2 Sm. 5.1-12
Introdução: A morte trágica de Saul fez grandes transformações em
Israel, a ascensão de Davi ao trono de Israel, Davi tornou-se o segundo rei, o
primeiro foi Saul escolhido pelo povo, o segundo Davi escolhido por Deus. Em 2
Samuel, começa uma nova saga para o povo de Israel, com vários acontecimentos,
politico, social e espiritual. Deus sempre esteve a frente da história de
Israel.
I DAVI ACLAMADO REI
1- Uma nova configuração de poder
(2 Sm. 2. 10).
1. Isbosete... começou a reinar sobre Israel-Há
uma dificuldade sobre o tempo de continuação desta competição.
2. Davi
reinou cerca de sete (7) anos somente sobre Judá (sul).
3. Isbosete,
todavia, reinou sobre Israel (norte) apenas por dois anos.
4. Antes
desses dois anos, ou depois, foi sobre à casa de Saul em geral e não sobre
qualquer pessoa em particular dessa casa que Abner declarou.
5. Depois
de muitos anos sob grande perseguição, finalmente Deus exalta Davi cumprindo
sua promessa.
6. O
tempo de Deus não é como nosso tempo, nós usamos o “cronos” que adiante ou
atrasa, porém Deus o “Kairós”. Que não adiante ou atrasa, mas vem na hora certa
no momento certo, para uma situação certa.
7. Deus
é fiel a sua palavra e a cumprirá sem a ajuda humana.
8. Um
fato nos chama a atenção, houve dois reis num período de dois anos, Davi reinou
em Judá (sul e Isbosete (filho de Saul), reinou em Israel (Norte)).
9. Houve
guerra entre esses dois reis, porém Davi continuou confiando em Deus.
10. Nós
somos confrontados diariamente em nossa caminhada, porém precisamos confiar
mais em Deus do que em nós mesmos.
2- O Reino não é conquistado pela
força (2 Sm. 3.1).
1. Davi
não foi o mentor da conquista do reino de Israel, foi o próprio Deus quem
arquitetou todo o projeto da conquista do Reino de Israel, e entregou nas mãos
de Davi.
2. Quem
era Davi, um simples pastor de ovelhas, jovem sem nenhuma experiência de
governar um país, ele foi ungido rei ainda com pouca idade e sem experiências
de governo de uma nação.
3. Ele
foi rejeitado pela sua família, vivia no campo cuidando das ovelhas de seu pai,
era mal visto pelos seus irmãos, a semelhança de José.
4. Mas
Deus que vê e sabe todas as coisas, inclusive o coração do homem, Deus viu em
Davi um excelente protótipo (exemplo mais exato, mais típico de alguém com
perfil para ser rei em Israel).
5. Deus
tem a autoridade para exaltar quem Ele quer.
6. As
conquistas de Davi não foram pela força, mas pela fé em Deus e no poder de Deus
em sua vida.
7. Não
podemos forçar as coisas, e sair tentando obter as coisas pela força, sem o
aval de Deus, Davi era diferente de Saul,
8. Saul
foi escolhido pelo povo, e não por Deus, Davi foi escolhido por Deus e não pelo
povo.
9. Em
nossos dias temos muitos lideres que não são escolhidos por Deus, porém eles
estão sob a vontade permissiva de Deus e não pela vontade diretiva de Deus, há
muito diferença nesse quesito.
3- O perigo de opor-se a Deus (2 Sm. 3.30).
1. Abner,
um general do exercito de Saul, tentou fazer de Isbosete filho de Saul, rei em
Israel, usando as suas prerrogativas de general, indo na contra mão da vontade
de Deus.
2. Ninguém
que tente andar contra a vontade de Deus será bem sucessido em seus intentos.
3. Abner
criou mais problemas para Isbosete e Davi do que ele pode imaginar.
4. Quantas
pessoas dentro do naipe evangélico, sem estarem em sintonia com o Espírito
Santo acham que podem fazer o que querem na obra de Deus, como se eles fossem o
dono absoluto da obra.
