terça-feira, 3 de maio de 2022

MELQUISEDEQUE E O SARCEDÓCIO DE JESUS

 


Hb.7.1-19

Introdução: Neste capitulo (7), encontramos a maior concentração de informações sobre o sum Sacerdote Melquisedeque, é um personagem misterioso, que não tem genealogia nem

 I MELQUISEDEQUE

1-Um personagem Misterioso(Hb.7.1)

1.      Em Hebreus 7, o autor nos diz quem foi Melquisedeque.

2.      Um sacerdote sem: “pai, sem mãe, sem genealogia, sem princípio de dias nem fim de vida, feito semelhante ao Filho de Deus”.

3.      Desta forma,  a figura sacerdotal de Melquisedeque é aplicada a Jesus.

4.      Isto ocorre porque a lei sacerdotal colocava apenas os filhos de Levi como herdeiros do sacerdócio, no entanto o Filho de Deus é descendente da tribo de Judá.

5.      Melquisedeque, rei e sacerdote ao mesmo tempo, prefigurou a unidade da verdadeira realeza  e sacerdócio, cumprida em Cristo.

6.      Salém,  nome antigo da cidade de Jebus.

7.      O autor de Hebreus continua mostrando como e porquê o sacerdócio de Jesus, segundo a linhagem de Melquisedeque é superior ao de Levi.

8.       Cristo Jesus foi nomeado pelo próprio Deus Pai, como sacerdote de uma aliança superior, perfeito e único para todo o sempre.

 2-Um tipo de Cristo (Hb.7.3)

1.      Sem pai, sem mãe, sem genealogia. Gênesis, um livro com muitas genealogias, não tem nenhuma para Melquisedeque.

2.       O autor não está dizendo que Melquisedeque nasceu sem pai e mãe, o que seria um absurdo, apenas que não existe nenhum registro de seu nascimento nas genealogias de Gênesis.

3.       Essa descrição de Melquisedeque prefigura o sacerdócio eterno de Jesus.

4.      E tal como ele, Jesus é tanto Sacerdote como Rei, pertencendo a um sacerdócio de justiça independente do de Arão.

5.       Alguns comentaristas referem-se a essa passagem com a suposição de que Melquisedeque seria uma manifestação pré-encarnada de Jesus, o que é improvável, pois, como o autor afirma aqui claramente, ele é semelhante ao Filho de Deus, não o mesmo que Ele.

6.      A validade da descendência sacerdotal tinha de ser estabelecida  antes de um sacerdote assumir o oficio.

7.      A principal  referência no A. T a Melquisedeque, Gn.14.18-20, nada diz sobre a sua linhagem.

8.      Melquisedeque, a  quem Deus  designou como rei e sacerdote, prefigura a realeza e sacerdócio divinos  e eterno de Cristo.

 

3- Recebeu dízimo de Abraão (Hb. 7.4)

1.      Melquisedeque foi grande porque Abraão deu a ele os dízimos.

2.      No texto grego, a palavra patriarca é enfática. A grandeza de Abraão, aquele que possuía as promessas de Deus (v. 6), ressalta a posição ainda maior de Melquisedeque, o sacerdote de justiça.

3.      Melquisedeque era não apenas superior a Abraão, mas superior ao sacerdócio levítico de duas maneiras.

4.      Primeiro, os sacerdotes levíticos eram homens comuns, que morrem, e, deste modo, diferentes sacerdotes representavam o povo em diferentes épocas.

5.       Melquisedeque, pelo contrário, vive, no sentido de que o Antigo Testamento não registra sua morte (v. 3).

 II ORDEM DE LEVI E DE MELQUISEDEQUE

1-Levi vs Judá (Hb.7.14) 

1.      Aquele de quem estas coisas se dizem é o Senhor, que se levantou de outra tribo, a de Judá.

2.       De acordo com a lei, a tribo de Judá não tinha a ver com o sacerdócio.

3.       O argumento se baseia no Salmo 110.4 (Hb 5.6).

4.      Se o Antigo Testamento dizia que outro sacerdote de outra tribo estava por vir é porque, claramente, aquela aliança estava por ser substituída.

