1 Co.8 e 10.23-33
Introdução: Mais uma vez Paulo nos
mostra, por fim, que não está empenhado em tecer uma rede de instruções
específicas, mas que lhe importa uma atitude básica da qual fluam determinadas
decisões específicas. Ele formula essa atitude básica de forma maravilhosa,
direcionando-a para Deus, assim como as grandes sentenças “dogmáticas” e
“éticas” de Paulo são repetidamente autênticas frases de ocasião. “Se comeis ou
bebeis ou fazeis qualquer coisa, tudo fazei para a glória de Deus.”
1-Amor versus conhecimento (1Co.8.1-3)
1.
Sobre comer
isso ou comer aquilo outro, eu vejo que a regra geral é a regra do amor.
2.
Eu não vou
comer por causa de qualquer sacrifício ou deuses porque sei que somente há um
Deus e um só Senhor.
3.
Mas irei ou
não comer se isso vier ou não a escandalizar o meu irmão por quem Cristo
morreu.
4.
As
mesmas regras creem se aplica a guardar dias, estações, épocas, observar algo.
5.
A nossa
sabedoria de nada vale se ela colocar tropeço na vida de meu irmão por isso que
o amor deve sempre falar mais alto em todas as situações.
6.
A
advertência de Paulo aos Coríntios também é válida para alguns teólogos que
pelo seu conhecimento e sabedoria, notoriamente superior na Palavra de Deus,
desprezam irmãos por quem Cristo morreu.
7.
As coisas sacrificadas aos ídolos.
8.
A cultura grega era bastante religiosa.
9.
A proeminência da idolatria no mercado de Corinto
levantava sérias questões relativas à dieta para os cristãos dessa cidade.
2-Deus versus ídolos (1 Co.8.4-6).
1.
Aparentemente,
o argumento dos coríntios em favor da ingestão de alimento sacrificado aos
ídolos tinha como base a doutrina do monoteísmo.
2.
Se há apenas
um Deus e este ensina o seu povo a desprezar os ídolos (Is.46.6-7), então por
que a preocupação quanto aos alimentos oferecidos aos ídolos?
3.
Paulo
confirma essa lógica (vs. 4-6), porém aponta o erro dos coríntios ao aplicá-la
(vs. 7).
4.
Alguns
cristãos em Corinto não sabiam distinguir entre os vários elementos dos rituais
pagãos (p. ex., comer num templo) e a idolatria propriamente dita.
5.
Ao ingerir
alimento oferecido aos ídolos, a consciência deles ficava "contaminada".
6.
O uso de
palavras fortes (cf. "perece", vs. 11) sugere que esses cristãos pecavam
não porque pensavam fazer algo errado, mas porque estavam, na verdade,
envolvendo-se com a idolatria, devido à falta de entendimento adequado da
situação.
3-Fortes Versus fracos (1 Co.8.7-8)
1.
Os cristãos instruídos estavam corretos em sua visão acerca
do ídolo, mas isso não tinha importância.
2.
Se os irmãos e as
irmãs mais imaturos na fé vissem outros cristãos comendo manjar oferecido a
ídolos, eles também poderiam fazer isso, violando sua própria consciência.
3.
Por meio de seu conhecimento, os cristãos mais maduros
estavam levando os mais fracos a tropeçarem.
4.
Paulo exortou os cristãos mais fortes a demonstrarem amor
pelos mais fracos, deixando de levá-los a pecar.
5.
Na antiga cidade de Corinto, quando uma pessoa ia ao
mercado para comprar alimento, em meio à carne vendida, estava uma parte que
havia sido oferecida a um deus pagão.
6.
Teoricamente, uma porção do sacrifício seria levada pelo deus, sendo o restante deixado para que
os sacerdotes comessem.
7.
O que eles não comiam era levado para o mercado.
8.
É possível que o
cristão que comprasse a carne estivesse, inadvertidamente, comendo carne
oferecida a um falso deus.
9.
Surgiram duas escolas filosóficas em Corinto que discutiam
essa questão.
10.
A primeira perspectiva era de que tal carne estava
contaminada pela adoração pagã, enquanto a outra visão sustentava que os
cristãos poderiam comer de tal alimento.
II LIBERDADE TEM LIMITE
1-O amor ao próximo (1Co.8.9-12)
1. Contudo,
tenham cuidado para que o exercício da liberdade de vocês não se torne uma
pedra de tropeço para os fracos.
2. Pois,
se alguém que tem a consciência fraca vir você que tem este conhecimento comer
num templo de ídolos, não será induzido a comer do que foi sacrificado a
ídolos?
3. Assim,
esse irmão fraco, por quem Cristo morreu, é destruído por causa do conhecimento
que você tem.
4. Quando
você peca contra seus irmãos dessa maneira, ferindo a consciência fraca deles,
peca contra Cristo.
5. Portanto,
se aquilo que eu como leva o meu irmão a pecar, nunca mais comerei carne, para
não fazer meu irmão tropeçar.
6. Isso
acabava por golpear lhes a consciência fraca.
7. Uma
interpretação comum é que o cristão fraco - ao observar um cristão mais forte
envolvido em práticas que o fraco considera, erroneamente, pecaminosas.
8. Era
estimulado a pecar contra a sua própria consciência ao imitar o comportamento
do cristão mais forte.
