I
Is.38.1-21
Introdução: As secções
parecem estar divididas em três segmentos: capítulos 36 e 37; 38;39. Na
primeira, Ezequias, reduzido ao desamparo diante da Assíria, se volve para Deus
e acha alívio. Na segunda, Ezequias uma vez mais se vê desamparado, dessa vez
diante da enfermidade. Ele mais uma vez se volve para Deus e é restaurado.
I O REINO AMEAÇADO
1-Ultimado de
Senaqueribe (Is.36.1-22)
1. ISAÍAS
36:1-20:No livro de Isaías no capítulo 36, vemos um grande marco que
aconteceu na história de Israel.
2. Este
fato, também está narrado nos livros de Reis no capítulo 18 e no
livro de 2 Crônicas, no capítulo 32.
3. Tudo
começa quando o rei Senaqueribe que governou entre os anos 705 e 681
A.C. governou o Império Assírio, ele foi filho do rei Sargão II.
4. O
nome Senaqueribe significa “Sin, o deus da lua”, tem aumentado os seus
irmãos.
5. Senaqueribe
era um habilidoso guerreiro, mas também ficou conhecido por ser um homem
cruel e orgulhoso.
6. Seu
comportamento inconsequente muitas vezes prejudicou a política de seu governo.
7. O
profeta Miquéias também
profetizou sobre os avanços militares de Senaqueribe.
8. O
rei Ezequias se envolveu numa coalizão contra o Império Assírio que estava
avançado dominando outros povos e conquistando territórios para seu
Império, assim, Ezequias contou com o apoio militar do Egito.
9. Foi
nesse contexto que o rei assírio começou sua campanha militar descendo
pela costa da Fenícia e capturou Sidom, Serepta e outras cidades.
10. Rapidamente
os reis de Moabe, Edom e outras terras próximas se submeteram a
Senaqueribe e lhe trouxeram significativos tributos
2-Coragem Rei! (Is.37.1-13)
1. Ezequias
busca o conselho de Isaías para salvar Jerusalém.
2. Isaías
profetiza a derrota dos assírios e a morte de Senaqueribe.
3. Ezequias
ora pedindo que seja salvo da destruição.
4. Senaqueribe
envia uma carta blasfema.
5. Isaías
profetiza que os assírios serão destruídos e que um remanescente de Judá
florescerá.
6. Um
anjo mata 185.000 assírios.
7. Senaqueribe
é morto por seus próprios filhos.
3-Um Anzol no Nariz, e um freio na boca (Is.37.14-38)
1. “Tendo
o rei Ezequias ouvido isto, rasgou as suas vestes, cobriu-se de pano de saco e
entrou na Casa do Senhor.
2. Então,
enviou a Eliaquim, o mordomo [NVI; ‘o administrador do palácio’], a Sebna, o
escrivão [NVI: ‘o secretário’], e aos anciãos dos sacerdotes [NVI: ‘os chefes
dos sacerdotes’], com vestes de pano de saco, ao profeta Isaías, filho de Amoz,
os quais lhe dissessem: Assim diz Ezequias: Este dia é dia de angústia, de
castigo e de opróbrio.
3. Hoje
é dia de angústia, de repreensão e de vergonha porque filhos são chegados à
hora de nascer, e não há força para dá-los à luz.
4. Porventura,
o Senhor, teu Deus, terá ouvido as palavras de Rabsaqué.
5. Do
comandante de campo, a quem o rei da Assíria, seu senhor, enviou para afrontar
o Deus vivo. e repreenderá as palavras que o Senhor ouviu; faze, pois, tuas
orações pelos que ainda subsistem.
6. Portanto,
ore pelo remanescente que ainda sobrevive’]. Foram, pois, os servos do rei
Ezequias ter com Isaías; Isaías lhes disse: Dizei isto a vosso senhor: Assim
diz o Senhor: Não temas por causa das palavras que ouviste, com as quais os
servos do rei da Assíria blasfemaram contra mim.
7. Eis
que meterei nele um espírito, e ele, ao ouvir certo rumor [NVI:’ uma certa
notícia’], voltará para a sua terra; e nela eu o farei cair morto à espada”.
