JESUS, O FILHO
ETERNO DE DEUS
Lição nº 2 - 3º Trimestre
Introdução: Qualquer tentativa de expor de modo breve e completo a
identificação, o ministério e os ensinos de Jesus, deve ser vista como algo
semelhante à tentativa de pôr o oceano dentro de uma xícara. A grandeza de
Jesus, sua subseqüente vastíssima influência, e nosso conhecimento
relativamente exíguo de sua vida, ministério e ensino, de pronto nos colocam em
um dilema, porquanto qualquer esforço terá de ficar muito aquém do alvo de uma
caracterização adequada de sua pessoa.
I O PROPÓSITO DO AUTOR DA EPÍSTOLA – I João foi
escrita pelo próprio João, um
dos 12
discípulos originais de Jesus. Ele provavelmente foi o “ discípulo a quem Jesus amava” (Jo.21.20)
e junto com Pedro e Tiago, tiveram um
relacionamento especial com Jesus. Esta carta foi escrita entre 85 e 90 d.C. em Éfeso, antes do exílio de João na Ilha de Patmos(ver Ap.1.9).
Jerusalém havia sido destruída em
70d.C., e os cristãos foram espalhados por todo o Império Romano. Quando João
escreveu esta carta, o cristianismo já existia há mais de uma geração. João
enfrentou e sobreviveu à acirrada perseguição contra os cristãos.
O principal problema que confrontava a igreja neste momento era a
decadência do COMPROMETIMENTO: muitos crentes estavam se conformando com os padrões
do mundo falhando em viver de acordo com os PADRÕES de Cristo e assim comprometendo a fé.
Em Cl 1.19, com essa
declaração, Paulo estava refutando a idéia grega de que Jesus não podia ser humano e divino ao mesmo tempo, Cristo
era CORPORALMENTE humano, Ele era também
COMPLETAMENTE divino. Cristo sempre foi e sempre será Deus. Não diminui qualquer aspecto de Cristo – sua HUMANIDADE
ou sua DIVINDADE.
Algumas pessoas acreditam em tudo o que lêem ou ouvem, infelizmente, muitas idéias impressas
e ensinadas não são verdadeiras. Os cristãos devem ter fé, porém não devem ser
ingênuos. Verifiquem toda MENSAGEM que você ouvir, ainda que a pessoa que a
expresse afirme que é de Deus. Se a mensagem for VERDADEIRAMENTE de Deus, será
CONSISTENTE com os ENSINAMENTOS de Cristo. Na época de João havia um ensino em
circulação que dizia que Jesus fora “ o Cristo” somente entre o seu batismo e
sua morte – ou seja Ele era humano
somente até ser batizado, quando então “
o Cristo” desceu sobre Ele, e mais tarde o deixou antes de sua morte na cruz. Se Jesus tivesse morrido apenas como um homem, não poderia ter tomado sobre si os
PECADOS do mundo e o cristianismo seria uma RELIGIÃO sem sentido.
II A VIDA ETERNA MANIFESTA EM CRISTO( I Jo.1.1-4)- João
descreve a COMUNHÃO com os outros crentes. Existem três (3) princípios por trás
da verdadeira comunhão cristã, a saber:
(a) – Nossa comunhão está
baseada no TESTEMUNHO da Palavra de Deus. Sem esta força subjacente, a união é
IMPOSSIVEL.
(b) –É mútua, dependendo
da união dos crentes.
(c) - É diariamente renovada através do Espírito Santo.
A verdadeira comunhão
combina a interação social e espiritual
e se torna possível somente através
de um RELACIONAMENTO vivo com Cristo.
Em Jo.1.1-14, a expressão “ o
Unigênito” do Pai, significa que Jesus é
o único
e exclusivo Filho de Deus. A ênfase está na Palavra Unigênito. Jesus é
único em espécie e em seu relacionamento com Deus. Ele é diferente de todos os
cristãos, chamados “Filhos de Deus”.
Em Cl.2.9, Paulo afirma
novamente a divindade de Cristo. A frase “porque
nele habita corporalmente toda a
plenitude da divindade”, significa que o corpo humano de Cristo continha a
essência de Deus. Tendo a Cristo, temos tudo o que precisamos para a salvação e um viver
correto.
1- O que vimos com nossos próprios olhos-(I Jo.1.1)- Os gnósticos
tinham modificado a mensagem que
originalmente fora OUVIDA e VISTA, conforme é determinada na vida do próprio
Jesus. O ponto central dessas palavras é que a mensagem contida na sua primeira
epístola se alicerça sobre a autoridade apostólica.
Deixa entendido que os
gnósticos não tinham tal reivindicação,
mas antes, tinham eles renegado Cristo da eternidade e da história, tendo um
novo “CRISTO”. Os gnósticos não tinham o Cristo da autoridade apostólica. A
percepção dos “olhos” levava à percepção do “coração” e da “alma”. Os gnósticos
não tinham visto com os próprios olhos, também eram cegos em suas almas.
2- O que ouvimos- As
originais “testemunhas oculares” transmitiram suas mensagens à “segunda geração” de crentes, bem como os
BENEFÍCIOS derivado da manifestação de
Cristo.
Essas coisas se tornaram
perfeitamente reais a essa segunda geração, embora não seja testemunhas oculares, a exemplo dos
apóstolos. Mas isso só se verifica
quando a Palavra é acolhida pelos homens, tal como foi pelos discípulos
originais. Ninguém pode negar a divindade e o senhorio essenciais de Jesus
Cristo e esperar receber de seus
benefícios.