9. O
cristão fraco peca não porque fez algo inerentemente pecaminoso, mas por
demonstrar uma atitude de rebelião consciente ao participar de coisas que
acreditava ser pecado.
2-Não ao individualismo (1.Co.8.13)
1.
Quanto maior for nossa reputação de conhecimento
e santidade, maior será o dano que faremos por nossa influência e exemplo.
2.
Se nos desviarmos do santo mandamento que nos
foi dado.
3.
Todo homem deve caminhar para leve ou conduzir seu
irmão para o céu.
4. É
dever de todo cristão vigiar contra apostasia em
seu próprio caso, e evitá-lo tanto quanto possível no de outros.
5. Que
uma pessoa por quem Cristo morreu pode finalmente perecer é
fortemente argumentado, pois aqui o apóstolo dissuade os coríntios de escandalizar
seus irmãos fracos.
6. Por
um argumento tirado dos danos irreparáveis que
eles podem fazer a ruína eterna que podem trazer sobre eles
por este escândalo.
7. Os extremos geralmente geram extremos; e tais pessoas
requerem o tratamento mais judicioso.
8. Do contrário logo serão tropeçadas e expulsas do
caminho.
9. Devemos ter muito cuidado para que, ao usar o que é
chamado de liberdade cristã, não ocasionemos a quede de irmãos na
fé.
3-Em pé não caia (1 Co.10.11-12).
1. Deus
deseja transformar seu caráter e conduta a semelhança do caráter e conduta de
Jesus Cristo.
2. E
ele fará isso na medida em que você o permitir.
3. Se
você diariamente renunciar decisões independentes para aceitar e obedecer a Sua vontade, então a vida
gloriosa se manifestará em você.
4. É
possível, no entanto, que tenha sido difícil para você colocar em prática o que
aprendeu.
5. A
razão é que você tem um inimigo que quer atrapalhar.
6. Este
inimigo é o nosso adversário maior ( o coisa ruim).
7. Se
propósito é fazer você pecar e sua arma
é a tentação.
8. Mas
Deus está com você e, em Sua Palavra, Ele mostra a você o caminho a ser
superado.
III DIREITOS VERSUS TESTEMUNHO
1-Celebrações (1Co.10.21,22)
1.
Nessa
situação também os fortes na igreja são confrontados com a decisão.
2.
“Não
podeis beber o copo do Senhor e o copo dos demônios; não podeis partilhar da
mesa do Senhor e da mesa dos demônios”
3.
Nessa
frase a expressão “não pode” possui o sentido pleno de algo objetivamente
impossível.
4.
Quem
tenta sentar-se à mesa de Jesus e à mesa dos demônios empreende algo simplesmente
inviável.
5.
Os
coríntios precisam entender isso, ainda mais que seus próprios concidadãos
não-cristãos consideram todas as refeições celebradas no templo de forma tão
“real”.
6.
“Deus de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo” (2Tm
2.13), enquanto de nós se exige justamente a autonegação.
7.
Igualmente Deus vigia com santo “ciúme” para que sua
divindade seja respeitada com essa exclusividade, e “não dá sua glória a
ninguém outro” (Is.42.8; 48.11).
8.
Por isso se arriscam perigosamente os membros da igreja que
podem ser encontrados na “mesa do Senhor”
e na “mesa dos demônios”.
2-Lícito, mas não edifica (1Co.10.23)
1. Todas as coisas não edificam – Todas as coisas não tendem a edificar a igreja e
a promover os interesses da religião.
2. E quando eles não têm esse efeito, não são convenientes
e são impróprios.
3. Paulo agiu pelo bem-estar da igreja. Seu objetivo era
salvar almas.
4. Tudo o que promoveria esse objeto era apropriado;
qualquer coisa que o impediria, embora por si só não fosse estritamente ilegal,
era, a seu ver, impróprio.
5. Essa é uma regra simples e pode ser facilmente
aplicada por todos.
6. Se um homem tem seu coração na conversão das pessoas e
na salvação do mundo, isso irá longe para regular sua conduta em referência a
muitas coisas sobre as quais talvez não haja lei exata e positiva.
7. Isso fará muito para regular o seu vestido; seu estilo
de vida; suas despesas; seus entretenimentos; seu modo de contato com o
mundo.
3- Fé vida Prática (1Co.10.31-33)
1. Agora também as coisas
mais exteriores e mundanas como comer e beber estão relacionadas a Deus e podem
servir à honra de Deus.
2. Portanto, a oração à mesa de forma alguma era
uma formalidade para Paulo.
3. Todo o nosso fazer,
inclusive comer e beber torna-se importante através da oração, mas também é
purificado e submetido à disciplina.
4. Não se percebe nenhuma conotação ascética.
5. Contudo rebrilha claramente a libertação de
todas as amarras.
6. Porém o cristão em
Corinto vivia entre judeus e gregos.
7. E está inserido na
igreja, razão pela qual não podiam simplesmente viver suas próprias liberdades.
8. A qual possuía por
princípio, porém precisavam tomar cuidado para não causar escândalo aos outros.
9. Não pode somente visar
seu próprio interesse, mas deve visar a vantagem dos outros.
É essa “vantagem” é – sua redenção.
Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)
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