domingo, 11 de setembro de 2022

COM ADORAR O DEUS SANTO

 


Lv. 1.1-17

Introdução: Em Levítico1, vemos que o Senhor Deus chama Moisés à Tenda do Encontro e começa a lhe dar inúmeras instruções referente as ofertas, holocaustos e sacrifícios que deveriam ser oferecidos ao Senhor, além da maneira  como deveriam  ser feitos os rituais.

Aqui, vemos  as ofertas de cheiro suave, que eram uma representação da perfeição de Jesus  e sua obediência irrestritas à vontade de Deus. Por outro lado,  haviam também as ofertas sem cheiro. Estas representavam a função expiatória de Jesus, onde Ele leva  sobre si, toda a culpa do Peado.

I  O LIVRO DE LEVÍTICO

1- Título (Lv. 1.1)

1.      Fala aos filhos de Israel – O Próprio Deus poderia ter falado aos filhos de Israel, mas Ele preferiu  entregar a mensagem a Moisés, pois o Senhor havia determinado que Moisés deveria, acima de todos os profetas, ser um tipo de Cristo, por intermédio de quem Deus falaria conosco nestes últimos dias (Hb.1.2 ).

2.      Moisés escreve este livro que se trata do registro de leis e cerimoniais para ensinar e guiar o povo, especialmente, na realização cúltica.

3.      Neste livro, então, encontraremos instruções dirigidas em especial aos levitas e a todo o povo de como oferecer sacrifícios e como ser puro o qual era um requisito para se entrar na presença de Deus em adoração.

4.      Levítico é a forma latina do título grego – Leuitikon - do livro “acerca dos levitas” e faz parte da lei da aliança dada no Sinai.

5.      Levi era a tribo de origem dos sacerdotes e cabia aos levitas manter o culto em Israel.

6.      Algumas verdades encontradas em Levítico (BEG): 1.     Deus é santo e exige santidade de seu povo.

7.      2.     O povo de Deus não conseguia cumprir perfeitamente as exigências de santidade, mas podia obter expiação temporária por meio do sistema sacrificial.

8.      3.     Deus chamou o seu povo para buscar a santidade em todos os aspectos da vida em gratidão pela misericórdia que ele havia demonstrado para com eles.

9.      4.     Deus ofereceu bênçãos maravilhosas e ameaçou trazer julgamento caso o seu povo não se arrependesse e se comprometesse com ele.

 2-Tema Central (Lv.19.2)

1.      Fala a toda a congregação dos filhos de Israel e dize-lhes: Sereis santos; porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo.

2.      Sede santos – Separados de todas as contaminações mencionadas acima, e inteiramente consagrados a Deus e obedientes a todas as suas leis.

3.      Eu sou santo – tanto na minha essência como em todas as minhas leis, que são santas, justas e boas.

4.      Em Levítico19 vemos diversas regras gerais que deveriam ser seguidas pelo povo, por princípios sanitários, organizações e de segurança como vimos desde o Cap. 12.

5.      O princípio a ser seguido em nossos dias ao ler este capítulo, não é o do legalismo, mas compreender  a vontade e o propósito de Deus que se revela por trás de cada uma dessas recomendações.

6.      Muitas dessas práticas, no contexto em que estavam inseridas, fazem apologia a idolatria, a feitiçaria e ao espiritismo, por exemplo.

7.      Devemos ter em mente, que o grande objetivo de Deus não é nos apresentar um mente de “ pode  e não pode”, mas um estilo de vida superior aos das nações  que não o conhecem, com o fim de apresentá-las uma vida abundante.

 3-Importância e propósito ( Lv. 11.45)

1.      Levítico 11.45 . Pois eu sou o Senhor que traz, etc. – “Depois do sinal de libertação com que eu te favoreci, ao tirá-lo da escravidão sob a qual gemeu no Egito.

2.      Tenho todo o título de sua obediência; e você seria o mais ingrato das criaturas humanas.

3.      Deus queria que seu povo fosse santo (separado, diferente, único) assim como Ele é santo, e sabia que eles tinham  somente duas opções: ser separado e santo ou corromper-se indo após os vizinhos pagãos.  

