terça-feira, 18 de junho de 2013

JESUS,O FILHO ETERNO DE DEUS

JESUS, O FILHO ETERNO DE DEUS
            Lição nº 2 - 3º Trimestre

Introdução: Qualquer tentativa de  expor de modo breve e completo a identificação, o ministério e os ensinos de Jesus, deve ser vista como algo semelhante à tentativa de pôr o oceano dentro de uma xícara. A grandeza de Jesus, sua subseqüente vastíssima influência, e nosso conhecimento relativamente exíguo de sua vida, ministério e ensino, de pronto nos colocam em um dilema, porquanto qualquer esforço terá de ficar muito aquém do alvo de uma caracterização adequada  de sua pessoa.

I  O PROPÓSITO DO AUTOR DA EPÍSTOLA – I João  foi  escrita pelo próprio  João, um dos  12  discípulos originais de Jesus. Ele provavelmente foi  o “ discípulo a quem Jesus amava” (Jo.21.20) e junto com Pedro e Tiago, tiveram um  relacionamento especial com Jesus. Esta carta foi escrita entre  85 e 90 d.C. em Éfeso, antes do  exílio de João na Ilha de Patmos(ver Ap.1.9). Jerusalém  havia sido destruída em 70d.C., e os cristãos foram espalhados por todo o Império Romano. Quando João escreveu esta carta, o cristianismo já existia há mais de uma geração. João enfrentou e sobreviveu à acirrada perseguição contra  os cristãos.
O principal problema  que confrontava a igreja neste momento era a decadência  do COMPROMETIMENTO: muitos  crentes estavam se conformando com os padrões do mundo falhando em viver de acordo com os PADRÕES de Cristo e assim  comprometendo a fé.

Em Cl 1.19, com essa declaração, Paulo estava refutando a idéia grega de que Jesus não podia  ser humano e divino ao mesmo tempo, Cristo era CORPORALMENTE  humano, Ele era também COMPLETAMENTE divino. Cristo sempre foi e sempre será Deus. Não diminui  qualquer aspecto de Cristo – sua HUMANIDADE ou sua DIVINDADE.
Algumas pessoas acreditam  em tudo o que lêem ou  ouvem, infelizmente, muitas idéias impressas e ensinadas não são verdadeiras. Os cristãos devem ter fé, porém não devem ser ingênuos. Verifiquem toda MENSAGEM que você ouvir, ainda que a pessoa que a expresse afirme que é de Deus. Se a mensagem for VERDADEIRAMENTE de Deus, será CONSISTENTE com os ENSINAMENTOS de Cristo. Na época de João havia um ensino em circulação que dizia que Jesus fora “ o Cristo” somente entre o seu batismo e sua morte – ou seja Ele  era humano somente até ser batizado,  quando então “ o Cristo” desceu sobre Ele, e mais tarde o deixou antes de sua morte na cruz. Se Jesus tivesse morrido apenas como  um homem, não poderia ter tomado sobre si os PECADOS do mundo e o cristianismo seria uma RELIGIÃO sem sentido.

II A VIDA ETERNA  MANIFESTA EM CRISTO( I Jo.1.1-4)- João descreve a COMUNHÃO com os outros crentes. Existem três (3) princípios por trás da verdadeira  comunhão cristã, a saber:
(a) – Nossa comunhão está baseada no TESTEMUNHO da Palavra de Deus. Sem esta força subjacente, a união é IMPOSSIVEL.
(b) –É mútua, dependendo da  união dos crentes.
(c) -  É diariamente renovada através  do Espírito Santo.
A verdadeira comunhão combina  a interação social e espiritual e se torna  possível somente  através  de um RELACIONAMENTO vivo com Cristo.
Em Jo.1.1-14, a expressão “ o Unigênito” do Pai, significa  que Jesus é o  único  e exclusivo Filho de Deus. A ênfase está na Palavra Unigênito. Jesus é único em espécie e em seu relacionamento com Deus. Ele é diferente de todos os cristãos, chamados “Filhos de Deus”.
Em Cl.2.9, Paulo afirma novamente a divindade de Cristo. A frase “porque nele habita  corporalmente toda a plenitude da divindade”, significa que o corpo humano de Cristo continha a essência de Deus. Tendo a Cristo, temos tudo  o que precisamos para a salvação e um viver correto.

1- O que vimos com nossos próprios olhos-(I Jo.1.1)- Os gnósticos tinham  modificado a mensagem que originalmente fora OUVIDA e VISTA, conforme é determinada na vida do próprio Jesus. O ponto central dessas palavras é que a mensagem contida na sua primeira epístola se alicerça sobre a autoridade apostólica.
Deixa entendido que os gnósticos  não tinham tal reivindicação, mas antes, tinham eles renegado Cristo da eternidade e da história, tendo um novo “CRISTO”. Os gnósticos não tinham o Cristo da autoridade apostólica. A percepção dos “olhos” levava à percepção do “coração” e da “alma”. Os gnósticos não tinham visto com os próprios olhos, também eram cegos em suas almas.

 2- O que ouvimos- As originais “testemunhas oculares” transmitiram suas mensagens à  “segunda geração” de crentes, bem como os BENEFÍCIOS  derivado da manifestação de Cristo.
Essas coisas se tornaram perfeitamente reais a essa segunda geração, embora não seja  testemunhas oculares, a exemplo dos apóstolos. Mas  isso só se verifica quando a Palavra é acolhida pelos homens, tal como foi pelos discípulos originais. Ninguém pode negar a divindade e o senhorio essenciais de Jesus Cristo e esperar receber de  seus benefícios.

