quinta-feira, 19 de junho de 2025

A RELAÇÃO ENTRE FILHOS E PAIS E PATRÕES E EMPREGADOS

 

 


 Ef.6.1-9

Introdução: As Escrituras devem ser o fundamento da instrução e do ensino das crianças. Semeando princípios bíblicos que servirão de padrão para expressar o caráter do Criador na família, na comunidade e na Nação.

 I A BENÇÃO DE SER FILHO

1-A Importância da Obediência (Ef.6.1)

1-      Efésios 6:1, "Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, porque isto é justo".

2-      É um mandamento que orienta os filhos a obedecerem aos pais.

3-      Destacando a importância da obediência como algo justo e apropriado.

4-      Especialmente dentro do contexto cristão. 

5-      Esse versículo, parte de um trecho que aborda a relação entre pais e filhos, enfatiza a necessidade de honrar e respeitar os pais, o que se reflete em uma vida abençoada. 

6-      Filhos, o dever cristão de vocês é obedecer ao seu pai e à sua mãe, pois isso é certo.

7-      Como dizem as Escrituras: “Respeite o seu pai e a sua mãe.”

8-      E esse é o primeiro mandamento que tem uma promessa, a qual é: “Faça isso a fim de que tudo corra bem para você, e você viva muito tempo na terra.”

 2-Honra pai e mãe (Ef.6.2)

1-      A obediência dos filhos aos pais não é mera sugestão; é uma obrigação.

2-      A Escritura ensina que tal obediência é correta de acordo com a ordem natural da Criação de Deus, de acordo com a Lei dele, e como resposta ao Evangelho.

3-      Os pais não devem ter medo de pedir, e enaltecer, a obediência.

4-      Mas Paulo não diz apenas que a obediência é correta; ele também diz que ela é recompensada. No Senhor Jesus, há uma bênção que acompanha a atenção aos mandamentos e promessas de Deus.

5-      E, quando as relações entre pais e filhos são marcadas por amor, confiança e obediência, não criamos apenas pessoas saudáveis; criamos uma sociedade saudável e coesa.

6-      Os pais que desejam produzir tal obediência fariam bem em se lembrar de cinco verdades. importantes que a Bíblia ensina sobre nossos filhos:

1.       “Herança do Senhor são os filhos” (Sl 127.3). Eles são um presente e uma bênção. Pensar em nossos filhos deve incitar gratidão ao Doador desses filhos.

2.      Não somos donos de nossos filhos; eles pertencem a Deus. Eles estão emprestados a nós por um tempo limitado.

3.      Os filhos são imperfeitos desde a concepção, culpados de pecado e não merecedores da vida eterna — assim como todos nós (Sl 58.3; Rm 3.23).

4.      Por serem pecadores, os filhos precisam dos mandamentos de Deus. Como pais, somos responsáveis por instruí-los na Lei de Deus desde os primeiros dias.

5.      Nossos filhos podem ser salvos somente pela graça. Portanto, precisamos ensiná-los a olhar somente para Jesus para a salvação.

 3-A bênção da vida feliz e longa (Ef.6.3)

1-      Pontos chave de estudos sobre Efésios 6:3:

2-      Mandamento com Promessa: A passagem enfatiza que honrar pai e mãe é o primeiro mandamento com promessa, ligando a obediência a uma vida longa e próspera na terra. 

3-      Contexto Familiar: O versículo está inserido em uma seção que trata das relações familiares, com instruções tanto para filhos quanto para pais. 

4-      Responsabilidade dos Filhos: Filhos são instruídos a obedecer e honrar seus pais, reconhecendo a autoridade deles e aprendendo princípios de convivência. 

5-      Responsabilidade dos Pais: Pais são orientados a não provocar a ira de seus filhos, mas a criá-los na disciplina e admoestação do Senhor, cultivando um ambiente de amor e respeito. 

6-      Aplicação Espiritual: A passagem também pode ser interpretada em um sentido mais amplo, como uma ilustração da relação entre o crente e Deus, onde a obediência e o respeito são fundamentais. 

