domingo, 12 de março de 2023

RUTE ENCONTRA BOAZ

 


Rt. 2.1-23

Introdução: Em Rute 2 vemos como a bondade do Senhor começa a interferir na vida de Noemi e Rute.

A parir da disposição de Rute para colher espigas nos campos, exercendo o direito do órfão e das viúvas de apanharem o que caísse no campo, algo que era lei em Israel. O Senhor Deus abriu generosamente portas para eles.

 I UM ENCONTRO CASUAL

1-Rute colhe alimentos (Rt. 2.2). 

1.      (Deixa-me ir ao campo – Aparentemente, a iniciativa de Rute é simplesmente a de manter Noemi e a si própria com vida, seguindo um costume codificado em Levítico 19.9,10 e 23.22).

2.      Como as pessoas pobres, Rute e Noemi receberiam alguma ajuda.

3.      No entanto, algo muito maior lhes aconteceu.

4.      Um indício disso é dado no triste pedido de Rute para apanhar espigas “atrás daquele que me favorecer”.

5.      A história delas já era bem conhecida em toda a comunidade, e quando ela estava colhendo, chegou Boaz, a quem a Bíblia chama de homem valente e poderoso.

6.      Ele era um bom homem, amado por seus servos e temente ao Senhor.

  2- Um Encontro por casualidade (Rt. 2.3).

1.      Por casualidade entrou- Parece que ela chega por coincidência ao campo do seu parente, porém Deus está dirigindo os eventos.

2.      Rapidamente Boaz percebeu a presença de Rute no campo, e foi pessoalmente falar com ela, sobre como sua atitude com Noemi era nobre e que o seu desejo era o de que Deus o abençoasse.

3.      Ele foi generoso com ela, dando-lhe muito mais do que a Lei exigia e ordenou a seus servos que permitisse que ela colhesse em todo o campo.

4.      Rute agradeceu a generosidade de Boaz com muita humildade.

5.      Quando Rute voltou, estava abastada (suprida do necessário).

6.      Noemi comeu se fartou e ainda sobrou muita comida.

7.      Intrigada, ela perguntou onde Rute havia colhido – no campo de Boaz, respondeu ela.

8.      Noemi exaltou ao Senhor por isso, e lembrou que Boaz era um de seus resgatadores.

9.      Isto significava que caso ele desejasse, poderia pedir ao ancião de Israel para exercer o direito de resgate e casar com Rute.

 3- Boaz conversa com o encarregado (Rt. 2.6).    

1.      O caráter nobre de Boaz é mostrado em seu cuidado para com seus trabalhadores.

2.       Até sua saudação a eles era em nome do Senhor, e Boaz os conhecia bem o bastante para reconhecer uma estranha em seu meio.

3.      Sua pergunta não tinha como objetivo o nome de Rute, e sim seus relacionamentos: De quem é esta donzela?

4.      A resposta do servo salientou duas vezes que ela era estrangeira.

5.      Sem ter sido questionado, ele também deu testemunho do trabalho diligente dela no sol quente.

6.      É modesta, pois pediu permissão por algo que podia ser considerado seu direito.

7.      É trabalhadora, tendo ficado ocupada desde a manhã. 

 II BOAZ TRATA BEM RUTE

1-Boaz conversa com Rute (Rt. 2.8).

1.      O caráter nobre de Boaz é demonstrado mais uma vez em suas palavras bondosas a Rute. Colher podia ser perigoso, principalmente para uma moça estrangeira, e Boaz deu instruções para garantir sua segurança.

2.      Ele também permitiu que ela bebesse a água que seus moços tinham trazido, poupando-a da longa caminhada até o poço.

3.      A resposta de Rute foi se prostrar, como sinal de respeito por alguém que lhe era superior em classe social.

4.      Sendo uma moabita, Rute facilmente poderia ter sido ignorada por Boaz, mas ele a notou e foi bondoso para com ela.

5.      Os eventos se desdobram rapidamente quando Boaz atende ao pedido e oferece a Rute proteção e sustento(v.8,9).

6.      Ela reconhece a bondade de Boaz em seu favor, ela que era uma “estrangeira” sem merecimento (v.10).

7.      Somente então (v.11) a narrativa oferece algum indicio da ação providencial de Deus.

8.      Boaz já sabe que Rute não era uma estrangeira comum.

9.      Ela buscara “refugio” sob as “asas” do Senhor, dele recebe a sua recompensa (v.12).

10.    A lealdade de Rute a Deus, embora ela fosse estrangeira, virá a ser um elemento essencial  no grande plano  divino da redenção.  

    2-Convida Rute para o almoço (Rt. 2.14).

1.      Coma o pão e mergulhe o seu pedaço no vinagre  Rute 2:14. Coma o pão e mergulhe o seu pedaço no vinagre.

2.      No termo pão compreende-se toda a provisão que foi feita para os ceifeiros, com os quais eles tinham vinagre para o molho, sendo muito refrescante e refrescante nas estações quentes, como o tempo da colheita havia. 

3.      Ele alcançou o milho ressecado dela – que era uma comida comum e sem importância naqueles países, como aparece em 2 Samuel 17:28.

