segunda-feira, 15 de julho de 2024

O ESPÍRITO SANTO E A ORAÇÃO SACERDOTAL

 


Jo. 17.1-21

Introdução: Esta é a mais longa oração de Jesus registrada na Bíblia. Uma oração feita após uma triste revelação para os discípulos: A volta de Jesus ao Pai e a dispersão dos discípulos (Jo. 28,32). Esta oração de Jesus por todos os seus discípulos foi uma intensa súplica a Deus pela unidade deles (Jo. 17:20, 21).

I A VIDEIRA VERDADEIRA

1-Produz Frutos (Jo. 15.1-4).

1.      Eu sou a videira verdadeira, e o meu Pai é o agricultor. 

2.      Ele corta todo ramo que, estando em mim, não der fruto. 

3.      E poda todo aquele que der fruto, para que dê mais fruto ainda.

4.      Só se continua na missão, se a missão é motivada e sustentada pela vida de Jesus em nós.

5.      Isso é estar unido à videira verdadeira.

6.      O Ramo que não permanece unido a Jesus perece.

7.      Pode até aparentar ter muito volume, mas não permanece no tempo, não dá fruto.

8.      Por que Jesus disse “Eu sou a Videira verdadeira”?

9.      Jesus utilizou a figura de uma videira devido ao seu grande significado simbólico.

10.    A nação de Israel no Antigo Testamento, por diversas vezes era representada por uma videira (Salmos 80:8-16; Jeremias 2:21).

11.    Inclusive, no período Macabeu, as moedas traziam uma videira estampada.

 2-Frutos que Permanecem Jo. 15.16,17)

1.      Deus nos escolheu para frutificar no seu reino v16. b

2.      “Vos designei para irdes e dardes fruto”. (v.16b)

3.      A palavra frutificar significa produzir, dar resultado.

4.      Frutificar no reino de Deus implica estar ligado em Cristo Jesus. ( Jo 15.5)

5.      Frutificar no reino de Deus implica deixar a zona de conforto. (Gn. 12.1).

6.      Ex. amizades, rotinas, parentes, prazeres, vontades, planos, etc..

7.      Frutificar no reino de Deus implica ser cheio do Espírito Santo. (At 1.8).

8.      O importante é saber que Deus esta no controle de toda e qualquer situação.

9.      Deus diz: “Não Temas Eu vos sustentarei, sou o teu escudo, Eu sou contigo por onde andares, Eu multiplicarei a sua semente.”.

 3-O Mundo nos Odeia (Jo. 15.18-21).

1.      O Evangelho de São João realça a importância fundamental da união a Cristo, a fim da missão ser fecunda.

2.      O segredo da coragem e eficácia da missão do Apóstolo está na sua confiança inabalável na Palavra no Espírito Santo que o anima e capacita.

3.      O evangelizador não pode ignorar que terá de enfrentar muitas dificuldades e oposições.

4.      São Paulo fala-nos dos muitos sofrimentos que teve de passar para anunciar o Evangelho.

5.      Trazemos, porém, este tesouro em vasos de barro, a fim de que se veja que o nosso poder extraordinário é de Deus e não nosso.

6.      Em tudo somos atribulados, mas não esmagados.

7.      Somos confundidos, mas não desesperados.

8.      Somos perseguidos, mas não abandonados.

9.      Somos abatidos, mas não aniquilados (2 Cor 4, 8-9; cf. 11, 22-29).

 II O ESPÍRITO SANTO

1- O Espírito Santo no Mundo (Jo. 16.7-11).

1.      Mas eu vos digo a verdade.

2.      É melhor para vós que eu vá.

3.      Pois, se eu não partir o paracleto (Espírito Santo) não vem para vós.

4.      Se, porém, eu for, o enviarei para vós. 

5.      Quando ele vier, vai arguir o mundo a respeito do pecado, a respeito da justiça e a respeito do juízo.

6.      Em João 16, Jesus continua o seu discurso com os seus discípulos, preparando-os para a sua partida iminente.

7.      Ele fala sobre o papel do Espírito Santo, que virá depois que ele partir para guiá-los à verdade, convencer o mundo do pecado e revelar as coisas de Deus.

