sábado, 6 de maio de 2023

ALIMENTOS, IDOLOS E LIBERDADE CRISTÃ


1 Co.8 e 10.23-33

Introdução: Mais uma vez Paulo nos mostra, por fim, que não está empenhado em tecer uma rede de instruções específicas, mas que lhe importa uma atitude básica da qual fluam determinadas decisões específicas. Ele formula essa atitude básica de forma maravilhosa, direcionando-a para Deus, assim como as grandes sentenças “dogmáticas” e “éticas” de Paulo são repetidamente autênticas frases de ocasião. “Se comeis ou bebeis ou fazeis qualquer coisa, tudo fazei para a glória de Deus.” 

 II COISAS SACRIFICADAS A ÍDOLOS

1-Amor versus conhecimento (1Co.8.1-3)

1.      Sobre comer isso ou comer aquilo outro, eu vejo que a regra geral é a regra do amor.

2.      Eu não vou comer por causa de qualquer sacrifício ou deuses porque sei que somente há um Deus e um só Senhor.

3.      Mas irei ou não comer se isso vier ou não a escandalizar o meu irmão por quem Cristo morreu.

4.      As mesmas regras creem se aplica a guardar dias, estações, épocas, observar algo.

5.      A nossa sabedoria de nada vale se ela colocar tropeço na vida de meu irmão por isso que o amor deve sempre falar mais alto em todas as situações.

6.      A advertência de Paulo aos Coríntios também é válida para alguns teólogos que pelo seu conhecimento e sabedoria, notoriamente superior na Palavra de Deus, desprezam irmãos por quem Cristo morreu.

7.      As coisas sacrificadas aos ídolos.

8.      A cultura grega era bastante religiosa.

9.      A proeminência da idolatria no mercado de Corinto levantava sérias questões relativas à dieta para os cristãos dessa cidade.


2-Deus versus ídolos (1 Co.8.4-6).

1.      Aparentemente, o argumento dos coríntios em favor da ingestão de alimento sacrificado aos ídolos tinha como base a doutrina do monoteísmo.

2.      Se há apenas um Deus e este ensina o seu povo a desprezar os ídolos (Is.46.6-7), então por que a preocupação quanto aos alimentos oferecidos aos ídolos?

3.      Paulo confirma essa lógica (vs. 4-6), porém aponta o erro dos coríntios ao aplicá-la (vs. 7).

4.      Alguns cristãos em Corinto não sabiam distinguir entre os vários elementos dos rituais pagãos (p. ex., comer num templo) e a idolatria propriamente dita.

5.      Ao ingerir alimento oferecido aos ídolos, a consciência deles ficava "contaminada".

6.      O uso de palavras fortes (cf. "perece", vs. 11) sugere que esses cristãos pecavam não porque pensavam fazer algo errado, mas porque estavam, na verdade, envolvendo-se com a idolatria, devido à falta de entendimento adequado da situação.

 

3-Fortes Versus fracos (1 Co.8.7-8)

1.      Os cristãos instruídos estavam corretos em sua visão acerca do ídolo, mas isso não tinha importância.

2.       Se os irmãos e as irmãs mais imaturos na fé vissem outros cristãos comendo manjar oferecido a ídolos, eles também poderiam fazer isso, violando sua própria consciência.

3.      Por meio de seu conhecimento, os cristãos mais maduros estavam levando os mais fracos a tropeçarem.

4.      Paulo exortou os cristãos mais fortes a demonstrarem amor pelos mais fracos, deixando de levá-los a pecar.

5.      Na antiga cidade de Corinto, quando uma pessoa ia ao mercado para comprar alimento, em meio à carne vendida, estava uma parte que havia sido oferecida a um deus pagão.

6.      Teoricamente, uma porção do sacrifício seria levada pelo deus, sendo o restante deixado para que os sacerdotes comessem.

7.      O que eles não comiam era levado para o mercado.

8.       É possível que o cristão que comprasse a carne estivesse, inadvertidamente, comendo carne oferecida a um falso deus.

9.      Surgiram duas escolas filosóficas em Corinto que discutiam essa questão.

10.    A primeira perspectiva era de que tal carne estava contaminada pela adoração pagã, enquanto a outra visão sustentava que os cristãos poderiam comer de tal alimento.

 

II LIBERDADE TEM LIMITE

1-O amor ao próximo (1Co.8.9-12)

1.      Contudo, tenham cuidado para que o exercício da liberdade de vocês não se torne uma pedra de tropeço para os fracos.

2.      Pois, se alguém que tem a consciência fraca vir você que tem este conhecimento comer num templo de ídolos, não será induzido a comer do que foi sacrificado a ídolos?

3.      Assim, esse irmão fraco, por quem Cristo morreu, é destruído por causa do conhecimento que você tem.

4.      Quando você peca contra seus irmãos dessa maneira, ferindo a consciência fraca deles, peca contra Cristo.

5.      Portanto, se aquilo que eu como leva o meu irmão a pecar, nunca mais comerei carne, para não fazer meu irmão tropeçar.

6.      Isso acabava por golpear lhes a consciência fraca.

7.      Uma interpretação comum é que o cristão fraco - ao observar um cristão mais forte envolvido em práticas que o fraco considera, erroneamente, pecaminosas.

