Jo. 8.1-11 E
9.1-12
Introdução: Jesus estava no templo ensinado, quando foi interrompido
pelos escribas e fariseus que traziam uma mulher que foi pego em adultério,
Eles queriam que Jesus a julgasse, porém o que ele queriam era um pretexto para
julgarem a Jesus posteriormente, como fizeram depois, que o levaram ao
Calvário.
1-Sentença de Morte (Jo. 8.1-3).
1. Quando trouxeram a mulher
pega em adultério a Jesus, queriam que Ele a julgasse e assim poderiam julgar
eles a Jesus.
2.
Mas, o Mestre conhecendo o coração e pensamentos dos que o
rodeavam, manteve-se tranquilo, e, devido à insistência proferiu seu veredicto,
mas, não foi o que os fariseus e escribas esperavam, Jesus disse: “Aquele
que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela”
v.7b.
3. A lei mosaica determinava que o ato cometido por aquela mulher fosse
punido com apedrejamento, porém isso não a salvaria a alma, não curaria seu
coração ferido e infestado pelo pecado.
4. Porém a lei mosaica
determinava que o homem com quem ela adulterasse, também deveria ter o mesmo
julgamento, o que nesse episódio não aconteceu, esse apedrejamento seria na
prática uma “queima de arquivo”, se
ela morresse quem o iria acusa-lo.
5. Mas ali estava o Justo
Juiz, que sabia da situação, e quem era os culpados.
6. E a mulher adúltera, pega
em flagrante em um pecado contra DEUS e contra seu próprio corpo, humilhada por
ter sido carregada pelas ruas da cidade por aqueles homens raivosos.
7. O homem com quem ela
adulterou, provavelmente estaria no meio daquela turba pronta para feri-la ou
matá-la.
8. Ela já estava resignada
diante da situação, afinal ela já sabia qual seria a punição antes de cometer
esse erro, o que faltava, ali era o culpado com quem ela adulterou.
1. Mestre-
Aqui o chamam de MESTRE.
2. Um
dia antes, o chamaram de enganador; eles o elogiam com a esperança de o enganarem.
3. Mas
embora os homens possam ser enganados com elogios, Ele, que busca o coração,
não pode.
4. Ela
foi apanhada no ato, de forma que não havia espaço para apelo de não ser
culpada.
5. Às
vezes é bom para o pecador, que tenha seu pecado trazido à luz, para que não o
façam presunçosamente.
6. É
melhor que nosso pecado nos envergonhe do que nos condene.
7. Sejam apedrejadas- Moisés ordenou que
fossem colocadas à morte (Lv. 20.10; Dt. 22.22), mas não que deveriam ser
apedrejados, a não ser que a adúltera fosse noiva, não casada, ou fosse à filha
de um sacerdote (Dt. 22.21).
8. O
Adultério é um pecado extremo, pois é a rebelião de uma luxúria vil (interesse
insaciável por prazer), não apenas contra o mandamento, mas contra a aliança com o nosso Deus.
9. Se
Jesus confirmasse a sentença da lei e a deixasse seguir seu rumo, eles o
acusariam de ser inconsistente consigo mesmo, e com o caráter do Messias, que
deveria ser manso e oferecer salvação.
10. Se
Ele a absolvesse, e desse Sua opinião de que ela não deveria ser executada,
como esperavam que fossem, eles primeiro o condenariam como inimigo da Lei de
Moisés.
3-Misericódia
de Jesus (8.7-11)
1. Depois
de analisar a questão, Jesus respondeu a Seus acusadores.
2. Mas
Ele não aboliu a Lei de Moisés em sua resposta, ao contrário, Ele a aplicou à
vida daqueles que acusavam a mulher.
3. Tornando
a inclinar-se, escrevia na terra.
4. Deus
escreveu os Dez Mandamentos duas vezes, e Jesus escreve duas vezes nesse mesmo
episódio (Jo 8:6).
5. Além
disso, tanto em Êxodo como em João, o dedo só é mencionado na primeira vez.