 II PAIS SÁBIOS E EQUILIBRADOS

1-Não provocar ira aos filhos (Ef.6.4a)

1.      Efésios 6:4, na Bíblia, diz: "E vós, pais, não provoqueis à ira vossos filhos, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor"

2.      Este versículo orienta os pais a educarem seus filhos com amor e sabedoria, evitando a provocação à ira e incentivando o crescimento espiritual. 

3.      Paulo está preocupado com nossa ira antes de mencionar o perigo de se transmitir essa ira para nossos filhos.

4.      Então nós não nos focamos somente em alguns comportamentos que pais devem evitar para não provarem seus filhos à ira (gritaria, disciplina excessiva, limites que são muito curtos ou rígidos demais, abuso de poder, etc.)

5.      Ao invés disso, nós focamos em como pais podem drenar as frustrações e ira rotineiras que acontecem durante a vida que fazem suas almas murcharem e formarem cascas grossas e pequenas que contém apenas dois sentimentos: ira e vazio.

6.      Argumentamos que este é o verdadeiro assassino da alma de uma criança.

7.      Ira é a emoção canibal: Ela devora todos os outros sem sobrar ninguém.

8.      Ela faz isso primeiramente com os pais, e depois, essa alma constringida é passada para seus filhos.

9.       Ira é absorvida como a emoção dominante e todos os sentimentos de carinho morrem.

10.    Paulo diz para não deixarmos que isso aconteça. “Pais, não provoqueis vossos filhos a ira.” O remédio é o evangelho

2-A Disciplina amorosa (Ef.6.4b)

1.      Tenha em mente que apesar de ambos pai e mãe trabalharem juntos na criação dos filhos (“filhos obedecei a vossos pais,” v.1), a figura paterna é o foco especial do versículo 4.

2.      Os pais tem a responsabilidade de liderança na criação de seus filhos.

3.      Essa é uma extensão natural de ser o cabeça da esposa mencionado em Efésios 5:23-25.

4.      O pai deve tomar a iniciativa de certificar-se que planos, processos e pessoas estão posicionados para construir uma visão de Deus, da verdade e santidade nas vidas de seus filhos.... criai-os... (ektrephete auta).

5.      Essa palavra basicamente quer dizer cuidar de – especificamente com alimento.

6.      Mas ela vem a ter um significado mais profundo de criar os filhos com uma conotação de cuidado.

7.      Esse lado de cuidado que a palavra tem aparece em Efésios 5:29 onde Paulo diz: Ninguém jamais odiou a própria carne, antes a alimenta e dela cuida.”

8.      Essa palavra alimenta, é a mesma de criai-os em Efésios 6:4.

9.      Então o foco está no fato de que em tudo que o pai faz para criar seus filhos e levá-los a maturidade de haver sempre provisão e cuidado que assegurem os filhos de que por trás da disciplina e instrução existe um grande coração amoroso.

10.   Este pai terreno está fazendo com que tudo coopere para o bem dessa criança.

11.   Então, o caráter que Deus fica à mostra.

 3-Admoestação do Senhor (Ef.6.4c)

1.      Esta palavra significa as atitudes do pai que dão a seus filhos habilidade, destreza e caráter para viverem uma vida que glorifique a Deus.

2.      Não é sinônima de ensinar, mas mais completa e mais ativa.

3.      Por exemplo, é usada em 2 Timóteo 3:16 para “educação”. “Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e apara a educação na justiça.”

4.      Note que “ensino” é mencionado anteriormente no versículo.

5.       “Educação” envolve ação de quem está sendo treinado e as consequências instrutivas de se sair bem ou mal.

6.      Um ajuste no nosso entendimento, na escola, as crianças vão para serem instruídas (nas matérias para uma formação acadêmica), e não educadas, em casa elas são educadas em casa pelos pais.

7.      Porque?  Assim como elas agem em casa, irão agir em qualquer lugar, há um ditado popular que diz “o costume de casa vai a praça”

 III SERVOS E SENHORES

1-Orientação aos servos (Ef.6.5)

1.      Efésios 6:5-9 fala sobre a relação entre servos e senhores, ou empregados e empregadores, na época. 

2.      Paulo instrui os servos a servirem com sinceridade e temor a seus senhores terrenos, como se estivessem servindo a Cristo.