8.      Era estimulado a pecar contra a sua própria consciência ao imitar o comportamento do cristão mais forte.

9.      O cristão fraco peca não porque fez algo inerentemente pecaminoso, mas por demonstrar uma atitude de rebelião consciente ao participar de coisas que acreditava ser pecado.

 

2-Não ao individualismo (1.Co.8.13)

1.      Quanto maior for nossa reputação de conhecimento e santidade, maior será o dano que faremos por nossa influência e exemplo.

2.      Se nos desviarmos do santo mandamento que nos foi dado.

3.      Todo homem deve caminhar para leve ou conduzir seu irmão para o céu.

4.      É dever de todo cristão vigiar contra apostasia em seu próprio caso, e evitá-lo tanto quanto possível no de outros.

5.      Que uma pessoa por quem Cristo morreu pode finalmente perecer é fortemente argumentado, pois aqui o apóstolo dissuade os coríntios de escandalizar seus irmãos fracos.

6.      Por um argumento tirado dos danos irreparáveis ​​que eles podem fazer a ruína eterna que podem trazer sobre eles por este escândalo.

7.      Os extremos geralmente geram extremos; e tais pessoas requerem o tratamento mais judicioso.

8.      Do contrário logo serão tropeçadas e expulsas do caminho.

9.      Devemos ter muito cuidado para que, ao usar o que é chamado de liberdade cristã, não ocasionemos a quede de irmãos na fé.

3-Em pé não caia (1 Co.10.11-12).

1.      Deus deseja transformar seu caráter e conduta a semelhança do caráter e conduta de Jesus Cristo.

2.      E ele fará isso na medida em que você o permitir.

3.      Se você diariamente renunciar decisões independentes para aceitar  e obedecer a Sua vontade, então a vida gloriosa se manifestará em você.

4.      É possível, no entanto, que tenha sido difícil para você colocar em prática o que aprendeu.

5.      A razão é que você tem um inimigo que quer atrapalhar.

6.      Este inimigo é o nosso adversário maior ( o coisa ruim).

7.      Se propósito é fazer você pecar  e sua arma é a tentação.

8.      Mas Deus está com você e, em Sua Palavra, Ele mostra a você o caminho a ser superado.

 

III DIREITOS VERSUS TESTEMUNHO

1-Celebrações (1Co.10.21,22)

1.      Nessa situação também os fortes na igreja são confrontados com a decisão.

2.      “Não podeis beber o copo do Senhor e o copo dos demônios; não podeis partilhar da mesa do Senhor e da mesa dos demônios”

3.      Nessa frase a expressão “não pode” possui o sentido pleno de algo objetivamente impossível.

4.      Quem tenta sentar-se à mesa de Jesus e à mesa dos demônios empreende algo simplesmente inviável.

5.      Os coríntios precisam entender isso, ainda mais que seus próprios concidadãos não-cristãos consideram todas as refeições celebradas no templo de forma tão “real”.

6.      “Deus de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo” (2Tm 2.13), enquanto de nós se exige justamente a autonegação.

7.      Igualmente Deus vigia com santo “ciúme” para que sua divindade seja respeitada com essa exclusividade, e “não dá sua glória a ninguém outro” (Is.42.8; 48.11).

8.      Por isso se arriscam perigosamente os membros da igreja que podem ser encontrados na “mesa do Senhor” e na “mesa dos demônios”.

  

2-Lícito, mas não edifica (1Co.10.23)

1.      Todas as coisas não edificam – Todas as coisas não tendem a edificar a igreja e a promover os interesses da religião.

2.      E quando eles não têm esse efeito, não são convenientes e são impróprios.

3.      Paulo agiu pelo bem-estar da igreja. Seu objetivo era salvar almas.

4.      Tudo o que promoveria esse objeto era apropriado; qualquer coisa que o impediria, embora por si só não fosse estritamente ilegal, era, a seu ver, impróprio.

5.      Essa é uma regra simples e pode ser facilmente aplicada por todos.

6.      Se um homem tem seu coração na conversão das pessoas e na salvação do mundo, isso irá longe para regular sua conduta em referência a muitas coisas sobre as quais talvez não haja lei exata e positiva.

7.      Isso fará muito para regular o seu vestido; seu estilo de vida; suas despesas; seus entretenimentos; seu modo de contato com o mundo. 

 

3- Fé vida Prática (1Co.10.31-33)

1.      Agora também as coisas mais exteriores e mundanas como comer e beber estão relacionadas a Deus e podem servir à honra de Deus.

2.       Portanto, a oração à mesa de forma alguma era uma formalidade para Paulo.

3.      Todo o nosso fazer, inclusive comer e beber torna-se importante através da oração, mas também é purificado e submetido à disciplina.

4.       Não se percebe nenhuma conotação ascética.

5.       Contudo rebrilha claramente a libertação de todas as amarras.

6.      Porém o cristão em Corinto vivia entre judeus e gregos.

7.      E está inserido na igreja, razão pela qual não podiam simplesmente viver suas próprias liberdades.

8.      A qual possuía por princípio, porém precisavam tomar cuidado para não causar escândalo aos outros.

9.      Não pode somente visar seu próprio interesse, mas deve visar a vantagem dos outros.

É essa “vantagem” é – sua redenção.

Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)


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