3-O temos Contemplado e as nossas  mãos tocaram(v.1)- Jesus Cristo era “ tangível”. Não era nenhum fantasma, conforme os gnósticos  erroneamente  imaginavam. Eles  tinha um real corpo humano, Ele veio na carne (em carne). A mensagem gnóstica  o apresentava, algumas vezes,como “sólido”, e às vezes como se Ele nem estivesse ali, quando nEle tocavam. Os docéticos (adeptos de uma heresia que cria que a humanidade de Cristo era apenas aparente) imaginavam que  humanidade de Cristo não era real. Apenas “pareceria” real. No grego dokeo, significa parecer, deu origem a palavra “docético”.
Em sua humanidade, Jesus passou por muitos sofrimentos, e assim foi aperfeiçoado. Isso não significa, porém que  Ele  se teria tornado “impecável”, e, portanto, que antes fora um individuo pecaminoso.

III CRISTO – A VIDA SE MANIFESTOU – O verbo se fez carne. Ao encarnar, Cristo se tornou:
(a) - O Mestre perfeito – A vida  de Jesus nos permitiu perceber como Deus pensa  e, por  conseguinte, como devemos  pensar. ( Fp.2.5-11)
(b) - O Homem  perfeito – Jesus é o modelo do que devemos tornar-nos. Ele  nos mostrou como viver e nos dá o poder para trilhar esse caminho de perfeição(I Pe.2.21).
(c) – O Sacrifício perfeito – Jesus foi  sacrificado por todas as iniqüidades do ser humano; sua morte  satisfez as CONDIÇÕES de Deus para a remoção do pecado( Cl 1.15-23).
Em Mt.1.23, Jesus  seria chamado de EMANUEL( Deus conosco ou Deus esta conosco), como fora  predito pelo profeta Isaias(Is7.14). Jesus era Deus em carne, desse modo, Deus estava literalmente entre nós “conosco” pelo Espírito Santo. Cristo está presente hoje, na vida de cada crente. Talvez  nem mesmo o próprio profeta Isaias tenha compreendido, completamente, a dimensão do significado do termo “EMANUEL”.
Os líderes religiosos judeus conheciam o Antigo Testamento, mas falharam em APLICAR A Palavra de Deus às suas vidas. Conheciam os ENSINAMENTOS das Escrituras, mas não enxergaram o MESSIAS a quem ela se referia. Conheciam as regras, mas  perderam o SALVADOR. Entrincheirados em seu próprio sistema religioso, recusara-se a deixar que o Filho de Deus mudasse a  vida deles. Não nos tornemos tão envolvidos com a religião ao ponto de perder de Cristo de vista.

IV JESUS ETERNO E ATUANTE DESDE O PRINCÍPIO
1-No Antigo Testamento (Gn1.26)- Em que sentido  fomos feito à imagem de Deus? Obviamente Deus não nos criou EXATAMENTE como Ele, porque  Deus não possui corpo FÍSICO. Em vez disso, somos  REFLEXO da sua  glória.Alguns  pensam que nossa RAZÃO, criatividade, discurso ou AUTODETERMINAÇÃO são  a IMAGEM de Deus. Nunca seremos totalmente como Deus, pois Ele é o CRIADOR  SUPREMO, porém temos a  capacidade de REFLETIR seu CARÁTER através do AMOR, PERDÃO, PACIÊNCIA, BONDADE e FIDELIDADE.
Saber que fomos criado à imagem de Deus e compartilhar muitas  de suas  características provê uma base sólida para a imagem própria.
O autovalor do homem não está baseado em POSSES, CONQUISTAS, ATRATIVOS FÍSICOS ou ACLAMAÇÃO PÚBLICA. Ao contrário, esta baseado no fato de ser  criado à imagem de Deus. Porque fomos feito à imagem dEle, nos sentir bem a respeito de nós mesmos.Criticar ou depreciar o que  somos é criticar o que Deus fez e as  habilidades que Ele nos tem dado.
Saber que  somos uma pessoa de VALOR ajuda-nos  a AMAR a Deus. Conhecê-lo pessoalmente e prestar uma valiosa contribuição às pessoas ao nosso redor.
O Antigo Testamento, relata algumas  de suas aparições, na forma humana antes mesmo da encarnação.Temos sua aparição a Abraão, acompanhado de dois de seus anjos, também apareceu a Jacó no vau ou vale  de Jaboque, onde mudou seu nome para Israel, também apareceu a Josué antes da destruição de Jericó, por fim apareceu aos pais de Sansão.

2-No Novo Testamento após sua morte redentora(At.9.1-8)-Temos aqui uma narrativa da história do apóstolo Paulo, que no seu ZELO de sua crença RELIGIOSA, perseguiu o povo de Deus. Quando Saulo(antigo nome de Paulo) viajou para Damasco, levando autorização dos líderes da época para prender os seguidores de Jesus, foi confrontado pelo Cristo RESSURRETO e colocado frente a frente com as Boas Novas. Algumas vezes Deus entra na vida de uma pessoas de um modo ESPECIAL ou espetacular ( como no caso de Paulo), em outras a CONVERSÃO é uma EXPERIÊNCIA  silenciosa. Previna-se  contra as pessoas que insistem em um tipo particular de experiência de CONVERSÃO. O modo correto de VIR  a crer em JESUS CRISTO é aquele que Deus DETERMINAR para nós.

Com isso concluímos  que desde o nascimento,ministério,morte, sepultamento e ressurreição de Jesus, são as expressões máxima de sua PERFEITA HUMANIDADE e DIVINDADE.


 Ev. Carlos Borges(CABB)

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