4.      Este  era o motivo por que Deus os tirara do Egito idólatra, separando-os  como nação única dedicada à adoração exclusiva a Ele e a uma vida moral  correta.

5.      Também por isso Deus designou leis e restrições que os ajudariam a permanecer separados. – social e espiritualmente – das nações pagãs em Canaã.

6.      Os cristãos também são chamados a serem santos (1 Pe.1.15) e devem permanecer espiritualmente  separados das maldades do mundo, mesmo convivendo  de perto com os ímpios.

7.      Ser santo  em mundo profano  não é fácil, mas Deus não pede  que façamos  isto sozinho. Jesus Cristo “vos reconciliou  no corpo  da Sua carne, pela morte, para, perante  Ele, vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis (1 Cl.1.22).

8.      Perante o mundo podemos nos considerar santos, porque não fazemos o que o mundo faz.

 II  SACRIFÍCIOS E OFERTAS

1-Sacrifícios Voluntários (Lv. 1.10)

1.      Por que existem tantas regras  detalhadas para cada oferta?

2.      O propósito de Deus era ensinar ao seu povo  um estilo de vida totalmente novo, purificando-os das inúmeras práticas pagãs que tinham aprendido no Egito.

3.      Restaurando a verdadeira adoração para si.

4.      Os rígidos detalhes impediam Israel de voltar ao antigo modo de vido do Egito.

5.       Além disso, cada lei desenha um quadro da seriedade do pecado e da grande misericórdia de Deus em perdoar os pecadores.

6.        A lei é então colocada neste contexto para revelar ao homem quem ele é e que deve ser santo e cumprir toda a lei para se tornar aceitável diante de Deus.

7.       Como poderia ser isso? Impossível ao homem.

8.       Nenhum dos filhos de Adão seria capaz de atender a Deus.

9.       Até que houve um filho de Adão, o último deles, também filho de Deus, que foi capaz de cumpri-la todinha, sem qualquer falha, Cristo Jesus.

10.     Ao cumpri-la, tornou-se aceitável a Deus e pode definitivamente acabar com todo o sistema sacrificial oferecendo a si mesmo pelos pecadores.

 2-Sacrifícios obrigatório (Lv.4.2)

1.      Com as palavras “Quando alguém pecar” (4.2).

2.       Moisés introduz a sua instrução aos leigos acerca das ofertas pelo pecado.

3.      O pecado e a impureza tornam uma pessoa incapaz de estar na presença de Deus e poluem o santuário, impossibilitando a habitação de Deus ali.

4.      A oferta pelo pecado tem por função tratar desse aspecto do pecado, purificando tanto o pecador quanto o santuário.

5.      A característica diferenciadora das ofertas pelo pecado é o uso do sangue do sacrifício.

6.      As várias palavras usadas na Bíblia para definir e descrever o pecado contém os seguintes conceitos:

7.      1. Pecado é desvio de um padrão definido, transgressão da lei de Deus (1 Jo 3:1)[desvio de uma rota definida por uma linha reta].

8.      2. Pecado é não alcançar, é falhar em atingir o alvo da perfeição [flecha que não atinge o alvo].

9.      3. Pecado é desobediência [possível quando se conhece e se transgride a lei].

10.    4. Pecado é ofensa contra Deus. A pessoa pode pecar contra o próximo, mas a primeira e maior ofensa é contra Deus.

11.    Por isso, a confissão deve ser feita primeiramente a Deus.

12.    Todo o santuário, incluindo os equipamentos, sacerdócio e ritual, dizia respeito ao pecado. 

 3- O Sacrifício de Cristo (Lv. 9.14)

1.      Nós estamos na era moderna — a era da Internet, telefones inteligentes, viagens espaciais e transplantes cardíacos — e nosso problema é fundamentalmente o mesmo de sempre.