8.      Jesus prediz a sua crucificação e ressurreição e assegura aos discípulos que a sua tristeza se transformará em alegria quando o virem novamente.

9.      Ele os incentiva a orar em seu nome, prometendo que suas orações serão respondidas.

10.    O capítulo destaca a necessidade dos discípulos da presença e orientação do Espírito Santo, sua alegria futura em Jesus e o poder da oração em nome de Jesus.

 2-O Espírito Santo no crente (Jo. 16.12-15).

1.      O discurso não era uma completa exposição dos pensamentos de Jesus em relação com os seus.

2.      Havia ainda muito para ser dito.

3.      Não valia a pena dizê-lo, pois os discípulos não poderiam suportar.

4.      Estavam imaturos demais.

5.      Essas verdades se tornariam mais reais quando a experiência deles crescesse.
Jo. 16:13 A comunicação dessas coisas podia ser seguramente adiada até que viesse o Espírito da verdade, que é um professor tão eficiente quanto o próprio Senhor. 

6.      Toda a verdade. Não a verdade em todos os ramos do conhecimento, mas a verdade nas coisas de Deus, num sentido mais restrito, as coisas que nós chamamos de espirituais (cons. I Co. 2:10).

7.      Jo. 16:14 Glorificará. Tal como Cristo estava glorificando o Pai através de sua obediência até à morte, assim o Espírito glorificaria Cristo esclarecendo o significado de Sua pessoa e obra. A missão instrutiva do Espírito seria em primeiro lugar de receber o depósito da verdade cristocêntrica, depois mostrá-las aos crentes.

8.      Segue-se que um ministério, para ser orientado pelo Espírito, deve magnificar a Cristo.

9.      16:15 Uma vez que as coisas de Cristo incluem as verdades referentes ao Pai e Seus conselhos, quando o Espírito comunica as coisas de Cristo comunica toda a verdade.

10.    Logo a seguir o Senhor lidou com as compensações que aliviariam a dor ocasionada com a Sua partida.

11.    Essas incluíam a promessa de que os discípulos o veriam novamente (v. 16); sua alegria em vê-lo (v. 22); o privilégio da oração (vs. 23, 24); aumento de conhecimento (v. 25); e o amor sustentador do Pai por eles (v. 27).

 3- Paz e Bom Animo (Jo. 16.32,33).

1.      Jo. 16:31, 32 -Mas um rude despertar estava a espera deles, seriam dispersos (quando Jesus fosse preso) e Ele seria deixado só, mas teria a ajuda do Pai.

2.      Jo. 16:33 -Para proteção deles Ele providenciou a sua paz (cons. 14:27), da qual precisariam quando enfrentassem as aflições que lhes estavam reservadas no mundo.

3.      Esta não é simplesmente paz no meio do conflito, mas paz que descansa na certeza da vitória obtida agora pelo Seu paladino sobre o mundo.

4.      A vitória de Cristo é a realidade objetiva que torna válida a dádiva interior de Sua paz.

5.      Promessa do Espírito Santo: Jesus promete enviar o Espírito Santo para consolar, guiar e capacitar os discípulos. Isso nos ensina sobre a presença contínua e o auxílio do Espírito Santo em nossas vidas cristãs.

6.      Alegria Apesar da Tribulação: Jesus fala sobre a alegria que os discípulos terão, mesmo em meio à tribulação, por causa da vitória que Ele conquistou. Isso nos lembra que nossa alegria não depende das circunstâncias externas, mas da nossa relação com Cristo.

7.      O Poder da Oração em Nome de Jesus: Jesus enfatiza a importância de pedir ao Pai em Seu nome e promete que o Pai responderá. Isso nos encoraja a orar com fé, confiando na intercessão de Jesus e no poder da oração em nossa vida diária.

8.      O Fim da Tristeza e a Vitória em Cristo: Jesus assegura aos discípulos que sua tristeza se transformará em alegria quando Ele ressuscitar dos mortos. Isso nos lembra que, em Cristo, encontramos a verdadeira fonte de alegria e esperança que transcende as dificuldades temporárias.