5.      Pois é bem conhecido que o nosso Senhor descende de Judá, tribo da qual Moisés nada fala quanto a sacerdócio.

6.      O que acabamos de dizer fica ainda mais claro quando aparece outro sacerdote semelhante a Melquisedeque,

7.      Alguém que se tornou sacerdote, não por regras relativas à linhagem, mas segundo o poder de uma vida indestrutível.

8.      Porquanto sobre ele é afirmado: “Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque”.

2-Lei vs. Graça (Hb.7.18-19)

1.      A ordenança anterior é revogada, porque era fraca e inútil (pois a Lei não havia aperfeiçoado coisa alguma), sendo introduzida uma esperança superior, pela qual nos aproximamos de Deus.

2.      Pois há realmente um cancelamento , ou revogação, etc. 

3.      Como o discurso do apóstolo depende dessa dobradiça, de que a Lei, juntamente com o sacerdócio havia terminado, ele explica a razão pela qual deveria ter sido abolida, mesmo porque era fraco e inútil.

4.      E ele fala assim em referência às cerimônias, que não tinham nada de substancial nelas, nem em si mesmas algo disponível para a salvação.

5.      Pois a promessa de favor anexada a eles, e o que Moisés em todos os lugares testifica que Deus seria pacificado por sacrifícios e que pecados seriam expiados, não pertenciam adequadamente a sacrifícios, mas eram apenas aventureiros para eles.

6.      Pois, como todos os tipos tinham uma referência a Cristo, dele derivavam toda a sua virtude e efeito; antes, por si mesmos nada valeram ou nada fizeram; mas toda a sua eficácia dependia somente de Cristo.

7.      Lembremos então que a Lei é inútil, quando separada de Cristo.

8.      E ele também confirma a mesma verdade, chamando-a de mandamento anterior; pois é um ditado bem conhecido e comum que as leis anteriores são revogadas por estas.

 3-Mortalidade vs Eternidade (Hb.7.23-24)

1.      Um tema que se destaca em Hebreus é o enorme contraste que o autor estabelece entre o sacerdócio levita do Antigo Testamento.

2.      Com todas as suas inadequações, e a perfeita suficiência do sacerdócio de Cristo.

3.      O autor de Hebreus vê na estranha figura de Melquisedeque, no Antigo Testamento, um prenúncio do sacerdócio de Jesus.

4.      Melquisedeque era rei e sacerdote, assim como Jesus.

5.      Ele demonstrou ser superior a Abraão (ancestral de Levi) ao abençoá-lo e receber dele o dízimo.

6.      Ele aparece no relato de Gênesis sem nenhuma ascendência nem posteridade, simbolizando a eternidade de Jesus.

7.      O sacerdócio de JesusOra, daqueles sacerdotes tem havido muitos, porque a morte os impede de continuar em seu ofício; mas, visto que vive para sempre, Jesus tem um sacerdócio permanente. (Hebreus 7.23-24).

8.      Um tema que se destaca em Hebreus é o enorme contraste que o autor estabelece entre o sacerdócio levita do Antigo Testamento, com todas as suas inadequações, e a perfeita suficiência do sacerdócio de Cristo.

9.      O autor de Hebreus vê na estranha figura de Melquisedeque, no Antigo Testamento, um prenúncio do sacerdócio de Jesus.

10.    Melquisedeque era rei e sacerdote, assim como Jesus.

11.    Ele demonstrou ser superior a Abraão (ancestral de Levi) ao abençoá-lo e receber dele o dízimo.

12.    Ele aparece no relato de Gênesis sem nenhuma ascendência nem posteridade, simbolizando a eternidade de Jesus.

13.    Então, quais eram as inadequações do sacerdócio levítico do Antigo Testamento?

14.    Primeiro, o sacerdócio levítico era efêmero.

15.    Os sacerdotes do antigo Testamento não podiam permanecer no ofício para sempre, já que eram mortais, mas Jesus “vive para sempre” (v. 24).

