Lucas 23.44-55
Introdução: Na grande multidão que
acompanhava Jesus até o local de execução, onde soldados romanos, comandados
por um centurião (chefe de 100 soldados), cumpriram a sentença, havia também
numerosas mulheres que pranteavam o Senhor em alta voz.
1-O
tribunal de Pilatos (Lc.23.1-7).
1. É um capítulo do Novo Testamento da Bíblia
cristã que contém o relato do julgamento, crucificação e morte de Jesus.
2. O capítulo começa com Jesus sendo levado
perante Pilatos, o governador romano, que não encontra base para as acusações
feitas contra ele pelos líderes religiosos.
3. No entanto, sob pressão da multidão, Pilatos
concorda em libertar Barrabás, um notório criminoso, em vez de Jesus.
4. Nos versos seguintes, Jesus é escarnecido e
espancado pelos soldados, sendo forçado a carregar sua própria cruz até o local
de sua execução.
5. O
administrador romano Pilatos era responsável pela coleta dos impostos e pela
preservação da paz.
6. Pode ser
que ele estivesse em Jerusalém para audiências judiciais.
7. O fato
de outros condenados serem crucificados com Jesus faz com que esta hipótese
seja bastante provável.
1.
Alegrou-se
muito. A curiosidade de Herodes a respeito de Jesus é observada em Lucas
9.7-9.
2.
Mas Ele nada lhe
respondia. Jesus pode ter permanecido em silêncio porque já havia sido declarado
inocente e continuava sendo submetido a julgamento (At 8.32, 33).
3.
Acusando-o com
grande veemência.
4.
A pressão para
declarar Jesus culpado continuava.
5.
Herodes e seus
homens já não temiam a Jesus.
6.
Desta forma,
decidiram divertir-se às Suas custas e puseram nele uma roupa resplandecente.
7.
Esta atitude
provavelmente era uma referência sarcástica à Sua afirmação de ser rei.
8.
Nenhuma culpa
acho neste homem.
9.
Esta é a segunda
declaração de inocência feita por Pilatos.
Nem mesmo Herodes.
10.
O sentido da
atitude de Herodes indica que Jesus não fez coisa alguma digna de morte.
1.
Castigá-lo-ei,
pois, e soltá-lo-ei.
2. Pilatos esperava que um açoitamento público pudesse
satisfazer o povo e “acalmar” Jesus, evitando assim lançar mão da pena de
morte.
Era necessário. Soltar um preso pela
festa.
3.
Pilatos desejava
tirar vantagem desse costume e soltar Jesus (Mt 27.15; Mc 15.6).
4.
Fora daqui com
este.
5.
A multidão grita
querendo a morte de Jesus. Lucas deixa claro que a morte de Cristo não foi
somente instigada pelos oficiais judeus, mas também pelo povo. Barrabás.
6.
A s pessoas
preferiram que um assassino sedicioso fosse libertado no lugar de Cristo.
7.
O conceito da
substituição de Jesus por este homem prefigura a morte substitutiva do Salvador
no lugar do povo pecador.
8.
Lucas menciona os
principais sacerdotes à parte do povo, pois estes eram os principais
instigadores da trama contra Jesus.
9.
Pilatos temeu a
vontade das pessoas, por isso ele aderiu à conspiração e concordou em condenar
Cristo à morte, mesmo sabendo que Ele era inocente (At 4.25-27).
10.
Entregou Jesus à
vontade deles.
11.
Cristo está à
beira da morte.
1-
O choro das filhas de Jerusalém (Lc.23.26-32).
1. E, enquanto o conduziam,
eles pegaram um certo Simão, cireneu, que vinha do campo, e colocaram nele a
cruz, para que ele pudesse carregá-la após Jesus.
2.
Simão de Cirene
estava fora de Jerusalém e vinha do campo todos os dias da festa dos pães
ázimo, a fim de adorar.
3.
Após ter sido
açoitado, Jesus não estava mais em condições de carregar a cruz (Lc.22.63), então a
puseram nas costas de Simão.
4.
