos inflamados lançados pelo inimigo, quando se juntam fazendo seus
vários escudos parecerem um só!
4.
Quando
estamos juntos, nossa fé é aumentada, e assim não somos atingidos tão
facilmente.
1.
O
capacete protege a cabeça. Na cabeça está o cérebro, outra parte vital do
corpo.
2.
No
cérebro está o que chamamos de mente, ou os pensamentos.
3.
O capacete da salvação protege nossa mente das
mentiras do diabo e das influências do mundo (Rm 12:2; Is 60:18).
4.
Devemos nos revestir da salvação (2 Cr
6:41; Sl 132:16)!
1.
A
Palavra de Deus – a Bíblia –, é muito importante nesta guerra, pois traz cura
para as feridas causadas pelo inimigo (Sl 107:20).
2.
Também
porque corremos risco de morte quando não a conhecemos ou rejeitamos.
3.
A
pregação da palavra também gera fé nos nossos corações (Rm 10:17); é fiel e digna
de toda aceitação (1 Tm 4:9), deve abundar em nós (Cl 3:16); ser bem manejada
(2 Tm 2:15) e pregada a tempo e fora de tempo (2 Tm 4:2).
4.
“Quanto
ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de
toda a armadura de Deus […]”.
5.
Por que
temos esta orientação do Espírito de Deus?
6.
Porque
estamos em guerra, e nossos inimigos não são carnais, mas espirituais e muito
poderosos!
7.
Estamos
em luta, em plena guerra (uma soma de batalhas)!
8.
E
nossos inimigos não são pessoas; não são nossos vizinhos, colegas, aqueles que
se interpõem no nosso caminho, e muito menos nossos irmãos em Cristo.
9.
Definitivamente
isto tem que estar bem claro: “[…] embora andando na carne,
não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais
e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas; anulando nós, sofismas e
toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo
todo pensamento à obediência de Cristo” (2 Co 10:3-5).
10.
Contra
essa corja de inimigos não podemos lutar de “qualquer jeito”, nem com “qualquer
arma”, nem tampouco usarmos “armadura humana” (1Sm 17:38-40)!
11.
Em Atos
19:13-16, vemos que a autoridade delegada por Jesus (Lc 10:19) é estrita aos
seus discípulos, àqueles que vivem sob o seu senhorio, àqueles que andam com
Ele e, por Ele são enviados (Mc 3:13-14)!
12.
Não
existe poder mágico nas palavras: “no nome de Jesus”, “há poder no sangue de Jesus”!
13.
Há
poder, sim, no nome de Jesus, mas principalmente, na sua pessoa.
14.
Se
estamos nEle, Ele agindo através de nós, e nós sob a sua autoridade; aí, sim,
os inimigos se submetem!
15.
Que
fique bem claro: a armadura de Deus é para soldados e discípulos, não para
simpatizantes do evangelho!
16.
E para
quê ele nos orienta assim?
17.
Para
ficarmos livres das ciladas do inimigo!
18.
Cilada
é uma armadilha; é astúcia, esperteza e engano.
19.
Enganar
é levar ao erro através de ilusão, disfarce, etc.
20.
Satanás não tem poder sobre nós, os filhos de
Deus! Por isso, tentará nos induzir ao erro, pois só terá autoridade sobre nós
se nos sujeitarmos a ele.
21.
A
escolha será sempre nossa! Nosso inimigo pode vir disfarçado de um “coração
cheio de boas intenções” (Jr 17:9); como um irmão “cogitando das coisas dos
homens e não das de Deus” (Mt 16:22-23); pode vir com a palavra de Deus, mas
pela metade ou deturpada (1 Tm 4:1-2; 1 Tm 6:3-5; 2 Pe 2:1-2,
17; At 17:11); ou até mesmo como um “anjo de luz” (2 Co 11;14).
22.
Daí a necessidade de habitarmos (estarmos
sempre junto, morando…) no esconderijo do Altíssimo (Sl 91:3) e revestidos de
toda a armadura de Deus!
23.
Para resistirmos
no dia mau!
24.
Uma
excelente palavra de Jesus sobre este assunto está registrada em Mateus
7:24-27 todos podemos ser visitados por fortes chuvas, enchentes,
tempestades, vendavais, etc.
25.
Mas, a
nossa salvação estará em sermos praticantes das verdades proferidas por Jesus,
e assim estarmos firmados sobre a rocha que sustentará nossa casa em pé!
26.
Para
permanecermos inabaláveis após a vitória!
27.
Uma
guerra é feita de muitas batalhas e lutas.
28.
Vestidos de toda a armadura de Deus, sempre
que vencermos uma batalha, estaremos firmes e ainda abundantes na obra do
Senhor, sabendo que, nEle, nosso trabalho não é vão (1 Co 15:57-58).
29.
A vitória, garantida: “Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a
vitória que vence o mundo: a nossa fé.
30.
Quem
é o que vence o mundo, senão aquele que crê ser Jesus o filho de Deus?” (1 Jo 5:4-5). Até que venha a próxima
batalha.
1. O apóstolo nos responde: “Com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para
isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos”!
As palavras que saltam aí são: “oração”,
“súplica”, “em todo tempo”, “no Espírito”, “vigiando”, “toda perseverança”,
“por todos os santos”.
2. Aqui aprendemos muitas coisas: Temos que orar (1 Tm
2:1-4);Orar sem cessar (1 Ts 5:17);
3.
Mas não
orar de qualquer jeito.
4.
Uma
oração nascida e guiada pelo Espírito Santo, que nos assiste na nossa fraqueza
e conhece a mente do Pai.
5.
Assim
pode interceder adequadamente pelos homens (Rm 8:26,27),com súplicas. Orar com
súplica é orar com humildade, reconhecendo nossa situação de necessitados, de
pecadores; é orar e permanecer orando; é não desistir antes de vir a resposta,
é ser insistente.
6.
É orar segundo a necessidade (Dn
10:2,3; Ne 1:4).
7.
Vigiando
com toda a perseverança.
8.
Significa que não podemos nos dar o luxo de
ficarmos “regalados” em oração, afinal estamos em guerra!
9.
É mais
ou menos “orar com um dos olhos aberto”!
10.
E
novamente vemos aí a exortação a não desistirmos, a orarmos até o fim (At
1:14);
11.
Por
todos os santos!
12.
Nossa oração e súplica não pode ser egoísta,
voltada apenas para nossos problemas pessoais, pois enquanto buscamos o “Reino
de Deus e sua justiça”, as nossas necessidades serão prontamente supridas pelo
Senhor (Mt 6:33)!
13.
A maior
parte do nosso tempo de oração deve ser destinada à intercessão pelos outros (2
Tm 2:1), conforme o exemplo deixado por Paulo que fazia isso pelos seus amados
irmãos (Fp 1:3,4; Cl 1:9-12; 1 Ts 1:2-4), certamente sempre guiado em
suas orações pelo Espírito Santo de Deus.