5. Contra
o Espirito Santo não valem manobras, astúcias, politicagem nem outros meios
visando programarem seus desejos nos bastidores da congregação.
6. A
obra de Deus é santa, contra ela não cabem artifícios humanos ambiciosos,
visando fama poder, e lucros fáceis.
7. Igreja
não empresa, nem meios de comercializar alguma coisa visando lucro ou ‘”status social”.
8. No
caso do general do exercito de Saul, pagou com a vida a sua ousadia de querer
mudar o rumo da história, que Deus estava escrevendo para Israel.
1- A conquista de Jerusalém (2
Sm. 5.9).
1. O primeiro passo de Davi como rei foi conquistar a
terra dos Jebuseus, que veio a ser conhecida como Jerusalém.
2. O nome Jerusalém pode significar fundação de paz.
3. A cidade em si foi estrategicamente situada numa
região montanhosa, próxima à fronteira de Judá com Benjamim.
4. Fazendo dela uma barreira entre as tribos do norte e
do sul.
5. Embora a cidade tenha sido atacada por homens tanto
de Benjamim quanto de Judá, os Jebuseus não foram expulsos de Jerusalém na
época da conquista (Js 15.63; Jz 1.21).
6. A cidade tinha uma longa história.
7. Um nome anterior de Jerusalém foi Salem, conhecida
por causa de seu justo rei Melquisedeque (Gn 14.18-20).
8. O monte Moriá — onde Abraão tinha se preparado para
oferecer Isaque — também era localizado em Jerusalém (Gn. 22.2).
9. Jerusalém, por fim, se tornaria não apenas o local
do templo, mas também o lugar onde Jesus morreria e ressuscitaria.
1. O significado de 2
Samuel 6 fala a respeito da volta da Arca para Jerusalém.
2. Portanto parte do
motivo da fraqueza de Israel durante o reinado de Saul foi a falta de interesse
do rei na vida religiosa da nação.
3. Porém Davi estava
determinado a corrigir esse estado de coisas.
4. Assim ele começou
restaurando a Arca, símbolo da presença de Deus, em sua posição legítima como o
centro da vida religiosa de Israel.
5. Durante o reinado de
Saul, a arca permaneceu em uma casa de campo em Quiriate-Jearim, também
conhecida como Baal-Judá ou Baala; 1 Samuel 7:1-2; 1 Crônicas 13:5-6).
6. Ao levar a Arca para
Jerusalém, Davi pretendia fazer de Jerusalém o centro religioso de Israel, bem
como a cidade real e a capital administrativa (2 Samuel 6:1-5).
7. Então os planos de
Davi sofreram um revés quando uma pessoa que tocou na Arca foi morta.
8. Ou seja,
aparentemente, pensando que Deus estava zangado com ele por mover a Arca, Davi
temeu ir mais longe.
9. Ele o deixou na casa vizinha de um homem
chamado Obede-Edom (2 Samuel 6:6-11).
1. Nessa
época, o tabernáculo estava em Gibeão (1 Crônicas 16:39).
2. Davi não
fez nenhuma tentativa de transferi-lo para Jerusalém, possivelmente porque era
muito velho para se mover sem causar grandes danos, ou possivelmente porque
Davi estava pensando em construir uma estrutura nova e mais duradoura.
3. A santidade de Deus-Também estava
presente na Arca, visto que ninguém poderia tocá-la (1 Sm. 6.19; 2 sm. 6.7).
4. A
morte de Uzá foi provocada por ele ter tocado na Arca, embora a sua atitude fosse
impedir que ela caísse do carro puxado por um boi.
5. Isto
aconteceu porque Davi descumpriu a instrução dada por Deus, que a Arca deveria
ser carregada pelos levitas.
6. Eles
não poderiam tocar na Arca, para isso eles deveriam usar umas varas compridas
as quais eram enfiadas em umas argolas (fazia vez de alça) ao lado da Arca, e
essas varas eram compridas de modo que impedissem os levitas de tocaram na Arca
quando a estivessem carregando.