3-O temos Contemplado e as nossas
mãos tocaram(v.1)- Jesus Cristo era “ tangível”. Não era nenhum
fantasma, conforme os gnósticos
erroneamente imaginavam. Eles tinha um real corpo humano, Ele veio na carne
(em carne). A mensagem gnóstica o
apresentava, algumas vezes,como “sólido”, e às vezes como se Ele nem estivesse
ali, quando nEle tocavam. Os docéticos (adeptos de uma heresia que cria que a
humanidade de Cristo era apenas aparente) imaginavam que humanidade de Cristo não era real. Apenas
“pareceria” real. No grego dokeo, significa
parecer, deu origem a palavra “docético”.
Em sua humanidade, Jesus
passou por muitos sofrimentos, e assim foi aperfeiçoado. Isso não significa,
porém que Ele se teria tornado “impecável”, e, portanto,
que antes fora um individuo pecaminoso.
III CRISTO – A VIDA SE MANIFESTOU
– O verbo se fez carne. Ao encarnar, Cristo se tornou:
(a) - O Mestre perfeito – A
vida de Jesus nos permitiu perceber como
Deus pensa e, por conseguinte, como devemos pensar. ( Fp.2.5-11)
(b) - O Homem perfeito – Jesus é o modelo do que devemos
tornar-nos. Ele nos mostrou como viver e
nos dá o poder para trilhar esse caminho de perfeição(I Pe.2.21).
(c) – O Sacrifício perfeito –
Jesus foi sacrificado por todas as
iniqüidades do ser humano; sua morte
satisfez as CONDIÇÕES de Deus para a remoção do pecado( Cl 1.15-23).
Em Mt.1.23, Jesus seria chamado de EMANUEL( Deus conosco ou
Deus esta conosco), como fora predito
pelo profeta Isaias(Is7.14). Jesus era Deus em carne, desse modo, Deus estava literalmente
entre nós “conosco” pelo Espírito Santo. Cristo está presente hoje, na vida de
cada crente. Talvez nem mesmo o próprio
profeta Isaias tenha compreendido, completamente, a dimensão do significado do
termo “EMANUEL”.
Os líderes religiosos judeus
conheciam o Antigo Testamento, mas falharam em APLICAR A Palavra de Deus às
suas vidas. Conheciam os ENSINAMENTOS das Escrituras, mas não enxergaram o
MESSIAS a quem ela se referia. Conheciam as regras, mas perderam o SALVADOR. Entrincheirados em seu
próprio sistema religioso, recusara-se a deixar que o Filho de Deus mudasse a vida deles. Não nos tornemos tão envolvidos com a religião ao ponto de perder de
Cristo de vista.
IV JESUS ETERNO E ATUANTE
DESDE O PRINCÍPIO
1-No Antigo Testamento (Gn1.26)- Em que sentido fomos feito à imagem de Deus? Obviamente Deus não nos criou EXATAMENTE como Ele,
porque Deus não possui corpo FÍSICO. Em
vez disso, somos REFLEXO da sua glória.Alguns
pensam que nossa RAZÃO, criatividade, discurso ou AUTODETERMINAÇÃO
são a IMAGEM de Deus. Nunca seremos
totalmente como Deus, pois Ele é o CRIADOR
SUPREMO, porém temos a capacidade de REFLETIR seu CARÁTER através do
AMOR, PERDÃO, PACIÊNCIA, BONDADE e FIDELIDADE.
Saber que fomos criado à
imagem de Deus e compartilhar muitas de
suas características provê uma base
sólida para a imagem própria.
O autovalor do homem não está
baseado em POSSES, CONQUISTAS, ATRATIVOS FÍSICOS ou ACLAMAÇÃO PÚBLICA. Ao
contrário, esta baseado no fato de ser
criado à imagem de Deus. Porque fomos feito à imagem dEle, nos sentir
bem a respeito de nós mesmos.Criticar ou depreciar o que somos é criticar o que Deus fez e as habilidades que Ele nos tem dado.
Saber que somos uma pessoa de VALOR ajuda-nos a AMAR a Deus. Conhecê-lo pessoalmente e
prestar uma valiosa contribuição às pessoas ao nosso redor.
O Antigo Testamento, relata
algumas de suas aparições, na forma
humana antes mesmo da encarnação.Temos sua aparição a Abraão, acompanhado de
dois de seus anjos, também apareceu a Jacó no vau ou vale de Jaboque, onde mudou seu nome para Israel,
também apareceu a Josué antes da destruição de Jericó, por fim apareceu aos
pais de Sansão.
2-No Novo Testamento após sua morte redentora(At.9.1-8)-Temos aqui
uma narrativa da história do apóstolo Paulo, que no seu ZELO de sua crença
RELIGIOSA, perseguiu o povo de Deus. Quando Saulo(antigo nome de Paulo) viajou
para Damasco, levando autorização dos líderes da época para prender os
seguidores de Jesus, foi confrontado pelo Cristo RESSURRETO e colocado frente a
frente com as Boas Novas. Algumas vezes Deus entra na vida de uma pessoas de um
modo ESPECIAL ou espetacular ( como no caso de Paulo), em outras a CONVERSÃO é
uma EXPERIÊNCIA silenciosa. Previna-se contra as pessoas que insistem em um tipo
particular de experiência de CONVERSÃO. O modo correto de VIR a crer em JESUS CRISTO é aquele que Deus
DETERMINAR para nós.
Com isso concluímos que desde o
nascimento,ministério,morte, sepultamento e ressurreição de Jesus, são as
expressões máxima de sua PERFEITA HUMANIDADE e DIVINDADE.
Nenhum comentário:
Postar um comentário