II A DOENÇA DO REI
1- Põe em ordem a tua
casa (Is.38.1)
1.
Ezequias, em sua doença, recebe de Isaías
uma mensagem de morte – v. 1.
Is 38: 1: “Naqueles dias, Ezequias
adoeceu de uma enfermidade mortal; veio ter com ele o profeta Isaías, filho de
Amoz, e lhe disse: Assim diz o Senhor: Põe em ordem a tua casa, porque
morrerás e não viverás”.
2. Não
se sabe qual era a doença de Ezequias; apenas que deveria ser muito grave, pois
o profeta lhe disse que Deus o levaria em breve.
3. Is.38.2-3-Então,
virou-se Ezequias o rosto para a parede e orou ao Senhor.
4. E
disse Ezequias na sua oração: Lembra-te Senhor, peço-te, de que andei
diante de ti com fidelidade, com inteireza de coração e fiz o que era reto aos
teus olhos; e chorou muitíssimo (chorou amargamente).
5. Ezequias
levou um choque ao receber a notícia, como qualquer pessoa recebe do médico um
diagnostico desfavorável.
6. Ezequias
lembrou o Senhor e decidiu orar pedindo cura.
7. O
argumento que lhe veio à mente foi o que já havia feito de bom e reto diante
dos olhos de Deus.
8. E
esperou que Ele levasse isso em conta para dar Seu julgamento definitivo.
9. Talvez
o que tenha passado pela sua mente é que depois de tanta coisa que ele havia
sofrido e superando, ou do que já havia feito em prol do seu povo e em favor
das coisas do Senhor.
10. Seria
injusto sofrer uma doença daquela e morte por causa dela.
2-A oração do Rei (Is.38.2-8)
1. O
rei Ezequias subiu ao trono de Judá com 25 anos de idade, e 29 anos reinou em
Jerusalém.
2. Ezequias
guardou os mandamentos e fez o que era reto aos olhos do Senhor.
3. Destruiu
tudo que não louvava, tudo que não glorificava ao Deus de Israel.
4. A
palavra de Deus diz que: ele confiou no Senhor Deus de Israel e pai de nosso
Senhor e salvador Jesus Cristo.
5. Porque
Ezequias obedeceu a Deus, guardou os seus Mandamentos, e se conduzia com
prudência, se revoltou contra o rei da Assíria, e não o serviu, por isso o
Senhor Deus estava com ele em todos os momentos.
6. Ezequias
levou os seus problemas ao Senhor, orou do fundo do seu coração e a resposta de
Deus foi esta: Ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas eis que
acrescentarei quinze anos de vida aos teus dias.
7. Deus
ouviu a oração de Ezequias, porque Ezequias estava com o coração quebrantado,
estava arrependido, e a palavra de Deus diz que Deus não despreza um coração
quebrantado e contrito, e diz mais; que Ele está perto dos que têm o coração
quebrantado e salva os contritos de espírito.
-O Cântico do Rei (Is.38.9-22)
1. Após
sua cura, Ezequias compõe um cântico de gratidão a Deus, um testemunho poético
de sua enfermidade, desespero e a subsequente restauração.
2. Ele
reflete sobre a efemeridade da vida, a proximidade da morte e a dolorosa
realidade de enfrentar o fim sem ter a certeza da presença de Deus (vv. 9-12).
3. No
entanto, o cântico também revela uma profunda mudança interior em Ezequias,
marcada por um reconhecimento da misericórdia e do amor salvífico de Deus, que
o tirou da beira da cova e perdoou seus pecados (vv. 16-17).
4. O
rei expressa sua compreensão de que somente os vivos podem louvar a Deus,
prometendo proclamar a fidelidade divina às gerações futuras e celebrar a
salvação do Senhor na Casa do Senhor (vv. 18-20).
5. A
narração encerra com a descrição do tratamento da doença de Ezequias, uma pasta
de figos aplicada à úlcera, e um questionamento final do rei sobre o sinal de
sua cura e retorno ao templo (vv. 21-22).