3.      E também exorta os senhores a tratarem seus servos com justiça e sem ameaças.

4.      Lembrando-se de que todos têm um mesmo Senhor no céu.

5.      Certamente podemos ser felizes em nossos trabalhos.

6.      A palavra “servos” nesse contexto se refere a escravos crentes, mas os princípios que aqui servem para todas as épocas.

7.      Provavelmente, havia em torno de 6 milhões de escravos no Império Romano naquela época, e a escravidão era legalizada e aceita normalmente.

8.      Nenhuma parte do Novo Testamento ataca ou condena a escravidão, mesmo que o evangelho tenha como ênfase geral a liberdade.

9.      O ministério apostólico não visava derrubar o governo romano; o alvo principal deles era o de pregar o evangelho e ganhar almas para Cristo.

10.   Porém, é sabido que a evangelização contribuiu para a queda do Império Romano. 

 2-Servindo como ao Senhor (Ef.6.7)

1.      Efésios 6:7 fala sobre servir com boa vontade, como se estivesse servindo ao Senhor e não aos homens, tanto para escravos quanto para livres. 

2.      Essa passagem enfatiza a importância de realizar o trabalho com sinceridade e dedicação, reconhecendo que o serviço prestado é, em última análise, a Deus. 

3.      A carta aos Efésios encoraja os escravos a se verem como “escravos de Cristo” que “de boa vontade” servem ao Senhor, em vez de a seus senhores humanos (Ef 6.6-7).

4.      O fato de que seu trabalho é para Cristo os encorajará a trabalhar bem e com afinco.

5.      As palavras de Paulo são, portanto, um consolo quando os senhores ordenam que os escravos façam boas obras.

6.      Nesse caso, Deus recompensará o escravo (Ef 6.8), mesmo que o mestre não o faça, como tipicamente era o caso (Lc.17.8).

7.      Mas por que ser escravo de um senhor terreno necessariamente seria fazer “de coração a vontade de Deus” (Ef 6.6)?

8.      Um senhor poderia certamente ordenar a um escravo que fizesse um trabalho que está longe da vontade de Deus, como abusar de outro escravo, enganar um cliente ou invadir os campos de outra pessoa.

9.      Paulo esclarece: “Escravos, obedeçam a seus senhores terrenos com respeito e temor, com sinceridade de coração, como a Cristo” (Ef 6.5).

10.   Os escravos só podem fazer por seus senhores o que poderia ser feito para Cristo.

 3-Orientações aos patrões (Ef.6.9)

1.      Quando Paulo aqui escreve para “mestres”, ele está se dirigindo aos proprietários de escravos efésios que são cristãos.

2.      Sua intenção não é indiciá-los por terem escravos, mas sim encorajar a conduta cristã em relação aos escravos - ainda mais se seus escravos forem companheiros cristãos.

3.       Paulo insta os mestres a se conduzirem “da mesma maneira”.

4.      Esse paralelo nos leva de volta à seção dirigida aos escravos.

5.      Como os escravos deveriam levar vidas completamente cristãs à medida que cumpriam seus deveres, os mestres também deveriam ser guiados por princípios cristãos.

6.      Tais princípios cristãos excluem as ameaças dos senhores de que sem dúvida eram um fator contribuinte para o medo que ouvimos dos escravos.

7.       Os mestres não devem aterrorizar seus escravos.

8.      Para enfatizar seu ponto, Paulo utiliza um jogo de palavras envolvendo o termo “senhor” ou “mestre”.

9.      Ele diz, com efeito: “Tenha cuidado em sua conduta.

10.   Mesmo que você seja um mestre sobre seus escravos, não se esqueça de que existe no céu alguém que é o seu Mestre, assim como o deles - e ele não toca favoritos.”

 Pr.  Capl. Carlos Borges (CABB)

Nenhum comentário:

Postar um comentário