2.      A nossas consciências nos condenam e nos fazem sentir inaceitáveis ​​a Deus.

3.      Somos separados de Deus.

4.      Podemos nos ferir, ou lançar nossos filhos no rio sagrado, ou doar um milhão de reais para a caridade, ou servir em uma cozinha comunitária, ou realizar cem formas de penitência e autoflagelo, e o resultado será o mesmo.

5.      A mácula permanece e a morte aterroriza.

6.      Nós sabemos que a nossa consciência é contaminada — não por coisas exteriores como tocar um cadáver, uma fralda suja ou um pedaço de carne de porco.

7.      Jesus disse: o que sai de um homem, isso é o que o contamina, não o que entra (Marcos 7.15-23).

8.      Nós somos contaminados por atitudes como orgulho, auto piedade, amargura, luxúria, inveja, ciúme, cobiça, apatia e medo.

 III  A CONSAGRAÇÃO DO SACERDOTE

1-Escolhido por Deus (Lv.8.2)

1.      Por que Isael precisava de sacerdote?

2.      Em Êx.19.6, os israelitas  foram instruídos  a ser um reino  de sacerdotes, todos deveriam ser santos e manter um relacionamento com Deus.

3.      Mas, desde  a queda de Adão, o pecado tem separado o homem de Deus, e as pessoas precisam de mediadores para ajudá-las a receber perdão.

4.      A princípio, os patriarcas (chefes de família) como Abraão e Jó (eram o sacerdote da casa), ou do clã, e faziam sacrifícios para a família.

5.      Quando os israelitas  saíram do Egito, os descendentes de Arão foram escolhidos para servir à nação como sacerdotes.

6.      Eles ocupavam a fenda(espaço) entre Deus  e o homem.

7.      Eram lideres espirituais  em tempo integral e inspecionavam as ofertas.

8.      O sistema sacerdotal era uma concessão à inabilidade do povo para, poderem estar diante de Deus, por causa do pecado, relacionar-se com Ele.

9.      Mas em Cristo esse sistema imperfeito foi transformado.

10.    O Próprio Senhor Jesus Cristo é o nosso Sumo Sacerdote.

 2- As Vestes Sacerdotais ( Lv.8.30)

1.      Os sacerdotes da Antiga Aliança eram ungidos com óleo e com sangue.

2.      Representando respectivamente duas bênçãos que haveriam de ser derramadas sobre o povo de Deus com a vinda de Cristo: a unção do Espírito Santo e o sacrifício expiatório.

3.      Que não dependem de cerimônias físicas, mas são o fruto da obra de Cristo naqueles que o aceitam.

4.       E que, por isso mesmo, são considerados um sacerdócio real de Cristo.

5.       Estes possuem as realidades espirituais que, no Antigo Testamento, são apenas promessas.

6.      A diferença entre SACERDOTE e PROFETA – O sacerdote ouve o povo e fala com Deus, como fez Moisés, já o profeta, ouve Deus e fala com  povo.

7.      Jesus e o nosso sacerdote e profeta – Ele ouve as nossas orações e fala com Deus e Ele ouve Deus ( como quando esteve entre nós) e falou para o seu povo.

 3-Exigências (Lv. 10.1,2)

1.      Em Levítico 10 vemos que Nadabe e Abiú  morreram diante do altar  do Senhor, por estar lhe apresentando fogo estranho.

2.      Isso significa que eles não estavam seguindo as regras estabelecidas pelo Senhor, para cada uma das partes do culto.

3.      O culto que eles estavam oferecendo a Deus, era segundo as suas próprias vontades, de acordo com o que eles achavam certo.

4.      Não são poucos os crentes que agem da mesma maneira em nossos dias.

5.      Seguindo sua própria imaginação, eles seguem cultuam a Deus, de acordo com o que acreditam ser sua vontade.

6.      Eles determinam com o que Deus se importa da santificação.

7.      Crentes assim, são na verdade adoradores de si mesmo, e utilizam o nome do Senhor em vão, pois não estão preocupados  em conhecer SUA PALAVRA de fato.

Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)

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