7. A
transferência da Arca para Jerusalém, além de ser um motivo politico (Deus
seria o Senhor do Pais), também tinha um cunho religioso, Jerusalém seria a
capital religiosa da nação.
8. Junto
a isso, deve ser destacado o fato do entusiasmo contagiante de Davi na missão
de transferir a Arca para Jerusalém.
9. Davi
tinha temor e respeito por Deus.
10. A
cada 6 passos dados pelos levitas, havia uma interrupção na marcha, para que
fosse feito um sacrifício de animais para Deus, isso enfatiza a reverencia que
a presença de Deus (na Arca) tinha para Davi.
11. Nós
precisamos ter a mesma reverência para com Deus quando estivermos em sua casa
(templo), que o exemplo de Davi possa nos motivar a agir da mesma maneira.
1- O Templo de Jerusalém (2 Sm. 7.2).
1. Quando ele trouxe a Arca
para Jerusalém, ele a colocou, em uma tenda especial que ele havia preparado
para ela.
2. Assim ele e o povo
celebraram o grande evento com um ritual sagrado de música, dança sacrifício e
festa (2 Samuel 6:16-19; ver 1 Crônicas
15:16-28).
3. O salmo cantado
nesta ocasião louvou a Deus por dar ao povo de Israel sua terra natal, e
contrastou o poder desse Deus glorioso com a fraqueza dos ídolos pagãos (1 Crônicas 16:8-36).
4. Natã encorajou o rei a seguir o rumo do seu coração
e construir um templo para a Arca.
5. Porém, o profeta falou com base no seu próprio
entendimento, e não como uma palavra do Senhor.
6. Sua
afirmação porque o SENHOR é contigo indica, nesse contexto, uma bênção geral, e
não uma declaração específica de Deus.
7. Embora Natã tivesse, a princípio, encorajado Davi a
construir um templo para a Arca (v. 3), o Senhor revelou que essa não era a Sua
intenção de forma alguma.
8. A pergunta
Edificar-me-ias tu casa para minha habitação?
9. Implicou uma resposta negativa.
10. Os planos de Deus, não são os nossos planos, pois a
vontade Dele e soberana.
11. Deus deixou claro para Davi, que Salamão iria
construir o templo, e não Davi.
1. A tenda era a residência de um viajante.
2. O tabernáculo (hb. mishkan) era a
estrutura portátil que funcionava como a “habitação” de Deus no meio de Seu
povo (Ex 25.9,22).
3. Em toda a história do relacionamento de Deus com os
israelitas, Ele nunca os reprovou por falharem em construir para Ele um
santuário permanente.
4. O verbo apascentar é uma metáfora para liderança e
foi usado por todo o Oriente Médio para se referir a líderes nacionais (Ez
34-2).
5. Naturalmente, o Grande Pastor é Deus (SI 23).
6. Precisamos entender que Deus anda com seu povo,
embora muitos não andasse com Ele.
7. No deserto Deus instruiu Moisés para construir um
Tabernáculo, em Jerusalém, Salomão construiu um Templo de alvenaria, hoje nós
somos o Templo do Espirito Santo (o consolador até a volta de Jesus).
1.
A natureza formal e profunda do texto é enfatizada pelo uso do termo
SENHOR dos Exércitos.
2.
Deus fez lembrar a Davi Seus grandiosos feitos, principalmente o de
tirá-lo de uma posição humilde de pastor para torná-lo rei sobre o Seu povo.
3.
Um grande nome, ou seja, uma excelente reputação era muito
valorizado pelos hebreus.
4.
Assim como Deus prometeu engrandecer o nome de Abraão (Gn. 12.2), Ele
garantiu a Davi que seu nome seria reconhecido.
5.
Deus prometeu prover a Israel um local seguro para morar em Canaã.
6. Os israelitas não seriam mais expostos aos repetidos ataques de seus inimigos, como havia acontecido no tempo dos juízes.
Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)
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