9.      Perseverança na Fé: Jesus encoraja os discípulos a permanecerem firmes na fé, mesmo diante das perseguições e desafios que enfrentarão. Isso nos desafia a perseverar em nossa fé, confiando na promessa de Jesus de que Ele venceu o mundo e nos fortalecerá em todas as situações.

 III JESUS ORA POR NÓS

1-Jesus ora por Salvação (Jo. 17.1-5).

1.      Portanto, é razoável supor que Jesus proferiu a oração registrada em João 17 ao alcance de pelo menos alguns de seus discípulos. 

2.      No entanto, o foco do relato de João sobre a oração de Jesus está somente em Jesus.

3.      Jesus levanta seus olhos para o céu, uma postura costumeira na oração e se dirige a Deus como “Pai”, intercedendo primeiro por si mesmo, depois por seus discípulos e, finalmente, por aqueles que viriam à fé por meio do testemunho de seus discípulos.

4.      O endereço de Jesus para Deus, “Pai”, é ainda mais íntimo do que o endereço usado na “Oração do Senhor”, “Pai nosso que está nos céus” (Mt 6:9). 

5.      No início de sua oração, Jesus reconhece que na soberania de Deus, sua hora chegou.

6.      A frase “chegou a hora” é usada como um artifício dramático em todo o Evangelho construindo em direção ao clímax da “glorificação do Filho”.

7.      Jesus, sepultamento, ressurreição, ascensão e exaltação com Deus o Pai.

8.      Para Jesus, a chegada de sua hora não é motivo para fatalismo resignado, mas incentivo a uma oração crescente (Carson 1991:553). 

9.      Como Jesus entrega sua morte iminente nas mãos de Deus, sua preocupação suprema é que sua morte glorifique a Deus.

10.    Ele não pede a Deus para “salvá-lo desta hora” (12:27), mas para sustentá-lo através desta experiência difícil para que a glória possa advir a Deus. 

2-Jesus Ora por Proteção (Jo. 17.15-12).

1.      Eu oro por eles – Em vista de seus perigos e provações, ele buscou a proteção e a bênção de Deus sobre eles. Sua oração sempre foi respondida.

2.      Não para o mundo – O termo mundo aqui, como em outros lugares, refere-se a homens perversos, rebeldes e cruéis.

3.      O significado dessa expressão aqui parece ser o seguinte: Jesus está orando por seus discípulos.

4.      Como razão pela qual Deus deveria abençoá-los, ele diz que eles não eram do mundo; que eles foram tirados do mundo; que eles pertenciam a Deus.

5.      A petição não foi oferecida a homens perversos, perversos e rebeldes, mas a quem era amigo de Deus e estava disposto a receber seus favores.

6.      Esta passagem, então, não resolve nada sobre a questão de se Cristo orou pelos pecadores.

7.      Ele então orou por seus discípulos, que não eram aqueles que o odiavam e desconsideravam seus favores.

8.      Depois, ele estendeu a oração a todos os que deveriam se tornar cristãos, João 17:20. Quando na cruz, ele orou por seus crucificadores e assassinos, Lucas 23:34.

 3-Jesus Ora por Unidade (Jo. 17.20-23).

1.      João 17.20-26 contém a oração de Jesus na noite em que foi preso.

2.      Dentro de algumas horas ele iria passar pela agonia do seu sacrifício expiatório.

3.      O Senhor pediu ao Pai que nós fôssemos um.

4.      Unidade é o tema central da sua oração.

5.      Mas porque devemos, como Igreja, manter a unidade?

6.      Temos que ser um pelo fato de Jesus ter orado por isso.

7.      Diante de tantos assuntos, tantas coisas para pedir, unidade foi o escolhido pelo nosso Salvador.

8.      Se fosse algo sem importância ele não teria feito disso o tema central de sua oração em relação a nós.

9.      Temos que ser um porque Jesus nos deu o privilégio de participar da união que Ele tem com o Pai desde a eternidade.

10.    Temos que ser um para que o mundo reconheça o poder de Jesus.

Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)

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