III A INGENUIDADE DO REI
1-Cartas do futuro
inimigo (Is.39.1)
1. Isaías
39 relata um incidente envolvendo as interações do rei Ezequias com enviados da
Babilônia.
2. Neste
capítulo, Ezequias dá as boas-vindas aos enviados babilônicos e mostra-lhes
seus tesouros e riquezas.
3. Isaías
questiona Ezequias sobre suas ações, e Ezequias explica que ele exibiu sua
riqueza sem considerar as consequências potenciais.
4. Isaías
então profetiza que os babilônios acabarão por conquistar Judá e levar embora
seus tesouros.
5. Este
capítulo destaca o lapso de sabedoria e previsão de Ezequias, bem como o papel
de Isaías como profeta alertando sobre o futuro.
6. Serve
como um lembrete da importância de buscar a orientação de Deus e de ser
cauteloso em relação a alianças e ações.
7. O
capítulo 39 registra o erro colossal de Ezequias em mostrar todos os seus
recursos a uma delegação que veio do rei da Babilônia, ostensivamente para
parabenizá-lo por sua recuperação.
8. Ezequias
provavelmente esperava que os babilônios ajudassem Judá contra a ameaça da
Assíria.
9. Quando
Isaías ouviu o que havia acontecido, ele pronunciou o julgamento de Deus.
10. Judá
será levado cativo pelos babilônios.
11. Os
filhos do rei serão eunucos no palácio da Babilônia.
12. Essa
previsão foi feita setenta anos antes dos eventos, quando a Assíria, não a
Babilônia, era a maior ameaça a Judá.
1. 2 Ezequias
se agradou. Ele se envaideceu com essa inesperada atenção de um rei de Babilônia,
e ficou feliz com o interesse de outros em resistir à Assíria.
2. Portanto,
Ezequias recebeu bem os enviados babilônios como aliados e amigos, sem imaginar
que em pouco tempo, Babilônia tomaria o lugar da Assíria como o grande poder do
Oriente e que um de seus reis conquistaria Judá.
3. Ezequias,
se sentindo honrado com sua atenção e talvez sentindo simpatia com seu
propósito (de derrotar a Assíria) mostrou aos enviados babilônicos os seus
tesouros.
4. Mas
Isaías advertiu o rei para não confiar em Babilônia.
5. Mostrou
aos mensageiros a casa. Sobre a tolice de Ezequias em fazer isso, ver com. de
2Rs 20:13.
6. 4 Que
viram? Ver com. de 2Rs 20:15.
7. Salomão
tinha previsto o tempo quando pessoas chegariam de terras distantes para
aprender sobre o Deus de Israel (1Rs 8:41-43.
8. A
falha em aproveitar a oportunidade de testemunhar do verdadeiro Deus mostrou a
ingratidão de Ezequias pela bênção de ter sua saúde restaurada (Is 38: 1,
9).
3-Dias sombrios virão (Is.39.5-8)
1. O
profeta não apenas o repreendeu por causa da sua atitude impensada diante dos
emissários estrangeiros, mas lhe deu uma profecia pessoal para o futuro de sua
própria família, pois tudo o que ele tinha seria levado para a Babilônia junto
com seus descendentes, como Joaquim, que foi levado por Nabucodonosor.
2. Assim
como Zedequias.
3. Isaías
diz que tornariam eunucos no palácio do rei da Babilônia.
4. A
bíblia não conta exatamente o que aconteceu com esses dois reis de Judá; apenas
que Joaquim foi liberto do cativeiro por Evil-Merodaque.
5. Ezequias
que o sucedeu no trono foi Manassés, e também foi um mau rei,
sofrendo punição de Deus.
6. Manassés, filho de Ezequias (2 Rs..1: 1), reinou como co-regente com o pai por volta de 697-687 AC, e como único regente: 687-642 AC.Em 2 Cr 33: 3-7a; 9 (cf. Rs.21: 1-9) está escrito: “Pois tornou a edificar os altos que Ezequias, seu pai, havia derribado, levantou altares aos baalins, e fez postes-ídolos, e se prostrou diante de todo o exército dos céus, e o serviu.
Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)
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