6. Saíram
um a um.
7. Jesus
entrou no templo ao amanhecer (Jo 8:2), e essa cena deve ter acontecido minutos
depois.
8. Então,
enquanto tudo isso acontecia, o sol devia estar nascendo.
9. E
quando tudo foi revelado pela luz do sol, a culpa dos fariseus foi exposta pela
luz do mundo (v. 12).
II A VERDADE
QUE LIBERTA
1-Escravos do Pecado (Jo. 8.31-35).
1.
E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Aquele que
permanece na Palavra de Deus conhece a verdade (v. 31; 17.17).
2.
Veja que Jesus não diz que devemos conhecer a Palavra, e
sim a verdade.
3.
Os acusadores de Jesus procuraram nas Escrituras, porém não
encontraram aquele que é a verdade.
4.
Os que creem em Cristo, como descrito no versículo 30, têm
de permanecer nas palavras da Bíblia para conhecer a verdade.
5.
E essa permanência os leva a uma experiência com a verdade
que os liberta.
6.
O capítulo 15, mais especificamente o versículo 10, explica
como permanecer na verdade: Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no
meu amor.
7.
O verbo libertará alude à libertação da escravidão do
pecado.
8.
Obediência ao Senhor implica ter comunhão com Ele, ser
protegido do pecado e provar do Seu amor.
9.
Nesse capítulo todo, Jesus está envolvido em um debate com
Seus acusadores, os fariseus (v. 13).
10.
Os versículos 30 a 32 abrem um parêntese para falar
daqueles que, em meio à multidão, creram em Jesus depois de ouvir o que Ele
disse aos Seus acusadores.
11.
No versículo 33, os líderes judeus voltam a falar.
Portanto, a objeção nesse versículo vem dos acusadores de Jesus, e não dos que
creram, conforme os versículos 30 a 32. Nunca servimos a ninguém.
12.
A objeção dos fariseus é notória.
13.
No passado, os israelitas haviam sido escravos dos egípcios, dos assírios e dos babilônios.
14.
E naquela ocasião Israel estava sob o domínio de Roma.
1. O servo não fica para
sempre em casa; o Filho fica para sempre.
2. O filho sempre fará parte
da família e terá todos os privilégios.
3. Esse provérbio se
encontra no versículo 36, e sua aplicação aqui prova que o Filho é Jesus Cristo
(veja o Filho do Homem - v. 28).
4. Como membro da família, o
filho também pode conceder seus privilégios a outros.
5. João 8:37 Descendência de
Abraão, ou seja, herdeiros humanos de Abraão.
6. Mas eles só seriam
descendentes espirituais se tivessem fé.
7. No entanto, em vez de
confiarem em Jesus para terem seus pecados perdoados, os líderes judeus queriam
matá-lo.
8. Eles ouviram a palavra,
mas não creram nela.
9. E foi por isso que eles
não conheceram a verdade (compare com o v. 31).
10. O diabo é homicida, e
seus agentes queriam matar Jesus. (Jo 8:44).
3-Perigo da religiosidade (Jo. 8.37-47).
1. Descendência de Abraão,
ou seja, herdeiros humanos de Abraão.
2. Mas eles só seriam
descendentes espirituais se tivessem fé.
3. No entanto, em vez de
confiarem em Jesus para terem seus pecados perdoados, os líderes judeus queriam
matá-lo.
4. Eles ouviram a palavra,
mas não creram nela. E foi por isso que eles não conheceram a verdade (compare
com o v. 31).
5. João 8:38 Veja a
diferença entre meu Pai e vosso pai. Posteriormente, Jesus acabou dizendo quem era
de fato o pai deles (Jo 8:44).
6. João 8:39 Nosso pai é
Abraão. Os
fariseus acreditavam que, por ser descendente de Abraão, o lugar deles estava
garantido no céu.
7. Mas honrar aqueles que
falavam em nome de Deus também fazia parte das obras de Abraão (Gn 14 e 18).