4.      Boaz, ou o criado colocado sobre os ceifeiros, deu-lhe isso.

5.       Não é menosprezo para a melhor mão chegar aos necessitados.

6.       E ela sentou-se junto aos ceifeiros.

7.       Não com ou entre eles, mas a alguma pequena distância, como alguém inferior a eles.

8.      E Boaz disse-lhe: Na hora da refeição, venha para cá e coma do pão, e mergulhe o seu pedaço no vinagre. E ela se sentou ao lado dos ceifeiros: e ele alcançou seu milho seco, e ela comeu, e foi suficiente, e foi embora.

 3-A Orientação de Boaz aos servos (Rt. 2.15).

1.      Até entre as gavetas deixai-a colher. 

2.      Normalmente os rebuscadores colhiam apenas as espigas que não estivessem atadas em molhos. Boaz, entretanto, fez provisão especial para Rute.

3.      Tirai também dos molhos algumas espigas. JPS traduz: "Tirai algumas para ela".

4.      Os segadores foram instruídos a que cuidassem de Rute de maneira especial (sem que ela o soubesse).

5.      Ela tinha o direito legal de apanhar tudo o que acidentalmente caísse ao chão.

6.      Os segadores deixaram de propósito abundância de espigas para ela apanhar.

7.      Debulhou o que apanhara.

8.      Quando a quantidade era pequena, era debulhada por meio de um bastão que batendo nas espigas separava os grãos da palha.

9.      E foi quase um efa (17,62 l) de cevada. 

10.    Isto era aproximadamente três selamins, uma medida para grãos.

11.    Seria suficiente para o sustento de Rute e Noemi durante cerca de cinco dias.

 III RELATORIO DO DIA

1-Rute faz Relatório a Noemi (Rt. 2.18).

1.      Os personagens  no livro de Rute são notórios  exemplos de excelentes pessoas.

2.      Boaz foi além do intento  da lei da respiga, ao demonstrar sua bondade e generosidade.

3.      Ele não só deixou Rute trabalhar em seu campo, como também  mandou que seus ceifeiros deixassem que alguns grãos(espigas) caíssem propositadamente.

4.      Através dessa ação, ele ajudou uma necessitada.

5.      Com que frequência você vai além dos padrões  para prover aos menos afortunados? Faça mais do que mínimo pelos outros.

6.      Além da grande quantidade de cereais que trouxe, um gesto afetuoso de Rute animou Noemi (v.18).

7.      O gesto faz lembrar o dia quando elas chegaram a Belém, quando Noemi reclamara de ter voltado pobre, com as mãos vazias (Rt.1.21).

8.      Rute, depois de um dia de colheita no campo de cevada (cf. Rt.1.22), coloca comida pronta nas mãos de Noemi, além da cevada que supriria a casa dela por muitos dias.

9.      Entusiasmada, Noemi fazia uma pergunta atrás da outra para Rute (v.14).

10.    Queria saber de todas as novidades.

 2- A conversa de Noemi e Rute (Rt 2.20) 

1.      “Então, Noemi disse a sua nora: Bendito seja ele do Senhor, que ainda não tem deixado a sua benevolência nem para com os vivos nem para com os mortos. Disse-lhe Noemi: Esse homem é nosso parente chegado e um dentre os nossos resgatadores.”

2.      Percebendo a mão de Deus, Noemi fez uma oração pedindo ao Senhor, o justo juiz, que recompensasse aquela pessoa pelos seus atos de bondade.

3.       Rute respondeu que havia trabalhado na parte do campo que era de Boaz.

4.      De novo, Noemi pede uma específica bênção do Senhor sobre Boaz.

5.      Reconhece que Jeová não deixou a Sua benevolência para com ela e Rute, nem para com os maridos e filhos já falecidos.

6.      Noemi reconhece o Senhor como o supremo agente da bênção e diz que Boaz era merecedor de uma recompensa.

7.      A providência divina toma forma na vida do crente por meio das ações humanas, e é assim que podemos ver que a graça de Deus pode se apresentar com um rosto humano.

8.      Embora Rute não reconhecesse a direção divina, Deus este com ela a cada passo.

 3 – O fim da colheita (Rt. 2.23).

1.      “Assim, passou ela à companhia das servas de Boaz, para colher, até que a sega da cevada e do trigo se acabou: e ficou com a sua sogra.”

2.      A conversa entre a sogra e sua nora se mantém animada! Rute conta a Noemi que Boaz lhe deu até mesmo permissão de continuar respigando ali até o fim da colheita (v.8,9).

3.      A pronta reação de Noemi foi de concordância; e reforçou que, ficando na companhia das servas de Boaz, estaria protegida.

4.      Tanto Noemi como Boaz demonstram intenção de proteger Rute.

5.      Assim foi feito e Rute permaneceu junto das servas de Boaz no campo de cevada até terminar a colheita. 

6.      O tema da colheita está presente nos dois primeiros capítulos de Rute.

7.      O primeiro com o começo da colheita e o segundo capítulo com o fim (Rt.1.22; Rt.2.23).

8.      “Mas, a atitude de Rute, o consentimento de Noemi e a benevolência de Boaz explicitam a graça de Deus” (Rt.1.16; Rt.2.2;Rt. 2.8).

9.      Somos desafiados a sermos um canal da providência divina para indicar às pessoas o caminho da verdadeira esperança, nos tornamos o rosto da graça de Deus para elas.

Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)

 

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