16.    Novamente, “[ele] vive sempre para interceder por eles” (v. 25). Nada jamais poderá interromper ou acabar com o seu sacerdócio.

17.    Segundo, o sacerdócio levítico tinha um caráter pecaminoso.

18.     O sistema do Antigo Testamente apresentava um defeito evidente.

19.    Antes de oferecer sacrifícios pelo povo, os sacerdotes precisavam oferecer sacrifícios por eles mesmos.

20.     Jesus, no entanto, não tinha nenhum pecado que exigisse reparação.

21.    O versículo 26 contém uma declaração maravilhosa acerca da incorruptibilidade de Jesus: “Santo, inculpável, puro, separado dos pecadores, exaltado acima dos céus”.

22.    Terceiro, os sacrifícios precisavam ser oferecidos dia após dia. Todos os sacrifícios tinham um caráter temporário e precisavam ser oferecidos continuamente. Jesus, no entanto, ofereceu-se a si mesmo como sacrifício, de uma vez por todas.

 

III   JESUS, O SACERDOTE  PERFEITO E ETERNO

1-Sacerdote Eterno (Hb.7.21)

1.      Para aqueles sacerdotes foram feitos sem juramento – Os sacerdotes levíticos foram separados e consagrados sem que seu ofício lhes fosse confirmado por um juramento da parte de Deus.

2.       Eles a receberam por descendência regular e, quando chegaram à idade adequada, entraram nela, é claro. Jesus recebeu seu cargo por nomeação especial, e isso foi assegurado a ele por um juramento. 

3.      A palavra “juramento” está na margem “juramento”. 

4.      Este é o significado apropriado da palavra grega, mas o sentido não é materialmente variado.

5.      Mas isso com um juramento – Este sacerdote, o Senhor Jesus, tornou-se sacerdote em virtude de um juramento.

6.      Cristo é apresentado como o “sumo sacerdote” dos cristãos (cf. 7.21). Entretanto, mais adiante Jesus é descrito como “o sacrifício” por nossos pecados (Hb 9.26,28; 10.10). O que é ele então?

7.      Jesus é corretamente representado por essas duas figuras. Ele é nosso sacerdote por dirigir-se a Deus em favor do homem. Contudo, ele é nosso sacrifício por ter oferecido a si mesmo na cruz por nossos pecados. Ele é o ofertante e também a oferta; é o que sacrifica e o que é sacrificado. Ele “a si mesmo se ofereceu” (Hb 7.27).

 2-Mais sublime que  céu (Hb. 7.26)

1.      Santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores–Jesus é santo porque é sem pecado, inocente pois a Ele nenhuma culpa ser atribuída, e sem manchas por ter sido uma vítima  imaculada em seu sacrifício  perfeito pelos pecados.

2.      É de um sumo sacerdote como este que precisávamos: santo, inculpável, puro, separado dos pecadores, exaltado acima dos céus.

3.      Ao contrário dos outros sumos sacerdotes, ele não tem necessidade de oferecer sacrifícios dia após dia, primeiro por seus próprios pecados e, depois, pelos pecados do povo. E ele o fez uma vez por todas quando a si mesmo se ofereceu.

 3- Perfeito para sempre (Hb.7.28)

1.      Pois a Lei constitui sumos sacerdotes a homens que têm fraquezas; mas o juramento, que veio depois da Lei, constitui o Filho perfeito para sempre.

2.      Alguns interpretam este Melquisedeque como uma figura pré-encarnada do próprio Senhor Jesus, mas há quem discorde por causa de alguns problemas, como por exemplo como ele poderia ser semelhante ao Filho? Ora, não seria semelhante, mas seria o próprio Filho.

3.      Como dissemos, o eterno sumo sacerdócio de Cristo é muito superior ao sumo sacerdócio temporário dado a Arão e a sua família.

4.        Dos vs. 4.14 ao 7.28, veremos que Cristo é superior a Arão.

Pr. Capl.Carlos Borges (CABB)

 

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