8. João 8:40 Apesar de toda a
argumentação de Jesus, aqueles homens queriam matá-lo.
9. As obras deles não tinham
nada a ver com Abraão, e, por essa razão, eles não eram filhos dele.
João 8:41 Nós não somos nascidos de
prostituição. Desde os tempos
antigos, isso tem sido interpretado como uma zombaria, como se eles estivessem
dizendo a Jesus: Não somos filhos bastardos como você.
10. Ao que parece, o boato de
que Jesus fora concebido fora do casamento foi algo que o perseguiu por muitos
anos.
11. João 8:42, 43 Por não
poderdes ouvir a minha palavra. O pecado cegou tanto os olhos e endureceu tanto
o coração daqueles homens que eles se tornaram incapazes de aceitar as palavras
de Jesus.
12. João 8:44-47 Tendes por
pai. Jesus
sabia o que estava no coração das pessoas (Jo 2.25), e é por isso que Ele
conhecia a motivação das atitudes delas, o diabo é homicida, e seus agentes
queriam matar Jesus.
1- Uma Pergunta Perturbadora (Jo.
9. 2).
1. Mestre, quem pecou? … – Era
uma opinião universal entre os judeus que calamidades de todos os tipos eram
efeitos do pecado. Veja as notas em Lucas 13: 1-4.
2.
O caso, porém,
desse homem era o de um cego de nascença, e era uma pergunta que os discípulos
não podiam determinar se a culpa era dele ou de seus pais.
3.
Muitos dos judeus
acreditavam na doutrina da transmigração de almas; ou que a alma de um homem,
em consequência do pecado, possa ser obrigada a passar para outros corpos e ser
punida ali.
4.
Eles também
acreditavam que uma criança poderia pecar antes de nascer, e que, consequentemente,
essa cegueira poderia ter atingido a criança como consequência disso.
5.
Também foi uma
doutrina para muitos que o crime dos pais pode ser a causa de deformidade na
criança, particularmente a violação do mandamento em Levítico 20:18.
1. Nem este homem pecou… – Ou seja, sua cegueira
não é o efeito de seu pecado, nem de seus pais.
2. Jesus, evidentemente, não pretendia afirmar
que ele ou seus pais estavam sem pecado, mas que essa cegueira não foi o efeito
do pecado.
3. Esta
resposta deve ser interpretada pela natureza da pergunta que lhe foi submetida.
4. O sentido é que “sua cegueira não deve ser
atribuída a nenhuma falta de seus pais ou de seus pais”.
5. Mas que as obras de Deus – aconteceu que pode
parecer quão grandes e maravilhosas são as obras de Deus.
6. Pelas
obras de Deus, aqui, é evidentemente pretendido o poder milagroso que Deus daria
para curar o homem, ou melhor, talvez, todo o que aconteceu com ele no curso da
providência divina, primeiro sua cegueira, como um ato de sua providência e, em
seguida, sua cura, como um ato de misericórdia e poder.
1. Jesus cuspiu na terra, fez lama com sua
saliva, aplicou sobre os olhos do cego e pediu que fosse lavar-se na piscina de
Siloé.
2. O homem foi e ficou curado.
3. Este é o sinal! João comenta, dizendo que
Siloé significa enviado.
4. Jesus
é o Enviado do Pai que realiza as obras, os sinais do Pai. O sinal deste
“envio” é que o cego começou a enxergar.
5. E, tal como Deus criara o ser humano a
partir do barro, Jesus vem recriar as pessoas.
6. Nele, somos novas criaturas (2Cor 5,17).
7. A
primeira reação veio dos vizinhos e das pessoas chegadas.
8. O
cego era muito conhecido. Eles ficaram na dúvida: “Será que é ele mesmo?”.
9. O
cego respondia: “Sou eu mesmo!”.
10. Perguntaram:
“Como é que se abriram seus olhos?” O que antes era cego tem que testemunhar:
foi o homem Jesus quem me abriu os olhos.
Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)
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