É possível que
Simão fizesse parte da sinagoga dos judeus de Cirene, mencionada (em At 6.9; Marcos 15.21 )
cita os nomes dos filhos de Simão (talvez Rm 16:13 se
refira a um deles).
5.
E seguia-o uma
grande multidão de povo e de mulheres, que também pranteavam e lamentavam por
ele.
6.
Mas Jesus,
voltando-se para elas, disse: “Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; mas
chorai por vós mesmas e por vossos filhos”.
1.
E havia também
outros dois, que eram malfeitores, sendo conduzidos com ele para serem mortos.
2.
E, quando eles
chegaram ao lugar que é chamado Calvário, ali o crucificaram, e aos
malfeitores, um à direita, e outro à esquerda.
3.
O fato de Jesus
ter sido executado entre dois… malfeitores cumpriu a profecia de Is 53:12, bem como
as palavras do próprio Jesus em Lc 22:37.
4.
O lugar onde
Jesus foi crucificado se chamava Calvário (em aramaico Gólgota e em latim
Calvário).
5.
Então, disse
Jesus: Pai perdoa-lhes, porque eles não sabem o que fazem.
6.
E, repartindo as
suas vestes, lançaram a sorte.
7.
Jesus perdoou
Seus executores porque agiram sem saber quem Ele realmente era.
8.
Alguns manuscritos primitivos não incluem a
primeira parte deste versículo.
9.
A expressão
repartindo as suas vestes, lançaram a sorte cumpriu o texto de Sl 22:18.
10.
E o povo ficou
parado e olhando, e também os governantes o ridicularizavam, dizendo: Ele
salvou aos outros; salve-se a si mesmo, se é o Cristo, o escolhido de Deus.
11.
E também os
soldados zombavam dele, chegando-se a ele, e oferecendo-lhe vinagre.
12.
Dizendo: Se tu
és o REI DOS JUDEUS, salva-te a ti mesmo.
13.
E também havia
uma inscrição, escrita acima dele em letras de grego, e latim, e hebraico: Este é o REI DOS JUDEUS.
1.
E um dos
malfeitores que estavam pendurados, enfurecido, dizia: Se tu és o Cristo,
salva-te a ti mesmo e a nós.
2.
Quatro grupos
diferentes (o povo em geral, os governantes, os soldados e um dos malfeitores
crucificados) zombaram de Jesus e O desafiaram a salvar a Si mesmo.
3.
Nenhum deles cria
que Jesus era o Cristo… o REI DOS JUDEUS, apesar da inscrição oficial pregada na cruz acima de
Sua cabeça acusá-Lo de se declarar “o Rei dos judeus”.
4.
Mas o outro,
respondendo, repreendia-o, dizendo: Tu nem mesmo temes a Deus, estando na mesma
condenação?
5.
Porque nós, em
verdade, padecemos justamente, pois nós recebemos a devida recompensa dos
nossos atos; mas este homem nada fez de errado.
6.
E ele disse a
Jesus: Senhor lembra-te de mim, quando tu vieres em teu reino.
7.
E disse-lhe
Jesus: Verdadeiramente eu te digo: Hoje
tu estarás comigo no paraíso.
8.
Em meio a esse
espetáculo de incredulidade e zombaria, o outro criminoso percebeu a diferença
entre sua culpa e a inocência de Jesus (este homem nada fez de errado).
9.
Ele também se deu
conta de que Jesus era o Cristo e Lhe pediu para participar de Seu reino
vindouro.
10.
Jesus lhe
assegurou que, depois da morte, ele imediatamente seria reunido a Jesus no
paraíso, que corresponde à vida eterna além da morte; ver 2Co 12:4.
1-Nas
tuas mãos entrego o meu espírito (Lc.23.44-46).
1. E era já quase à hora
sexta, e houve trevas sobre toda a terra até a hora nona.
2. E o sol se escureceu, e o
véu do templo rasgou-se ao meio.
3. Às três horas de escuridão
ao meio-dia (da hora sexta até a hora nona) foram um sinal do juízo de Deus
contra o pecado (Jesus se fez pecado na cruz) e contra os pecadores que
injustamente executaram o Filho de Deus.
4. Mateus 27:51 explica que o véu do templo (que ficava entre o Lugar Santo e o
Lugar Santíssimo) se rasgou por causa de um grande terremoto.
5. O véu rasgado simboliza o
livre acesso a Deus que a morte de Cristo possibilitou.
6.
Entregou o espírito (Lucas 23:46).
7. E Jesus gritando em alta
voz, disse: Pai, nas tuas mãos eu
entrego o meu espírito. E, tendo dito isso, ele rendeu o espírito.
8. Expressando fé em Deus ao recitar Sl 31:5, Jesus se deu ao espírito.
9. Ele foi posto na cruz por
volta das nove horas da manhã (Mc 15:25) e morreu apenas seis horas depois – um tempo excepcionalmente curto.
10. Às vezes os crucificados ficavam ali dois ou
três dias antes de morrer.
1.
Ora, quando o
centurião viu o que estava feito, ele glorificou a Deus, dizendo: Certamente
este era um homem justo.
2.
Comparado aos
relatos paralelos, Lucas silenciou a confissão do centurião.
3.
Aqui o centurião simplesmente observou que
Jesus era realmente justo (e não um criminoso, de forma alguma), ao passo que
Mt 27:54 diz que o centurião reconheceu que Jesus era o Filho de Deus.
4.
As mulheres
permaneceram ali.
5.
E toda a multidão
que se ajuntara para observar, vendo as coisas que estavam feitas, retornavam
batendo no peito.
6.
E todos os seus
conhecidos, e as mulheres que o haviam seguido desde a Galileia, estavam de
longe vendo estas coisas.
7.
Batendo no peito
era um sinal de tristeza, mas em Lc 18:13 parece
indicar contrição diante do Senhor.
8.
É importante
notar que as mulheres discípulas de Jesus desde a Galileia, que generosamente
sustentaram financeiramente Seu ministério (ver nota em Lc 8:1-3), são
destacadas entre os que observavam Jesus morrer na cruz.
9.
Elas ficaram com
Ele mesmo quando os discípulos homens o abandonaram.
1.
E eis que havia um homem de nome
José, um conselheiro, e ele era homem bom e justo.
2.
(que não tinha
consentido no conselho e nos atos deles), ele era de Arimatéia, cidade
dos judeus; e ele também esperava o reino de Deus.
3.
Este homem foi a Pilatos, e
implorou pelo corpo de Jesus.
4.
E, havendo-o
tirado, envolveu-o em um pano de linho, e o deitou em um sepulcro lavrado na
rocha, onde nenhum homem ainda havia sido posto.
5.
Apesar de ser um
conselheiro (Sinédrio), José de Arimateia não concordou com a decisão de
executar Jesus. Ele era um homem bom e justo e também era discípulo secreto de
Jesus (Jo 19:38).
6.
Em vez de ser
posto em uma vala comum reservada para criminosos, Jesus foi posto no sepulcro
do rico José.
7.
Isso cumpriu a
profecia de Is 53:9. Mateus (Lc.27:65-66) afirma que foram postos soldados para guardar o sepulcro de Jesus e
que a pedra rolada para fechar a entrada do sepulcro foi selada com o selo de
autoridade romana.
8.
E era o dia da
preparação, e ia começar o shabat.
9.
E as mulheres que
tinham vindo com ele da Galileia o seguiram também, e viram o sepulcro, e como
foi posto o seu corpo.
10.
E elas
retornando, prepararam especiarias e unguentos; e no dia do shabat repousaram,
conforme o mandamento.
11.
O dia da
preparação (do pôr do sol da quinta-feira ao pôr do sol da sexta-feira) era o
dia antes do shabat, no qual se faziam os preparativos para ele.
12.
José de Arimatéia e Nicodemos fizeram muito em preparar o corpo de Jesus para o sepultamento (Jo
19:39-40), mas as discípulas da Galileia queriam terminar essa tarefa
(prepararam especiarias e unguentos).
13.
Elas, no entanto,
tinham que esperar o shabat passar para poderem pôr seu plano em prática.
Pr. Capl. Carlos Borges (CABB).
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